Um amor de outra vida escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 58
Nova Fase - A Verdade Sobre Mim.


Notas iniciais do capítulo

Acho que esse é um dos capítulos mais esperados da história, o capítulo em que Katherine revela seu passado, sim, isso mesmo. Vocês descobrirão, o que fez a Katherine se transformar nessa pessoa, e o que Dean tem a ver com isso.

Boa Leitura!
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"É muito fácil interpretar palavras. Difícil mesmo é interpretar o silêncio."

 

(Música do Capítul

Ponto de vista: Katherine Evans.

Tive que dirigir até a cidade vizinha para conseguir comprar um celular novo, ainda mais moderno que meu antigo. Por sorte, consegui continuar com o mesmo número, e um dos atendentes me garantiu que todas as mensagens não lidas, e não ouvidas estariam nele, quando eu ligasse o aparelho.

        Não preciso nem dizer que evitei isso, ao máximo, não é mesmo?  Tudo o que eu não queria, e não precisava, era ver as mensagens de surto da minha adorável mãe, por isso ignorei o Iphone até chegar em casa.

          Adentrei a mansã de vidro, sem a miníma animação, e encontrei Dean lendo na sala. Fazia muito tempo que eu não o via lendo, ele parecia tão em paz fazendo aquilo. Era isso, a muito tempo eu não o via em paz consigo mesmo, e aquilo me causava uma sensação boa.

      Passei mais tempo do que eu previ, parada, o observando da soleira da porta, com um sorriso no canto do rosto. Assim, que notou minha presença, ele revirou os olhos, para minha expressão mais patética que de costume.

—Parece que New Town cura as pessoas. — debochei, saindo dali, e indo até ele, me jogando ao seu lado no sofá.

—É só um livro. — balança o objeto com desdém.

—Não é só um livro...É você lendo um livro. Você de verdade. Você antes de tudo. — comento sorrindo brevemente.

—Isso é ridículo. — debocha.

—Por que se esforça tanto, para não voltar a ser aquele cara? O que fizemos te atingiu tão forte assim, a ponto de não conseguir ser o mesmo? — se a resposta for um “sim”, sei que doerá em mim, no entanto, preciso saber.

—Você consegue ser a mesma? — devolve.

—Eu nunca fui boa, Dean...Pode ser loucura da minha parte, mas, eu sei, New Town está carregada de segredos, e eu devo carregar o peso de um deles. — murmuro, mordendo os lábios.

—Tem razão, é loucura. — zomba de mim.

—E se os pesadelos significarem alguma coisas além do que eu temo?  — indago, arqueando uma sobrancelha.

—Só são pesadelos, Katherine. Não tem um significado assustador. — ele diz, e então se levanta.  — Vou terminar esse livro lá em cima. — avisa, antes de me deixar.

               Assinto, e decido fazer o mesmo que ele, ou seja, ler; Pego um livro qualquer dentro da mochila,e resolvo folheá-lo, mas, por mais que eu queria, não consigo me concentrar nas palavras escritas. Não quando tudo estava mudando em minha vida. Agora todos sabiam sobre eu ser uma Evans, e de qualquer forma não foi tão ruim, quanto eu imaginava que seria, quando soubessem. Em contrapartida, havia perdido Edward, e quase me acertado com Dean, não em sentido romântico ou algo assim, mas, eu havia conquistado um pouco de paz, e por hora, era o suficiente.

        Então, reunindo todos esses sentimentos, me encolhi no sofá, tentando me proteger de todas incertezas, e observei o tempo passar.

      Nem mesmo a tempestade terrível, que caia a noite, foi capaz de me tirar daquele estado. Por sorte, ninguém tinha aparecido para me encher.

            Reunindo coragem, alcancei meu celular, e me dei ao trabalho, de escutar as mensagens de voz.

