Com Amor não se Brinca escrita por Bubees


Capítulo 54
A esperança.




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Acordei de repente sentado em uma das cadeiras da sala de espera. Esse momento completava um dia inteiro em que eu estava sem comer. Minha cabeça latejava e meu corpo parecia ter sido atropelado por um trator. Eu estava péssimo e meu estômago revirava.

- Filho? – De repente ouvi a voz de meu pai ao meu lado, tocando suas mãos em meus ombros.

- Oi pai... – Ergui a cabeça, o encarando com um leve sorriso.

- Vá para a casa comer alguma coisa e tomar um banho, por favor... – Dizia ele, com um olhar de preocupação. – Não se preocupe que agora quem está encarregado do caso da Letícia sou eu... Vou cuidar dela pessoalmente, vou fazer o máximo para salvá-la, você vai ver...

- Sério?! – O encarei surpreso. O apoio e a ajuda do meu pai eram indispensáveis para mim. – Nossa, muito obrigado, pai... Mesmo. – O abracei forte, tentando lhe mostrar toda a minha gratidão.

- Por que ficou surpreso, Syn? – Dei uma leve risada ao ouvir meu pai me chamando de “Syn”. – Eu quero sua felicidade, está sendo terrível te ver desgastado desse jeito... Eu sei o quando essa garota é importante pra você.

- Ela é... Ela é tudo pra mim... – Respondi, me soltando do abraço.

Por um instante me senti como um garotinho nos braços de meu pai. Acho que eu estava realmente precisando daquilo.

- Vá para casa agora, está bem? – Meu pai me olhava sorridente, se erguendo do banco. – Se precisar, durma um pouco.

- Ai você já está pedindo demais, né pai? Não quero sair do lado dela...

- Filho, não se preocupe, eu só vou me dedicar a ela agora... Não vou sair de perto dela... Vá tranqüilo, o Diego está indo também para buscar a Priscila, coitada... Ainda nem conseguiu ver a irmã no meio de toda essa confusão, mas enfim, ele disse que te leva...

- Ah pai... – Resmunguei.

- Por favor. – Ele me pedia. – Sua mãe está preparando um almoço bem reforçado pra você... Vai filho, volta pra casa um pouco, come alguma coisa, não quero que você acabe ficando doente também...

- Tudo bem. – Disse, vencido, fazendo um esforço razoável para me erguer do banco sem sentir tonturas. – Obrigado. – Disse mais uma vez, tornando a abraçar meu pai.

Senti que seus braços rodeavam minhas costas com força. Aquilo era tão bom, me fazia sentir mais confiança.

- Volto logo. – Avisei, me afastando dele lentamente.

- O Diego está no quarto da Clarice. – Dizia meu pai.

Apenas fiz um sim com a cabeça, e segui caminhando pelos corredores do hospital.

Clarice estava internada, também. Quando soube que Letícia estava entre a vida e a morte, ficou fora de si.

Tiveram que medicá-la com um calmante e colocá-la para descansar em um dos quartos do hospital.

Diego estava arrasado, deveria ser terrível ver a filha e a mulher que ama (eu tinha certeza que sim), internadas, derrotadas.

Bati levemente na porta, entrando logo em seguida.

- Diego? – Sussurrei.

- Oi Syn, entra... – Diego se virava para mim, com um sorriso de conformidade nos lábios. – Ela dormiu, está mais calma agora, graças a Deus.

- Que bom. – Suspirei aliviado, vendo que Clarice realmente dormia tranquilamente.

- Está sendo tão difícil passar por isso... – Diego tornava a olhar a mulher, e girava novamente os olhos para mim. – Obrigado pelo apoio.

- Que isso... – Coloquei minhas mãos sobre seus ombros rígidos. – Todos nós vamos passar por isso juntos e vamos nos apoiar... Tudo vai dar certo no final, eu sei que vai...

- Queria ter toda essa sua certeza. – Diego dava de ombros caminhando até a porta.

- Diego! – Chamei sua atenção antes que ele saísse do quarto. – Não vamos pensar desse jeito, está bem? Não desista! Elas precisam de você... A Letícia não vai nos abandonar, ela sempre nos surpreendeu e dessa vez não será diferente.

