- Gerard, você vai mesmo sair com o Syn?

- Sim.

- Então eu vou junto. – dizia.

- Não vai. – Debatia Gerard.

- COMO É QUE É?!

- Por que está com tanto medo de eu saia?

- Não é medo...

Gerard cruzava os braços, encarando Letícia.

- Ah, está bem. – dizia a jovem, vencida. – Pode ir. – Letícia dava de ombros.

- Eu vou, você não.

- EU SEI QUE EU NÃO VOU!

- Sempre te achei irritada linda.

- Obrigada. – Letícia dizia fechando a cara.

Gerard se aproximou da jovem, agarrando-a pela cintura, tocando seus lábios aos dela.

Letícia porém manteve seus lábios rígidos conforme Gerard tentava beijá-los.

- O que acontece? – perguntava o rapaz.

- Nada. – Dizia Letícia com um sorriso sem graça e forçado.

Gerard deu de ombros, tocando novamente seus lábios aos dela, e novamente a jovem os mantinha rígidos.

- Sabia que não me beijar de verdade?

- Oh, jura? – Dizia Letícia ainda esboçando o sorriso amarelado entre os lábios, sendo amarrotada pelos braços de Gerard. – Desculpa. – A jovem se aproximava, lhe dando um beijo sutil nos lábios.

Gerard aproveitou a atitude da moça para tentá-la beijar novamente, dessa vez Letícia não reagiu, apenas deixou ser beijada, e de mal jeito tentava retribuir sentindo seu coração se apertar dentro de seu peito, não estava feliz e não se sentia feliz... Era para Brian estar ali.

O rapaz a soltou, olhando-a de modo confuso, e então lhe esboçou um leve sorriso.

- Que roupa vou?

- Não escolheu ainda?

- Não, não escolheu ainda...

- Gerard, é ‘não escolhi’.

- É, não escolhi.

- Isso. – Dizia Letícia, sorridente. – Quer ajuda?

- Quero.

Letícia se sentou no chão, mexendo na mala de Gerard.

- Essa camisa fica bem em você. – Dizia retirando uma camisa básica branca e outra pólo xadrez com botões. – Vista a xadrez por cima da branca, vai ficar legal.

- Está bem. – Gerard concordava com um leve sorriso estampado nos lábios.

- E essa calça mais escura vai ficar bonito.

- Vou ficar bonito?

- Sim. – respondia a jovem timidamente, se erguendo do chão.

- Obrigado. – Respondia Gerard.

Letícia então se retirou do quarto, indo até a sala para esperar Gerard se trocar.

Ligou a TV, mas nem se quer prestava atenção á ela, nem se quer olhava para ela. Estava olhando para o chão, abraçando os joelhos contra seu peito, se sentindo a pior pessoa do mundo. Era como receber fortes pancadas na cabeça cada vez que Gerard tentava beijá-la, cada vez que o jovem sorria ao vê-la, cada vez que ele tentava agradá-la. E recebia pontadas ainda mais afiadas em seu peito, quando via os olhos de Brian fitando os seus com ódio.

Pensar nisso, simplesmente fez com que seu coração acelerasse, não estava e não poderia ser feliz assim.

- Como estou? – perguntava Gerard com um sorriso largo estampado nos lábios.

- Não Gerard, você vai pra um bar...

- Mas eu não saber como bar é aqui.

- Abre essa camisa... – Letícia se aproximava abrindo os botões da camisa do rapaz. – E abra os botões da manga, deixe mais bagunçado.

Gerard fazia o que Letícia lhe dizia, e então já estava finalmente pronto.

- Eu vou esperar você voltar. – Dizia a jovem.

- Vai? – Gerard estendia um largo sorriso. – Que boa.

De repente a campainha tocou.

- Deve ser o Syn. – dizia Letícia, caminhando até a porta.

- Oi Letícia. – dizia Brian naturalmente. – Cadê o Geraldo?

- Para de chamar ele assim. – Letícia resmungava. – Ele não tem cara de Geraldo!

- Ah, cala a boca. – Dizia Brian. – VAMOS GERALDO!

- Você tem que ser chato assim?

- Você sabe que está merecendo. – Brian lhe esboçava um sorriso sínico, seguido por uma piscadela.

