Waiting for love escrita por Julia


Capítulo 1
Capítulo Único - Esperando por amor


Notas iniciais do capítulo

Oie :3
Essa história é bastante especial para mim, então se ler, comente por favor.
Obrigada :D
Boa leitura, espero que gostem :*



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Olhando em cada par de olhos presentes naquela praça cheia de pessoas, Eduardo procurava por algo que ele não sabia onde encontrar. Suas roupas — um jaleco, uma calça social e um nariz de palhaço — caracterizavam sua personalidade.

— Uma rosa para a senhorita — ele sorriu para a garota de olhos verdes que ia passando calmamente.

A rosa escapuliu das suas mãos assim que ela aceitou.

Eduardo se movia como um dançarino profissional, gargalhava como uma criança e sorria um sorriso de felicidade. O moço de vinte e sete anos entregava flores para mulheres de todas as idades, recebendo como recompensa belos sorrisos.

Assim que o espetáculo acabou e todos seus amigos se retiraram da praça, levando suas roupas e equipamentos, o homem se moveu até sua casa. Seus pensamentos tão bagunçados quanto seu quarto. Retirou a maquiagem e aquelas roupas, jogando-as no chão.

Seu belo reflexo no espelho refletia um homem de porte médio, cabelos negros e olhos cansados.

Cansados de procurar e não encontrar.

Vestiu-se com uma bermuda e se jogou no colchão no chão. Seus pensamentos estavam longes e seu olhar permanecia intacto nas estrelas brilhantes pregadas no teto do seu quarto.

Talvez as roupas de palhaço não demonstrassem realmente a personalidade do rapaz, talvez fosse apenas a fachada de um homem solitário, cheio de defeitos que vivia à procurar.

Ainda observando as estrelas e pensando que até mesmo elas tinham companhia caiu na inconsciência da sua mente perturbada e esperançosa.

xXx

Novamente pela manhã o grupo de teatro voltou à praça. Eduardo estava vestido com uma calça cáqui, uma camisa social, um chapéu panamá e nariz de palhaço. Não fazia nem dez minutos que a sua parte no espetáculo teve fim e por isso naquele momento ele estava andando pelas ruas labirintais da cidade, entregando rosas amarelas para senhoras e bombons para as crianças.

Seu sorriso estava desenhado de orelha a orelha e cada vez que recebia um sorriso verdadeiro de uma criança, sentia como se seu peito fosse encher de carinho.

— Porque faz isso? — uma garota de olhos castanhos e cabelos longos o perguntou, sorrindo.

Ele não havia percebido sua aproximação. Fazia algum tempo desde que ele começou a se sentir na lua, voando, sem conexão com a Terra. Talvez tudo fosse culpa da sua obsessão na busca de um pouco de amor. Para ele, aquele sentimento era tudo que faltava para se sentir feliz. Ele tinha alguma ideia de como era amar formada em sua mente e em seu peito. Porém, não era o bastante.

— Porque faço o quê? — ele sorriu, simpático.

A garota sorriu. Eduardo tinha sérios problemas com sorrisos vindos de garotas, pois sempre imaginava que elas estavam a fim dele e, quase sempre — ou sempre — não era verdade. Aquilo tudo era culpa da sua extrema carência.

— Isso de se fantasiar...

Ele se pôs a pensar e não precisou de muito tempo para ter a resposta pronta na ponta da língua.

— Gosto de fazer as crianças sorrirem — sorriu sinceramente, por que sabia que aquilo era verdade.

Naquele momento ele entendeu o que era o amor. Não precisava de mais paixonites sem sucesso na sua vida e não precisava procurar em cada esquina pela garota certa, pois o certo era se sentir aquecido por dentro, e ele se sentia, assumia, quando via aqueles sorrisos infantis sendo direcionados a ele.

Eduardo ainda queria amar uma mulher intensamente, mas tudo tinha sua hora e ele esperaria pela sua.

xXx

Eduardo abriu os olhos e sentiu seus lábios se repuxarem em um sorriso que, aparentemente, não tinha motivo algum para estar ali. Porém, ele o entendia.

Já eram quase oito horas da noite e ele precisava se apressar para sua última apresentação ao ar livre naquela cidade.

Parou em frente ao espelho, vendo suas roupas de trabalho sobre a cômoda. Elas eram um disfarce. Eram. Porque naquele momento ele se sentiu renovado, como um garotinho de sete anos. Os pensamentos que teve mais cedo naquele dia estavam organizados em sua mente, mas ainda reverberavam com força total.

Dando um impulso animado para trás, Eduardo se vestiu com uma calça jeans, uma camiseta roxa de gola V, um chapéu preto e um nariz vermelho, que ele só colocaria ao chegar ao local, e foi assim que decorreu.

Naquela noite Eduardo entregou balões em formato de coração preenchidos com gás hélio para algumas garotas. Elas sorriram como retribuição, cada uma de uma forma diferente. O rapaz não viu segundas intenções em nada, ele já não se exaltava, apenas se mantinha esperando...

Esperando por amor.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler.
Deixe seu comentrio, ficarei muito feliz.
Beijos :*



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