      A primeira, para minha nada surpresa, era da minha mãe, a qual eu pulei com gosto. A segunda, terceira, quarta e quinta também eram. Escutei duas, e só se tratavam de drama da parte dela. Na décima mensagem, já estava prestes a desistir daquilo, até eu escutar uma voz muito conhecida por mim. A linda voz de Edward.

      Engoli a seco, antes de escuta-la, e quando o fiz, fiquei emocionada.

—Hey, sou eu...Você provavelmente sabe disso...Não sei bem, porque estou ligando...Mas...Eu te amo, você sabe disso, não sabe? Eu te amo tanto Katherine, que minha vida parece sem sentindo sem você, eu estou perdido, não sei mais o que fazer...Porque você me hipnotizou sua respondona, completamente...Então, eu sei que estou me humilhando ao pedir, mas, por favor, seja sincera comigo, conte-me tudo, então me faça te perdoar. Quero amar, cada parte de você, Katherine, até aquelas das quais você não gosta...Só, me deixe fazer isso...

       Não segurei as lágrimas, e até solucei por suas palavras. Era por isso, que ele estava tão indiferente comigo, além do nosso término, ele achava que eu havia ouvido aquilo, e não tinha feito a nada respeito. No fim, ainda pode existir esperanças para nós.

            Larguei o celular ali, e peguei as chaves do meu carro, correndo desesperadamente em direção a saída.

       Nem liguei para a chuva que me banhou até de chegar ao carro, estacionado em frente a residência, e entrei nele com pressa. Colocando o cinto e acelerando rumo a um destino conhecido, rapidamente.

          Era complicado dirigir daquele jeito, mas, eu nem ao menos dava bola para isso. Precisava ir até Edward, precisava conta-lo a verdade. Céus, eu precisava mesmo. No fim, sempre precisei, sempre quis que ele soubesse, só tive medo de que isso mudasse algo. Mas, talvez, se ele souber, pode ser uma mudança boa.

          As estradas estavam molhadas e escorregadias, mas, aquilo não causava o medo que deveria em mim. Estava tão determinada a encontrar Edward, que não me importava com mais nada, a não ser , meu objetivo.

                Quando cheguei na panorâmica casa com visual antigo, agradeci aos céus. A chuva não havia diminuído, e muito menos parado, ao contrário, ela parecia cada vez mais forte, combinando com as batidas do meu coração.

    Eu a enfrentei, indo pelo caminho de pedras até a porta, sendo banhada por ela. A essa altura, eu enfrentaria qualquer coisa pelo meu namoro com Edward. Naquele momento, só tive mais certeza que o amava com tudo que tinha.

         Apertei a campainha, e os segundos que sucederam o momento, em que o cara que aparentava ser o amor da minha vida, abriu a porta, foram os mais longos da minha vida.

     Edward me olhava com confusão, receio e um pequeno sentimento de preocupação, por eu estar completamente molhada. Tentei sorrir, mas, acho que não consegui êxito naquilo.

—Quero saber...Eu ainda tenho chance de salvar o que temos, contando a verdade? — questionei, com medo de que a resposta seja um “não”.

—Por que não pediu essa chance, hoje mais cedo? — não havia acusação em sua resposta/pergunta, e isso me aliviou.

—Problemas com o celular. — falei, mordendo os lábios.

—Sério? — arqueou uma sobrancelha, estava evidentemente duvidando de mim.

—Pode não focar nisso? Que tal focar no fato de que eu quero te contar a verdade?  — peço, e ele suspira.

—Só está contando, porque eu te pressionei, não porque confia em mim. — Quando Edward se tornou tão complicado?

—Eu confio em você. — tento colocar toda verdade, naquela frase.

—Se confiasse, eu saberia antes. — ele não está errado completamente.