- Vamos já? – perguntava Gerard.

Brian arregalava os olhos para Gerard o encarando, e então ajeitou a própria camisa.

- Oi – Respondeu Brian desanimado.

- Olha lá o que você vai fazer com ele...

- O que foi? Você é namorada ou mãe dele? – Brian zombava.

- Syn...

- Não se preocupe... – Dizia o rapaz. – O Geraldão está seguro comigo.

Letícia revirava os olhos.

- Tchau meu jasmim. – Dizia Gerard.

Brian de repente começou a gargalhar.

- Eu sei que você prefere ser chamada de ‘minha pequena’ – Brian piscava novamente.

Letícia de repente sentiu seu rosto corar, e seu coração acelerar.

- Viu só? – Brian gargalhava.

- Para de ser idiota. – Letícia debatia.

- O que acontece? – perguntava Gerard.

- Cara, troca de fita. – Debatia Brian.

- O que? – Gerard perguntava confuso.

- “O que acontece?” – Brian o imitava.

Letícia ria da imitação de Brian.

- Parece um ‘pokemon’ – Brian continuava imitando Gerard. – “O que acontece?”

- Para de zombar dele. – Dizia Letícia segurando o riso.

- Vamos? – Perguntava Gerard, confuso, sem entender o que estava acontecendo.

- Vamos...

- Tchau meu jas... – Gerard fez um bico para beijar os lábios de Letícia, porém antes mesmo que ele os tocasse, Brian o puxou bruscamente até o elevador.

Letícia ficou apenas assistindo a cena sem entender o que Brian pretendia. Não acreditava que ele iria fazer algo grave com Gerard, se fosse Mateus, até poderia ser, mas não Brian.

Simplesmente fechou a porta, respirando fundo, e se sentindo terrivelmente culpada por não tirar BRIAN de sua cabeça sendo que deveria pensar em GERARD.

A jovem simplesmente colocou um DVD de um show do Pink Floyd, pegou uma coberta e ficou encolhida contra o sofá, pensando... Obviamente que em Brian. O que será que ele tinha em mente? O que ele estaria fazendo com Gerard?

- LETÍCIIIA! – Gritava Diego. – NÃO VAI ATENDER ESSE TELEFONE?!

- Oi?

- O JOÃO NO TELEFONE!

- Ah... – Dizia a jovem ainda perdida em pensamentos. – Eu não ouvi. – E então pegou o telefone. – Alo? Oi João, tudo bem?

- Oi Letícia, tudo bem e você? – perguntava o rapaz num tom sério.

- Aconteceu alguma coisa? Você esta bem mesmo?

- Estou... Posso dar uma passada aí na casa do seu pai?

- Mas não está muito tarde? – perguntou a moça, confusa. – Já passaram das dez...

- Não. – João a interrompia. – Eu preciso te ver, conversar com você... Por favor.

- Está bem, pra mim não tem problema algum.

De repente, o telefone se desligou. Letícia encarou o aparelho confusa, sem entender aquela reação de João.

Colocou então o telefone no gancho e voltou a se sentar, retomando aqueles pensamentos que antes a dominavam.

Não demorou muito para que o interfone tocasse, rapidamente Letícia foi atendê-lo pedindo para que João subisse.

- Oi Jo...

A jovem nem se quer pode terminar a frase, o rapaz rapidamente a abraçou forte, deixando o silencio controlar suas emoções.

- João... O que foi? – A jovem perguntava, retribuindo o abraço desesperado do amigo.

- Eu senti sua falta...

- Mas na festa você não parecia tão mal...

- Você acha mesmo que eu ia demonstrar alguma coisa do tipo na frente do Syn ou daquele cara estranho... Geraldo...

- É GERARD! – Letícia o corrigia revirando os olhos. – Bom que seja...

- Posso entrar?

- Claro. – Letícia franzia o cenho abrindo espaço para que João passasse. – Estou vendo um DVD do Pink Floyd...

- The Wall. – Dizia João reconhecendo o tal show e se sentando no sofá. – Onde está o tal Gerard?

Letícia engoliu seco, se aproximando do sofá e se sentando ao lado de João.

- Bom... – Dizia a moça. – Ele saiu com o Syn.

- O que? Como assim?

