Com Amor não se Brinca escrita por Bubees


Capítulo 26
Supresas


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, desculpem nao ter respondido os reviews, mas como vcs sabem o site ficou inativo por um bom tempo, e eh claro q nao deu pra postar nada, mas como eu sou muito legal, estou postando um capitulo pelo menos em PLENA segunda feira... Eu tava sentindo falta de postar meus capitulos aqui, e como qualquer vida de pre vestibulando, ta mta correria, por isso vou direto ao que interessa e nao respondi as reviews.

Me desculpem.

Espero que gostem do cap.



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- Me fala! – Insistia Brian, mais uma vez.

- Você era virgem? MESMO?!

- SIM! – Dizia o rapaz impaciente. – Claro que já tive oportunidades, mas nunca ninguém despertou em mim o que você desperta! Com você eu não tenho nada a temer, com você eu vou até o fim!

Brian dizia aquelas palavras com tanta ênfase, como se fosse sua verdade absoluta, a única coisa real que despertava em seu peito.

- Agora me fala! – Brian insistia, novamente, irritado.

Letícia engolia seco, sentindo suas mãos tremerem, estranhamente.

- Melhor deixar...

- NÃO! – Brian a interrompia. – Eu QUERO saber...

- Foi uma vez... – A jovem se sentava no sofá, olhando aflita para o chão. – Foi com o... – Letícia respirava fundo, encarando o rapaz. – Você sabe que eu namorei com essa pessoa por um tempo, e foi nesse período que tudo aconteceu...

Brian ficava boquiaberto, hesitando a irritante idéia temerosa que insistia em entrar em sua mente.

- Foi com o Mateus. – Dizia a jovem, finalmente.

O rosto de Brian de repente ficara rígido, parecia até mesmo que havia parado de respirar, seus punhos duros e tensos se fechavam contra a palma de sua mão, sentia o ódio percorrer sobre seu corpo e inflar seu peito que estava prestes a explodir.

- Syn, por favor, fala alguma coisa. – Pedia a jovem, percebendo a reação do rapaz.

- Eu vou matar ele! – Dizia Brian ainda com a face rígida, e a voz extremamente grossa.

- O que?! – Letícia se levantava, se aproximando do rapaz.

- Não me toque! – Dizia Brian. – SE FOSSE O JOÃO ATÉ VAI... MAS ELE? LOGO ELE?! – O rapaz de repente alterou o tom de voz, incrédulo. – EU MATO ESSE FILHO DA PUTA!

- SYN! Para com isso! Você não vai fazer NADA! – A jovem o abraçava, fortemente, ficando assustada com a reação do rapaz. – Para com isso! Na época eu nem sabia da sua existência!

- Se soubesse teria sido diferente? – A voz de Brian já havia se normalizado, porém o olhar decepcionante do rapaz sobre a moça, fazia com que ela se sentisse uma imbecil.

- Acredito que sim. – murmurou.

- Espera mesmo que eu acredite nisso? Até pouco tempo você estava me tratando como se eu fosse um NADA!

- Syn, me desculpe... – Letícia o soltava do abraço.

- Eu quero SOCAR esse cara.

- Para Syn...

Brian adiantou os passos, tentando sair, porém Letícia o barrava.

- Syn... – A jovem estava com os olhos perdidos, movia as mãos sem saber o que dizer, e nem como reagir.

Brian apenas cruzou os braços, arqueando as sobrancelhas, esperando a jovem se acalmar.

Letícia então finalmente se silenciou, apenas olhando para o rapaz, franzindo sutilmente o cenho, vencida pelas próprias palavras.

- Posso ir?

- NÃO! – Dizia a jovem, ainda o barrando. – Me prometa que não vai fazer nada, esquece isso!

- Como você quer que eu me esqueça? – A voz de Brian era fria e ele mal olhava nos olhos da moça. – Você e o Mateus... Como foi?

- O que?

- Não se faça de desentendida!

Letícia respirava fundo, caminhando até a cadeira da bateria, se sentando.

- Não foi nada demais. – murmurava a jovem. – Aconteceu, simples assim... Mas... foi... estranho...

- Estranho? Por que? – Perguntava Brian com um sorriso quase imperceptível.

- Não sei... – Letícia baixava a cabeça com as bochechas coradas. – Com você tudo parecia tão certo, eu não senti medo, eu não temia nada... Eu me sentia... Feliz.

Brian alargava o sorriso.

- Minha pequena...

