Com Amor não se Brinca escrita por Bubees


Capítulo 29
A nova mulher.




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- JULIANA! – Brian empurrava Juliana para trás, irritado. – Você está LOUCA?! Não entra nessa sua cabeça que eu sou apaixonado pela Letícia e que eu vou cumprir minha promessa de esperá-la?! Não importa o que você diga ou faça! Eu quero ficar com ela.

- Não me diga. – Juliana o encarava sem se intimidar. - Se você tivesse tanta certeza de tudo isso não viria aqui!

- Eu quis te dar uma oportunidade de ser simplesmente minha amiga! Você era a única pessoa que eu podia falar da Letícia sem que me virassem e me dissessem que eu estou na fossa! Por isso eu estava te aturando, mas agora eu tenho plena certeza de qual é a sua...

- Não Syn, é que eu te amo, sempre te amei, você podia aproveitar que a Letícia se foi e ver se realmente ela é o melhor pra você.

- Todo esse tempo que eu passei com você só me fez perceber que realmente a Letícia é o melhor para mim... Realmente foi um erro ter saído com você hoje. – O jovem irritado caminhava até a porta.

- NÃO SYN! Não faz isso comigo, me desculpe! – Juliana corria até ele, desesperada. – Eu sei que eu estraguei tudo, mas...

- No primeiro momento que você pode trair a Letícia, você fez... E não foi hoje. – Brian a encarava severamente. – E eu não vou fazer isso!

Irritado, Brian abria a porta, batendo-a com força logo em seguida, depois de sair da casa de Juliana.

Estava furioso! Odiava quando as pessoas o subestimavam, Letícia sempre o subestimou, isso o deixava furioso e mais do que nunca ele queria mostrar que todos estavam errados. Ele ficaria sem ninguém, a esperaria e viveria com ela.

Irritado, caminhava apressado até seu apartamento, não conseguia pensar em outra coisa a não ser na raiva que sentia que só fazia aumentar ainda mais sua determinação em ficar com Letícia.

- Filho? – Laura ouvia a porta se batendo com força, indo até a sala para ver o que acontecia. – Está tudo bem?

- Oi mãe, já está em casa?

- Eu disse que iria almoçar com você, e você mais uma vez nem se quer apareceu.

- Ah, pra você ver como é ruim... – Dizia o rapaz irritado.

Laura respirou fundo, encarando o filho.

- Estou tentando passar mais tempo com você, Syn. – Dizia Laura, abraçando o filho.

- Tudo bem, mãe, me perdoe, só estou um pouco irritado.

- Você não está bem desde que a ruivinha se foi...

- Eu vou ficar, logo ela estará de volta, e prometo que amanhã eu almoço com a senhora. – Dizia Brian sorridente. – A partir de hoje as coisas vão mudar...

- Como assim?

- Chega de ficar me escondendo em meio a futilidade, de me aproximar de pessoas que não valem a pena...

- Bom ouvir isso de você, aquela jovem parece que te mudou tanto...

- Ela é perfeita!

Laura dava uma leve risada.

- O pai chegou?

- Não, vai ficar no plantão hoje.

- Entendo... Vamos pedir uma pizza então?

- Claro meu filho, assim você me conta mais sobre essa tal Letícia que eu já estou ficando com ciúmes...

Brian sorria ao ter a oportunidade de poder falar ainda mais sobre Letícia para mais alguém, era como se ele tivesse necessidade disso. Era como falar de lembranças muito recentes e esquecer por alguns instantes da dor da saudade.

Seu celular simplesmente não parava de tocar durante a conversa, Juliana estava desesperada, ligando freneticamente pro rapaz. A única solução foi desligar o celular.

 

Mais três meses se passavam e Brian já estava bem animado, voltou a ser o velho Brian irritante, e apaixonado.

- Posso ir buscá-la no aeroporto? – Brian perguntava a Diego.

- Ah, Syn, por mais que eu goste muito de você, é claro que eu quero ir buscar a minha filha...

- Mas eu tive uma idéia!

- Não vai entrar no meu apartamento com uma moto, né? – Diego arqueava as sobrancelhas.

Brian de repente começou a gargalhar.

- Não, claro que não... Pelo menos não dessa vez.

- O QUE?!

