Amor de Verão escrita por Mari May


Capítulo 4
Passeio na cidade




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Pouco a pouco, Naruto ensinava Hinata e lhe dava dicas.

Ela estava na fase de tentar se equilibrar deitada na prancha enquanto esta era levada pela onda. Nas primeiras tentativas, ela caiu, mas Naruto sempre estava por perto para ajudar se alguma coisa acontecesse.

Uma hora depois...

– Ih, Hinata-chan, acho que você já tá pegando o jeito, hein!

– V-você acha?

– Claro! Tá se desequilibrando menos e...!

Distraídos por causa da conversa, ambos caíram, pois uma onda os empurrou.

O rapaz imediatamente segurou com firmeza a mão de Hinata, trazendo-a para mais perto de si.

A onda que havia deixado os dois submersos levou-os até a areia, quebrando ali.

– Você tá bem??? – Naruto perguntou, visivelmente preocupado.

– S-sim... Só engoli um pouco de água...

– É, eu também...

Era impressão dela ou o rosto de Naruto estava próximo demais? E que peso era aquele sobre si?

Só então Hinata percebeu que estava deitada na areia, e com Naruto em cima dela! E ele só pareceu perceber isso pouco depois dela.

Ambos coraram, podendo sentir o coração acelerado um do outro.

Antes que tivesse a chance de se levantar, Naruto foi chutado e saiu rolando pela areia, parando apenas quando sua perna bateu numa das traves da rede de vôlei que havia ali, a metros de distância de onde ele estava com Hinata.

– Seu depravado!!! – bradou Sakura – Tentando se aproveitar da Hinata!!! Safado!!! Imundo!!! Sem-vergonha!!!

– Hein?! – ele exclamou, meio tonto – Mas eu não tav...!

– O que esse tarado fez com você??? – Ino indagou, agachando-se ao lado da menina.

– Já disse que não fiz nada, pô!!! – gritou Naruto, já de pé.

– CALA A BOCA!!! – Sakura gritou de volta, tacando seu chinelo na cabeça dele, que desmaiou e caiu por causa da forte pancada.

– C-calma, gente... – a Hyuuga pediu, assustada com a recém-descoberta capacidade violenta de Sakura – E-ele não fez nada mesmo...

– O quê??? – Ino exclamou – N-não me diga que deixou ele ir pra cima de você por vontade própria??? – concluiu, levando as mãos à boca de tanta incredulidade.

Hinata corou mais do que era possível.

– N-n-não é nada disso!!! E-ele apenas me salvou de me afogar, só isso!

– Sério? – disse Sakura – Hum... Por via das dúvidas, foi melhor partir pra agressão mesmo.

Hinata arregalou os olhos e engoliu em seco.

– Hehe... Não se preocupe, ele já está acostumado, ou melhor, o corpo dele já se acostumou... – garantiu Ino.

– A-ah... T-tá, né...

– Ei, o que acham de uma partida de vôlei com os meninos depois que o Naruto acordar? – Sakura sugeriu – Até lá, vamos aproveitar esse sol pra pegar uma corzinha!

– Boa idéia!

– Tá bem.

E assim fizeram.

Deitada sob o sol entre as duas amigas, Hinata falou:

– M-meninas...

– Hum? – ambas murmuraram.

– Er... Como posso dizer... P-por causa dessa coisa de praia, afogamento, salva-vidas... E-eu comecei a pensar...

– No quê? – perguntou Ino.

– S-se... Uma pessoa... Receber respiração boca-a-boca... I-isso vale como beijo?

– Hum... Depende do conceito de beijo. – respondeu Sakura – Se estiver falando apenas de junção dos lábios, acho que vale sim. Mas, se baseando no que motivou a pessoa a fazer essa respiração, não vai ter sido nem por amor, nem por atração, e sim por querer salvar uma vida. Se você levar em conta as emoções que levam a um beijo, então não vai considerar uma respiração boca-a-boca como um.

– Falou bonito, mas e se a pessoa que precisou acabar gostando, hein? Hihi! – brincou Ino.

– Ah, aí sei lá, né... Hahahaha...

– Nesse caso, teria envolvimento emocional por uma das partes, mesmo que nenhum dos dois tivesse intenção de dar um beijo. – analisou Ino – Aí, seria um beijo?

