Com Amor não se Brinca escrita por Bubees


Capítulo 25
Virgindade




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A semana havia passado e o sentimento de cumplicidade entre Letícia e Brian crescia cada vez mais, afinal, tinham que superar tudo juntos, a visita na psicóloga, as piadinhas por terem que limpar a sala todos os dias depois do horário de saída e principalmente os olhares raivosos e Juliana e Mateus ao verem que os dois estavam novamente se dando bem.

- Podíamos ir a um bar. – sugeria Brian de repente, logo após o ensaio da banda num dia se sábado.

- Só a gente? – Letícia arqueou uma das sobrancelhas.

- O James também vai. – Informava Brian, enquanto guardava a sua guitarra, cautelosamente. – E o bar fica aqui do lado... Vamos vai! A gente trabalhou a semana toda!

- O James vai? MESMO?!

- Vai oras! – Dizia Brian, levemente irritado com a desconfiança de Letícia. – Está com medo de ficar sozinha comigo, é? – Brian piscava.

- Não, idiota! – Debateu Letícia. – Está bem, eu vou!

James, Brian e Letícia caminhavam pelas ruas, chegando á um bar lotado, de iluminação fraca e som alto.

- Vão beber o que? – perguntava o garçom, assim que eles se sentavam.

- Queremos vodka. – Dizia James de imediato e animado.

- Ele é viciado. – Brian comentava nos ouvidos de Letícia.

- Ei! Vocês não me chamaram pra me deixar de vela né?! – resmungava James.

- O James nem começou a beber e já está falando merda! – Retrucava Letícia, ás gargalhadas.

- Pois é... – Dizia Brian, com uma leve risada.

- SYN! – de repente uma voz feminina se aproximava.

- Paula! Quanto tempo! – Brian se levantava cumprimentando a loura do mercadinho com um abraço apertado.

- Oi é...

- Letícia. – Respondia a jovem, num tom seco, medindo a tal Paula de cima para baixo.

- Você é a garota dos chicletes, não? – perguntou Paula, sorridente e abraçando James.

- Cadê seu namorado? – perguntou Brian.

- Terminei. – a jovem dava de ombros. – E você? Está namorando? – Paula encarava Letícia de relance.

Letícia engasgou com o próprio ar que respirava, tossindo freneticamente, sentindo um desconforto no estomago. Por que estavam TÃO interessados nesses assuntos?!

- Toma! – James lhe estendia um copo de vodka, fazendo-a engolir goela abaixo.

Letícia literalmente engolia a vodka, fixando na conversa de Brian e Paula.

- Bom, aparece qualquer dia. – dizia ela, se afastando de Brian.

Brian se virou para a mesa, fitando as caretas constantes de Letícia, a cada golada de vodka.

- FRACA! – berrava James gargalhando.

- Poxa! Começaram sem mim foi? – Brian fazia um bico, ainda fixando Letícia. – Vai devagar... Esperasse eu te ensinar a beber!

- OLHA QUEM FALA! – James ainda gargalhava. – Toda vez que a gente sai para beber você fica bêbado.

- É legal... – Brian dava de ombros.

Letícia estava sentindo sua cabeça girar, nem se quer sentia mais o gosto da bebida, ria de coisas idiotas e filosofava sobre zumbis e como jogar uma velhinha no trilho do trem.

- Podíamos jogar a cartela de bingo dela no trilho pra ela ir buscar. – James gargalhava com a própria piada. – PEGA MAIS BEBIBA SYN GOSTOSO!

Brian se levantava da cadeira rebolando e gargalhando, desfilava até o balcão e logo em seguida rolava para chegar mais próximo, pedindo mais bebida ao barman.

- BICHA! – Gritava Letícia, gargalhando.

- Vou mudar o título daquela música então para ‘Pink is the new Black’... Ta aí, gostei! “Pink is the new Black”! – Brian começava a acenar para as pessoas que passavam pela mesa.

- Mas e se eu preferir roxo? – Debatia Letícia, fazendo um bico extravagante.