—Eu tinha medo. — admito, e então digo algo que disse a muitas pessoas antes, mas, que de alguma forma, eu sei que só fará sentido para ele. — Tinha medo de que você me olhasse diferente, e que eu parasse de ser  a Katherine pela qual você se apaixonou, não queria que meu passado definisse como você me vê, queria que a imagem perfeita que você tem de mim, antes de nós, se mantivesse intacta. — digo. — Eu sei, que se eu não te conhecesse antes, e soubesse que você era um babaca no passado, você não iria querer me contar, iria querer que eu sempre te visse, como esse cara incrível que você é agora. Eu tenho muito orgulho de você Edward, de seus sonhos, de suas atitudes e do fato de você ser um grande homem. — a essa altura, já estou chorando de novo. — Quero te contar a verdade, porque não posso te perder. Porque eu te amo. — aquele é minha última cartada.

      Os olhos deles estão lacrimejando, e é com uma expressão de dor, que ele abre a porta e dá espaço para que eu entre.

       Me encolho dentro do casaco que uso, enquanto sigo ele, até o sofá de sua casa, que se encontra de frente para a lareira. Ele se senta na mesa de centro, de cara para mim, e me observa com cuidado, e em silêncio.

—Quero que saiba, que se não quiser, não precisa contar. — Edward diz, me olhando com uma compreensão que não mereço. Não depois de minhas atitudes.

—Você merece saber a verdade. Você nunca mentiu para mim. — afirmo, e ele engole a seco.

—Tudo bem. — fala por alto.

—Bom, a história é longa. — comunico, antes de começar.

—Temos tempo, estamos sozinhos, meus pais estão em uma viagem de negócios. —ele me comunica,  e eu fico mais tranquila. Não queria encontrar Marissa, depois de dizer ao filho dela meu segredo mais obscuro. Estarei frágil demais, para enfrenta-la.

—Como deve saber, quando eu era criança, eu morava aqui. Na verdade, nasci aqui...Eu adorava New Town, pode parecer inacreditável agora, mas, era meu lugar predileto no mundo todo.  Minha vida era perfeita;  tinha os pais mais amorosos do mundo, a Maggie como melhor amiga, e sonhos altos demais para uma criança de 8 anos...Então, aconteceu...Meus pais anunciaram que iam se divorciar, sem apresentar motivos coerentes para isso. — ri tristemente com essa lembrança, e Edward me olhou atentamente. — Eu fiquei com minha mãe, porque meu pai não quis lutar por mim, porque se ele tivesse pedido, eu teria ficado. — admito. — Ela recebeu uma proposta incrível em uma galeria em Los Angeles, e foi para lá que nós fomos. Foi quando sai daqui, que comecei a ter sonhos estranhos, com pessoas do século XX sei lá, e isso foi mexendo comigo, além do fato, de eu ter me tornado a garota com a família quebrada. — suspiro, antes de continuar, e estranho, quando noto que Edward fez uma careta, quando mencionei os sonhos. — Algum tempo depois, pouco tempo ao meu ver, minha mãe anunciou, que tinha um novo namorado; Noah, ele era uma cara legal, e tinha um filho mais legal ainda. — quando Edward juntou as peças, notou que eu havia mentido sobre não conhecer Dean.  Mais uma mentira para a lista. —Era Dean.  Viramos melhores amigos no mesmo instante, e então quando nossos pais se casaram, e fomos morar em Malibu, conhecemos a Blair; Nossa melhor amiga, ela era incrível. — noto que Edward percebeu o “era” na frase, e tentava criar teorias.

 —Fizemos coisas incríveis juntos, nós três. Eu fui criada como a irmânzinha do Dean, mesmo sendo quase de sua idade, ele tinha esse senso protetor comigo. Dean era incrível, meu ser humano predileto no mundo. Minha vida era escura, e ele era a luz. — eu tinha que ser sincera. — Ahn... — Não sei bem como continuar. — Tínhamos também, uma tipica Hillary, em nossa vida; Tifanny Molina. — falei seu nome com desdém.

