Com Amor não se Brinca escrita por Bubees


Capítulo 16
Apostas e amor.




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Letícia ficou parada olhando o rosto de Brian, um tanto quanto inquieta. Brian, porém, ficara paralisado sem reação alguma, nem ao menos piscava, ficava olhando dentro dos olhos da moça, de boca aberta, como se estivesse se desligado.

- Quer saber? Esquece o que eu disse. – disse Letícia, irritada com a falta de reação de Brian que parecia um mongol.

- Repete. – disse ele, ainda sem piscar.

- Não! – disse Letícia, sentindo as bochechas corar.

- Por favor... – dessa vez Brian mostrou alguma reação, estava com uma expressão alegre no rosto, seus olhos voltaram a ficar vivos e Brian segurou a maça no rosto de Letícia com firmeza. – Repete. – insistiu.

- Syn... – Letícia umedeceu os lábios e respirou fundo. – Eu te amo... Mas, tudo bem, esquece o que eu disse...

Brian rapidamente, colocou o dedo indicador nos lábios de Letícia.

- Para com isso... – Brian finalmente estendeu o sorriso tremulo. – Garota... – dizia ele aproximando o rosto do de Letícia, olhando-a nos olhos. – Eu nunca pensei que fosse ouvir isso de você...

- Mas...

- Sh... – Brian ainda não a deixava falar. – Letícia, eu sou louco por você.

- O que? – a voz de Letícia, saia falha.

- Eu sou louco por você. – disse Brian mais uma vez. – Eu não acredito que eu ouvi isso de você. – Brian começou a rir consigo mesmo.

- Qual é a graça? – perguntou Letícia, sem entender.

- Eu te amo, Leticia. – Brian a puxou contra seu peito, lhe dando um abraço. – Eu nunca pensei que iria me apaixonar pela garota mais doida que eu já vi na minha vida.

- Syn... Não brinque comigo. – disse Letícia, tentando se afastar.

- Eu não estou brincando. – Brian, de repente, ficou sério. – Eu me apaixonei por você... Irônico não?

- Muito irônico, ainda mais por eu sentir o mesmo.

- Você tem certeza? – perguntou Brian.

- Acho que sim. – Disse Letícia, olhando para o chão.

- Acha? – A voz de Brian pareceu um pouco desanimada. – Letícia, eu tenho certeza do que eu sinto por você, por que é algo que eu nunca senti antes, eu... te amo.

- Ama mesmo? – Letícia ergueu uma das sobrancelhas.

- Amo.

- Mas como? A gente sempre se odiou... – Letícia agora estava mais calma.

- Se pensa assim, porque resolveu dizer que me ama?

- Eu não sei... Você me faz sentir coisas estranhas... Que eu nunca senti antes.

Brian estendeu um largo sorriso.

- Letícia, eu posso ter sido um idiota com você no começo, mas eu não sou burro, eu sei que você é especial, por mais que eu negasse a mim mesmo. – O coração de Brian acelerava, fazendo com que ele perdesse completamente o controle da situação, cada palavra que saia de seus lábios eram involuntárias, espontâneas. – Quando eu percebi, já estava louco por você.

- Tem certeza? – Letícia cruzava os braços, o encarando.

- Letícia, quero mais é que se foda o mundo e as pessoas dentro dele, eu só preciso de você, por que você me faz sentir vivo... É GAROTA! É VOCÊ! – exclamava Brian.

- Eu tenho tanto medo de me machucar...

- Agora que eu descobri que eu tenho você, não posso te perder. – Brian se aproximou de Letícia, segurando levemente seu queixo. – Quero te fazer feliz...

- Como posso saber que isso não é uma farsa sua?

- Olhe nos meus olhos, me peça o que quiser, simplesmente acredite em mim.

Letícia encarava Brian um pouco surpresa pelo rumo da conversa, porém estava feliz, seu coração saltitava dentro de seu peito com alegria.

- Não vamos poder contar a ninguém o que sentimos um pelo outro.

- Eu faço o que você quiser. – disse Brian, de imediato.

- Está bem, então não podemos contar a ninguém, pelo menos por enquanto, nossos amigos não vão entender nada, eu quero saber qual é a sua, e a Juliana ainda gosta de você.