Diego me deu um leve sorriso e logo abaixou a cabeça, ficando um pouco pensativo.

- Obrigado, Syn.

Será que eu havia dado um pouco de esperança a ele?

- Quer carona para a casa? – Ele me perguntava, virando-se novamente para a porta e se retirando do quarto.

- Por favor. – Pedi. – Se não for incomodar.

- Lógico que não, moleque... Eu preciso buscar a Priscila, ela ficou a noite toda fazendo plantão no telefone, avisando os familiares e esperando que ligassem... Quer muito ver a Letícia, eu preciso pegar algumas roupas e comer, claro.

- Sim, eu também só vou comer e já quero voltar.

- Acho melhor você dormir um pouco. – Ele me olhava com preocupação. – Você dormiu sentado naquele banco da sala de espera, imagino que esteja exausto.

- Não, eu quero ficar aqui. – Disse muito certo daquilo que eu estava fazendo.

Diego então simplesmente deu de ombros.

- Vamos?

- Claro, assim podemos voltar logo. – Sorri, seguindo-o, enquanto ele caminhava pelos corredores.

Durante o caminho para o apartamento, Diego não dizia uma palavra se quer. Estava muito silencioso e eu entendia perfeitamente bem o motivo daquele silencio. Não queria infortuná-lo com meus assuntos completamente fora de rumo e por isso preferi respeitar seu silêncio.

- Te encontro na garagem aqui uma hora? Está bom pra você? Dá tempo de almoçar e descansar...? – Diego me perguntava, enquanto subíamos pelo elevador.

- Até menos... – Dei uma leve risada. – Não se preocupe comigo, Diego, quanto mais rápido voltarmos melhor.

- Tudo bem então. – Diego me esboçava um leve sorriso. – Até daqui a pouco. – Dizia, finalmente entrando em seu apartamento.

E lá estava eu, novamente tocando a maçaneta daquela mesma porta. Eu simplesmente sentia a presença da minha pequena em qualquer.

- Olá meu filho... – Já estava mais do que na hora de eu ver o lindo rosto de minha mãe se aproximando do meu. – O almoço já está pronto.

- Obrigado, mãe. – Disse, aproximando-me dela e lhe dando um demorado beijo no rosto. – Vou comer rapidinho e já vou voltar para o hospital.

- Seu pai está cuidado do caso agora, não é? – Minha mãe me perguntava, colocando os cotovelos sobre a mesa, enquanto me observava colocar comida dentro do prato.

- Está. – Disse, estendendo um leve sorriso. – Fico mais tranqüilo assim... Sei que ela está em excelentes mãos e fico tão feliz por ter o apoio de vocês...

- Ah... – Vi que ela me estendia uma risada meiga, colocando suas mãos sobre as minhas. – Nós sempre te apoiamos, meu amor...

- Fico feliz em saber. – Disse.

- É que agora você parece tão mais próximo da gente... Está até mais carinhoso...

- Verdade? – Perguntei, um pouco incrédulo. Ela é minha mãe, obviamente que ia me encher de elogios.

- Estou sendo completamente sincera. – Ela me dizia, sorridente, acariciando meu rosto brevemente. – Amar fez muito bem pra você, e você merecia perder algumas vezes...

- Sabe de uma coisa, mãe? – Disse, enquanto mastigava a comida, rapidamente. – Apesar de tudo eu ainda acho que venci... Não se perde nada amando aquela menina.

- Do jeito que você fala, vai me deixar com ciúmes. – Minha mãe ria, tornando a me observar. – Você realmente ama muito essa garota, nunca te vi assim por ninguém. Ficou mais carinhoso, mais certo daquilo que deseja pra sua vida... Você melhorou tanto, meu filho...

- Bom saber que eu tentei ser melhor, e consegui. – Disse.

- Pois é... – Minha mãe se erguia da cadeira, me abraçando. – Estou rezando muito para que Letícia melhore, e seu pai também está contando com a minha ajuda... Vocês vão ser muito felizes juntos, meu filho, eu sei que vão...