—Conheço esse nome. Ela é a capitã das líderes de torcida, dos tubarões de Malibu. — ele menciona e eu concordo.

—Eu tinha esse sentimento de desafia-la, apenas para implicar com ela. — conto. — Então no colegial, quando ela se inscreveu para participar da torcida, fiz o mesmo, também porque queria apoiar Blair, que faria o teste junto com ela. — aquilo parece surpreender ele. — Eu passei, descobri que tinha talento com passos; Uma raiva dentro de mim, que me fazia ser a melhor, memória fotográfica e controle corporal. Eu me tornei a capitã, no primeiro teste. Blair também entrou na equipe. — complementei. — Na mesma época, em que Dean entrou para o time de basquete. — estou suspirando pela milésima vez. — Com a popularidade, por brilhantemente ter conseguido uma vaga incrível, comecei a ir as festas, beber e ficar com vários garotos diferentes. Eu humilhei cruelmente cada pessoa que soasse inferior a mim, e aquilo também mudou Dean, ele se tornou uma versão masculina de mim. — os olhos do meu ex namorado se arregalam.

    —Haviam mudanças sutis no comportamento de Dean em relação a mim, eu notava, mas, não dava a devida importância, no fim, eu ignorava meus próprios sentimentos de atração física por ele. Só que no meu aniversário de 16 anos, guiados por um sentimento impulsivo, nós nos beijamos, e todas as sensações a qual fugíamos vieram com força. Dean teve a descência de se culpar no primeiro momento, mas, eu só queria mais. Para acabar com minhas esperanças, ele ficou com a Tifanny, a garota que mais me odiava no universo e que namorava com outro, então, para me vingar, fiquei com o namorado dela. — Eu não me orgulhava daquilo, mas, ele precisava saber de tudo mesmo. — Foi naquele momento, que Dean resolveu admitir que queria ficar comigo, em todos os sentidos da palavra, então transamos, ele foi meu primeiro cara, com os outros só rolou beijos e mãos bobas. Aquele momento foi o início, de uma conturbada e louca história; Eramos péssimos juntos, despertamos o pior do outro, e nem estávamos juntos oficialmente, era uma relação em segredo, nossa parceria de anos, se transformou em um desfile de brigas e gritos. Transei com outros caras para afeta-lo, em meio a isso, e ele revidou muito bem. Mas, não conseguíamos nos separar. Eu havia transformado o melhor cara do mundo, em um babaca, por causa dos meus desejos. — ri com escárnio por essa última parte. — Parecia que todos sabiam sobre nós, menos nossos pais, e na verdade, eu nem ligava para o que minha mãe achava, depois que ela se casou de novo, minha relação com ela, ficou horrível e eu sabia que Noah teria uma péssima reação aquilo, ele sempre foi o certinho dos dois. Só Blair sabia dos detalhes, e o namorado dela, Oliver, que era muito amigo de Dean. — continuo. — Passamos meses tortuosos naquilo, nos machucando acima de qualquer coisa, e o previsível aconteceu; Nossos pais descobriram. Foi um inferno completo, acusações cheias de moral, sobre como devíamos nos ver somente como irmãos, e o quão envergonhados eles estavam por ter nos criado mal. — ainda odiava aquela briga. — Eles alegaram, que isso tinha que acabar ali, e na frente deles, concordamos, mas, quando seguimos para nossos quarto, por conta do nosso ridículo castigo, dei um jeito de fazer com que Blair fosse nos buscar em casa, para fugirmos juntos, e irmos a uma festa que ocorreria na praia. Foi a ideia mais estúpida que eu já tive. — admito quase chorando novamente. — Nos divertimos, bebemos além da conta, enquanto Blair nos alertava, que devíamos parar, pois na manhã seguinte teríamos um campeonato importante. Nós não ouvimos ela. — É difícil prosseguir. — Quando voltamos para casa, estava chovendo mais do que hoje, por teimosia, Dean estava dirigindo, e eu como a idiota que sou, comecei a brigar com ele, por causa da porcaria de uma música no rádio, assim, ele perdeu o controle do carro, e caímos ribanceira abaixo, alcançando a água gélida de um lago em seguida. Dean foi o primeiro a escapar do carro, eu bati a cabeça, fiquei um pouco grogue, eu estava sem cinto, e o de Blair, estava preso.  — Solucei. — Dean tinha a escolha, de levar uma de nós lá para cima primeiro, ele me escolheu. — eu ainda ficava sem ar com essa lembrança.