- Roxo é um tom de rosa! Pra mim rosa, roxo, vermelho, laranja, azul, prata... é tudo igual! – Dizia Brian, resmungando.

- Prata não é rosa. – Dizia James. – Azul até pode ser... Rosa escuro!

As conversas estranhas e as risadas altas se estendiam por toda a noite, até que finalmente eles decidiram voltar para o prédio, antes que James entrasse em coma alcoólico.

Como clássicos bêbados, se apoiaram um nos ombros do outro, caminhando pelas ruas.

- Minha mãe não pode me ver assim... – choramingava James.

- SE FERROU! – Diziam Brian e Letícia em coro.

Ao entrarem no elevador, todos se deitavam no chão, colocando os pés para o alto, apoiados na parede do elevador.

Ambos riam, sem nem ao menos entender o motivo.

Pararam no andar de James, que dava uma cambalhota para sair do elevador, enquanto Brian e Letícia gargalhavam com James que não sabia nem ao menos posicionar os pés um a frente do outro para caminhar.

Os dois jovens de repente paravam de rir, deixando com que o silencio predominasse pelo elevador, apenas fitando o teto.

Brian sutilmente fechava os olhos, relaxando cada músculo de seu corpo, estendia um leve sorriso, e com cautela, seus dedos caminhavam até encontrar os de Letícia. Brian entrelaçava seus dedos com os da jovem, que arregalava os olhos, fitando o rapaz, porém ainda sim, segurava seus dedos com firmeza.

- Te amo. – disse Brian, de repente.

A jovem se erguia, debruçando-se em cima do peito do rapaz, deixando seus rostos tão próximos, que podiam sentir suas respirações aceleradas.

- O que? – Perguntou a jovem, ofegante.

- EU TE AMO! – Berrou Brian, de repente, e logo começou a chorar. – É SÉRIO! ACREDITA EM MIM!

- Sh! – Letícia colocava o dedo indicador nos lábios do rapaz, sentindo seu coração saltar dentro do peito.

- Fala que me ama, pequena! – Choramingava o rapaz, segurando o rosto da jovem.

- Eu te amo mais do que vodka! – Dizia Letícia, pousando a cabeça pelo peito do rapaz.

- Er... O elevador chegou. – Anunciava Brian, secando as lágrimas, e se levantando, ajudando Letícia a se levantar.

Letícia assim como Brian se sentia tonta e tudo girava, suas pernas estavam moles.

Assim que foram sair do elevador, ambos tropeçaram, fazendo com que Brian batesse as costas contra a parede do hall, e Letícia, saísse por cima dele.

- Ups! – dizia a jovem.

Ambos começavam a gargalhar feito dois idiotas.

Brian de repente agarrou a jovem pela cintura, com uma risada maliciosa, a empurrando contra a parede.

Letícia batia fortemente as costas na parede, arregalando os olhos para Brian que de repente havia ficado muito sério. Encarava os olhos da jovem de tal forma como se algo extraordinário estivesse prestes a acontecer. A jovem também havia ficado extremamente séria, encarando os olhos do rapaz da mesma forma com que ele a encarava, sentindo cada fibra de seu corpo se arrepiar lentamente, e sua respiração ficando cada vez mais ofegante.

O rapaz descia o olhar para os lábios da moça, prensando-a contra a parede, usando apenas seu corpo. Brian dava um sorriso malicioso no canto dos lábios, descendo suas mãos pelo corpo da jovem... lentamente... e lentamente colocando as mãos por dentro de sua camisa, apertando sua cintura.

Letícia ainda o fitava, mordendo os lábios, e passando as mãos pelo rosto do rapaz, que as poucos se aproximava de olhos fechados, tocando seus lábios nos da jovem.

A jovem fechava os olhos, sentindo as mãos firmes de Brian segurando sua cintura, e aqueles lábios quentes tocando os seus, depois, abriu os olhos lentamente, fitando os lábios do rapaz. A moça o puxava pela gola da camisa, deixando-o ainda mais próximo, beijando seus lábios com desespero, passava as mãos pelos cabelos do rapaz, enroscando seus dedos, e puxando-os levemente.