– Hum... É um caso a se pensar... – falou Sakura – Mas deu pra ajudar um pouco, Hinata?

– Hehe... Sim... Obrigada...

– De nada!

E as três ficaram caladas, perdidas em seus próprios pensamentos.

“E-ele... Só fez aquilo pra me salvar...”, a Hyuuga concluiu. “M-mas... Eu... Fiquei t-tão balançada...”.

A jovem não entendia por que lhe angustiava a idéia de que não tivesse havido nenhum envolvimento emocional da parte de Naruto, que ele agiu apenas com frieza e profissionalismo (mesmo não sendo oficialmente um salva-vidas). Não podia evitar, isso a incomodava. Mas preferia continuar mantendo segredo das amigas sua desagradável experiência de quase afogamento, pois não queria deixá-las preocupadas. Ainda mais depois de ver o que Sakura era capaz de fazer com Naruto caso ele lhe fizesse alguma coisa, mesmo sem intenção...

Após um tempo, o loiro despertou, e sua irmã pediu que ele chamasse os garotos para jogar vôlei. E ele foi, todo empolgado, mesmo depois de acordar de um estado praticamente de coma. Era agitado por natureza.

O grupo mal começou a jogar com meninas versus meninos quando Kushina veio avisar que o almoço já estava servido.

Ao terminar de comer, eles voltaram para a praia e lá ficaram pelo resto do dia.

À noite, as famílias se juntaram com Ino, Shikamaru e Hinata para passear pela pequena e aconchegante cidade.

Era a primeira vez que Hinata visitava o lugar, e foi apresentada a um monte de lojinhas, feiras, restaurantes, pontos turísticos, etc.

– Muito bem. – disse Minato – Já mostramos o máximo que podíamos à nossa mais nova hóspede. Agora, Hinata, dos restaurantes que mostramos, em qual você quer comer?

– Hã?! Q-quer que EU escolha?!

– Hehe... Sim! Fique à vontade!

Aquilo a pegou de surpresa.

Lembrava vagamente do que haviam lhe mostrado, e um nome em especial ficou gravado em sua memória.

– Q-que tal... No Ramen’s Paradise?

Naruto arregalou os olhos, impressionado. Nas conversas que tiveram durante os intervalos do “treinamento” de Hinata, ela havia comentado que não era muito chegada em ramen, enquanto ele demonstrava seu vício por tal prato.

Ela havia escolhido aquele lugar... Por causa dele?

– Ora, ora... – Kushina falou – Ganhou o dia, hein, Naruto? – comentou, virando-se para o filho.

– He... Com certeza! – ele exclamou, já se recompondo da surpresa.

– Minato, melhor já ir preparando sua carteira... – Fugaku comentou, rindo.

– Pois é, né... – ele riu de volta.

Enquanto se dirigiam para o restaurante, Hinata pensava, aflita: “S-será que ele percebeu???”

No local, os pais sentaram de frente para o outro, Sakura ao lado de Sasuke, Ino ao lado de Shikamaru (estes casais também de frente um para o outro), e Hinata em frente a Naruto.

Não tardou para ambos se sentirem deslocados por serem as “velas”.

Enquanto os casais conversavam entre si, Naruto teve uma idéia e se inclinou na mesa para falar com Hinata:

– Hein, hein, que tal a gente dar uma volta pra fazer hora enquanto nossos pedidos não chegam?

– M-mas e os outros?

– Se você não se incomoda de segurar vela, beleza. – ele disse, cruzando os braços, sorrindo ironicamente.

A moça tinha que concordar que havia momentos onde segurar vela chegava a ser insuportável. E aquele era um desses momentos.

Ela fitou o loiro, sorrindo timidamente, e ele entendeu sua resposta.

– Ô pai, a Hinata-chan disse que queria dar uma olhada numa loja de, hum... De que mesmo, Hinata-chan?

– Hã?! A-ah, é... Uma de artesanato que vi por aqui e não entramos...

– Vou lá com ela.

– Tudo bem, mas não demorem muito, senão vão comer coisa fria.

– Pode deixar!

– Com licença. – Hinata falou.

Eles se levantaram e saíram do restaurante, indo à tal loja. Naruto, mesmo sem querer, acabou dando oportunidade à Hinata de fazer algo que ela realmente estava querendo fazer.

Após olhar e não comprar nada, eles se sentaram num dos bancos da praça que havia por ali.