—Ela... — Edward não tem coragem de terminar.

—Ela morreu. — confirmo. —Morreu, porque Dean me amava demais para me deixar ir. Morreu porque eu decidi ir aquela maldita festa, morreu porque eu me apaixonei por ele. Quando Dean voltou para busca-la, e a trouxe para terra, ela já estava morta. — choro um pouco.

—Em defesa dele, minha escolha também seria você. — aquilo deveria ser um conforto, mas, não é.

—Dean não salvou a garota pela qual ele era apaixonado. Dean salvou sua irmã. — é duro admitir. — Depois daquilo, ele não foi o mesmo. Quando eu cheguei ao hospital, não me lembrava do que tinha acontecido, e quando me contaram, eu fiquei calada. Esse silêncio durou dias, nem mesmo quando seus pais me disseram que a culpa não era minha, eu falei. Dean e eu estávamos afastados durante esse silêncio, assim, eu comecei a fazer terapia, mas, não surtiu efeito. Foi um mês depois, que eu fingi aceitar a morte dela pela primeira vez, fui atrás de Dean, pois queria estar com ele, para superar de verdade, ele estava com a Tiffanny. Quando os peguei no flagra, ele me humilhou, disse que eu era uma idiota por ter acreditado que ele me queria, eu acreditei, porque era mais fácil acreditar. Ontem, eu descobri que aquela cena foi de propósito, mas, no fim, não mudou nada saber disso. Me magoou do mesmo jeito. — afirmo. — Nesse meio tempo, eu tinha pesadelos sobre aquela noite, mas, quando meu pai, sabendo do meu estado, solicitou pela justiça que eu ficasse com ele, e eu vim para New Town, os sonhos com a garota do século XX voltaram, e eram bem melhores do que os reais, nos quais, o fato de que Blair morreu por minha causa, se repetia em minha mente. — Edward me encarava com sem expressão. — Eu quis esquecer esse passado, então decidi que seria a Katherine anti-social...Por isso odiava seu grupinho, não porque já tinha sido humilhada daquele jeito, mas, porque eu já fui aquela pessoa odiosa. Eu fiz coisas realmente horríveis. — admito, e meu coração dói, quando Edward não fala nada.

—Pode dizer, aquelas frases clichês, sobre como eu não tenho culpa. — permito, e tudo que ele faz é suspirar.

—Não vai adiantar, não posso tirar essa culpa de você. Só você própria pode fazer isso, se perdoando. — Edward decreta.

—Não consigo. — revelo. — De verdade, não consigo. — repito.

—Você fez com que um idiota como eu, se transformasse em um cara decente,então há poucas coisas no mundo, que você não consiga. — comenta me olhando fixamente.

—Tem razão, eu acabei com o que tínhamos, algo que eu considerava impossível. — afirmo, abaixando os olhos. Eu esperava uma reação mais surpreendente dado a revelação do meu segredo. — O que está pensando sobre tudo que te contei? — questiono, levantando os olhos.

—Que deve doer, mais do que qualquer coisa no mundo, guardar todos esses sentimentos. Eu entendo que sentiu que devia esconder isso, e eu sinto muito por toda dor que passou, e sinto de verdade, porque se eu pudesse, eu tiraria ela de você...Mas, você não só me escondeu tudo, você mentiu Katherine, várias vezes, e por mais que agora tudo se encaixe. Cada pista que você, não muda o fato de que não sei como me sinto, sobre tudo isso. Queria dizer, que tudo ficará bem, mas, eu não sei se ficará. — me conta, e eu mordo os lábios, para engolir as lágrimas.

