Com Amor não se Brinca escrita por Bubees


Capítulo 8
Entre tapas e beijos.




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Letícia estava sozinha, no quarto, encarando os instrumentos do pai, examinava cada detalhe da guitarra Fender encostada no canto do quarto ao lado da bateria. Seus olhos se fixavam no formato da guitarra, e para seu pavor, começou a se lembrar de Brian deslizando os dedos por aquelas cordas e tocando, com os olhos escuros brilhantes, e um sorriso único, Brian definitivamente demonstrava prazer em dominar uma guitarra.
Aqueles pensamentos a atormentavam cada vez mais, queria esquecer, mas Brian tinha um jeito muito intrigante, seus atos eram praticamente imprevisíveis, não sabia quando ele iria sorrir, quando iria tratá-la bem, quando seria chato, insuportável...
- CHEGA! – berrou, para si mesma. – O que você tem na cabeça? – Letícia debatia com a própria mente.
Irritada se afastou dos instrumentos, ainda não tinha conhecia os outros cantos do condomínio de seu pai, aproveitou o estresse para caminhar e conhecer o condomínio e quem sabe finalmente arrancar Brian de seus pensamentos.
Chegando ao térreo, Letícia atravessou o jardim, e encontrou uma sala grande, com bastante ventilação e bem clara, assim que se aproximou, percebeu que era uma academia, apenas se encostou á porta, e ficou olhando as pessoas conversarem e malharem.
De repente, após passear o olhar em vários cantos, notou Brian fazendo musculação e conversando com alguns amigos, Letícia não pode disfarçar a admiração ao ver o rapaz malhando sem camisa, ficou paralisada, vendo o corpo perfeito do rapaz. Brian deu um sorriso, Letícia não percebeu que estava olhando tão fixamente que ele iria perceber.
- Letícia! – Gritou ele, se levantando de um dos aparelhos.
Letícia balançou a cabeça voltando para a realidade, e recuou alguns passos.
- EI! – Brian começou a correr em sua direção, atravessando a academia, até alcançá-la. – Você era a última pessoa que eu esperava encontrar aqui. – disse.
- Por quê?
- Você não me parece o tipo de pessoa saudável que malha. – Brian deu um riso meigo, e infantil.
- Está me chamando de gorda?
- Eu já disse de um jeito não muito educado o que eu penso em relação a isso...
- Nem me lembre. – Letícia revirou os olhos. – Bom, vou indo.
- Como assim? Não vai ficar? – Brian esticou os braços, se apoiando na porta.
- Não... Eu só estava dando uma volta para conhecer o prédio, mas é só isso...
- Fica. – Disse Brian, sorrindo novamente.
- Pensei que você tivesse declarado guerra contra mim. – Letícia o encarou, confusa.
- Isso pode fazer parte da nossa rixa.
Letícia o encarou pensativa por alguns instantes, de repente uma expressão alegre e maldosa, atingiu seu rosto.
- Está bem. – Disse por final. – Vem comigo.
Brian deu uma leve risada e começou a seguir a jovem pela academia, até se aproximarem de um pequeno ringue com alguns tatames cobrindo o chão.
Letícia passou pelas cordas do ringue e colocou um par de luvas de boxe.
Brian franziu o cenho, apenas observando a cena.
- Vai ficar aí parado me olhando? – Perguntou Letícia. – Vamos, entre.
- Letícia, se você está pensando que eu vou bater em você...
- VEM LOGO! – exigiu ela.
Brian deu uma gargalhada e entrou no ringue, colocando um par de luvas.
- Letícia, isso é ridículo. – resmungou.
- Cala a boca e resolve isso que nem macho. – Letícia o encarou, saltitando e colocando os punhos fechados próximo do rosto.
- Letícia eu não vou bater em vo... – De repente, o punho de Letícia atingiu seu queixo. – AI! – berrou o rapaz.
- ANDA LOGO! Luta que nem macho, mariquinha! – Letícia disse ás gargalhadas.
- Agora você me irritou. – Brian se aproximou bruscamente da jovem, agarrando seus braços e puxando contra seu peito, depois rapidamente lhe deu uma rasteira, derrubando a moça contra o chão.
Brian se colocou em cima de Letícia a imobilizando, prendendo seus punhos contra o chão.
- Quem é mariquinha agora?
- Isso não se faz em boxe, Syn! – Resmungou Letícia, tentando se soltar.