- O Syn o chamou para sair... – Letícia franzia o cenho, mostrando sua preocupação nos traços de seu rosto. – Algo me diz que o Syn vai aprontar alguma...

- Não me diga. – João dava uma leve risada, porém logo ficou sério. – Por que você fez isso?

- Isso o que?

- Letícia, por favor, não se faça de desentendida, ok? Isso não combina com você.

- Está bem. – A jovem se dava por vencida, respirando fundo e encarando o amigo. – O que você quer saber exatamente.

- Por que trouxe esse Gerard aqui? – João dizia sério. – O que você esperava afinal? Atacar o Brian? Esqueceu-se de mim?

- Ah não... – Dizia a jovem, pensativa.

- Pois é.

- João, me desculpe, isso nem se quer passou pela minha cabeça... Na verdade, eu não queria que nem você e nem o Syn sofresse.

- Como é?

- É que eu tive medo... Pensei que o Syn não fosse me esperar...

- E esperou. – João completou a frase.

- Então você confirma que ele realmente me esperou? – Letícia o olhava, incrédula.

- Mas é claro. – Dizia João num tom óbvio. – Eu não mentiria pra você sabendo que isso lhe faria mal, me dói admitir, mas é verdade... O Brian te esperou...

Letícia, porém, nada disse. Apenas ficou em silencio, pensativa.

- Ainda não acredito que eu fiz isso...

- E se esqueceu de mim...

- João, por favor... Você veio até aqui pra me fazer sentir pior?!

- Não... – João dava um meio sorriso, se aproximando da amiga, e então começou a acariciar seus cabelos lentamente. – Vim por que estava com saudades de conversar com você...

- Também fiquei com saudades de todos. – Dizia a jovem, esquivando-se dos carinhos de João.

- Me conta... Como você conheceu o Gerard?

- Você vai querer realmente falar sobre ele? – Perguntou a jovem, desconfiada.

- Vou né? Quero saber o que ele tem de tão especial que você preferiu trocar o Brian por ele do que por mim.

- João! Como você pode querer se submeter a isso?

- Eu estou brincando. – João dava uma leve risada. – Calma...

- Bom, se você quiser realmente saber eu falo. – dizia a jovem. – Conheci o Gerard no avião, indo para Londres.

- O que? Assim de cara? – Dizia João, incrédulo.

- Sim... Mas foi bom ele ter ido pra Londres ao meu lado, eu precisava distrair se é que você me entende... Eu não estava nada bem indo embora...

- Eu sei... Ver você daquele jeito partiu meu coração... – Dizia João de modo atencioso.

- Bom, ele tem um jeito engraçado, por incrível que pareça acabei contando quase a minha vida inteira pra ele só na ida... Depois ele foi pra casa dele e eu fui pra minha... Pensei que não iria mais vê-lo, até que ele estava estudando no meu colégio.

- E então?

- Bom, tinham muitos ‘bullings’ por lá... E eles enchiam muito o saco do Gerard.

- Ah! Fala sério, Letícia, você arrumou briga até lá? – João começou a gargalhar.

- Mas é claro! – Letícia também gargalhava. – Se não essa não seria realmente eu!

- E então? Como foi?

- Bom, um dia eu estava chegando e eles estavam jogando as coisas do Gerard no chão e chutando, aquilo realmente me irritou! Eles não tratam os ‘nerds’ muito bem por lá... Eu cheguei a mandei eles pararem... É claro que eles ficaram furiosos, mas mesmo assim eu dei um soco na cara de um... – Letícia começou a gargalhar, se lembrando do ocorrido. – Gerard pegou as coisas dele e me ajudou a dar uma liçãozinha naqueles folgados.

- Só você mesmo! Não é a toa que o menino se apaixonou por você.

- No começo ele não gostou muito da idéia de ter sido defendido por uma menina, mas depois quem teve que me defender foi ele... Aqueles caras tinham ficado muito bravos comigo!

- Não é pra menos... Deve ser muito vergonhoso pra um garoto apanhar de uma menina que nem tamanho pra isso tem.

- EI! – Dizia Letícia lhe dando um soco no braço. – Idiota.

João começou a rir junto de Letícia.