- Não! – Letícia o interrompia, se levantando rapidamente do bando, caminhando até Brian e colocando os dedos em seus lábios. – Não diga nada. – Letícia o olhava dentro dos olhos de forma tensa. – Eu não preciso que você diga nada.

- Até quando você vai continua com isso? – Brian segurava as mãos da jovem.

- Syn... Por favor... Se isso acabar mal...

Brian soltava as mãos de Letícia, abrindo os lábios para começar a falar.

- LETÍCIA! – De repente Carmen abria a porta do apartamento, se deparando com Brian e Letícia que conversavam muito próximos. – O QUE É ISSO?!

- Olá. – Brian acenava de longe.

Letícia de repente passou a sentir seu peito vazio, suas mãos e pernas tremiam, não sabia ao certo se era pelo ódio de ouvir Carmen berrando seu nome, ou pela raiva que tinha da falta de coragem em dizer sim, afinal o orgulho e o medo não a permitiam que ela se entregasse ao amor. Poderia perder Brian por isso.

- O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO...

- Não é da sua conta! – Debatia Letícia, antes mesmo que Carmen terminasse. – Mas como você mesma pode ver, eu estava apenas conversando.

- Desculpe a minha gritaria, Syn... – Carmen dava um pequeno sorriso amarelado, se aproximando de Brian. – Você vai ao aniversário da Letícia?

- Como assim? Aniversário? – Perguntava a jovem intrigada.

Brian respirava fundo, irritado.

- Esquece o que ela disse...

- Mas oras, Diego saiu com a sirigaita da sua mãe por causa disso não é? Pelo seu aniversário...

Letícia ao ouvir a palavra ‘sirigaita’, fechou o punho com força, sentindo suas unhas fincaram a palma de sua mão, respirava profundamente como se algo estivesse martelando seu peito, com ponta extremamente afiada, seus olhos estavam vermelhos, escondendo as lágrimas que desejavam escorrer pelos seus olhos. Queria explodir.

- Vamos! – Disse Brian pegando os braços rígidos da moça e a arrastando para o lado de fora do apartamento.

Letícia respirava fundo, quando de repente uma lágrima caiu de seus olhos.

Brian, porém, nada disse, apenas puxou a jovem para um abraço apertado, encostando o queixo na cabeça da moça, enquanto acariciava levemente os cabelos de fogo.

- Eu vou ter uma festa que deveria ser surpresa então? – Letícia soluçava.

- Sim. – respondia Brian.

- E você vai? Apesar de tudo?

Brian respirava fundo, como se quisesse esquecer o fato de que Letícia já havia ficado com Mateus.

- Vou. – respondeu ele, ríspido. – Mesmo você tiro me surpreendido.

- Você também me surpreendeu bastante. – Letícia afastava o rosto de Brian, que com o polegar, secava as lágrimas que deslizavam tranquilamente pelo rosto da jovem.

- Chega! – Brian mantinha a voz firme. – Não quero mais falar sobre isso.

- Tudo bem. – Letícia voltava a soluçar.

- Se eu pudesse juntava essa Carmen e o Mateus e os espancava! Só não soco a Carmen por que eu não bato em mulher.

- É tão injusto ela querer estragar a minha vida desse jeito...

Brian voltava a abraçar fortemente sua amada, quando de repente a porta do elevador se abria.

- Syn! Letícia! – Dizia Diego animado. – O que estão fazendo aqui fora?

Letícia rapidamente secava as lágrimas, se soltando de Brian.

- A Carmen...

- Não Syn! Por favor... – Letícia o interrompia.

- O que a Carmen fez? – Perguntava Priscila.

- Contou para Letícia sobre...

- O QUE?! – Diego nem se quer precisou esperar Brian terminar de falar.

- Exatamente. – Dizia Brian.

- Me desculpe, filha... Eu quem deveria ter te contado... – Diego olhava tristemente para Letícia.

- Tudo bem...

- Fiquem aqui, vou ter uma conversa com a Carmen. – Diego dizia ríspido, entrando rapidamente no apartamento.

- EU NÃO ACREDITO QUE ELA FEZ ISSO! – Resmungava Priscila.

- Essa madrasta de vocês é brincadeira, ein? – Dizia Brian, fitando Letícia que estava inquieta, encostada á parede.

- Aconteceu algo entre vocês? – Perguntou Priscila encarando Brian e Letícia. – Estou sentindo o ar meio pesado sabe?

Brian, porém, nada respondeu. Encarava Letícia seriamente, apenas dando um sorriso forçado e desanimado.

