Por isso me apaixonei por você escrita por Bels


Capítulo 19
Sorrindo à toa


Notas iniciais do capítulo

Por favor, não deixem de acompanhar! Espero que gostem, um graaaaaaaaaaande beijo!
Obrigada florzinhas pelos comentários, vocês não sabem o quanto fico feliz...



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— Mimi. - Me sacudiu.- Mimi. Acorda.
— Hum. - Me remexi e bocejei. – Seu pai tá meio puto com você...
— Que? - Me levantei no mesmo instante.
— Pois é. - Começou a rir. - Eu acabei dormindo aqui com você. Foi mal! 
— Ah... Que se dane. - Deitei de volta. Hum, dormimos juntos.— Minha consciência tá limpíssima. Não fizemos nada de errado. -Eu acho. Pensei.
— Recebi um sermão daqueles. - Riu novamente.-  Seu pai disse que você é só uma garotinha. Coitado, ele não sabe a filha que tem... - Ele me olhou de canto de olho e nesse momento me veio em mente aquele dia que ficamos. Garoto es-tú-pi-do!
— Ei, você me respeita, seu moleque! - Bati nele.
— Levanta aí. É pra você acordar... Falaram que vamos ganhar uma surpresa. - Informou Vinicius. 
— Aff, fico de férias e nem posso dormir até tarde. Que saco!
— Eita menina dramática! - Falou ele rindo.

Pois é, dormi nos braços daquele metido, o coitado deve ter acordado com uma baita dor no braço! Mas olha só como valeu a pena, acordei de bem com a vida. Tive um sono delicioso como não tinha há muito tempo! Pela primeira vez também, acordei super bem-humorada, como diz a música to "Só vibrando amor e paz". É tão estranho ficar feliz pela manhã... É um sentimento novoHehehe Apesar da histeria do meu pai, me mantive relaxada e calma, nem vou me preocupar, acontece sempre... Todo amigo meu passa por um perrengue com meu pai, ele sempre implica mas no fim eu sempre consigo contornar ele e ele acaba gostando da pessoa.

Tomei um banho e me arrumei pra ir tomar café da manhã onde um pai estava furioso pela filha estar crescendo.
— Bom dia! - Disse alegre pra todos que estavam na cozinha.
— Vamos aproveitar porque essa alegria é por pouco tempo. -Camila comentou com Bia que estavam sentadas na mesa comendo.
— Ou não. - A encarei e me sentei na mesa pra me servir.
— Você. - Meu pai apontou pra mim.- Tem sorte de ter a mãe que tem.
— Uhum, é o que eu sempre digo. - Tenho certeza que minha mãe deu um belo esporro no meu pai ontem e teve que se virar pra que ele não perdesse a cabeça com isso.
— Ia te dar uma notícia muito boa ontem, mas vi que estava ocupada. — Pai, para, você está me envergonhando.
— Tava com muito sono Papi.
— Eu vi.
— Pai, você tá agindo de maneira equivocada. - Falei baixo pra que apenas ele ouvisse.
— Depois a gente conversa. - Odeio quando ele diz isso. Fico aos nervos!

Quando terminei de comer sentei com meu pai na sala e ele começou:
— Você e o Vinicius estão namorando? Por que você não disse a verdade pra mim e pra sua mãe?
— Pai, eu e o Vinicius somos amigos. Muito amigos! Ele e Marcos tem sido muito legal comigo e com a Camila. Eles são muito bons pra nós, sempre nos fazem companhia. E não sei se o Senhor percebeu mas ele me respeita muito. Então, por favor, para com isso. Eu sei o que eu faço! - Continuei. - Poxa vida pai, qual é, foi o Senhor que me criou! Que me ensinou valores, formou meu caráter. Você me conhece!
— Certo. Ok. - Concordou balançando a cabeça mas ainda estava com a feição séria e brava. - Só não quero que se machuque, me lembro muito bem daquele sem noção que você namorou e de como você ficou depois que terminaram. - Fez cara feia. Ele nunca vai se esquecer de como foi meu relacionamento passado, eu que terminei e ele que sofreu.
— Pai, já superei. Tá na hora de você fazer o mesmo. O Vinicius não tem nada a ver com o Renan! Ele é meu amigo, me respeita, me ajuda e está comigo sempre. Por favor, essa comparação nem existe.
— Tá, Tá bom filha. - Se sentiu derrotado.
— Me dá um voto de confiança! Tenho quase dezenove anos, eu sei fazer minhas próprias escolhas, não se preocupe. - Sentei no colo dele e o abracei, como eu fazia quando eu tinha dez anos e queria alguma coisa em troca.
— Fazer o que né... Sua vida, suas escolhas...Realmente, só quero o seu bem! - Beijou minha testa. - Tão ruim ver que você cresceu, que não vai mais em jogos de futebol comigo, que não vai mais sentar pra assistir a Liga de Futsal....
— Ai pai para! - Comecei a rir.- Eu não deixo de fazer isso até hoje.  -Revirei os olhos.