- É BRINCADEIRA! – Brian advertia, ainda ás gargalhadas. – Mas ia ser legal chamar todos os amigos da Letícia e fazer uma festa surpresa pra ela, junto com todas as pessoas que ela gosta... Vai ser legal.

- Mas...

- Por favor! – Brian insistia. – Eu ia buscá-la no aeroporto, e falaria que vocês não tiveram tempo de ir buscá-la, daí ela ia ficar chateada, e quando chegasse... BOOM! Uma surpresa! – Dizia Brian, animado.

Diego revirava os olhos, segurando um riso.

- É uma idéia interessante... É que eu estou tão ansioso pra ver a minha filha de volta, estou com tantas saudades... Será que ela está diferente?

- Não sei... – Dizia Brian. – Também estou muito ansioso para vê-la.

- Não mais do que eu. – Dizia Priscila, sorridente. – Deixem que eu organizo a festa, organizar festas é comigo mesma.

- Posso chamar minha mãe?

- Claro! – Dizia Diego.

- Quero muito que a minha mãe a conheça! – Dizia Brian, animado.

- Chama seu pai também, ainda não tive a oportunidade de conversar muito com ele... – Dizia Diego.

- Eu não vou chamar meu pai. – Brian respondia ríspido. – E com certeza ele não iria... Sabe Diego? Eu te considero muito mais meu pai do que o meu próprio.

Diego arregalava os olhos surpreso, sem saber o que dizer.

- Assim você me deixa sem graça. – foi a única coisa que ele conseguiu pronunciar.

- Vamos começar logo com isso, a Letícia chega amanhã de manhã... – Priscila voltava ao foco da conversa.

- Sim! Eu vou buscá-la. – Anunciava Brian com um sorriso largo estampado entre os lábios.

- Calma rapaz, mulheres não gostam quando os homens dão muito na cara assim... – Dizia Diego. – Eu sei que é minha filha, mas...

- PAI! Ai de você se falar isso pro meu namorado... – Dizia Priscila.

- Namo? O QUE?! – Diego se erguia do sofá, boquiaberto.

Priscila apenas deu uma risada sem graça.

- A Letícia vai adorar a novidade, fique você sabendo...

- Quem é?

- Logo você vai saber... – Priscila encarava Brian com um sorriso maldoso.

Brian simplesmente retribuiu o sorriso.

Os preparativos para a tal festa surpresa finalmente começaram, Brian obviamente quis ajudar Priscila ao chamar os convidados, propositalmente deixou Juliana e Mateus de fora, principalmente Mateus.

 

O dia finalmente havia passado e o momento tão esperado por Brian finalmente havia chego.

Levantou cedo, colocou uma camisa branca, uma calça jeans escura, arrepiou os cabelos, e passou um perfume. Estava o mais impecável possível, já que nos últimos seis meses simplesmente largou a vaidade.

Caminhou até seu carro, com um buque de rosas vermelhas nas mãos. Não sabia exatamente o que fazer, não sabia se Letícia havia mudado muito ou não, ou se ela o acharia bobo pelo fato de estar com um sorriso infantil estampado nos lábios, ansioso querendo vê-la.

Chegando ao aeroporto o rapaz apenas ficava em um canto, olhando fixamente para a porta de vidro da onde Letícia iria aparecer, estava bem em cima da hora, logo ela estaria a sua frente.

Seu coração pulava de seu peito, como se quisesse buscá-la de imediato. Suas mãos tremiam, e como eram tolas! Nunca suas mãos tremiam antes por uma mulher.

De repente, uma cena impecável e nítida tomou sua atenção, um avião havia acabado de pousar, Brian se aproximou, olhando para cada pessoa que de lá descia, quando de repente, se deparou com a cena mais bela desde os últimos seis meses. Letícia pronta para ir embora, os cabelos longos com fios retos e avermelhados, apenas uma camisa e uma calça.

Agora, a cena era outra, Letícia havia se tornado sem sombra de dúvidas uma linda mulher em tão pouco tempo. Seus fios retos ganharam forma, estavam repicados, mas ainda cumpridos e vermelhos, estava usando uma calça jeans escura, muito justa, calçava scarpin, vestia uma camisa muito justa, preta com um leve decote, e estava maquiada. Os olhos bem pretos, e apenas isso.

