Com Amor não se Brinca escrita por Bubees


Capítulo 39
Seis meses em uma semana




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- COMO ASSIM?! – Diziam Caio, Ivan e James em coro.

- Olha cara, vocês sabem que eu e a Letícia ficamos muito tempo longe um do outro, e agora fizemos as pazes... Queremos ficar um pouco juntos longe de problemas...

- Eu acho que o Diego não vai gostar muito. – dizia James.

- Pode deixar que isso eu resolvo com o meu pai depois. – Dizia Letícia.

- Mas semana que vem temos que ir a gravadora.

- Estaremos de volta semana que vem. – Dizia Brian. – Vai, eu compro as passagens!

- Por que vocês não vão de ônibus? – Perguntava Caio.

- Vocês não sabem dirigir. – Dizia Brian. – Vai gente, por favor, quebra essa pra mim.

- Por favor! – Letícia ajudava a pedir.

- Está bem. – Dizia James. – Mas vocês dois estão me devendo uma... OS DOIS!

- Sim! – Diziam em coro.

- Bom, então é melhor eu arrumar minhas coisas, e vocês vão comprar as passagens.

- Tudo bem. – Letícia gargalhava.

Brian e Letícia iriam ficar finalmente juntos e sozinhos. Longe de todos os problemas que os rodeavam e seriam apenas eles.

Compraram passagens para Caio, Ivan e James, e finalmente puderam ficar sozinhos.

- O que eu vou falar pro Diego? – Dizia James, antes de entrar no ônibus.

- Diz a verdade! Que resolvemos ficar mais um tempo por aqui. – Dizia Letícia, dando um abraço no amigo.

- Cuida do meu garoto!

- Pode deixar. – Dizia a jovem, gargalhando.

Eram somente os dois agora.

- E então? Quer fazer o que agora? – Perguntava Brian, com os dedos entrelaçados nos da jovem. – Temos todo o tempo do mundo agora... Não vamos ter rotina, vamos dormir e acordar a hora que quisermos.

- Tudo bem! – Letícia concordava sem hesitar. – Vai ser bom poder ficar com você sem problemas, sem compromissos com horários... Somente eu e você. – A jovem aproximava seu corpo com o do rapaz, abraçando-o fortemente.

- Então me diz... O que você quer fazer? Eu sou todinho seu agora.

Letícia parava de caminhar, se colocando logo à frente do rapaz, e o fitando com um meio sorriso estampado nos lábios.

- Não vai aprontar nada comigo, não?

- Bom... Você bem que podia me ensinar a dirigir. – Dizia a jovem.

- Você está falando sério? – Brian começou a rir. – Você quer mesmo que eu te ensine a dirigir... Agora?

- AGORA MESMO! – Letícia dizia animada. – Vai, me ensina!

- Tudo bem! – Dizia o rapaz, pegando a mão da jovem. – Vem comigo. – Dizia.

Brian correu até seu carro, colocando Letícia próxima dele.

- Vai, entra no carro, vamos ver como você se sai.

Letícia simplesmente o encarou, um pouco desconfiada com a confiança tão cega do rapaz. A jovem nunca havia pegado um carro, e ao ver que Brian iria realmente cometer a loucura de ensiná-la, começou a tremer.

- Mas Syn...

- Rápido! – Dizia o rapaz, já se colocando no banco de passageiro.

Incrédula, Letícia abriu a porta do motorista, se sentando frente ao volante.

- Não está se esquecendo de nada? – Perguntou o rapaz.

- A chave? – Letícia arriscava um palpite.

Brian rindo, simplesmente lhe entregou a chave.

- Coloca o cinto. – Dizia ele. – Eu sempre tenho que te lembrar do cinto, não?

Letícia simplesmente lhe fez uma careta, colocando o cinto e em seguida encaixava a chave no contato do carro.

- Vê agora se o carro está em ponto morto. – Dizia o rapaz, com paciência.

- Isso eu já vi meu pai fazendo. – Dizia a jovem ao mesmo tempo empolgada e amedrontada.

- Agora dá partida... Aperta a embreagem... – Brian ia explicando e apontando para cada lugar específico. – Coloca na primeira, vai soltando a embreagem lentamente e acelerando.

Letícia soltava o pé da embreagem, fazendo o carro dar um tranco.

- AI AI AI AI! – A jovem gritava em pânico. – O QUE EU FIZ?!

- Calma... – Brian gargalhava do desespero da jovem. – Eu disse pra soltar lentamente... É devagar mesmo, tem que ser sincronizado... Você precisa treinar pra ficar bem certinho. – Dizia o rapaz.