- Dizem que as mães sempre sabem das coisas... – Ergui a cabeça, olhando para seu rosto repleto de ternura. – Fico feliz de te ouvir me dizendo essas coisas.

- Bom! – Ela finalmente se afastava de mim. – Vou te deixar comer tranquilamente agora... Mas come devagar, hein?

- Pode deixar. – Respondi apenas para deixá-la tranqüila. Estava tão ansioso para ver a minha pequena logo que era bem difícil comer devagar e tranquilamente.

Já estava quase terminando de comer, quando de repente senti meu celular vibrando dentro de meu bolso.

Assim que o resgatei, vi que o visor apontava que Pamela estava me ligando.

- Alô?

- Oi Syn! – Sua voz estava completamente animada. – Tudo bem?

- O que você acha?

- A Letícia brigou com você? Ela não sabe competir, não? – Ela ria, despreocupada.

- Pamela, a Letícia foi atropelada e está no hospital, em coma!

- Ah... – Sua voz não me parecia nenhum pouco surpresa.

- Pensei que você já soubesse disso, afinal, ela foi atropelada logo em frente da gravadora. – Debati, esperando ver sua reação.

- Ah... – Agora sim, ela me parecia surpresa. – Então aquele tumulto todo que tinha aqui na frente era por causa da Letícia que foi atropelada?

- Exatamente... Estranho você não querer se juntar com as pessoas curiosas no meio da rua pra saber o que aconteceu.

- Eu não estava tão curiosa assim, é normal isso acontecer na frente da gravadora, é uma avenida, não?

- Você também não ficou curiosa para saber como a Letícia reagiu depois que viu... – Respirei fundo, tentando relutar em dizer aquelas palavras. – Que nos viu. – Disse apenas.

- Ah... – Pamela dava uma leve risada, completamente despreocupada. – Oras, acredito que ela já esteja grandinha o suficiente para aceitar uma competiçãozinha básica.

- Não há competição alguma, Pamela. – Debati.

- Como não? – Sua voz de repente mostrou-se mais aguda, como se tivesse ficado brava.

- Foi o que você ouviu... Agora me dá licença que eu preciso desligar...

- Por quê?

- Vou ao hospital...

- Não! – Ela protestava do outro lado da linha. – Você precisa vir ensaiar... Hoje a gente precisa ensaiar mais cedo, eu quero começar a grava...

- Pamela! – A interrompi. – Eu não vou ensaiar.

- Como não?!

- Escuta... Você entendeu bem? A Letícia foi atropelada, e eu agradeceria muito se você entendesse que eu quero ficar ao lado dela...

- Você tem um contrato conosco, Syn... Precisa vir trabalhar! – Ela dizia, séria.

- Mas eu peço uma pausa.

- A Letícia não faz mais parte da banda, Syn.

- Mas ela faz parte da minha vida! – Disse, sério. – Não adianta Pamela, pode me demitir e fazer o que quiser, eu vou dar uma pausa sim e eu sei que os outros concordam... Eu não vou sair do lado da Letícia e pronto!

- Syn... A Letícia está em COMA, ela não vai falar com você, nem vai saber que você está perto dela.

De repente, senti meu coração saltar de fúria dentro do meu peito. Como ela poderia ser tão incompreensiva desse jeito?! Logo ela que se dizia me entender tão bem e querer tanto me apoiar?

Comecei a pensar seriamente no quanto Pamela era uma manipuladora e eu havia caído direitinho naquele seu jeito de ser.

Deixei que ela me manipulasse, e agora estou com a garota que eu mais amo e amei nesse mundo, em coma, no hospital.

- Ela saberá sim que eu estou perto dela... – Debati, irritado. – Não sei se você ainda não percebeu, mas está na hora de você perceber... Eu e a Letícia, fomos feitos um para o outro!

- O QUE?! – A voz de Pamela de repente se infiltrou em meus ouvidos, ainda mais aguda.

- Exatamente isso que você ouviu.

- Vai continuar sofrendo por ela como um idiota?

- Vou... – Soltei uma risada descarada. – E estou muito feliz com isso... Tchau, Pamela.