Quando eu era pequena eu era meio menininho, via futebol, usava chuteiras, munhequeira, essas coisas. Não me envergonho disso, era escrota mas era feliz ok? Depois de tudo se esclarecer, meu pai foi pedir desculpas pro Vini, eu RA-XEI de rir! Minha mãe obrigou ele a fazer isso.
— Afinal, qual a boa notícia? A surpresa? - Perguntei.
— Tô pensando em desistir disso já. - Meu pai falou triste e Tia Aline riu.
— Sem mais delongas... A notícia é que todos nós vamos passar o ano novo no Rio! - Tia Aline contou animada.
— Oh.meu.Deus! - Camila começou a pular e eu fiquei imóvel.
— Tia, para de brincar com meu coração!
— É verdade Mimi!
— Uhu! - Me juntei com Cami e pulamos feito retardadas. Meu sonho! Ainda desconfio que estejam brincando com a nossa cara.
— Queríamos fazer algo diferente esse ano e a Aline deu ideia de irmos pra lá. Que eles tinham vontade mas sempre desistiam. Ontem sentamos e planejamos tudo. - Minha madrinha falou.
— Ai que maravilha!

No fim da tarde fomos andar de lancha no Lago e ver o pôr do sol. Foi lindo! Sou dessas que admira o céu, então pra mim foi perfeito. Íamos embora amanhã depois do almoço e a gente ia se ver só próximo ao réveillon. Fiquei triste, ia sentir saudades de todos e foda-se se são só alguns dias.
— A gente precisa brindar! - Marquinhos disse indo pegar as taças e nos entregou, logo depois servindo um vinho. Eita galerinha que gosta de um brinde!
— Esse é só o começo de uma grande amizade! - Lucas disse.
— Um brinde ao nosso Réveillon, que tenho certeza que vai ser foda pra caramba! - Bia disse e brindamos aos gritos. 
— Ainda tem mais uma semana... - Disse triste.- Onde vocês vão passar o Natal? - Perguntei e dei um gole no vinho.
— Vou pra Floripa, na casa da minha avó, minha família é lá do Sul.  - Marcos contou.
— Porra, só espero não encontrar a Clara em hipótese nenhuma no ano novo. -Lucas comentou bravo.
— Não, isso não vai acontecer! Seria muita filhadaputagem (/não sei se essa palavra existe/) do destino com você! - Bia consolou rindo.
— Vou me divertir no sítio. - Camila disse sem ânimo.
— Casa da minha vó. É sempre lá. - Bia comentou.
— Vou pra Ubatuba! - Disse Vini alegre. - Também é sempre na casa da minha vó. Puta merda, que vontade que deu de surfar!
— Meu sonho é aprender a surfar! Me ensina! Te imploro! - Falei desesperada. - Eu e Camila fizemos uma vez umas aulas mas não rolou, foi um desastre!
— Ah, eu também quero! E realmente foi um desastre! Mas bem que o professor era uma delícia! - Ela riu.
— Nossa, era mesmo! - Concordei lembrando do carioca maravilhoso que tentou nos ensinar.
— Totalmente desnecessário esse comentário. - Marquinhos completou.
— Você também é uma delicia amigo! - Mandei beijo pro Marquinhos.
— Só ele? - Lucas perguntou bravo.
— É mesmo, só ele? - Vini completou.
— Só ele, sorry babys.
— Pode crer então. - Lucas me lançou um olhar transmitindo raiva.- Fique sabendo, que muitas por aí acham isso aqui -Apontou pro tanquinho dele e do Vinicius- uma delícia! 