- Tudo bem. – Letícia respirava fundo, segurando o volante com firmeza e tentando novamente. – AEEEEEEEE! – Letícia comemorava assim que percebia que o carro finalmente começou a andar.

- Isso! – Dizia Brian. – Muito bem... Se quiser pode acelerar um pouco, se não eu vou acabar dormindo.

- Ah Syn, calma, eu nunca dirigi um carro...

- Eu sei amor, eu estou brincando. – Dizia o rapaz, rindo.

Letícia aos poucos que ficava mais confiante com o carro, ousava em acelerar meio quilometro, andava poucos metros e muito tempo.

- Passa pra segunda. – Dizia o rapaz.

- Vai ficar muito rápido.

- Confia em mim. – Dizia o rapaz.

Letícia então, acelerou mais. A brincadeira de dirigir passou a ficar ainda mais interessante. Brian estava ali, se tivesse algo de errado, avisaria, pelo menos é assim que ela esperava.

A jovem simplesmente passou a acelerar mais e mais.

- Syn, não está muito rápido? – A jovem resmungava.

- Não! – Brian começou a rir. – Pequena, você só está a quarenta quilômetros por hora. – Agora você vira pra não bater na árvore ali na frente.

- Ai, como? – A jovem perguntava atordoada.

- Volante! Rápido!

Letícia simplesmente girava o volante, desesperada. Havia girado muito, e já que o chão estava molhado o carro começou a girar, fazendo a jovem perder o controle.

- SYYYYN! – Ela berrava, tentando controlar o carro.

Brian assustado, simplesmente de debruçou, segurando o volante e tentando controlar o carro.

- FREIA, FREIA! – O rapaz gritava. – Vai pisando no freio várias vezes.

- QUAL É O FREIO?! – Letícia perguntava , desnorteada.

Brian simplesmente se sentava em seu colo, parando o carro, que escorregava para o nível mais baixo de um barranco, fazendo as rodas traseiras do carro, cuspirem terra.

- Que susto. – Dizia o rapaz ofegante.

- Ta... Mas sai de cima de mim, eu to sem ar. – Letícia tentava falar.

- ME PERDOA! – Brian saía de cima da moça, voltando a se sentar no banco do passageiro.

- Me desculpe. – Dizia a jovem, ofegante, saindo da cor púrpura que se encontrava, e voltando a sua cor pálida natural. – Foi sem querer.

- Você vai precisar de muitas aulas. – Dizia Brian, também ofegante, encostando a cabeça no banco.

De repente, tudo estava silencioso, ambos respiravam ofegantes, com o carro entalado no barranco. Brian virou-se para Letícia, que estava silenciosa, aflita, dura como pedra ainda com as mãos no volante.

- Pequena... – Brian sussurrava.

Letícia se virava para o rapaz lentamente, percebendo seus músculos petrificados.

Brian de repente começou a gargalhar, e Letícia também.

- Aventura? Só com você. – Dizia o rapaz gargalhando.

- Você deveria ter me avisado primeiro qual era qual. – A jovem cruzava os braços, encarando o rapaz, tentando esconder um riso evidente em seus lábios.

- Mas foi engraçado. – Brian ainda ria, com lágrimas saindo de seus olhos. – Sua cara de desesperada foi a melhor.

- Lógico! Já pensou se eu batesse seu carro?

- Idiota! Essa seria a última coisa que eu iria me preocupar. – Dizia o rapaz, colocando as mãos por trás da nuca de Letícia, a acariciando. – Eu me preocupo com você acima de tudo, por isso não quero que saia por aí se matando... Está vendo por que o cinto de segurança é importante?

- Mas você me enche o saco com isso, hein? – Letícia resmungava. – E eu nunca disse que não é importante.

- Foi bom levar esse sustinho, já temos nossa primeira história para contar da nossa viagem! – Dizia o rapaz, finalmente estabilizando sua respiração. – Eu vou te zoar tanto.

- Eu vou dizer que você ficou morrendo de medo e começou a chorar! – Letícia o ameaçava, rindo.

- Ah claro. – Brian ria, apoiando a cabeça nos ombros da jovem.

- E agora? Como vamos sair daqui?

- Nós não precisamos sair daqui agora se não quisermos.

- Ah é? – A jovem o olhava dentro dos olhos.

Brian simplesmente lhe sorria de canto, enroscando seus dedos entre os cabelos avermelhados da jovem, aproximando seus lábios aos dela, tocando-os sutilmente.

