Com Amor não se Brinca escrita por Bubees
Os dias se passaram, e os ensaios prosseguiram bem.
Brian e Letícia, só se falavam nos ensaios, e nada além disso, parecia mais é que o rapaz estava fugindo da jovem.
Letícia ainda não conseguia falar com Gerard, sempre que tentava algo a impedia.
E assim o tempo foi passando, até finalmente o dia tão esperado chegar.
Letícia estava no apartamento de seu pai, cuidando de sua voz e ao mesmo tempo colocando uma roupa diferente para se apresentar. Estava ansiosa, e ao mesmo tempo irritada por ainda não ter conseguido falar com Gerard, e hoje com certeza não seria o dia, mais uma vez.
De repente, a campainha tocou. Desajeitada, corria pelos corredores, vestindo uma camisa branca, sem perceber que estava passando naquele estado em frente de Gerard.
- O QUE ACONTECE?! – Dizia o rapaz, boquiaberto.
Letícia deu de ombros, abrindo a porta.
- Oi Syn. – disse, ajeitando os cabelos bagunçados e recuperando a respiração da correria.
- Calma, respira, ainda temos meia hora. – Brian dava uma leve risada. – Só vim te avisar que não vamos precisar ir ao evento de métodos estranhos, como bicicleta, patinete, patins, carroça...
- Como assim?
Brian simplesmente estendeu as mãos, onde havia a chave de seu carro.
- SEU PAI DEVOLVEU SEU CARRO?! – A jovem perguntou animada.
- Não. – Disse Brian. – Mas eu peguei mesmo assim.
- Ah...
- Bom, vou avisar os meninos, te espero lá em baixo, não atrasa!
- Tudo bem...
Letícia rapidamente entrou em seu apartamento, terminando de se arrumar.
Pegou um amplificador de seu pai, e um microfone.
Estava tudo pronto. O que só ajudava para que a sua ansiedade aumentasse ainda mais.
- Vamos Gerard! – A jovem gritava já esperando no hall.
- To já, to já! – Dizia Gerard, aparecendo correndo por entre a porta. – Meu cabelo tem que arrumar.
- Ah, vamos! – Dizia Letícia impaciente, puxando o rapaz pelos punhos.
Desceram pelo elevador, e foram até a garagem, próximo ao carro de Brian, onde todos já estavam esperando.
- Aleluia! – James resmungava, com um riso.
- Para, eu nem estou atrasada! – Letícia se defendia.
- Nossa Geraldão, acordou e já veio direto pra cá? – Brian zombava. – Que bucha é essa que você chama de cabelo em cima da sua cabeça?!
- SYN! – Letícia o advertia.
- Bom, a gente vai ter que arrumar espaço pro Geraldo... – Dizia o jovem. – Letícia vai na frente comigo, e o Geraldão pode se sentar no colo do James.
- O QUE?! – Gerard e James perguntavam em coro e de olhos arregalados hesitando completamente a hipótese.
- Você pagar! – Dizia Gerard, aborrecido, no colo do James.
- Cara você bem que podia ter um pouco mais de carne da bunda. – Dizia James.
- Essa frase ficou tão estranha, James. – Caio zombava às gargalhadas.
Estavam todos a caminho, riam. Zombavam, e estavam todos muito ansiosos.
Chegando ao local, Brian entregou o comprovante de inscrição para um dos organizadores do evento.
- Bem vindos. – Dizia o rapaz. – A banda ‘headshot’ vai dividir o camarim com a banda ‘snakes of Hell’. Sigam-me.
Os ‘Headshots’ seguiam o jovem rapaz pelos corredores mais repletos de pessoas de variados estilos.
Estava tudo muito cheio, e muitos já ensaiavam.
- Bom, é aqui que vocês podem deixar suas coisas, e o regulamento está pendurado na parede. Boa sorte.
Entraram em um quarto pequeno, havia alguns instrumentos posicionados que com certeza eram das outras bandas.
- No regulamento diz que se brigarmos, atrasarmos e se nos drogarmos, somos desclassificados. – Brian lia o regulamento. – A briga serve pra você, Letícia.
- Ah, cala a boca. – A jovem debatia.
- Ta vendo? – Brian dava uma leve risada.
- É, para de se drogar você também.
- Vou te mostrar no que eu sou drogado. – Brian cruzava os braços, encarando a jovem.
- O que acontece? – Gerard de repente se aproximava, abraçando Letícia.
- Com licença. – Dizia Brian, ríspido.
- GERARD! Me solta! – A jovem resmungou, se soltando do rapaz, e se afastando.
- Quem será a banda que vai ficar com a gente? “Snakes oh Hell’ parece um nome muito ‘trash’. – James comentava.