—Eu entendo. — tento parecer sincera. Mas, eu não entendo.

—Certo. — diz, enxugando seus próprios olhos.

—Só quero que você saiba de algo. — falei, a medida que me levantei. — Eu amei Dean, de uma forma tão intensa que chegava a doer...Mas, esse sentimento não pode ser comparado, ao que eu senti, quando descobri que estava apaixonada por você, porque quando isso aconteceu, você me salvou, de tudo que eu temia e você me fez mais feliz do que eu já fui um dia...Quando reencontrei ele, achei que aqueles sentimentos continuavam intensos do mesmo  jeito, e lamento muito só ter percebido que te amava mais do que já amei ele, quando te perdi...Costumo fazer essas coisas estúpidas. — falei com um sorriso triste. — Sabe, parando agora para pensar; Quem diria que nós dois, essas pessoas tão diferentes, estariam agora dando fim há algo dessa maneira? Você só olhou para mim, quando eu fui quase atropelada. — devia ser engraçado, mas não é.

—Obrigado. — ele agradece.

—Por quase ter sido atropelada? —  me dou o direito de zombar.

—Por ter me dado a chance de te conhecer, isso mudou tudo para mim. — me conta.

—Também mudou tudo para mim. — afirmo. —Agora, eu deveria ir, antes de começar a chorar. — comunico e me viro, caminhando até a porta, segurando alguns soluços.

—Fique. — estanquei no lugar, com aquele pedido.

—Achei que não sabia como se sentia agora. — disse, ainda de costas.

—Não sei como me sinto agora, mas, sei como me sinto desde que te conheci; Eu te amo, e...Não posso desistir de você, só porque tem um maldito passado doloroso. Eu odeio o fato de que outros caras te tocaram, odeio o fato de já ter amado Dean, mas, que idiota eu seria, se ligasse para isso, mas, do que para o fato de eu te amo, e que enfrentamos coisas demais, para ficarmos juntos? Eu quero você em minha vida, Katherine Evans. Para sempre. — ele repete uma frase que já ouvi já sai de sua boca.

   Me viro, com um sorriso em meios as lágrimas.

—Eu também te quero em minha vida, Edward. Para sempre. — afirmo com toda certeza que tenho.

            Andamos lentamente em direção a o outro, com a chuva lá fora, sendo a trilha sonora do momento, assim como a primeira vez que nos beijamos. Encostamos nossas bocas lentamente, e foi como se todo o sentido do universo se encontrasse naquele gesto. Céus! Eu amava aquele homem, de verdade. Não era só meu coração, era meu corpo e a minha alma. Aquilo era muito mais que um amor de ensino médio, de alguma forma eu sabia, aquilo era um amor de uma vida. Edward era meu grande amor.

—Eu quero que você seja minha. Por completo. — ele sussurra, me olhando com todo amor que pode.

—Eu já sou sua. Só precisamos oficializar isso. — zombo rindo, e sem mais delongas, nos beijamos outra vez, aprofundando aquilo o máximo que pudemos.

        Foi em um piscar de olhos, em que eu estava em sua cama, sendo jogada delicadamente contra ele. Em movimentos lentos, tiramos nossas roupas, com paciência e uma calma, que aquele momento requeria. Foi a primeira vez que fiz amor de verdade. Descobri ali, que o que eu fazia, com Dean era só sexo. Fazer amor, dominava todos os sentidos de nossos ser, de maneira que a única pessoa que importava no universo, era aquela que fazia isso com você. Naquela noite dormi em paz nos braços de Edward. Por me sentir segura, e por não ter mais o peso daquele segredo horrível em minhas costas.


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Notas finais do capítulo

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