- Continuando... – Dizia a jovem cruzando os braços e encarando o amigo. – Começamos a ficar bem amigos, ele me levou pra conhecer muitos lugares lá em Londres, conheci a mãe dele que acho que não gostou nenhum pouco de mim, ainda mais agora que o filho dela veio pra cá por minha causa... Mas enfim, eu contei pra ele sobre o Syn, sobre você, sobre todos.

- E então?

- Eu não sei, o Gerard me dizia algumas coisas que me faziam pensar, e ele é muito diferente do Syn, ele dizia que talvez o Syn não fosse me esperar já que ele apostou e fez um monte de besteiras... E não saía da minha cabeça a cena da Juliana consolando ele... Eu tenho medo dessas coisas João... Não tenho medo de enfrentar cinco bullings idiotas, mas tenho medo de sofrer.

João ficou olhando para a jovem, silencioso, porém com a face relaxada, não sabia ao certo o que pensar, mas no fundo, entendia Letícia.

- Você sempre teve medo de sofrer. – Disse por fim. – Por isso que meu maior objetivo é te ver feliz... Mesmo que seja com o Brian.

- Obrigada João. – Dizia a jovem. – Mas agora eu tenho que agir com as conseqüências dos meus atos...

- Qualquer coisa eu estou aqui. – João esboçava um largo sorriso.

- O que eu fiz, ein?

- Como assim? – João dava uma risada sem graça.

- O que eu fiz pra merecer um amigo assim como você?

João estendeu um largo sorriso, puxando Letícia para um abraço apertado.

- Você precisa concertar as coisas agora... E rápido.

- É... Mas eu não sei como... Eu não posso mandar o Gerard ir embora, seria muita maldade, e o Syn está muito bravo comigo... Não duvido nada que ele já não esteja indo atrás de outro rabo de saia.

- Bom, isso eu já não posso dizer. – Dizia João, calmamente.

- Me fala de você agora! O que você fez enquanto eu estive fora?

- Briguei com a Bianca, e passei em gastronomia.

- JURA?! – Dizia Letícia animada. – Quer dizer... Você brigou com a Bianca por quê? E que bom que você passou na faculdade! Estou orgulhosa de você.

- Briguei porque ultimamente ela vive em TPM constante. – João bufava. – Eu mal podia falar de você e ela já fechava a cara e ficava falando aquelas frases super animadoras dela ‘Idiota, ela ama o Brian não você’. Isso cansa sabia?!

- Você já parou pra pensar que ela gosta de você?

- O que? A Bianca? Ela me odeia isso sim... Ela sempre fala essas coisas...

- Não João! Ela não te odeia... Você devia dar uma oportunidade pra ela... Isso sim.

João baixou a cabeça, simplesmente ficando em silencio e respirando fundo.

- NOSSA! Olha a hora, eu preciso ir.

- Logo o Gerard deve chegar com o Syn, não quero nem ver...

- Boa sorte... – João gargalhava se erguendo do sofá.

- Te acompanho até a porta. – Dizia Letícia.

- Foi bom ter conversado um pouco com você hoje, a gente precisa marcar de sair... Você faz MUITA falta, e aposto que você nem percebe isso.

- Acho que não mesmo. – Letícia dava uma leve risada, abraçando o amigo com força. – Obrigada por tudo, de verdade.

- Obrigado por existir. – Dizia João. – Bom, tenho que ir.

- Tchau. – Letícia se despedia do amigo com um beijo no rosto.

João estendeu um sorriso de orelha a orelha, e então finalmente se foi.

A jovem ficou parada perto da porta, encarando a de Brian quando de repente começou a ouvir risadas alteradas.

- EU SOU A PEIXE VOADORA! – Era obvio que aquele sotaque só podia ser de Gerard.

- OLHA LÁ SUA MINA! – Dizia Brian enganchado nos ombros de Gerard, apontando para Letícia.

- OLÁ GOSTOSA! – Gerard agarrava Letícia pela cintura, se virando para Brian e lhe dando uma piscadela.

- EI ME SOLTA! – Letícia empurrava Gerard para trás. – O QUE É ISSO? POSSO SABER?!

- Ela vai brigar já! – Dizia Brian atropelando as palavras. – Chata!