Brian dava uma leve risada, encarando os olhos da jovem, descendo novamente as mãos pelo corpo da jovem, sentindo sua respiração extremamente ofegante e as mãos tremulas, pressionou as coxas da moça, puxando-a e encaixando-a em seus quadris, enquanto ainda se beijavam, e Brian distribuía os beijos por todo o pescoço da jovem, enquanto ela mordia sua orelha, levemente.

Com dificuldade, Brian caminhava até a porta de seu apartamento, girando a maçaneta de mal jeito, abrindo a porta como um estrondo, e assim que entravam, o rapaz a fechava de imediato.

Cambaleando e distribuindo beijos pelo pescoço da jovem, Brian caminhava até seu quarto, fechando e trancando a porta.

Rapidamente, o rapaz sentava Letícia em sua escrivaninha, fazendo com que todas as coisas que estavam ali, se despencassem pelo chão, enquanto Letícia o olhava seriamente dentro dos olhos, tentando equilibrar a respiração.

Brian segurava o rosto fino e quente da jovem.

- Eu te amo. – sussurrou ele.

Letícia colocava as mãos por dentro da camisa do rapaz, passando-a pelo seu abdômen até finalmente deslizar a camisa pelo seu corpo, jogando-a no chão.

Brian beijava a jovem sutilmente, retirando a camiseta do Metallica que a jovem vestia, e distribuindo beijos pelo seu corpo.

- Minha pequena... – sussurrava o rapaz, ofegante.

Brian novamente agarrava as coxas da jovem, puxando-a contra seu corpo, e jogando na cama.

Letícia sentia suas costas batendo contra o coxão, e puxava Brian para cima de seu corpo com violência. Brian distribuía beijos por todo o corpo da jovem, enquanto abria o botão e descia o zíper da calça que Letícia usava, sentindo que aquilo era tão certo e irreal, que parecia até mesmo um sonho. O rapaz apesar de tudo sabia exatamente o que estava fazendo ali, estava sentindo o calor do corpo do amor da sua vida, seu coração pulava loucamente, como os beijos desesperados que se davam, se abraçavam, juntando cada parte, cada fibra de seu corpo, como peças perfeitas. Não havia espaço para ódio ali, o amor havia vencido apesar de tudo, era impossível negar. Eles então eram um só, um só naquela sufocante paixão, naquele sentimento gigante que os transformavam em algo único como o mar, a areia... Até mesmo o universo...

 

Letícia abria os olhos lentamente. Maldita dor de cabeça! Demorou algum tempo, mas não muito para notar que não estava em seu quarto. Estava em um lugar estranho, sentia algo macio por baixo de sua cabeça, e um calor confortável, atravessando seu corpo. Mais confortável não poderia estar, até finalmente sentir uma leve brisa atravessar por suas costas nuas, e fitar um braço largo, tatuado, que a envolvia. Ela conhecia aquelas tatuagens. De repente, lembranças da noite passada vieram a tona.

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!

- AAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHH! – Brian acordava assustado com o berro de Letícia. – O que foi? – perguntou ele com tranqüilidade, ainda desnorteado e sonolento.

- SAAAI! – Berrava Letícia, branca de pânico, chutando Brian para fora da cama.

Brian antes mesmo que caísse, agarrava o travesseiro, e rapidamente tampava suas partes.

- O que foi minha pequena? Para de gritar, eu estou morrendo de dor de cabeça.

- PEQUENA?! O que foi que aconteceu aqui ein? SEU TARADO!

- Você não se lembra? – Perguntava Brian, num tom decepcionado. – Bom, olhe ao seu redor. – murmurou.

Letícia olhava pelo quarto, vendo a escrivaninha de Brian vazia, com os objetos espalhados pelo chão, e todas suas roupas e principalmente roupas íntimas, espalhadas.