Letícia, então, se aproximou ainda mais do rapaz, acariciando seu rosto, retribuindo o beijo com tranqüilidade, como se realmente tivessem todo o tempo do mundo.

O rapaz descia suas mãos pelas costas da jovem, pressionando seus dedos na cintura da moça, enquanto eles ainda se beijavam, ouvindo apenas o vento forte batendo contra a janela do carro. Letícia puxava levemente os cabelos do rapaz, beijando-o e o abraçando.

- Você não tem noção de como poder passar esse tempo com você está sendo importante pra mim. – Brian sussurrava em seus ouvidos.

- Nós precisávamos desse tempo. – Dizia a jovem, pousando a cabeça no peito do rapaz. – Eu precisava matar as saudades.

- Vem aqui. – Brian se erguia, indo para o banco de trás do carro.

Letícia simplesmente o olhava com um sorriso malicioso estampado nos lábios, e então acompanhou o rapaz, se sentando de frente para ele com as pernas encaixadas em seu quadril.

- Te amo... Te amo... Te amo... – Dizia o rapaz, distribuindo beijos pelo rosto da jovem.

Letícia simplesmente olhava dentro dos olhos do rapaz de modo intenso, passando as pontas dos dedos pelo rosto.

- Não quero que essa semana termine. – Dizia.

- Nem eu. – O rapaz respondia, colocando a mão por dentro da roupa da jovem, a abraçando firme pelas costas, enquanto a moça desligava a mão pelo abdômen do jovem.

Aquele era o espírito que os alimentavam, estavam juntos, como se nada no mundo os pudesse atingir, os beijos iam ficando cada vez mais intensos que era impossível resistir a tudo àquilo.

Brian, como um vicio, novamente agarrava suas mãos nas coxas da jovem, deitavam-se, ainda incansáveis de se beijar, respiravam ofegantes, e os beijos intensos passaram a ser desesperados, como se todo aquele tempo que existisse no mundo fosse se esvair de repente, precisavam daquilo, precisavam se sentir em paz pelo menos por algum instante. Não queriam mais que invadissem seu mundo, não queriam mais que os problemas tomassem conta de tudo aquilo que o acaso construiu. O acaso que os fez se apaixonarem um pelo outro.

Letícia passava as unhas lentamente pelas costas nuas no rapaz, ele a beijava cada parte do corpo, tomando-a em seus braços como algo que já fosse dele. A jovem se sentia da mesma forma. Ninguém poderia contestá-los. Dependiam um do outro para funcionar bem.

Fechavam os olhos, sentindo a sincronia de seus corpos e a nuvem de paixão que os cobriam, estariam em qualquer lugar, em um sonho, no céu, na água, no fogo...

Eram dois jovens completamente apaixonados. Completamente errados, completamente confusos, completamente inexperientes, mas de uma coisa eles sabiam muito bem. Sabiam o que sentiam, sabiam que tudo aquilo estava certo. Não existia sofrimento, não existia saudade, não existia ódio... O ódio estava perdendo aquela guerra, os soldados foram levados por outro caminho, havia um imã que os puxavam para aquele sentimento tão louco e confuso. Eles sabiam qual sentimento era, sabiam que longe do ódio o amor tomaria forma.

- Eu te amo... – Brian dizia ofegante, pousando a cabeça no peito de Letícia.

- Eu também, Syn... Eu também... – Dizia a jovem, fechando os olhos, e acariciando os cabelos suados do rapaz.

Podiam sonhar tranquilamente, nada os atingiria.

Tinham um carro, entalado na terra molhada, em um dia nublado, úmido e frio, mas só o que eles precisavam, não era um lugar seco, aberto, quente e acolhedor. Eles mesmos faziam isso já por si só. Não precisavam de nada quando estavam juntos.

- Syn? – Letícia sussurrava. – Já escureceu.

Brian abria os olhos lentamente, olhando ao redor.

- Aposto que a noite está linda. – Dizia, olhando através da janela do carro.

Tudo ao redor deles estava silencioso, a não ser pelo barulho dos grilos ao redor deles.

O céu, muito diferente da noite passada estava aberto. Haviam muitas estrelas no céu, a lua os refletia como se fossem os protagonistas da noite.

- Vamos pra casa? – A jovem perguntava docemente.

- Só fica mais um pouco comigo. – Dizia o rapaz a abraçando. – Eu quero me lembrar disso eternamente.

- Syn... Eu tenho tanto medo de acordar...