- Gerard! Entra! – A jovem o empurrava para dentro do apartamento, encarando Brian.

- ELA É TUA MÃE AGORA?!

- Ah, cala a essa boca. – Letícia resmungava, fechando a cara para Brian e em seguida a porta.

Gerard caminhava aos tropeços até a sala, se sentando no sofá.

- PAIIII! – Letícia gritava indo até Gerard. – Olha só... Por que você foi beber desse jeito?

- Você não minha MÃE! – Gerard resmungava, quase que chorando. – DEVIA APOSTAR COM O SYN QUE VOCÊ É CHATA!

- Apost... O QUE?! – Dizia Letícia quase que furiosa.

- EU... – Gerard de repente começou a colocar as mãos no estomago. – MORREU!

- O que você...

- O que está acontecendo aqui? – Diego se aproximava, vendo Gerard largado no sofá.

- Não sei, ele saiu pra beber com o Syn e voltou desse jeito...

- Ele está bêbado né, Letícia? – Dizia Diego revirando os olhos. - PRISCILA! Prepara um chá pra ressaca aí!

- MORRENDO... – Gerard gemia.

- Acho que ele quer vomitar... – Dizia Diego olhando para o rapaz com reprovação. – Nunca pensei que eu fosse dizer isso, mas eu vou ter que dar um banho nele... QUE MERDA!

- E EU VOU IR AGORA RECLAMAR COM O SYN! – Dizia Letícia irritada.

- O Gerard já é grandinho, filha, ele tinha que saber os limites dele já que saiu para beber... O Syn não tem nada haver com isso!

- PARA DE DEFENDER ELE, PAI!

- Vem Gerard. – Dizia Diego tentando erguer o rapaz.

- BANHEROOOOOOO!

Letícia não suportava mais ver aquela cena ridícula, rapidamente se retirou do apartamento, atravessando o hall e batendo freneticamente na porta de Brian.

- CALMAAA! – gritava ele do outro lado da porta.

Os passos apressados foram se aproximando até que finalmente o trinco girou.

- O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTAVA FAZENDO?! – Dizia a jovem mal esperando Brian terminar de abrir a porta e o empurrou, entrando no apartamento e fechando a porta.

- O que você vai fazer agora? Me torturar? – Brian perguntava recuando os passos e caindo no sofá.

- QUASE ISSO!

- Você já está fazendo isso comigo, Letícia. – Brian se espatifava no sofá, encarando-a.

- MAS EU FALEI QUE O GERARD NÃO TINHA NADA HAVER COM ISSO! – Letícia se aproximava de Brian, que rapidamente se levantou, deixando seus rostos muito próximos, fazendo a jovem perder o ar. – O que você pretende com isso? ELE ME CHAMOU DE GOSTOSA E FALOU SOBRE APOSTAS!

Brian de repente começou a gargalhar,

- A parte do ‘gostosa’ eu tive o prazer de ver...

- Está achando engraçado é seu idiota?! – Letícia o encarava, lhe dando um empurrão do qual o rapaz nem se moveu, simplesmente parou de gargalhar.

- Não precisa chegar assim tão perto de mim... – Brian resmungava.

- Por quê?! – Letícia o encarava, se aproximando ainda mais, podendo sentir a respiração instável do rapaz, que lhe olhava como se tudo fosse uma piada. – Te incomoda?

- ÓÓÓ... Eu não sou você Letícia. – Dizia Brian com advertência.

- O que você quer dizer com isso? – Letícia se afastava por alguns instantes, olhando-o confusa.

- Eu não sou de ficar resistindo. – De repente o rapaz a puxou pela nuca, beijando seus lábios.

A jovem, assustada, não esperando tal reação de Brian, manteve os olhos abertos, tentando se soltar, sem muita vontade de que era realmente aquilo que queria.

Brian porém, fechava os olhos, descendo as mãos e as colocando por dentro da roupa da jovem, passando pelas suas costas, unindo seus corpos, e mesmo com Letícia resistindo, ele ainda a beijava tranquilamente, com os lábios relaxados e macios dançando sobre os dela.

Letícia não tinha mais forças, a pouca força que insistia em negar se esgotou rapidamente, ela o abraçou, desfrutando daquele sentimento intenso que percorria pelas suas veias.