Letícia também, nada respondeu. Estava tudo de cabeça para baixo. Sabia que Brian estava chateado com o que ela havia lhe contado. Sabia que aquela concretização de amor era a mais pura e bela verdade, algo que apesar dos fatos, era o ato mais especial. E ela queria, e COMO queria apagar aquele passado que agora parecia tão errante. Seu coração pulava quando estava ao lado de Brian, seus braços queriam cercá-los e seus lábios não sabiam mais, e não mais, de tocar os dele.

Brian ainda fitava a jovem seriamente. Letícia não conseguia olhá-lo. Aquele rapaz tão belo, podia ter quem quisesse, poderia ter ficado com quem quisesse. Por que ela? Logo ela que é coberta por medos, ânsias de desespero de se entregar a alguém, se der incapaz de controlar aquele sentimento perturbador. Estava perdendo! Como poderia se tornar submissa? Não podia. Isso era apenas para idiotas! Quando mais ela negava, mais seu coração se quebrava, negando, gritando. “É Brian quem você ama.”

A porta do apartamento de repente se abriu, e Carmen surgia com os olhos vermelhos de fúria, batendo a porta logo ás suas costas, avançando bruscamente até Letícia.

- SUA PIRRALHA, VADIA! – Carmen berrava, erguendo a palma da mão, disparando-a em direção ao rosto de Letícia, porém, uma mão firme a deteve.

- Se você tocar um só dedo na Letícia, eu abandono meus princípios. – Dizia Brian com firmeza, se colocando á frente de Letícia.

Letícia segurava firme no braço livre de Brian, olhando boquiaberta para aquela cena, retraindo os músculos, se deixando ser protegida por Brian.

- Você não tem esse direito. – Completava Brian, soltando bruscamente as mãos de Carmen.

Carmen estava toda descabelada, possuída pela raiva que se transmitia através de seus olhos que fitavam possessivamente, Letícia, Brian e Priscila.

- Seus filhos da puta! – Dizia ela, se afastando e caminhando em direção ao elevador.

- A única puta aqui, é você. – Dizia Priscila, com os punhos fechados.

Assim que Carmen havia sumido de suas vistas, Priscila correu para abraçar a irmã que estava logo atrás de Brian, em choque.

- AI QUE ÓDIO! – Dizia Priscila, apertando Letícia em seus braços.

- Vocês estão bem? – Perguntava Brian.

- S-sim. – murmurava Letícia.

- Vou ver como o pai está. – Dizia Priscila, soltando a irmã.

Assim que Priscila havia sumido, Letícia se aproximou de Brian, escondendo o rosto em seu peito, abraçando-o fortemente.

Brian ficou de olhos arregalados, surpreso com tal atitude, porém mesmo assim, não hesitou em abraçá-la, na mesma intensidade.

- Obrigada. – Dizia Letícia com a voz tranqüila, se afastando de Brian. – Mesmo.

Brian estendeu um leve sorriso, dando um beijo sutil no centro da testa da jovem.

Letícia ficou apenas parada, olhando para o rapaz que também não tomava nenhuma atitude, mas mesmo assim a jovem ainda o encarava na esperança de quem Brian fizesse algo.

- Vou para a casa. – Disse Brian, apenas.

- O que? – perguntou a jovem, desnorteada.

- Vou para casa. – Brian repetiu.

- Eu ouvi, mas...

- Essa seria a parte que nós desistiríamos dos nossos orgulhos e medos e só nos entregaríamos por alguns instantes? – Brian a olhava dentro dos olhos.

Letícia apenas retribuía o olhar firme sobre o rapaz, mantendo silencio.

- Sinto desapontá-la. – Respondia o rapaz lhe dando as costas e entrando em seu apartamento.

Brian ia diretamente para seu quarto, se jogando na cama e instantaneamente, sentindo o doce perfume de Letícia entrar por suas narinas.

Não conseguia aceitar o fato de não ser o primeiro de Letícia, ainda mais por estar perdendo para Mateus. Estava indignado, Letícia era como uma garotinha levada e imprevisível, ao mesmo tempo em que é forte e se impõe, é frágil, se retrai, e precisa de cuidados. E Brian se sentia como o seu maior protetor, sentia necessidade em cuidá-la, abraçá-la, beijá-la, sentir aquela pele macia tocando a dele... Era inadmissível ela ter ficado com uma pessoa tão mesquinha quanto Mateus... Foi aí que ele se lembrou que Mateus era tão mesquinho quanto ele. O que seria aquela aposta? O começo do fim? Ou um final para um novo começo?