- Sh... – Brian tocava levemente seus lábios nos da jovem. – Não tem necessidade de falar dos seus medos agora... Não tem motivo. – O rapaz acariciava os cabelos de fogo de Letícia. – Você me disse que ia tentar... Para de ter medo... Eu estou aqui pra você.

Letícia estendia um sorriso, abraçando o rapaz com força.

- Nunca desapareça. – Dizia.

- Não mesmo. – Dizia Brian. – Vamos indo?

- Vamos sim. – Dizia a jovem.

- Mas dessa vez é melhor eu dirigir.

- Também acho. – Dizia Letícia, rindo e se lembrando do que havia acontecido há poucas horas.

Vestiram as roupas, e se sentaram cada um no seu devido lugar. Seus olhares estavam diferentes. Os olhos de Letícia pareciam duas esmeraldas valiosas e cintilantes, seu rosto estava mais angelical do que de costume, os lábios avermelhados estavam relaxados, enquanto Brian a admirava como se tivesse encontrado uma mina de ouro.

Brian ligava o carro, tentando acelerar, enquanto as rodas traseiras patinavam contra o chão.

- Pequena...

- AH, EU NÃO VOU EMPURRAR O CARRO! Chega de tratamento de lama.

- Por favor, se não a gente vai ficar aqui eternamente... Não que eu fosse achar ruim, mas as pessoas iam começar a achar que fomos seqüestrados.

- Está bem. – Letícia debatia. – Mas pega leve.

- Pode deixar. – Dizia Brian.

Letícia então se retirou do carro, indo até a traseira.

- VAI, PODE LIGAR! – gritava.

Brian assim o fez, e como não era novidade que as rodas patinariam, fazendo lama voar para todos os lados.

- SYN! – Letícia resmungava, ficando completamente ensopada de lama.

Brian rapidamente parava de dirigir, abrindo o vidro e se virando para a jovem. – Oi amor? – Assim que viu o estado da amada, começou a gargalhar. – VOCÊ ESTÁ MUITO ENGRAÇADA!

- Eu vou me vingar! Lembre-se que eu vou sentar ai no seu carro!

Brian rapidamente parava de gargalhar.

- Sem graça. – Dizia.

- VAI, ACELERA! – Dizia a jovem fechando os olhos para protegê-los do bombardeio de lama.

Sendo assim, Brian tornou a acelerar o carro, Letícia empurrava o carro, tentando se equilibrar, já que também acabava escorregando, várias e várias vezes. Até que finalmente...

- AEEEEEE! CONSEGUI! – Letícia comemorava ao ver o carro conseguir finalmente subir o barranco lamacento.

- TCHAU AMOR! – Dizia Brian, saindo com o carro.

- EEEEEEEEEEEEI! – Letícia gritava, correndo desengonçada atrás do carro. – EU TE MATO BRIAN ELWIN HANER JUNIOR!

De repente, Brian dava ré no carro, rindo tanto, que até lágrimas saíam de seus olhos.

- AI SEU IDIOTA! – Letícia resmungava.

- Sua bobinha, você acha mesmo que eu ia te deixar aqui? – Brian gargalhava. – Entra.

Letícia respirava fundo, tentando se conter. Assim que entrou no carro, a primeira coisa que fez, foi dar um abraço bem dado em Brian.

- AAAH LETÍCIA! – Brian resmungava. – Tudo bem, quando chegarmos, vou tomar banho com você.

- Vai é? – Letícia o encarava.

- Vou sim!

Assim que olhavam um ao outro, tornaram a rir, tiraram fotos com as poses mais estranhas e riam ainda mais com elas.

Assim que voltaram ao chalé, Letícia abria a porta do carro, e corria para o banheiro.

- AAAH! LETÍCIA! – Brian trancava a porta do carro, e corria até o banheiro.

Brian, mais uma vez conseguia abrir a porta com tranqüilidade, invadindo o banheiro em nenhuma sutileza, agarrando as coxas de Letícia encaixando em seus quadris, e lá estavam eles de novo, debaixo do chuveiro, de roupa e tudo que mais lhe tinham direito.

A viagem prosseguia bem, ficavam juntos sempre, no banco traseiro do carro, no chuveiro, no banheiro do shopping, atrás das árvores, na piscina...