- “Headshot que é muito “trash” – Uma voz de repente invadiu o quarto. – Parece nome de banda nerd, viciada em “Countrier Strike”... Nunca pensei que um dia iria reencontrar vocês.
- Bruno? – Letícia o encarava,boquiaberta.Ele estava mais belo, os cabelos louros e lisos estavam maiores, e o olhar lhe entregava maturidade.
- Oi, Letícia. – Bruno entrava no pequeno camarim, encarando todos da banda, sendo seguido por mais três rapazes, todos cabeludos, e vestidos de roupas largas e pretas.
- Bom saber que vocês serão nossos adversários. – Dizia Brian, se aproximando de Bruno com os braços cruzados. – Vai ser bom detonar vocês.
Bruno de repente disparou uma risada sarcástica sobre Brian, também cruzando os braços, encarando o rapaz dentro dos olhos e se aproximando ainda mais.
- Acha mesmo que eu vou deixar barato o que você e a sua namoradinha me fizeram?
- Ele não é meu namo...
- VOCÊS NÃO ESTÃO JUNTOS?! – Bruno começou a gargalhar. – Cara, você é realmente um frangote!
- Frangote? Vai começar a usar seus super xingamentos de menininhas patricinhas de doze anos? Barbie.
Bruno simplesmente fechou a cara, recuando um passo.
- Sempre recuando, né Brunão?
- Cala a boca antes que eu encha sua cara de porrada! – Bruno ameaçava.
- Vem então! – Brian porém, não se intimidava.
- RAPAZES! – Letícia se colocava em meio aos dois. – Depois a regra da briga era pra mim...
- É Syn, deixa esse cara aí. – Dizia James, se aproximando e encarando Bruno.
- Não vamos correr risco de ser desclassificado por causa dessa Barbie do Paraguai! – Dizia Caio, também se aproximando.
- Bye Bye Beautiful. – Dizia Ivan às gargalhadas.
Bruno, porém, nada disse. Apenas virou-se de costas se aproximando de seus instrumentos para ensaiar.
Brian e os outros começaram a posicionar seus instrumentos para então começarem finalmente a ensaiar.
- Não estou com vontade de ficar mostrando tudo que sabemos na frente deles. – Brian sussurrava nos ouvidos de Letícia.
- Mas todos estão ensaiando.
- Não acha que já ensaiamos o suficiente? Se ficarmos ensaiando demais vamos acabar ficando nervosos.
- Já está tarde demais pra tentar inibir o nervosismo, por que eu estou muito nervosa. – Dizia Letícia estralando os dedos e olhando amedrontada para o rapaz.
- Ah, para com isso... – Dizia Brian com um sorriso. – Nervosismo faz parte, e isso que é emocionante... Você canta divinamente bem, pensa assim, vai dar tudo certo.
Letícia, nada disse. Apenas estendeu um sorriso e ficou encarando o rapaz por alguns instantes. Brian também fazia o mesmo, e também sorria.
Gerard estava em um canto qualquer do quarto analisando a cena que ocorria bem à sua frente. Sentia seu coração acelerado, porém não queria dar indícios. Estava triste, se sentindo um completo idiota, mas não havia nada que ele pudesse dizer. Letícia não o amava, e não precisava ser muito esperto para adivinhar isso.
- Atenção todos! – Dizia o mesmo rapaz da entrada, entrando no camarim. – Peço por favor que fiquem apenas nessa área, o júri está chegando e as outras pessoas que vão ver os shows também, a ordem das apresentações já está fixada no mural principal, por favor não atrasem os horários. Acho que é só isso, boa sorte.
- Agora a nossa briga é no palco. – Dizia Bruno.
- Com certeza. – Brian o encarava de cabeça erguida.
Letícia simplesmente os encarava, de olhos arregalados. Pareciam dois antigos rivais indo para alguma guerra histórica da qual somente um sairia vivo.
- Vamos ver os horários. – Dizia Brian, animado.
- Vão vocês, eu vou ficar aqui. – Dizia Letícia encarando Bruno de relance. – Melhor, se é que vocês me entendem.
- Está bem, a gente não demora! – Dizia Brian, saindo correndo.
- Letícia, beber água. – dizia Gerard.
- Ah, é só você ir até o final do corredor que tem...
- Banhero também? – perguntava o jovem, com um sorriso sutil.
- Sim. – dizia Letícia.
Gerard simplesmente se virou de costas, se retirando, assim como os outros integrantes da banda de Bruno.
Restaram apenas os dois ali. Bruno e Letícia.
De início a única coisa que se ouvia ali era o som das outras bandas que estavam por perto, Letícia se mantinha rígida perto dos instrumentos de sua banda como se fosse um segurança, nem se quer olhava para Bruno e não respirava com tranqüilidade.