- AI...MEU...DEEEEEEUS! – Letícia resmungava, cobrindo o rosto e se debatendo como uma criança que estava sendo contrariada.

- Para de gritar! Meus pais provavelmente devem estar aqui...

- O QUE?! – Letícia percebeu que ainda berrava, e então baixou o tom de voz. – Como?

- Vou ver. – dizia Brian, se levantando do chão, ainda se cobrindo com o travesseiro, passando pela porta.

Letícia aproveitava a breve saída do rapaz, para recolher as roupas que estavam pelo chão e vesti-las.

- Eles não estão... – Brian entrava de repente, enquanto Letícia ainda vestia sua camiseta.

- EI! BATE NA PORTA ANTES DE ENTRAR! – Berrava a jovem, assustada.

- Mas eu estou na minha casa... – Resmungava Brian, com uma voz inocente.

- VESTE UMA ROUPA LOGO! – Dizia Letícia, deixando evidente seu desespero.

Brian dava uma risada de canto.

- Te incomoda?

- BRIAN! – Resmungava Letícia, fechando os olhos com as mãos.

O rapaz então vestia as calças que estavam pelo chão.

- Pronto. – informou ele.

Letícia retirava as mãos do rosto com cuidado, abrindo os olhos lentamente.

- Coloca uma camisa? – pedia ela.

- Você já me viu sem camisa... Ou melhor, já me viu sem nada...

- PARA! – berrava a jovem mais uma vez em pânico. – Eu não acredito que fiz isso. – Choramingava se sentando na beira da cama.

Brian se aproximava cautelosamente de Letícia, se sentando ao seu lado.

- Então você se lembra? – perguntou ele, sutilmente.

- N-não. – gaguejou a moça. – Mas está muito obvio o que aconteceu aqui.

- Foi a melhor coisa do mundo... – Dizia Brian com um sorriso meigo, colocando os cabelos da jovem atrás da orelha.

Letícia se afastava rapidamente.

- Não aconteceu NADA aqui, está bem?

- Para mim, aconteceu sim! – Debatia o rapaz.

- NÃO! Vamos apagar TUDO o que aconteceu ontem.

- Mas Letí...

- TCHAU! – Letícia se levantava da cama indo em direção a porta.

Brian se levantava rapidamente, indo até a jovem, puxando-a contra seu peito nu.

A jovem ficava boquiaberta, tocando aquele corpo e perdida em pensamentos, como se sacudissem sua cabeça, e tudo saísse do seu devido lugar.

O rapaz estendia um pequeno sorriso ao perceber que Letícia havia perdido a noção de que estava acariciando seu peito, sutilmente. Rapidamente, o jovem tocou nos lábios de Letícia, e a fitou com um olhar apaixonado e doce.

- Até o ensaio...

- O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO?! – Letícia voltava para a realidade, retirando as mãos do peito de Brian, de imediato.

Brian ria do desespero da jovem, quando de repente, levava um soco no braço.

- Por que isso? – Perguntava o rapaz. – Saiba que eu te quero muito mais agora...

- Melhor eu ir antes que eu ARRANQUE sua cabeça FORA! Eu já falei! Não aconteceu NADA!

- Pra você é muito mais fácil fugir do que encarar os fatos?!

Letícia fitou o rapaz com raiva, simplesmente lhe dando as costas, e caminhando pelo apartamento.

- Quero conversar! – Insistia o rapaz, correndo atrás da jovem.

- Não tem o que conversar! – A jovem literalmente corria até a porta.

- Para de ser infantil! – Brian ainda insistia.

Letícia nada respondeu, passou pela porta, fechando-a na cara de Brian, logo em seguida.

Lentamente a jovem abria a porta de sua casa, caminhando nas pontas dos pés até seu quarto, jogando a roupa que usava em um cesto, colocando seu pijama.