Brian apenas ria.
- Eu gosto quando me chama assim. – Brian ainda a segurava, mas sua face estava angelical.
- Gosta? – Letícia o encarou.
- Gosto. – Brian continuou em cima da moça, mantendo suas costas retas para focalizar a jovem.
Letícia deu um meio sorriso e ergueu ás pernas por trás das costas do rapaz, agarrando seu pescoço com os pés, forçou os quadris e as pernas para baixo, fazendo Brian cair para trás, agora a situação invertera, Letícia o segurava.
- Você não vai conseguir me prender aqui por muito tempo... – Brian riu. – É muito fraquinha...
Brian se levantou com facilidade, agarrando Letícia pela cintura.
- Você não entende qual é a minha rixa com você. – De repente, a face brincalhona de Brian desapareceu, para um olhar sério e profundo.
Letícia ficou em silencio tentando entender aquelas palavras, porém antes mesmo que tentasse entender, foi surpreendida com os lábios de Brian tocando sutilmente os seus. Seus lábios simplesmente tocaram um ao outro de forma rápida, e Brian se afastou com um meio sorriso.
- IDIOTA! – Berrou Letícia, tentando se soltar de seus braços.
Brian, porém continuava agarrando a jovem pela cintura, ainda com mais força.
Letícia a fim de se defender, ergueu os punhos acertando com toda sua força o rosto de Brian, que a largou de imediato.
- EU NÃO ACREDITO QUE EU AINDA FALO COM VOCÊ! – Berrou irritada, sem perceber que todos na academia o olhavam.
Brian se virou para frente, incrédulo.
Letícia acertou outro soco no mesmo lugar, retirando as luvas com rapidez e jogando no rosto do rapaz.
- AI, EU TE ODEIO! – Resmungou, saindo do local, pisando forte no chão.
Brian estava estirado no chão, com a mão no rosto, estava sentindo a maçã de seu rosto arder, a dor pulsava lentamente, porém o rapaz não sabia qual a reação que deveria ter, se dava risada, ou se revidava.
- Ai, ai. – resmungou, largando o corpo nos tatames.
- Quer ajuda? – Perguntou um dos amigos do qual Brian conhecia do prédio, se chamava James.
- Por favor... – Brian ergueu os braços, para que James o ajudasse a se levantar.
- Quem era aquela garota? – James dava uma leve risada, olhando a situação do amigo. – Desculpa dizer, mas cara... Ela acabou com você. – James de repente começou a gargalhar.
- É sempre bom ter amigos que riem de você em um momento desses... EU APANHEI DE UMA MENINA, PELO AMOR DE DEUS! – Brian dizia incrédulo se sentando em um banco.
- Apanhou feio, isso vai ficar roxo, se prepare. – James o advertia.
- Que bom... Mulheres sempre deixando marcas em nós...
- Você ainda não me respondeu quem era ela...
- Filha do Diego, aquele roqueiro que se mudou pra cá recentemente...
- E já está dando em cima dela?! Cara, você não muda... – James revirou os olhos.
- Eu não conheço ela daqui... Conheço do colégio.
- Cara, não muda nada, você acabou de mudar de escola. – James ergueu uma das sobrancelhas.
- AI TÁ BOM! Eu to dando em cima sim. – Admitiu Brian. – Não é bem que eu estou dando em cima, só quero mostrar que ela é como as outras garotas...
- Como assim? – James encarou Brian pensativo. – Calma aí, acho que eu já entendi...
- O que foi?
- Você não quer provar que ela é como as outras... Você quer provar a si mesmo que consegue ficar com quem você quiser... – James o encarou. – Cara, eu já te avisei pra parar de brincar com os sentimentos das pessoas, você não sabe quanto isso é horrível.
- Ela já me xingou de bichona eletrocutada! – Brian dizia num tom incrédulo. – Quem ela pensa que é? Ela me chamou de sem conteúdo e falou mais um monte de coisa...
James começou a gargalhar.
- Está assim só por que ela foi a primeira garota na sua vida que não deu em cima de você? Por isso está tão frustrado? Acho que você estava precisando dessa lição, perder vai fazer bem para você parar de ser metido á besta.
- VOCÊ ESTÁ DANDO RAZÃO PRA AQUELA NANICA DE MEIO METRO?! – Perguntou Brian incrédulo.