- Não se preocupe. – disse Brian.

- Na frente dos nossos amigos, nós ainda nos odiamos. – Letícia deu um sorriso.

- Posso te pedir uma coisa? – perguntou Brian, com um olhar infantil.

- O que?

- Me beija?

Letícia engoliu seco, não sabia se aquela atitude estava certa, mas estava tão feliz que aqueles sentimentos contraditórios que não faziam sentido algum.

Lentamente, a jovem se aproximou do rapaz, ficou na ponta dos pés e tocou sutilmente nos lábios de Brian.

Brian fechou os olhos, sentindo os lábios quentes de Letícia tocarem os seus, rapidamente, ele a segurou pela cintura, erguendo-a do chão, seus lábios continuavam se movendo um contra o outro, Letícia, passou os braços por trás de seu pescoço, e seus corações batiam no mesmo ritmo.

De repente, Brian se afastou.

- O que foi? – perguntou Letícia.

- Tenho que ir.

- Ir para onde?

- Para a casa. – Brian a colocou no chão, lhe dando um sorriso. – Me desculpe.

- Não entendi. – disse a jovem.

- Não precisa entender... – Brian se inclinou dando um beijo no rosto de Letícia e então, saiu andando.

Brian caminha pelo prédio com um sorriso de orelha a orelha, assoviava despreocupado, tropeçava nos próprios pés, a única coisa em que pensava era nas palavras de Letícia, ria sozinho, até finalmente chegar em seu apartamento.

Rapidamente, pegou o telefone, ficando sério.

- Alo? Mateus?

- Oi Syn, tudo certo, cara?

- Tudo, eu preciso te falar uma coisa.

- Falar o que?

- Sabe aquela história da aposta?

- Claro que sim... Não vai me dizer que a Letícia ficou com você né? – Mateus gargalhava.

- Não. – disse Brian sério. – Eu simplesmente não quero mais apostar.

- Como não? –perguntou Mateus surpreso. – Desistiu é?

- Sim, desisti, a Letícia é impossível, não agüento simplesmente ficar nenhum segundo ao lado dela, chega dessa aposta que eu estou me estressando.

- Nossa, eu não esperava por essa.

- Pois é, mas é que não dá mais.

- Sei. – dizia Mateus numa desconfiança perceptível.

- É verdade. – reforçava Brian. – Chega de apostas. – dizia ele, com um sorriso.

- Tudo bem. – dizia Mateus, indiferente.

- É isso, preciso desligar, falou! – Brian desligou o telefone, se espatifando no sofá, parecia um garotinho encontrando o seu primeiro amor.

Brian se levantou do sofá, e foi rapidamente atravessando o hall, batendo na porta de Letícia, que a abriu como se já esperasse a visita.

- O que foi? – perguntou, irritada.

- Me desculpe ter saído daquele jeito, fui pegar dinheiro pra gente sair... O que acha?

- Não sei não. – respondeu a jovem, ríspida. – Pensei que você tinha me beijado e depois quis fugir.

- Calma aí, nervosinha... – disse Brian com um sorriso meigo. – Já disse que eu não posso perder você...

Letícia sentiu seu rosto corar mais uma vez, e então abaixou a cabeça com um sorriso sem graça.

Brian, então, se aproximou, erguendo seu rosto.

Letícia sentiu seus músculos relaxarem, estar com Brian a deixava mais tranqüila, Brian, também mostrava sentir o mesmo.

- Entre, eu vou me arrumar, minha irmã está na sala assistindo Lost.

- Tudo bem. – Brian estendeu um sorriso, entrando timidamente no apartamento de Letícia.

- Ora, pare com isso, você já esteve aqui antes. – dizia Letícia, sorridente. – Pri? – Letícia chamou a irmã que mal piscava enquanto olhava para e TV.

- Letícia? ... BRIAN?! – Priscila se levantou imediatamente, ao ver os dois juntos, um ao lado do outro. – Vocês não vieram brigar comigo por que eu sai correndo, né?

- Não... – Letícia deu uma leve risada. – Só vou te pedir pra fazer sala pro Brian, enquanto eu me arrumo.

- Vão sair é? – Priscila dava um sorriso malicioso.