– Ufa! Tava me sentindo sufocado com toda aquela “aura romântica”!

– Hehe... Às vezes, também me sinto assim quando eu e Ino-chan estamos com Sasuke-kun e Sakura-chan...

– É, mas pelo menos vocês tem uma a outra pra conversar, se distrair... Mas sempre que junta todo mundo eu fico cercado de casais (mesmo que um ainda não seja oficial). QUATRO casais. Claro que fico feliz pela felicidade deles, mas tem horas que não dá, sabe? Às vezes, quero um tempo com minha irmã ou com meus melhores amigos... Ou arranjar uma namorada também, haha!

– Hehehe... Entendo...

– Dessa vez, tenho alguém que me entende. – ele a fita, sorrindo – Valeu por ter vindo, Hinata-chan. Agora, posso ter companhia mesmo quando me sentir sufocado. Valeu mesmo.

A jovem cora ao ouvir isso, e desvia o olhar rapidamente.

– Aliás... Foi por minha causa que escolheu o Ramen’s Paradise, não foi?

O rubor dela piora.

– É que... V-você... E-estava com tanta vontade d-de comer ramen que...!

– Valeu. – ele disse, interrompendo-a, ainda sorrindo.

– D-de nada.

O silêncio pairou no ar, até que Naruto perguntou:

– Quer olhar mais alguma coisa?

– Hum... Tem alguma livraria por aqui?

– Sim!

– Então, eu...!

– Vamos lá! – ele exclamou, pegando na mão dela ao levantar.

O rubor voltou a tomar conta da face de Hinata com aquele toque. E ela lembrou-se de algo que tinha receio de perguntar.

Chegando à livraria...

– Uau! Esse livro é muito massa! – o loiro disse, apontando para o objeto.

Hinata pegou o dito cujo.

– “A Lenda da Raposa de Nove-caudas”. É sobre o quê?

– Um garoto órfão que, literalmente, consegue despertar o que há de pior dentro dele.

– A Raposa?

– Aham. Ele foi vítima de um feitiço e se transforma na Raposa de Nove-caudas quando se enfurece. Então, ele sai numa jornada em busca da única pessoa capaz de quebrar o feitiço, que era uma feiticeira que vivia num país distante do dele. E, quando ele encontra essa feiticeira, vê que ela é muito linda, meiga, com mais ou menos a idade dele... E aí já viu, né?

– Que gracinha! Vou levar!

– Uau...

– Que foi? – ela indagou, confusa.

– É a primeira vez que não me zoam por eu gostar desse livro...

– E por que eu faria isso? – ela indagou de novo, mais confusa ainda.

– Claro que eu não ligo pro que dizem, mas já tava acostumado com os comentários...

– Sinceramente, não vejo motivo nenhum pra te zoarem. – ela sorri gentilmente – Pelo contrário.

Aquilo mexeu com Naruto, que arregalou os olhos, ruborizando.

– Vou olhar os livros daquele lado. – a Hyuuga avisou.

– E-eu vou ficar por aqui mesmo. – o rapaz respondeu, ainda impressionado.

– Tá!

“Ela... Falou aquilo de coração, sejm nenhuma falsidade.”, Naruto pensou, olhando-a de esguelha no outro lado da loja. “Queria conhecer melhor a Hinata-chan...”

Nenhum dos dois escolheu mais nenhum livro, e Hinata foi pagar aquele que Naruto sugeriu.

– Nossos pratos já devem ter chegado... – ele comentou, caminhando até o restaurante ao lado de Hinata.

De repente, ela parou no meio do caminho, lembrando outra vez do que queria perguntar. Naruto virou-se e a encarou, com uma expressão interrogativa.

– O que foi, Hinata-chan?

Ela estava cabisbaixa.

– Pra você... É normal dar beijos de salva-vidas?

– Hein?!

Eita! Nossa diva ficou mesmo encucada com aquilo, hein! E agora, o que será que nosso bofe gostosão vai dizer??? 8DDDDDDDDD

Quero pedir desculpas pela demora pra postar esse capítulo, e já deixar avisado que não sei quando vou escrever o próximo. Depende dos trabalhos que a facul passar, e também faço outras coisas no pc além de escrever, né? ^^’ Fora que preciso de inspiração também, e quando ela não vem, prefiro nem forçar, senão o texto não fica legal! x_x


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