Tiraram um dia para lavar o carro, fizeram guerras de sabão, Letícia pintou as unhas do pé de Brian de vermelho, brincaram de se vestir um com a roupa do outro, contaram piadas, historias de terror, beberam tequila, mas Letícia acabou batendo o cotovelo no saleiro, derrubando tudo no copo, Brian riu, queimou as panquecas do café da manhã e quase colocou fogo no pano de prato, escorregaram no barranco com lama dentro de uma caixa de papelão, caíram, se sujaram, tomaram banho juntos de novo, roubaram cones coloridos, quebraram a cama do chalé, arrumaram com alguma gambiarra,

estavam juntos, unidos, levando tudo com bom humor, sem medo, sem preocupações, sem rotina, sem problemas que os colocariam em algum risco maior.

Estava noite, e Letícia preparava o jantar, logo teriam de voltar para São Paulo, e por isso seus ânimos não estavam tão bons como durante a viagem.

- Melhor eu ligar os celulares. – Dizia a jovem. – Podem estar preocupados conosco.

- É, já estamos a cinco dias aqui... – Brian dava de ombros, se enrolando em algumas cobertas.

- Syn, não fica assim... Essa viagem foi perfeita, e temos tantas fotos para nos lembrar disso.

- É eu sei. – Dizia o rapaz sorridente.

- Vou terminar o jantar está bem?

- O que você está fazendo?

- Macarrão ao molho branco, gosta?

- Adoro! – Dizia o rapaz. – Quer ajuda?

- Não, pode ficar aí, você estava tossindo demais, estou com medo de você ficar muito doente, exageramos na guerra de água, está muito frio...

- Ah para com isso! Eu tenho uma saúde de ferro.

- Claro, claro... – Letícia ria. – Se cuida, garanhão, deixa eu terminar a janta e ligar os celulares.

- Ah não...

- Syn, é sério... Já sumimos por cinco dias, nossos pais vão nos matar. – Letícia se aproximava do balcão, ligando os celulares.

Letícia então voltou sua atenção ao jantar, estava tudo quase pronto, quando de repente, o celular de Brian começou a tocar.

- Syn, o celular. – Dizia Letícia.

- Atende pra mim, pequena? Por favor.

- Atendo. – Letícia pegava o celular, vendo que era James quem ligava. – Viu como estão preocupados conosco? – E então finalmente atendeu a ligação. – Alô?

- ALELUIA VOCÊ LIGOU ESSA PORRA DE CELULAR! – Dizia James do outro lado da linha.

- Oi pra você também, James.

- Ah Letícia? Desculpa, achei que fosse o Syn, ele já está acostumado com meus xingamentos.

- Tudo bem. – Dizia a jovem às gargalhadas. – O que foi? Aconteceu alguma coisa? Você parece meio irritado.

- Vocês precisam voltar logo. – Dizia James. – Você não sabe o que aconteceu...

- O que foi, James? Fala logo, você está me deixando preocupada.

Brian assim que ouviu a voz aflita de Letícia ao telefone, se levantou do sofá, pegando o telefone das mãos da jovem.

- James... Syn aqui... O que aconteceu?

- Cara, o Diego está aflito atrás de vocês, eu conversei com ele, disse que vocês precisavam de um tempo para se acertar, mas mesmo assim a Clarice ficou brava... O problema nem é tão esse...

- O que foi então?

- O Mateus tentou falar com a Letícia durante esse período, e como os celulares de vocês está sempre desligado, ele ligou para o Diego.

- E aí?

- O Diego contou que vocês dois estavam viajando juntos... E...

- Fala logo, James!

- O Mateus ficou muito puto!

- Não era de se esperar.

- Não Syn, o pior ainda está por vir.

- FALA! – Brian dizia irritado.

- O Mateus deu uma surra na Juliana.

- COMO É QUE É?! – Brian berrava ao telefone, irritado.

- O que foi, Syn? – Letícia perguntava.

- POR QUÊ?!

- Ele disse que era culpa dela de não ter separado vocês dois... Cara, o Mateus está fora de si, eu estou realmente preocupado.

- Mas como você ficou sabendo disso?

- A Bianca contou pro Caio, que me contou... Sério cara, vocês precisam voltar o quanto antes...

- Tudo bem, estaremos de volta amanhã.

- O que foi, Syn? – Letícia perguntava trêmula. – O que aconteceu que você ficou assim tão puto?

- O Mateus descobriu que estamos viajando juntos... E deu uma surra na Juliana.

- O que?! – Letícia perguntava aflita.

- Precisamos voltar.


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Notas finais do capítulo

Gente, o capítulo que eu prometi pra vocês e não pude postar semana passada, estou postando aogra, ok? (:

Espero que gosteeem. o/

Mandem reviews. (:

beeejos