- Sim. – disse Letícia com tranqüilidade.

Priscila arregalou os olhos e seus lábios se mantinham rígidos.

- Você conseguiu o que queria. – Letícia revirou os olhos.

Imediatamente, Priscila estendeu o sorriso que segurava e correu até a irmã, para lhe dar um abraço.

- QUE LINDO! Vocês estão juntos...

- Não é bem juntos...

- Estamos. – disse Brian, interrompendo a jovem.

Letícia olhou surpresa para Brian e retribuiu o abraço da irmã.

- Chega Priscila, pare com isso.

- Olá cunhadinho. – zombava Priscila ás gargalhadas.

Letícia revirou os olhos e caminhou até o quarto onde dormia, não costumava dizer que aquele era seu quarto, pois Carmen não a deixava colocar seu toque especial.

 

- Sente-se. – disse Priscila, se sentando no sofá. – Estão mesmo juntos?

- Acho que sim, por mim... – Brian se sentava, olhando para Priscila sorridente.

- Mas como foi que isso aconteceu?

- Não sei, ela disse que me ama, do nada... – Brian começou a rir. – E sabe? Eu sinto o mesmo, não sei, é tão diferente quando estou com ela, tão mágico, ela me faz sentir tantas coisas ao mesmo tempo, ela é incrível.

- AAAI! QUE GRACINHAAA!

- PARA DE FICAR DANDO PITI PRISCILA! – gritava Letícia do quarto.

Priscila colocou a mão na boca, tentando se controlar.

- Eu amo a sua irmã, e não tenho problema algum de dizer isso, ela não é como as outras garotas fúteis que eu já conheci.

- Que bom... – Priscila ainda continuava sorrindo. – Cuide bem da minha irmã, se não eu acabo com você, e estou falando sério.

- Cuidarei. – disse Brian.

- Estou pronta. – disse Letícia parada na entrada da sala, com os cabelos vermelhos soltos, um vestido tomara que caia preto, de saia rodada, uma meia rastão e um coturno.

Brian olhou para a garota de olhos arregalados, e boquiaberto, ficou em silencio apenas observando a garota que ama.

- Você está lindíssima. – dizia Priscila.

- Avisa o pai pra mim, que saí?

- Claro. – disse Priscila.

- Vamos Syn? – Letícia entendeu um sorriso, tentando chamar a atenção de Brian, novamente.

- Vamos. – disse o garoto ainda sem tirar os olhos de Letícia.

Ambos caminharam até a porta, e Brian chamou o elevador.

- Posso saber para onde vai me levar? – perguntou Letícia.

- Ah, não é nada demais assim... – dizia Brian, desanimado. – Shopping? – perguntou ele, fazendo uma careta.

- Não se preocupe Syn, o shopping está ótimo, mas tem um problema...

- O que foi?

- Tem muita gente conhecida por lá que pode nos ver...

- Não se preocupe com isso, é só tomarmos cuidado.

- Está bem. – Letícia dava de ombros, entrando no elevador. – Como nós vamos?

Brian tirou do bolso uma chave de carro.

- Você dirige?!

- Sim... – Brian deu um sorriso.

- Cuidado ein?

Brian então, estendeu a mão para Letícia, que olhava timidamente para ele, porém, segurou sua mão, e Brian entrelaçou seus dedos com o dela.

- Acho melhor não irmos tão longe... – dizia Letícia, enquanto caminhavam pela garagem.

- Por que não?

- Já disse que ainda quero descobrir qual é a sua. – Letícia disse, ríspida.

- Ah... – Brian abaixou a cabeça e continuou caminhando. – Ainda não confia em mim.

- Não mesmo. – disse Letícia com sinceridade.

- Não tem problema. – Brian parou de andar, ficando parado ao lado de um carro prateado. – Eu posso fazer você confiar.

- Será que pode mesmo? – Letícia encostou-se no carro, cruzando os braços e o olhando nos olhos.

- Sempre... – Sussurrou Brian, se aproximando da jovem, e segurando em sua cintura.

- Acho que você está muito apressadinho. – dizia Letícia, encarando-o.

- E eu vou esperar o que? Já demoramos tempo demais... – Brian se aproximava ainda mais de Letícia podendo sentir sua respiração irregular.