Brian olhava aquela cena, boquiaberto, ela realmente havia se tornado uma mulher, mas ainda continuava com suas características rebeldes, ainda continuava sendo a sua pequena.

- Syn?! – Dizia ela, esboçando um largo sorriso quando o viu segurando o enorme buque de rosas vermelhas.

- Minha pequena... – Dizia o rapaz olhando para a jovem dos pés a cabeça.

O sorriso largo de Letícia de repente desapareceu, parecia um pouco incomodada, olhava para o chão e respirava fundo.

- Onde estão meus pais? – perguntou, ainda sem se aproximar muito de Brian.

- Não puderam vir. – dizia o rapaz.

- Ah... – Letícia o encarava com os olhos muito verdes, Brian estava com saudades deles.

- Eu... – Dizia Brian confuso, sem entender aquela reação distante de Letícia.

- Você esquecer mochila em avião, minha linda. – Um rapaz alto, de cabelos arrepiados, forte, se aproximava de Letícia, lhe dando um beijo sutil nos lábios, lhe entregando uma mochila.

- O que?! – Brian murmurava incrédulo para a cena.

- Syn, esse é Gerard, Gerard esse é Brian, mas o chamo de Syn.

- Oi, tudo bem? Prazer. – Dizia Gerard lentamente e sem emoção, parecendo que havia decorado aquela fala, então simplesmente estendeu a mão.

Brian de repente se sentiu como um completo idiota. O que era aquilo?! Aquela mão estava atendida para ele, sua vontade era de arrancá-la. Por que isso teria de acontecer?

- Prazer. – respondeu ele, sem nem ao menos apertar a mão do jovem Gerard. – Letícia, posso conversar com você por um instante? – perguntou ele.

- Pode. – respondia Letícia, olhando para o chão.

Brian a segurou pelo braço, se afastando alguns centímetros de Gerard.

- Isso é pra você. – Brian estendia o buque para a jovem com um sorriso sarcástico.

- Obrigada... – Dizia a jovem.

Brian então simplesmente virou-se de costas.

- Syn! – Dizia Letícia. – Fala alguma coisa...

- Falar alguma coisa sobre o que? – perguntou Brian, a encarando dentro dos olhos de forma fria.

- Sobre...

- Sobre o Gerard? Faça-me o favor. – Brian revirava os olhos. – Vamos, vou te levar para a casa.

Letícia abraçou o buque, sentindo uma forte pontada dentro do peito, estava vendo dentro dos olhos de Brian o que aquele ato lhe causara.

Caminhou timidamente ao lado de Gerard, e então ambos caminhavam logo atrás de Brian.

- Sua amigo não gostou muito de eu. – Dizia Gerard.

- Não se preocupe. – sussurrava Letícia, entrando no carro de Brian, se sentando no banco do passageiro, enquanto Gerard se sentava no banco de trás.

- Você vai me levar para a casa da minha mãe ou do meu pai? – perguntou a jovem timidamente.

Brian encarou por alguns instantes, seus lábios estavam rígidos, suas mãos tremiam e seus pés batiam contra o chão.

- Quer que eu dirija? – perguntou a jovem. – Você parece um pouco alterado...

- OH! É MESMO?! Bela observação, pequena! – Brian dizia friamente.

- Syn...

- Depois a gente conversa, coloca o cinto. – resmungou Brian.

Letícia simplesmente fazia o que Brian lhe dizia, virando seu rosto para a janela, prestando atenção a cada detalhe das ruas que ela deixou de ver por metade de um ano.

Chegando ao apartamento, Brian nem se quer abriu a porta, caminhou direto para o hall, esperando por Letícia e Brian.

- Esse é sua casa? – Perguntava Gerard.

- É a casa do meu pai. – dizia Letícia, séria.

Brian nem se quer os olhava, mantinha os olhos negros e raivosos para o marcador do elevador.

- Syn, você toca guitarra? – Perguntava Gerard.

- Sim.

Chegando ao apartamento, Brian abria a porta como um estrondo, e Letícia acompanhada por Gerard aparecia logo atrás dele.

- SURPRESA! – Diziam todos os presentes.

Mariana, Bianca, João, Priscila, Clarice, Diego e Laura, estavam todos lá, inclusive Carmen, mas era como se ela nem existisse.

A entrada foi um pouco estranha, todos encaravam o desconhecido gringo que estava ao lado de Letícia com as bochechas coradas.