Muitas por ai, inclusive, eu. Me lembrei agora do quanto esse moleque me torturou quando a gente se conheceu, um gato que apareceu do nada pra colorir minha vida e mexer comigo. Mas olha pra nós agora, ele solteiro e sem camisa na minha frente, e isso não faz diferença nenhuma pra mim. Ninguém merece a vida e os giros que ela dá.
— É exatamente esse o ponto, opinião de terceiros não conta tanto quanto a minha. - Disse à ele num tom arrogante.

Fui arrumar minhas coisas com o maior desanimo do mundo! Não queria ir embora! Não vou deixar de ser amiga do Vini nunca só pra ele me convidar pra vir pra cá He he he
— Hoje a gente tem que fazer alguma coisa da hora! - Camila disse. Ela já tinha terminado de arrumar as coisas dela e estava jogada na cama esperando eu e Bia. – Tipo? - Perguntei.
— Beber! - Bia disse animada.
— Não. Sem condições. Não rola gente.
— Agora não vamos mais poder beber por causa de você? A gente tem culpa agora de você só fazer o que tem vontade quando ta bêbada?
— Camila, você esta me ofendendo. - Disse chateada.
— Eu sei, essa é a intenção. - Ela sorriu.- E eu sei que você realmente gosta do Vini.
— Ache o que quiser. - Falei dando de ombros.
— Você ainda tem sorte! Sorte do Vinicius ser mais cabeça que o Marcos. Você sabe que eu quero namorar, não fiquei com ele ainda porque tenho certeza que ele ainda não gosta o suficiente pra isso.
— Sim, mas pra mim a questão não é essa. Você quer namorar, e eu quero encontrar alguém que eu goste de verdade. É, eu sei que vivo em contos de fada... Ah Camila, que droga, você me conhece, não sei porque perde seu tempo falando as coisas.
— É. Tem razão. - Ela voltou a se deitar.
— Vocês aí falando de homem e eu aqui sem ninguém. Vou ser uma eterna vela. Saco. - Bia disse jogando as roupas dela com raiva dentro da mala fazendo a gente rir.
— Eu tenho certeza que as portas vão se abrir agora que vai morar com a gente. Sinto isso muito forte no meu coração. - Falei rindo.
— Deus te ouça!

Fomos pra sala de jogos após o jantar decidir como fecharíamos nossos dias no Manso e não chegávamos a conclusão nenhuma. Como sou impaciente fui jogar pebolim com Vini.
— Vou sentir sua falta. - Disse ele após fazer um gol.
— Eu detesto admitir mas...Vou sentir falta daqui... De você.
— Vai mesmo é? Quanto? - Perguntou ele com um sorrisão estampado no rosto.
— Lá vem você com essa história... "Quanto na escala de zero a cem?" - Imitei ele e revirei os olhos. Como ele ficou puto aproveitou minha distração pra marcar outro gol.
— Ei, não valeu! - Falei chocada com a ousadia dele.
— Valeu sim! Isso que dá perder tempo me insultando. - Deu uma piscadela. - Baby... Estava pensando aqui... Sobre uma coisa...
— Hum... Me chamou de baby... O que você quer?
— Nossa, não é bem assim. - Fez cara feia. - Estava pensando sobre aquele papo de recompensa... - Me apoiei na mesa e fiquei o olhando. Ele é cara de pau mesmo.- Ontem você estava grossa, mau humorada... Eu mereço ser recompensado por isso!
— Ah é? Você acha é? E o que você quer? - Eu já até sei o que ele vai pedir.
— Acho sim! O que eu quero? - Mordeu o lábio e olhou pros lados.- Você sabe o que eu quero!
— Será que eu sei mesmo? - Fui até ele para encará-lo.
— Aham. - Riu.-
— Cachorro! - Apertei ele na barriga e ele riu mais ainda.
— Dormir com você só, mente poluída. - Revelou ele se sentindo ofendido.
— Só dormir!
— Só dormir! Juro. Você bem que dormiu feito um anjinho comigo. Até acordou de bom humor.
— Pois é.
— Topa? - Perguntou e mordeu o lábio esboçando um sorriso depois.
— Vou pensar no seu caso. Mas acho que não, não tô afim de criar intriga com meu pai.
— Ele já confia em mim.
— Lembra do que você me disse ontem? Então. Olha o que aconteceu. Super amigos vocês são. - Rebati e ele deu risada.
— Fique sabendo que essas intrigas acontecem nas melhores amizades!


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Notas finais do capítulo

Até mais fofetérrimos, não desistam da minha fic! Um beijo no coração de vocês.