Rapidamente desliguei o telefone. Não queria mais ouvir os seus questionamentos e a sua voz aborrecida.

No fundo eu estava me sentindo a pessoa mais idiota do mundo. Se ela realmente me entendesse, e quisesse tanto o meu bem como dizia, estaria aqui ao meu lado, me apoiando, assim como todos meus amigos e até mesmo meus pais (que eu nunca pensei que fossem ser tão compreensíveis comigo).

Pamela estava agindo de forma diferente. Era evidente o quanto que ela queria Letícia de fora para que eu ficasse perto dela. Pelo menos era evidente para mim agora. Espero que não seja tarde demais.

- Mãe! Estou indo para o hospital. – Avisei, antes de sair pela porta.

- Tudo bem... Depois mais tarde eu passo lá para ver a Letícia.

- Está bem. – Sorri.

Eu não precisava de Pamela alguma. Eu tinha tanto apoio ao meu redor que só fui me dar conta depois de um trágico acidente. Agora eu percebia o quanto estava cego, e de repente parecia que toda a lama que cobria meus olhos se dissolveu.

Eu via com muita clareza. A felicidade estava tão próxima de mim... Como eu não fui me dar conta disso antes?

Sofri tanto, por nada...

Cautelosamente atravessei o hall, tocando a campainha do apartamento de Diego.

- Syn? Já está pronto? – Diego abria a porta.

- Já... – Sorri. – Eu almocei, deu até um tempinho de falar no telefone e já estou aqui.

- Ótimo, espera só a Priscila terminar de se arrumar então... Entra...

- Com licença. – Disse, entrando no apartamento de Diego.

Melhor dizendo. O apartamento que me fez ficar ainda mais próximo da minha pequena.

Aquele apartamento sem ela parecia tão vazio, tão morto.

Não se ouvia gritos, nem risadas, ou então ela reclamando por eu entrar ali enquanto ela estava desprevenida.

Eram tantos momentos bons que eu passei com ela... Aqui ou em qualquer outro lugar, brigados ou não, eu ouvia seu coração bater, eu via suas cores vivas...

- Pronto! – De repente, vi Priscila aparecer na sala. – Olá, Syn... – Ela se aproximava de mim, cumprimentando-me educadamente.

- Vamos então? – Perguntei, erguendo-me do sofá.

- Vamos... – Dizia Diego.

- É, rápido, quero ver a minha irmã. – Dizia Priscila.

Percebi que estava com um olhar repleto de preocupação, não era pra menos. Qualquer um estaria preocupado em uma situação como a nossa.

Rapidamente descemos até a garagem. Deixei que Priscila ocupasse o banco do passageiro, me sentando no banco de trás.

Não demorou nem se quer cinco minutos para já estarmos novamente no hospital.

Priscila desceu do carro como um tiro, enquanto eu ajudava Diego e retirar as mochilas do porta malas e colocá-las para dentro do hospital.

- Vou ver Clarice. – Avisava Diego.

- Tudo bem. – Respondi, apenas, sentando-me na sala de espera novamente.

De repente, as palavras frias de Pamela tomavam conta de minha mente novamente.

Como ela poderia ser daquele jeito? Não se sensibilizou, nem se quer ofereceu uma única ajuda... Não podia acreditar que eu me deixei ser tão facilmente manipulado. Sentia-me tão idiota, tão imbecil...

Letícia estava aqui por que eu me deixei fraquejar pelas palavras de Pamela... Isso era um erro que eu jamais poderia reparar, mas poderia fazer diferente assim que Letícia voltasse para os meus braços.

Sempre que eu me colocava novamente sozinho, e me deparava que Letícia estava mais distante do que eu jamais poderia imaginar, tinha vontade de chorar.

Por mais que eu pensasse positivo e queria do fundo do meu coração que tudo desse certo no final, eu tinha muito medo.