- Pessoal! Este é o Gerard. – Dizia Letícia. – Gerard, essa é minha mãe, Clarice, meu pai Diego, minha irmã Priscila, Mariana, Bianca e João, meus melhores amigos e... Laura... – Letícia engolia seco, assustada. – A mãe do Syn.

- Prazer... – diziam todos, olhando de modo confuso para a cena.

Clarice porém, apesar da cena constrangedora, correu em direção a filha, lhe dando um abraço apertado, todos fizeram o mesmo,

- Estava com saudades! – Dizia João, abraçando a jovem fortemente.

- Solta! Ela também tem direito de respirar, sabia? – Debatia Bianca, empurrando João e abraçando Letícia. – Quem é aquele gato?

- Bianca, por favor... Foi o maior erro que eu cometi na minha vida...

- O que?! – Dizia Mariana. – Se aquilo for um erro, gostaria muito de errar também... – Mariana gargalhava.

Letícia porém não riu, apenas focalizou seus olhos em Brian.

- Você mudou tanto! Está tão linda! – Dizia Bianca.

- Adorei o sapato. – Dizia Mariana.

Porém Letícia não estava dando muita atenção aos elogios, simplesmente focalizava Brian sentando ao sofá, sem interagir com ninguém.

Letícia aos poucos ia se afastando dos amigos, e se aproximando do rapaz.

- Syn...

- Não quero que você diga nada. – dizia o rapaz sem olhá-la. – Era assim que você queria me ver não era?

- Não... – Dizia Letícia se sentando ao lado do rapaz.

- Não precisamos falar disso agora, curta a sua festa. – Brian então se levantou indo até sua mãe.

- Adorei suas amigas! – Dizia Gerard, se sentando ao lado da jovem e a abraçando. – São todas boas.

- O QUE?! – Dizia Letícia.

- Bons? Bem?

- Ah, que susto. – dizia a jovem. – Pensei que você estava querendo dizer outra coisa.

- O que?

- Esquece... – Letícia novamente se levantava indo até Brian.

Brian assim que a viu, puxou-a contra seu peito.

- Olha mãe, essa que é a Letícia. – dizia o rapaz. – A garota que eu tanto te falei...

Letícia engoliu seco se sentindo desconfortável com a situação, apenas deu um pequeno sorriso forçado para a mãe do rapaz.

- Olá. – Dizia Laura. – O Syn ficou o tempo todo falando de você...

- Eu preciso ir...

- Não minha pequena! Fica aqui! – Dizia Brian apertando-a ainda mais contra seu peito. – Vocês duas mal conversaram...

- Mas Syn...

Letícia se encolhia nos braços de Brian, sem nem ao menos prestar atenção ao que falavam.

A festa finalmente havia chego ao fim, João também não ficou muito animado com a chegada de Gerard, na verdade, ninguém ficou.

- Tudo bem se você dormir no quarto de músicas? – perguntava Letícia.

- Não importo. – dizia Gerard.

- Ótimo. – Letícia lhe esboçava um leve sorriso. – Já volto está bem?

- Onde você ir? – Perguntou o rapaz.

- Não é nada de importante.

Letícia rapidamente atravessava o hall, tocando a campainha de Brian.

Não demorou muito para que os passos pesados se aproximassem da porta.

- Oi? – disse o rapaz.

- Posso entrar? – perguntou Letícia.

Brian simplesmente abriu espaço para que a jovem passasse e logo fechou a porta.

-O que você quer? Esfregar na minha cara o seu novo namoradinho?

- Como é?

- Vai me negar?

- Eu não vim jogar nada na sua cara Syn, só quero esclarecer as coisas...

- Vamos até meu quarto, você deve se lembrar bem dele...

Letícia bufou irritada, empurrando o rapaz, e caminhando a sua frente.

- Você não mudou nada. – Brian gargalhava sarcasticamente.

Letícia entrou no quarto do rapaz, e encarou sua cama, timidamente se aproximava, se sentando nela.

Brian entrava no quarto, fechando a porta, encostando-se a ela, e encarando a jovem que o olhava com os olhos úmidos.

O silencio predominou pelo quarto, como se o mesmo os engolisse, Letícia não conseguia encarar Brian, porém o rapaz, a mantinha fixa em seus olhos, esperando por respostas.