A semana passou lentamente, Brian e Letícia mal se falavam no colégio, Letícia estava sempre muito pensativa e Brian se sentindo completamente incomodado com a presença de Mateus, se controlando freneticamente para não avançar em Mateus a casa frase de provocação do rapaz.

Os dias se passaram, e o momento toa esperado por Letícia finalmente havia chegado. A sua festa de 18 anos, o que deveria ser uma surpresa, mas de fato a festa não era a única surpresa que estava a sua espera naquela noite.

- Sua roupa! – Priscila invadia o quarto de Letícia, com um sorriso largo.

- Como assim? – perguntava a jovem.

- Bom, agora você já pode saber que a sua festa é temática.

- Festa temática? – Letícia franzia o cenho, temendo o tal tema.

- Não se preocupe. – Dizia Priscila, percebendo a reação da irmã. – Não fui eu quem escolheu.

- UFA! – Dizia Letícia, gargalhando.

 - Bom, vou me arrumar. – Dizia Priscila, fazendo um bico, deixando uma caixa branca em cima da cama de Letícia.

A jovem se aproximava timidamente do pacote, abrindo-o, se deparando com um longo vestido preto, com um decote em ‘v’ acompanhando as alças largas que se prendiam por trás das costas nuas, e com um corte na lateral da saia do vestido.

No pacote, também havia um coldre, com uma arma de brinquedo dentro.

Letícia franzia o cenho para a roupa, mas não hesitou em vestir o tal vestido. Assim que a jovem pode se olhar no espelho, não podia acreditar no que via. O vestido estava perfeitamente ajustado em seu corpo, ressaltando suas melhores formas.

- Você está maravilhosa! – Dizia Priscila entrando no quarto da irmã, segurando um par de sapatos pretos e de salto alto. Priscila estava vestindo um vestido vermelho, decotado, com o cumprimento na altura dos joelhos, uma sandália de salto preta, e um sobretudo de couro preto, um enorme chapéu, também de cor preta, delicadamente torto, e uma pinta artificial pequena, no buço, os lábios bastante avermelhados e os olhos com pouca maquiagem. – O coldre você prende na coxa da perna, do lado onde tem o rasgo na saia.

- O que? – perguntava Letícia um tanto assustada. – Essa roupa não está muito sensual?

- Você TEM que estar sensual! Bandidas sempre são sensuais!

- O tema da minha festa é sobre vilões? – Perguntava a jovem.

- Mafiosos, vilões, bandidos... O que a sua criatividade permitir.

Priscila se aproximava da irmã, tocando aqueles cabelos lisos e finos, ajeitando-os de modo com que as pontas ficassem onduladas e os cabelos ganhassem mais volume.

- Você está PERFEITA! E eu sou ÓTIMA nisso.

- Não exagera... – Resmungou a jovem.

Priscila simplesmente virava a irmã em direção ao espelho, e ela estava realmente irreconhecível, seus olhos muito verdes ficavam evidentes e enigmáticos em meio a roupa misteriosa de vilã, a roupa a fazia parecer uma vigarista de filmes antigos, ou uma espiã charmosa de alguma sociedade secreta. Estava linda. Incrivelmente linda!

- Você vai deixar o Syn babando. – Dizia Priscila enquanto prendia o coldre nas coxas da irmã.

Letícia ao ouvir aquelas palavras, ficou extremamente séria, abaixando a cabeça.

- Para com isso! Hoje você tem que libertar a mulher fatal que há dentro de você! – Dizia Priscila às gargalhadas.

 

Letícia, porém, nada disse. Estava preocupada com o fato de Brian acabar não indo ao seu aniversário, sabia que ele estava muito chateado.

Ao descer as escadas, Clarice estava sentada no sofá, esperando para que finalmente pudesse m ir ao Buffet.

- MÃE?! – exclamava Letícia. – Como você está linda!

- Ah... – Clarice dava uma risada tímida, ficando levemente corada. – Sabe como a sua irmã é... Praticamente me obrigou a vestir isso.

- As mulheres da casa devem ser as mais sensuais!

- Vamos logo, antes que eu mude de idéia sobre vestir isso. – Resmungou Clarice pegando as chaves do carro.

Chegando ao Buffet, Letícia pode perceber que  o local era enorme, havia um ‘open bar’ e um tapete vermelho que fazia uma ligação entre a porta, passando pelas escadas, atravessando todo o salão em direção ao mesa do bolo, havia também um palco com alguns instrumentos posicionados e aparelhos para o DJ, enquanto a decoração lembrava muito com cenários de filmes, dentre eles ‘007’.