- Cuidado, por que se ela não é o tipo de garota que você está acostumado... Você pode acabar se apai...
- NOSSA! Não fala isso! Ela queria resolver nossos problemas na porrada! Ela é uma bruta, eu não posso me apai... Quer dizer... Eu não me apaixono por ninguém...
James revirou os olhos.
- Para de ser mala. – resmungou James.
- Cara, pega um gelo pra mim, isso está doendo...

Letícia corria pelo jardim do condomínio, estava quase explodindo por dentro, Brian estava ficando com sua amiga, ele não pode fazer algo assim... Mas por que então estava sofrendo por dentro por causa daquele beijo? Letícia sentia seu coração inflar de tristeza, o fato de Brian estar com Juliana e tê-la beijado, a deixaria simplesmente com raiva e imediatamente ligaria dizendo que Brian não presta, mas o sentimento que inundou dentro de seu peito fora outro, tristeza, uma tristeza irreconhecível.
A jovem ficou um pouco sozinha, olhando para o céu, era a única coisa que a distraída, além de vídeo game, quando não estava muito bem, após algum certo intervalo de tempo, resolveu voltar para casa, não tinha mais sentido ficar ali parada sabendo que Brian poderia reaparecer.
Foi até o hall e entrou no elevador, indo até seu andar, ouviu um barulho estranho, e saiu rapidamente para ver o que era.
- Oi Letícia! – Dizia Brian sorridente, entrando na lixeira com algumas sacolas cheias de lixo em uma mão e na outra segurando um saco de gelo no rosto. – Você me machucou...
Letícia se aproximou da porta da lixeira lentamente, fazendo o possível para não transmitir nenhum barulho. Olhou que Brian não tirava a chave da fechadura, era um momento perfeito.
Rapidamente Letícia bateu a porta e a trancou, com Brian lá dentro.
- Lugar de lixo, é no lixo. – disse.
- LETÍCIA! PARA COM ISSO, NÃO TEM GRAÇA, ME SOLTA! – Brian começou a espancar a porta com violência, e os estrondos eram altíssimos.
Letícia deu um pulo para trás.
- ME SOLTA! – Brian continuou berrando.
- ME PEDE DESCULPAS!
- Ah, qual é, foi só um beijo...
- PEDE! – ordenou. – Você está com a Juliana, não devia ter feito isso... Você praticamente traiu ela...
- EU NÃO TRAÍ NINGUÉM! – Brian se defendeu, espancando a porta. – A GENTE NEM ESTÁ NAMORANDO...
- PEDE DESCULPAS!
- E aquilo nem foi um beijo de verdade...
- Tchau, vai ficar aí preso...
- ESTÁ BEM! – berrou Brian. – Agora me solta.
- Cadê as desculpas?
- TÁ BOM! ME DESCULPA! PERDÃO POR TER TE BEIJADO!
- Está bem, eu vou te soltar, mas assim que eu soltar finja que não me conhece... ESTÁ BEM?!
- Ta. – disse Brian, sem hesitar.
Letícia continuou distante da porta, esticou os braços até a chave, abriu a porta rapidamente e saiu correndo. Brian saltou para fora da lixeira como um louco e começou a correr atrás da jovem. Letícia rapidamente entrou no apartamento do pai, assustada, trancando a porta.
- UM DIA VOCÊ VAI TER QUE SAIR DAÍ MENINA! – ameaçou Brian. – E eu vou te agarrar e te dar um beijão de língua que você nunca viu igual!
- AI SAI DAQUI SEU NOJENTO! – berrou Letícia do outro lado da porta.
Brian segurou uma gargalhada encarando a porta da jovem.
- VAI! SAI DAÍ AGORA! ESTÁ COM MEDO?! – Brian gargalhava.
- Para, você já está me assustando... – Disse Letícia.
Brian de repente ficou sério, não era seu objetivo assustar a jovem, simplesmente recuou alguns passos e caminhou até o elevador.
Letícia ao ouvir os passos de Brian se afastando, caminhou até a varanda e ficou olhando as pessoas jogarem bola na quadra, de repente, avistou Brian.
Letícia não seria do tipo de pessoa que se renderia as ameaças de Brian, não mesmo.

- Letícia está olhando para cá. – Brian deu uma risada.
- Letícia? Quem? – Outro amigo de Brian, Danilo, se manifestou.