A única coisa que ela queria era dormir e esquecer o que havia acontecido, coisa que seria uma tremenda façanha. Assim que fechava os olhos se lembrava dos toques intensos, dos lábios macios de Brian passeando pelo seu corpo, o perfume dele, e seus corações saltando um ao lado do outro.

Letícia se revirava na cama, batia na própria cabeça, tentando afastar os pensamentos que insistentes que não afastavam, o perfume, os ‘eu te amo’, e TUDO, martelavam sua cabeça. Apesar de tentar esquecer, Letícia se sentia cheia de vida, uma massa estranha de alegria invadia seu peito que antes se encontrava vazio. Brian era dela, e ele queria ser dela. Ela sabia disso.

- Letícia? Já está na hora de acordar. – De repente, Diego abria a porta, fitando a filha.

- AHH! – Berrou a jovem, assustada. – Caramba pai, você me assustou.

- Me desculpe. – Diego dava uma risada sem graça para a filha. – Você não tinha ido á academia de manhã?

- O que?

- Eu passei aqui de manhã e você não estava...

- AHHH... – Dizia Letícia, sentindo seu peito inflar de desespero. – Mas é claro que eu estava... Mas me deu TANTO sono que eu voltei para dormir.

- Fiquei preocupado que você não estivesse dormido em casa.

- Credo pai! Você acha que eu iria fazer uma coisa dessas? – a jovem engolia seco.

- É que você saiu com o Syn e o James. Como eu não te vi voltar...

- Mas aqui estou... – Dizia a jovem com um sorriso sem graça.

- Bom, hoje você vai ficar com a Carmen.

- Por quê?! – debatia Letícia, de imediato.

- Preciso sair. – dizia Diego. – Com a sua irmã.

- Então vou voltar para a casa.

- Sua mãe... vai junto. – Diego olhava de forma como se tivesse falado demais.

- SÉRIO?! – Dizia Letícia animada. – Agora mesmo que eu vou junto!

- Não! Vamos resolver algumas coisas importantes, e você não pode ir. – Diego atropelava as palavras. – Tem chocolate pro café da manhã, eu deixo você comer!

- Agora você se tornou meu suspeito principal! – Letícia encarava o pai com desconfiança. – Me deixando comer doce no café da manhã é?

Diego dava um sorriso sem graça, saindo quase que correndo para fora do apartamento.

Letícia revirou os olhos, irritada, porém se sentiu melhor assim que saiu pelo apartamento, vendo que Carmen nem se quer estava por lá. Com certeza devia estar no salão, ou na academia, ou em alguma clínica de estética qualquer.

Decidiu então, tranquilamente ir tomar um banho e aproveitar para comer os chocolates que seu pai havia deixado.

De repente, aqueles mesmo pensamentos que já se tornaram rotineiros, invadiram sua cabeça. Decidiu que não iria mais ao ensaio! Teria que passar mais tempo com Brian e não estava preparada para isso, ainda mais pelo que havia acontecido da noite passada.

Não entendia o porque, mas quando pensava nisso, seu coração acelerava de forma brusca, ficava nervosa, sentindo as borboletas brincarem pelo seu estomago. Era a melhor coisa que tinha a fazer. Não ir ao ensaio.

A jovem então decidiu assistir alguns DVDs de shows, colocou no DVD player, deixando no último volume, viu que o horário do ensaio havia chego, e como prometeu, não foi, ficou sentada no sofá, ainda de pijama e nem se quer ouviu o interfone tocando freneticamente, por causa do volume do DVD.

O tempo havia passado e o interfone finalmente parou de tocar.

De repente a porta se abre como um estrondo, e Brian entrava por ela, batendo a porta logo ás suas costas.

- AH!... EI! – Dizia Letícia reagindo ao leve susto. – O que você está fazendo aqui?!

- AGORA VOCÊ VAI FALAR COMIGO POR BEM OU POR MAL! – O rosto de Brian estava púrpura.

- Que?!

Brian pegava Letícia pelo braço, a levantando do sofá.