- Você mudou muito. – Disse Bruno de repente.
- Eu sei. – Letícia respondeu ríspida.
- Mas pelo visto... – Bruno soltava uma leve risada. – Continua a mesma revoltadinha de sempre.
- Não sei por que teria de mudar isso. – E mais uma vez a jovem era ríspida
Bruno de repente se levantou da onde estava, indo se sentar ao lado da jovem.
- Então você e o Brian não estão juntos? Quem é aquele cara que fala estranho?
- Isso não é da sua conta. – Letícia ainda nem se quer o olhava.
- Ah para com isso, eu estou tentando ter uma conversa amigável com você... Meu problema nem é mais com você é com o Brian.
- Problema com ele por que? Só por que ele te deu uma surra? – Letícia pela primeira vez se virava para o rapaz, o encarando com sarcasmo.
- Muito engraçado. – Dizia o rapaz sério. – Se você não o tivesse ajudado, eu quem teria lhe dado uma surra.
- Eu só ajudei por que você ia trapacear. Admita, você não é páreo para o Syn.
- É o que veremos hoje. – Bruno a encarava, irritado.
- Admita mais uma vez que o Syn toca mais instrumentos que você, e com certeza nisso ele também leva a melhor...
- Você o defende tanto... Por que ainda não estão juntos?
- Eu já disse que isso não é da sua conta!
Bruno de repente começou a gargalhar.
- Ele não te quis? – O rapaz tentou provocar mais uma vez. – Se não, ele é realmente um retardado, você está muito mais linda do que quando eu te conheci naquele show, uma beleza comparada com de uma deusa.
- Você está me cantando? – Letícia o encarava, irritada.
- Talvez, algum problema?
- Vai tirando esse seu cavalinho da chuva, isso sim! – Letícia retrucava. – Acho que você não entendeu ainda que o que aconteceu conosco foi NADA. Desencana.
- Sabia que você me menosprezando assim só me deixa mais louco? – Bruno dava um sorriso no canto dos lábios.
Letícia simplesmente o encarou enojada, se erguendo de imediato da cadeira.
- Calma, não precisa ficar com medo... – Bruno também se erguia, se aproximando da jovem. – Só disse a verdade.
- Que seja, agora vai pro seu canto que essa conversa acaba aqui.
- Só acaba quando eu disser que terminou. – Bruno a encarava como se a estivesse desafiando. – Eu posso fazer o que eu quiser...
- Se você continuar me irritando eu vou...
- Vai fazer o que? Me bater? Sabe que se fizer isso sua bandinha vai ser desclassificada... Não quer que o Brian fique chateado com você, não é?
- Está certo. O que você pretende então? Ficar aqui tentando me tirar do sério?
- Por que você e o Brian não estão juntos?
- Por que diabos você quer saber?! – Dizia a jovem irritada.
- Responde.
- Não estamos juntos simplesmente por que não estamos. Não tenho que ficar dando satisfação da minha vida pra você...
- Ele te ama? – Bruno, porém, ainda a encurralava.
Letícia simplesmente engoliu seco, recuando alguns passos e encarando o rapaz.
- Para de tentar fugir. – Bruno a encarava, caminhando à direção da jovem. – Eu só quero saber como eu vou fazer pra irritar o Brian.
- Ah é? Ele não me ama seu trouxa!
- Você só está tentando proteger ele, que eu sei muito bem. – Bruno ainda caminhava, fazendo Letícia recuar. – Esse cara é louco por você... O que só me deixa mais animado pra tentar irritá-lo, ele não vai conseguir se concentrar ao descobrir que a amadinha dele o trocou...
- O que você está fazendo? COMO VOCÊ PODE SER TÃO COVARDE?! – Letícia dizia indignada.
- Ah, cala essa boca. – Bruno revirava os olhos. – Você não pode fazer nada, se não...
Letícia simplesmente respirou fundo, não tendo mais para onde fugir.
Estava com muita raiva, queria mais era estourar a cara daquele idiota, desprezível e covarde, não sabia o que fazer, simplesmente não podia reagir.
- Por que não irritar um pouco o Brian? – Bruno aproximava seus dedos finos e compridos, acariciando os cabelos avermelhados da jovem.
- Sai. – Ordenava, séria.
- Por que? – Bruno dava um sorriso no canto dos lábios. – Te incomoda?
Letícia simplesmente baixou a cabeça, sentindo aquelas mãos finas tocando seus cabelos, seu peito estava explodindo por dentro, como se uma batata gigante estivesse entalada em sua garganta.
- LETÍCIA?!
- GERARD! SOCORRO! – A jovem berrou de repente.