- A garota que o Brian se apaixonou. – James começou a gargalhar.
- AI CALA A BOCA – Brian disso, irritando.
“Falei que nem a Letícia agora.’ – pensou consigo mesmo, após mandar o amigo se calar.
- Olá! – A voz de Letícia de repente o surpreendeu.
Danilo olhou para a garota deslumbrado.
- Essa é a Letícia?
- Você não vai gostar dela, ela escuta pagode, e não gosta do nosso sexo. – Sussurrou Brian.
- Ela é lésbica?
- Sim! – Dizia Brian, mentindo descaradamente.
- O que você está cochichando aí, Brian? – Letícia se aproximou.
- Você não deveria ter vindo para cá, lembre-se do que eu te disse.
- Você não se atreveria depois do soco que eu te dei na cara.
- Foi ela que deixou seu rosto vermelho assim? – Danilo se aproximou. – Prazer, me chamo Danilo.
- E eu sou o James. – James se aproximou da jovem. – Quer jogar futebol conosco? – James encarou Brian, com um sorriso sínico.
- Quero. – Letícia deu um sorriso.
Resolveram jogar então, ‘artilheiro’, Letícia ficou no mesmo tive que James e Brian junto com Danilo.
Letícia não tinha muito o que fazer no jogo, James praticamente tomava todas as decisões por ela, porém a jovem não achava ruim, mas sabia jogar mesmo, afinal, seu objetivo de estar ali era outro.
Alguns minutos longos jogando, resolveram fazer uma pausa para beber água e logo começar o segundo tempo, todos caminharam até o bebedouro, Letícia caminhava mole, com as bochechas coradas e morta de cansaço.
- Ei. – Danilo esperou que Letícia estivesse sozinha para puxar assunto.
- OI. – Letícia respondeu de modo simpático.
- Posso te perguntar uma coisa? É que eu fiquei meio encucado...
- O que foi? – Letícia se virou para o rapaz.
- Você é mesmo lésbica? Desculpe se não gostar da pergunta ou achar que eu sou preconceituoso, não é isso é que...
- O QUE?! – Letícia o olhou,incrédula.
- Você não parece ser lésbica... E pagode não parece ser muito a sua cara...
- Da onde você tirou que eu gosto de pagode e sou lésbica? – A resposta era óbvia.
- Bom... O Brian...
- Óbvio. – Letícia respondeu sem emoção. – Só perguntei pra ter certeza...
- Então ele mentiu? – perguntou Danilo com um sorriso esperançoso.
- Por favor, quando eu estiver na linha, deixa o Brian no gol.
- Está bem. – Danilo concordou sem hesitar.
Letícia deu um sorriso e logo voltou para a quadra.
Como prometido, Danilo colocou Brian no gol enquanto Letícia estava na linha.
O jogo começou novamente, Letícia não pretendia perder de jeito algum o lance de James, assim que a bola entrou em seu campo, dominou a bola com um toque.
- Você não vai conseguir fazer gol. – Disse Brian, rindo, na linha da área barrando Letícia.
- Mas eu consigo fazer isso. – O chute foi certeiro, Letícia chutou a bola com força, acertando o ponto fraco de Brian.
- AH! – o rapaz deu um berro, se jogando no chão encolhido. – SOLDADO CAINDO, SOLDADO CAINDO...
Letícia não pode evitar rir.
- Desculpe.
- AI, desculpa nada você fez de propósito.
- O que mais você poderia esperar de uma menina lésbica que gosta de pagode?
- Danilo, eu te mato. – ameaçou Brian. – Eu... estava brincando... Ai... que dor...
- Bem feito. – disse Letícia séria. – Hoje você já me tirou do sério.
James começou a rir da situação do amigo enquanto o ajudava a se levantar.
- Bom, tchau Danilo, tchau James... – Letícia se despedia de todos. – Vou para casa, antes que eu exploda o Brian.
- Es...pera... – Brian tentava se levantar.
Letícia, porém deu de ombros e continuou andando a caminho do hall.
- Letícia! – Brian a alcançou. – Você feriu meu patrimônio.
- Para de ser dramático. – disse Letícia, rindo. – Foi só uma bolada.
- Você ri né?
- Ninguém mandou você ficar inventando coisas sobre mim e eu ainda não esqueci que você violou minha boca!
- Para de ser dramática, foi só um beijo. – Brian, retribuiu com a mesma resposta.