Já se fazia um tempo que eu sentia que Letícia estava desaparecendo de minhas mãos e que ela fosse uma fumaça irreal que eu jamais conseguiria apanhar... Queria tanto que aquela palidez desaparecesse de seu rosto lindo, queria tanto que ela abrisse aqueles olhos para que eu pudesse tirar proveito da beleza que eles eram... Tão verdes, tão puros, tão perfeitamente desenhados... Como eu queria tê-los admirados por mais vezes... Deveria ter aproveitado mais deles enquanto estavam bem abertos, olhá-los mais, admirar-me a cada dia mais... Eu amava aquele seus olhos, aquele olhar...

Parecia egoísmo meu, mas queria tanto que Priscila saísse logo do quarto para que eu pudesse vê-la presa em seu sono profundo...

- SYN! – De repente, ouvi Priscila gritar.

Levantei-me, rapidamente, assustado com aqueles gritos.

- SYN! – ouvi mais uma vez.

- O QUE FOI, PRISCILA?! – Perguntei, sentindo que meu coração iria sair pela boca. – Você está me deixando preocupado!

- A Letí... – De repente, ela começou a chorar. Percebi que suas mãos tremiam loucamente. Parecia descontrolada. – Ela... Ela...

- PELO AMOR DE DEUS PRISCILA, DESEMBUCHA! – Berrei, irritado.

- O QUE ACONTECEU?! – Vi Diego se aproximando correndo, pálido. – ACONTECEU ALGUMA COISA COM A MINHA FILHA?!

- Pai... – Priscila ainda tremia, tentando expulsar as palavras de sua garganta. - A Letícia...

- FALA LOGO, PRISCILA! – Gritei mais uma vez, sentindo meu chão se perder.

- Ela... Ela apertou minha mão! – Dizia Priscila. Rapidamente as feições de seu rosto iam sendo ocupadas por traços alegres, e ela começou a rir. Agora eu entendia por que chorava. Estava completamente feliz e aliviada, exatamente como eu estava me sentindo.

Comecei a rir, incrédulo de que aquilo de fato estava acontecendo. Minha Letícia estava voltando novamente para os meus braços?

Diego correu rapidamente indo chamar meu pai, todos nós ficamos ao redor, esperando por uma sentença.

- Isso é inacreditável! – Meu pai exclamava.

- O que? O que? – Perguntei, aflito.

- Ela pode nos ouvir... – Ele dizia, admirado. – Não sei como isso foi acontecer, mas os sinais vitais dela estão voltando.

- JURA?! – Berramos eu e Priscila em coro.

- Ainda é muito cedo para dizer se ela vai de fato melhorar sem seqüelas... Mas o simples fato dos sinais vitais dela estarem voltando assim tão rápido é uma grande coisa... Podem ter certeza disso... É uma bela esperança que caiu nos nossos ombros.

- Meu Deus... – Exclamei, rindo comigo mesmo. Pedi tanto, implorei comigo mesmo, com a minha consciência e generosamente minha pequena atende meu pedido... Ela estava voltando para meus braços.

- Syn... – Dizia Priscila. – Letícia não quer ir... Eu sinto que ela não quer nos abandonar e que ela também está lutando para voltar...

- Sabe? – Encarei Priscila com um largo sorriso, deixando uma lágrima de alegria atravessar pelo meu rosto. – Eu sinto a mesma coisa...

- Syn, tenho que te contar uma coisa que eu tenho certeza que você vai ficar muito feliz em saber...

- Então me conta! – Disse, secando as lágrimas.

- Ela apertou minha mão quando eu disse que VOCÊ estava sofrendo muito e que não iria sair de perto dela em hipótese alguma...

Fiquei boquiaberto, por essa eu realmente não esperava.

- Por isso que eu digo que ela está lutando para voltar para nós, Syn... Ela não quer te deixar, ela não quer nos deixar... Sua pequena te ama muito, Syn, nem o perigo da morte vai mudar isso.


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Notas finais do capítulo

Finalmente estou de volta!
HISAHIHSAIHSIAHISAHISA

Agora vocês podem matar a curiosidade, okay? =P

Espero que gostem do capítulo novo e espero que tenham passado um ótimo natal e final de ano.

Apesar de não ter mais aquele negócio de pontos (que sinceramente eu gostei depois de ler a justificativa), aguardo os reviews. (:

beeeejos



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