- Me solta seu bruto! – Letícia espancava o peito do rapaz, enquanto ele ainda a segurava firme, mantendo o controle da situação e agüentando os tapas e socos.

- Você nos deixou plantados! – Brian sacudia Letícia, obrigando-a a olhá-lo. – Tudo isso por medo de falar comigo? Medo de se aproximar de mim?

- Você acha que está podendo né?! Me solta! – exigia a jovem. – E com que direito você acha que pode invadir a minha casa assim?

- Você nem considera aqui a sua casa. – Debatia o rapaz a soltando. – Não vai me responder? – Brian caminhava para cima da jovem, que recuava lentamente.

- Responder o que? – murmurava a moça.

- Você está fugindo de mim? – Brian encarava os olhos da moça como se fosse um desafio.

- Lógico que não! – Debatia Letícia.

- Então olha para mim, para de recuar e vamos conversar! – Dizia Brian, sério.

- Conversar? Não temos nada para conversar.

- E ontem a noite? Não foi nada pra você?!

Letícia parava de recuar, simplesmente por que não tinha mais como.

- Responde. – Brian se aproximava, apoiando os braços na parede, e encarando os olhos da jovem.

- Não. – murmurou ela, sentindo seus músculos rígidos, como se Brian fosse uma ameaça.

- Como não?

- Nós estávamos bêbados! – Letícia encarava os olhos do rapaz. – Nem sabíamos o que estávamos fazendo! Acorda!

- É ai que você se engana. – Debatia o rapaz. – Eu sabia EXATAMENTE o que eu estava fazendo. – O rapaz segurava o rosto da jovem, obrigando-a olhá-lo. – Eu sei que você também sabia! Você olhava dentro dos meus olhos, seus carinhos...

- PARA! – Letícia tapava os ouvidos. Não queria mais ouvir aquilo.

- NÃO! – Brian segurava os braços da jovem contra a parede. – Eu não vou fingir que nada aconteceu minha pequena! Você não tem a mínima noção do que isso significou para mim! Não é justo você querer me esnobar desse jeito.

- Eu não estou te...

- Para de negar!

- Então por que isso foi tão importante pra você?

Brian engolia seco, soltando os braços da jovem.

- Letícia. – Dizia ele, sério. – Você foi a minha primeira...

Letícia arregalava os olhos assustada e boquiaberta, aos poucos, fechava os lábios, comprimindo-os, e disparando uma alta gargalhada para o rapaz.

- Fala sério, Syn! Nem eu sou mais virgem, quem dirá você!

- O que?! – Brian dizia surpreso. – Não foi sua primeira vez?

- Não! – Dizia a jovem gargalhando. – Muito menos a sua.

Brian permanecia sério, cruzando os braços e arqueando uma das sobrancelhas, como se estivesse esperando que o ataque de riso de Letícia, terminasse.

Letícia percebendo a reação do rapaz, imediatamente, parou de rir.

- Ops... – A jovem dava uma risada sem graça. – Você era virgem mesmo...

- Eu não teria motivos para mentir sobre isso, ainda mais agora que eu sei que você não era... – O rapaz respirou fundo se afastando da jovem. – Infelizmente você sempre está me surpreendendo.

- Por que infelizmente? – Perguntou Letícia se aproximando do rapaz.

- Você me acha tão mesquinho assim? Qual é o problema deu ter perdido a minha virgindade com você?

- Syn, eu não sabia... – A jovem colocava as mãos em seus ombros e o rapaz se afastava, fechando os olhos e respirando fundo.

- Quem foi? – Dizia Brian, olhando-a, seriamente.

- Syn, deixa pra lá...

- Fala! Eu quero saber quem foi! – Exigia o rapaz, segurando Letícia pelo braço. – Para de agir como se você não soubesse que você é a pessoa mais importante da minha vida! Eu mereço saber quem foi! Me fala Letícia, por favor.


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Notas finais do capítulo

Pessoal! ESpero que gostem do cap

Aguardo os reviews e muito obrigada por estarem sempre acompanhando!


beeejos