Bruno olhou para trás assustado, e a jovem simplesmente aproveitou a distração o rapaz para correr atrás de Gerard.
- O QUE ACONTECE?! – Dizia Gerard irritado. – O que fazer com minha namorada?
- Ela é sua namorada?! – Bruno olhava surpreso.
- E você colocar mão de novo, eu acabo com você! VO ACABAR JÁ!
- Não Gerard, calma... – Dizia Letícia.
Porém, era tarde demais, Gerard se aproximou de Bruno lhe acertando com o punho no centro da face. O rapaz de imediato caiu contra o chão. Incansavelmente, Gerard o puxava pela gola da camisa, fazendo-o se erguer, acertando-lhe no estomago.
Bruno tentava reagir, porém Gerard o segurava pelo pescoço, prensando-o contra a parede.
- Esse aprendi com Letícia. – Dizia o rapaz, acertando uma cabeçada no centro da testa de Bruno.
- AI MEU DEUS! – Dizia Letícia sem saber o que fazer.
De repente, Letícia pode ouvir alguns passos apressados se aproximando da sala em que estavam.
- O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI?! – Dizia um dos rapazes que organizavam o evento.
- Nada. – Dizia Letícia.
- Nada o cacete! – Bruno resmungava, colocando as mãos sobre a testa. – Esse cara me espancou!
- Infelizmente vou ter que desclassificar os...
- NÃO! – Dizia Letícia.
- Eu não ser banda! – Dizia Gerard, dando de ombros.
- Então por favor se retire. – Dizia o jovem, pegando Gerard pelos braços e o arrastando para fora.
- AE SER EXPULSO DE NOVO! ROCK N’ ROLL! – Gerard parecia estar feliz com o fato, simplesmente era arrastado e ficava dando risadas maléficas e erguendo o anelar e o dedo mindinho para o alto.
Bruno simplesmente ficava encarando Letícia com ódio, quando de repente Brian e os outros já estavam de volta.
- Nossa o que aconteceu aqui? – Perguntava Brian assim que via Bruno todo amarrotado, com o rosto vermelho.
- O Gerard bateu nele.
- Ah, por isso que eu o vi cantando e sendo expulso pelos seguranças?
- Acho que sim. – Dizia Letícia confusa.
- Vamos tocar daqui uma hora. – Dizia Brian animado, indo até sua guitarra. – Quero me apresentar logo.
- Eu também, assim essa ansiedade passa de uma vez.
- Nem me fale. – Brian comentava.
Depois da surra, Bruno nem se quer se atreveu a se meter com Brian ou Letícia, nos instantes que lhes faltavam para finalmente se apresentar , aproveitavam para ensaiar, mas claro, sem dar seu melhor, deixar isso para o momento tão esperado.
- Vamos é nossa vez! – Dizia Brian respirando fundo, e colocando a guitarra sobre o ombro. – Vamos DETONAR!
- ISSO AE! – James berrava.
Letícia também pegou seu microfone, respirando fundo, e caminhando pelos corredores, sentia como se borboletas voassem pelo seu estomago, sentia seu coração saltando por entre seu peito, e quanto mais se aproximava, mais ouvia o som das pessoas gritarem da platéia.
Havia um feixe entre a cortina e a parede a onde eles poderiam ver quem estava do lado de fora.
- OLHA! A MARIANA, O JOÃO E A BIANCA VIERAM! – Letícia comemorava. – E o Gerard também está lá sentado...
- Que bom. – Brian gargalhava, porém logo ficou sério e pálido. – Opa.
- O que foi?
- Meu pai.
- O QUE?! – Perguntava a jovem, assustada.
- Ele vai me ver tocando e vai parar tudo... – As mãos do rapaz de repente começaram a tremer.
- Não calma, Syn... Seu pai está se sentando junto da Mari... Eu não acho que ele veio pra te tirar daqui... – A jovem lhe esboçava um largo sorriso. – Ele veio pra te ver tocar.
Brian simplesmente ficou boquiaberto. Mal eles sabiam que aquele show seria o show de suas vidas.
- Agora com vocês a banda “Headshot”!
Letícia respirou fundo e fechou os olhos, e lá estavam eles, diante de sua platéia, diante de seus caminhos... Seu futuro.
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Pessoal, por questao de falta de tempo e correria, afinal tive simulado esse fds, entao foi tenso, por isso nao respondi aos reviews, mas ja adianto que adorei todos eles.
Agora espero que gostem do novo capitulo e nao esqueçam de mandar mais reviews e quero opinioes em relaçao ao Nightmare.
Eu ja adianto que AMEEEI o CD HISAHIHSIAHISAHISA
valeeeo. beeejos