- E então? – começou. – Qual foi a graça em me esfregar seu mais novo namoradinho na minha cara? Eu disse que ia te esperar...

- E você esperou? – Letícia ergueu a cabeça, olhando-o nos olhos.

Brian se aproximou lentamente da jovem, olhando-a com frieza.

- Esperei, sua idiota.

- O que?

- É! Idiota mesmo! Eu acho incrível que depois quem tem a fama de mau caráter sou eu... Depois de tudo que eu fiz por você, depois das milhares de formas que eu tentei te provar o quanto eu te amo... E VOCÊ FAZ ISSO!

- Syn...

- EU TE ESPEREI SIM! Esperei feito um idiota!

Letícia se erguia da cama, encarando Brian, boquiaberta.

- Então você me esperou? – perguntou.

- CLARO!

- Me perdoe...

- Não. – disse Brian diretamente. – Você não sabe o quanto me doeu saber que todo meu esforço foi praticamente jogado no lixo.

- Mas antes deu ir embora, eu vi a Juliana te consolando, ela é linda, é claro que ela não ia te dar sossego, e nós iam ficar por muito tempo sem nem ao menos nos falar.

- Claro, daí você acha mais fácil vir aqui e esfregar na minha cara que encontrou outra pessoa...

- Preferia fazer papel de vilã a de enganada! Pensei que você não fosse conseguir, eu não queria sofrer pensando que você realmente ia me esperar! Por isso resolvi agir antes.

- Como você é hipócrita! E se eu tivesse a mesma teoria que você? – Brian a encarava com frieza. – Eu seria o maior filho da puta do mundo!

- Syn, eu sei que eu agi errado... Mas você sabe que pra mim é muito difícil confiar nas pessoas...

- Então você não confia em mim? Era mais fácil ter dito Letícia, assim eu não fazia papel de ridículo na frente da sua família, da minha mãe e dos seus amigos! Você não tem noção da raiva que eu guardo de você.

- Mas eu não disse que ia te esperar!

- FODA-SE! Trazer esse cara aqui foi demais! Você até podia ter inventado alguma coisa! Engraçado que ninguém pode brincar com seus sentimentos não é? Mas você pode fazer esses joguinhos com as outras pessoas...

- Eu não estou fazendo jogo algum, por isso mesmo vim conversar com você.

- Eu não tenho mais nada pra falar pra você! Eu que me apaixonei pela pessoa errada.

Letícia olhava para Brian, sentindo seus olhos esquentarem, lágrimas queriam ferver pelo seu rosto.

- É isso mesmo que você acha?

- Saí daqui. – dizia Brian abrindo a porta do quarto. – Amanhã tem ensaio, a gente se vê por lá, não tenho mais nada para falar com você.

- Você não pode me tratar assim...

- Se eu fosse te tratar como você me trata, seria muito pior! Sai daqui Letícia! Eu não agüento mais olhar pra sua cara!

- Syn... Me perdoa!

- Por que você fez isso comigo? – o rapaz se aproximava, olhando dentro dos olhos da jovem, fazendo com que a mesma perdesse o ar. – Nós poderíamos estar juntos agora... Mas você ainda não me perdoou pela aquela aposta.

- Aquela aposta aconteceu há muito tempo!

- Mas você não vai confiar em mim tão fácil... Você já provou isso... E eu fiz papel de idiota.

Letícia se aproximava de Brian, lhe dando um abraço do qual o rapaz não retribuiu.

- Eu estava precisando disso.

- Já acabou? – perguntou o jovem, ríspido.

Letícia balançou a cabeça positivamente, se afastando do rapaz, e olhando-o nos olhos.

- Me perdoa, eu realmente não pensei que você fosse me esperar...

- Eu fiz isso porque eu infelizmente sou apaixonado por você... Agora vá embora, você não tem mais nada pra fazer aqui...

Letícia então, desistiu. Sabia que havia cometido o maior erro da sua vida, não tinha mais nada para dizer, a menos tentar concertar as coisas aos poucos. Mas com o próprio Gerard ali, seria muito difícil.


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Notas finais do capítulo

Espero que vcs me deixem viva para continuar a fic ok? .-. HISHIAHISAHIHSIAHISAHISAHISAHISHAI

Mandem reviews.


beeejos