Letícia o encarou irritada, e assim que percebeu que o elevador chegou, abriu a porta com toda a força.
- AI! – berrou Brian, por trás da porta. – MEU NARIZ!
Dessa vez, Letícia não fizera de propósito, já havia deixado Brian com hematomas o suficiente.
- Desculpe! – Assim que a jovem parou para olhar, o nariz de Brian sangrava.
- AI! – Brian continuava resmungando, sentindo seus olhos lacrimejarem.
- Perdão, eu juro que dessa vez foi sem querer... – Letícia puxou o rosto de Brian para cima. – Vamos até meu apartamento, vou colocar um gelo nisso...
- Rápido! Eu estou morrendo... – Brian resmungava.
Letícia segurou as mãos de Brian o guiando para dentro do elevador com cuidado.
- Ainda bem que estou sozinha, não iria saber explicar esses seus hematomas...
- Eu saberia. – disse Brian.
Letícia lhe deu um sorriso sem graça, o guiando para dentro do apartamento. A jovem o deitou no sofá de cabeça para cima.
- Ainda está doendo muito? – perguntou.
- Demais.
Letícia correu até o freezer pegando uma bolsa de gelo e depois um pouco de remédio e correu para a sala.
- Me desculpe. – pediu mais uma vez.
- Você está me dando muito prejuízo. – Reclamou Brian colocando a bolsa de gelo no nariz. – Um dia com você e já estou todo dolorido.
- Desculpa! – insistiu Letícia.
- Te desculpo com uma condição.
- O que?
- Deixa eu deitar no seu colo? – Brian deu um sorriso.
Letícia o olhou, séria, porém não hesitou em deixar, no fundo se sentia culpada. Brian colocou a cabeça no colo de Letícia e entregou a bolsa de gelo para que a jovem segurasse, com cuidado Letícia foi acariciando o rosto de Brian, examinando cada hematoma.
- Eu te desculpo, não fique se culpando. – Brian segurou o rosto de Letícia, olhando-a de cabeça para baixo. - Eu não me conformo como uma garota tão violenta pode saber cuidar de mim assim...
- Ah, para com isso. – Resmungou Letícia. – Só estou fazendo isso, por que fiquei me sentindo culpada, isso irá aliviar minha culpa.
- Você é louca, ás vezes tenho vontade de voar no seu pescoço. – Dizia Brian, sorridente. – Mas, agora que você está cuidando de mim...
- Você deve estar odiando, né?
- Se você continuar me espancando serei obrigado a odiar sim.
Letícia apenas ficou olhando para baixo, pensando que exagerou um pouco com suas atitudes.
- Ei! – Brian chamou sua atenção. – Não se sinta culpada, eu só estou com o rosto roxo, o nariz sangrando e meu soldado foi atingido... Mas eu sei que a parte do nariz, pelo menos, foi sem querer... Eu te perdôo, até pelo o que foi de propósito.
- Obrigada. – Letícia deu um meio sorriso.
- Acho que meu nariz parou de sangrar. – informou Brian, se levantando do colo de Letícia.
- Que bom... Mas está bem vermelho.
- Tudo bem, agora a bochecha combina com o nariz. – Brian deu uma gargalhada.
- Não fala assim...
- Você sabe mesmo como fazer uma pessoa nunca se esquecer de você, ein? – Brian se sentou ao seu lado e começou a rir.
Letícia também deu uma leve risada, se sentindo mais descontraída, Brian, porém, rapidamente ficou sério encarando a jovem, olhava em seus olhos, estava paralizado, umedeceu os lábios e focalizou nos lábios da jovem, Letícia também ficou séria, encarando-o com a face relaxada, seus lábios se relaxaram.
- Preciso ir. – sussurrou Brian, de repente.
- É melhor. – Disse Letícia se afastando e desviando o olhar.
- Pensei que você diria para eu ficar mais...
- Não conte com isso. – Letícia respondeu, séria.
- Vai parar de me socar? – perguntou Brian.
- Vai parar de mentir, de me agarrar, de ficar me irritando...
- ENTENDI! – Brian a interrompeu. – Trato feito.
- Amigos? – perguntou, Letícia.
Brian deu um sorriso vanglorioso.
- Por que não?

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Notas finais do capítulo

Obrigada pelos reviews *.* Capitulo de hoje esta bem grandinho, mas espero que gostem. beeeijos