- Feliz aniversário, minha roqueirinha! – Diego surgia, abraçando as filhas.

Assim que Diego se virou para cumprimentar Clarice, paralisou-se simplesmente, boquiaberto, medindo-a de baixo para cima, sem reação.

- Oi... Diego. – Dizia Clarice confusa, se sentindo sem graça diante o olhar nada discreto de Diego.

- Adorei sua fantasia de “Poderoso Chefão”, pai. – Dizia Letícia.

- Eu queria mesmo era me vestir de “Darth Vader”, mas sua irmã não deixou. – Diego dizia, ainda fitando os olhos em Clarice. – Você ficou perfeita de “Betty Boop”. – dizia ele, finalmente.

Clarice deu um sorriso sem graça, porém logo já ficou séria.

- Cadê a Carmen? – perguntou.

- Não veio e nem teria motivos para vir. – Respondeu Diego.

Clarice apenas o encarou séria, lhe dando às costas.

- Vamos para os fundos, logo os convidados chegam e queremos entregar seu presente... Você trouxe Diego?

- Claro. – Dizia Diego , sorridente, estendendo um envelope branco.

 

- Estamos sem a moto. – Dizia Mariana.

- O QUE?! – Perguntava Brian, incrédulo, parecendo um neurótico, andando de um lado para o outro. – EU PRECISO DE UMA MOTO!

- Calma, eu vou dar um jeito. – Dizia Bianca.

Brian ainda caminhava de um lado para o outro, amarrando uma fita de cetim vermelha em uma baixinha fina.

- Cara, ajeita esse cabelo. – Dizia James.

- EU VOU ME ATRASAR! – Brian entrava em pânico.

- ACHO QUE CONSEGUI A MOTO! – Berrava Bianca.

- NOSSA! – Dizia Brian se olhando no espelho. – MEU CABELO TA HORRIVEL MESMO! – Brian resmungava. – VOU ME ATRASAAR, O QUE EU FAÇO?!!

- PARA DE SER BICHA! – Berrava Mariana, irritada com o escândalo de Brian.

 

Os convidados de repente começaram a chegar. Letícia ficava tensa assistindo toda a chegada, esperando encontrar Brian em meio a tantos convidados, porém nem sinal dele.

Os minutos se passavam e a jovem ainda estava paralisada, sem desviar o olhar da entrada, vendo o salão cada vez mais lotado de pessoas, sentindo borboletas passearem pelo seu estomago, suas mãos idiotas tremiam e seu momento de entrar finalmente havia chegado. Nada de Brian.

- Ele não vem. – murmurou para si mesma.

Clarice e Diego desfilavam primeiramente pelo tapete vermelho, enquanto as luzes brancas apenas os iluminavam.

Logo em seguida, Priscila descia as escadas, sendo freneticamente aplaudida.

De repente todas as luzes se apagaram, apenas com uma única luz branca iluminando Letícia, logo no início da escada. As luzes brancas começaram a piscar rapidamente ao ritmo de “BYOB” do System of a Down.

A música estourava pelo salão, e Letícia caminhava pelo tapete vermelho, sendo aplaudida e acenando para todos seus colegas e ao mesmo tempo tentando encontar Brian, porém não teve sucesso.

- Parabéns! – João surgia por entre a multidão, correndo para abraçá-la. – Você está maravilhosa! Você É maravilhosa! – João sorria, levemente corado.

O rapaz estava vestido com uma jaqueta de couro, calça jeans rasgada nos joelhos, com correntes e um coturno. Parecia um integrante de uma gangue de motoqueiros.

- Você também ficou demais com essa roupa. – Dizia Letícia sem olhá-lo diretamente, procurando incansavelmente por Brian, enquanto suas mãos tolas suavam revelando sua ansiedade.  – É, ele não vem. – murmurou.

- O que? – perguntou João.

De repente, todas as luzes se apagaram.

- NINGUÉM É DE NINGUÉM! – Berrou algum engraçadinho.

- ATENÇÃO! TODOS ABRAM ESPAÇO NO TAPETE! SAIAM DO CAMINHO!

- Mariana? – perguntou João intrigado.

- O que é isso?!


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Notas finais do capítulo

Pessoal, se tiver algum erro na fic eh pq eu nao corrigi por causa da correria mesmo.


FDS postarei mais de um capitulo pra tentar compensar o tempo que o site ficou parado.

Mandem reviews! Essas eu responderei. HISAHISHAIHSIA

beeejos.