- Mas eu tenho medo... – sussurrava Letícia.

Brian sutilmente tocava seus lábios nos dela, e voltava a olhar em seus olhos.

- Como vai saber o que pode acontecer se não me der uma chance mostrar?

- De mostrar o que?

- Que o que eu estou sentindo por você é muito intenso.

Letícia ficou boquiaberta, olhando Brian falar. O rapaz falava com tanta ênfase que era impossível desconfiar.

- Como pode ter tanta certeza disso? – perguntou.

- O tempo vai te mostrar. – disse Brian, segurando o rosto da jovem, e beijando-a sutilmente. – Vai me dar uma chance? – Brian sussurrava em seus ouvidos.

- Sim. – respondeu Letícia, sussurrando nos ouvidos dele.

Brian se afastou, abrindo a porta do passageiro para Letícia.

 

Chegando ao shopping, Letícia e Brian cainhavam livremente de mãos dadas como um casal normal, Letícia porém, mal olhava em seu rosto, estava um pouco envergonhada, nunca havia passado por uma situação como essa antes, enquanto Brian, caminhava olhando-a com um olhar infantil, parecia uma criança verdadeiramente apaixonada por tudo aquilo que a rodeava, e tudo aquilo para ele, se resumia apenas á uma pessoa, não importava se era muito cedo para afirmar isso com todas as letras, era simplesmente o que ele sentia, coisa que ele jamais sentira por garota alguma, era somente por Letícia.

- Syn? – Letícia interrompia seus pensamentos.

- Oi amo... – Brian gaguejou um pouco e então tornou a falar. – Amor?

Letícia corou, dando um sorriso satisfeito.

- Acho que aquele cara de costas é o Mateus.

- Nossa! É ele mesmo...

Letícia rapidamente soltou das mãos de Brian, Mateus estava com os pais, até que finalmente seus pais se viraram, Brian, desesperado empurrou sutilmente Letícia para uma loja.

- Syn?! – Mateus o olhava surpreso. – Nossa cara, o que você está fazendo aqui? Com quem?

- Oi Mateus... – Dizia Brian, ainda assustado.

- Nossa o que foi? Algum bicho te mordeu?

Brian deu uma risada forçada.

- Por que você não quis mais apostar ein? – Perguntava Mateus alto o suficiente, para que Letícia escutasse mesmo estando dentro da loja, se estivesse prestando atenção á conversa.

- Vem aqui... – Brian caminhava para mais longe. – Já disse que não dá.

- Se apaixonou por ela foi?

Brian arregalou os olhos, e respirou fundo.

- Não! Jamais! – dizia ele. – Não faz sentido essa aposta, se ela descobrisse, ia ficar muito brava, não?

- Nossa! Demais! Ela ia dar a louca, isso sim, ela odeia que tirem uma com a cara dela... – dizia Mateus.

Brian engoliu seco e olhou de relance para a porta da loja.

- Esquece essa aposta. – dizia Brian, com um sorriso sem graça.

- Você não tem os cinqüenta reais para me dar? – perguntou Mateus.

- CARA! Eu não estou apaixonado por ela! – dizia ele, irritado.

Mateus deu uma gargalhada.

- A garota te fisgou.

- Não é nada disso! Eu odeio aquela menina. – dizia Brian.

Mateus apenas revirou os olhos.

- Tenho que ir. – dizia Mateus. – Mas não pense que você me engana, eu ainda vou saber por que essa sua atitude repentina.

Brian deu um sorriso forçado e se despediu do rapaz.

Esperou que Mateus se afastasse o suficiente para ir até a loja onde Letícia estava.

- Que desespero pro Mateus não nos ver.- dizia Letícia franzindo o cenho.

- Você não queria que ninguém nos visse, não é? – Dizia Brian, sério.

- O que foi? – perguntou Letícia notando sua reação. – Parece até que viu um fantasma.

- Não é nada.

- Que aposta é essa que Mateus te perguntou, ein?

- Aposta?


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Notas finais do capítulo

Pessoal, espero que gostem do capitulo novo.

Obrigada todo mundo pelos reviews e apesar a demora, por continuarem acompanhando a fic

Beeeejos.

Mandem reviews T_T