Um amor de outra vida escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 57
Nova Fase - Dois Desconhecidos.


Notas iniciais do capítulo

Sim, eu sei que falei que tinha maratona, mas parei na metade hahahaha, algumas coisas aconteceram, e me impediram de postar o últimos capítulos, mas, cá estou eu, com ele, hoje mesmo postarei os 4 que faltam, junto com o prólogo da segunda temporada.
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(Música do Capítulo)

"Não importa o quanto algo nos machuca, às vezes se livrar disso dói mais ainda."

— Grey’s Anatomy.

Ponto de vista : Katherine Evans.

Minhas mãos se movem com uma velocidade assustadora, a medida que toco as costas nua de Dake, já sem sua camisa. Assim que chegamos ao quarto de hóspedes, dei um jeito para que ele se livrasse dela, e também me encontrava só de lingerie. Ele atacou meu pescoço, enquanto eu gemia seu nome, completamente ofegante. Podia sentir seu membro roçando contra minha pele, denunciando quanto ele me queria. Quanto ele sentia falta do meu corpo, assim, como eu sentia falta do dele.

            Arranho sua pele com desejo, e mordo seu ombro com luxúria, aproveitando seu cheiro masculino tão marcante. Acostumado a fazer isso, Dean abriu o fecho do meu sutiã sem alças, e fez com que ele caísse no chão, me deixando exposta.

              Nos olhamos intensamente, e engolimos a seco. É, eu estava na seca, e nem me lembrava o quão bom, era passar por aquelas preliminares, e sentir um corpo contra o meu. Desde que sai da Califórnia não havia transado. Pensei em fazer isso com Edward umas mil vezes, admito, mas, nunca pareceu ser o momento certo. Só que eu, realmente sentia falta, daquele contato, de ser desejada.

         Dean afastou alguns fios insistentes de cabelo, que ficavam na minha face, e dessa vez alcançou meus lábios lentamente, me torturando com aquela caricia tão calma.

           Apertei sua cueca, e ele me olhou com um sorrisinho, sabendo que aquilo era minha forma de dizer, que eu o queria agora. Queria todas aquelas sensações avassaladoras que tomavam meu corpo, quando ele me tinha só para si. Queria ser dele naquele instante, mesmo, que no fim, eu nunca tenha sido de verdade.

             Ele desliza as mãos pela lateral do meu corpo, e sem piscar, desliza minha calcinha nada sensual por minha pernas, não demorando para se livrar de sua cueca também. Então, logo, estávamos ali, nus, esperando para fazer algo que não fazíamos a muito tempo.

                Me empurrou contra a cama sem pressa, e ficou sobre mim, beijando meu corpo, de uma maneira que só ele sabia fazer. Gemi, ofeguei e grunhi com aquilo. Logo, ele fez algo que me surpreendeu, Dean colocou minhas mãos acima da minha cabeça, e as entrelaçou as suas, em um gesto totalmente carinhoso.

         Antes que eu tivesse tempo de me arrepender, Dean estava dentro de mim, me preenchendo com toda sua vontade, de estar comigo novamente. Agradeci mentalmente por ele, ter lembrado de colocar a camisinha, em meio a esse ataque de desejo nosso.

               Fizemos sexo, nem uma, nem duas, mas, três vezes. Atravessamos a noite com aquilo,lembrando de cada detalhe do outro. Nos perdendo e nos encontrando naquele momento.

           Assim exaustos, descabelados e suados, me dei ao direito de encostar minha cabeça no seu peito, e ouvir seu coração bater, conforme o tempo. Seus longos dedos, faziam um desenho imaginário em minhas costas, e isso me fazia sorrir.

—Obrigado. — ele agradece baixinho.

—Por transar com você? Já foi melhor que isso, Dean. — brinco, mas, ele não ri.

—Por fingir que não sabe o que isso significa. Você fica ai, agindo como se nada tivesse mudado, e eu ainda causasse o mesmo efeito em você, quando sabe que ama o tal Edward. — me sento aturdida, quando o nome de Edward é mencionado, e dou um jeito de cobrir meu corpo com o lençol.

—O que quer dizer? — questiono, querendo mudar de assunto.

—Isso não foi uma reconciliação. — diz o obvio. —Nenhuma comemoração por nosso reencontro. Então, o que significou? Uma despedida? — é direto ao perguntar.

—Não sei. — sou sincera, e desvio o olhar. Eu realmente não sabia, tudo estava confuso aqui dentro. — Não tenho mais forças para enfrentar alguma coisa. Por você. — é cruel, mas, continua sendo a verdade. — Não quero as complicações, que vem junto com a decisão de estar com você. — complemento e finalmente tenho coragem de olha-lo, e não o decifro por completo. Como sempre. — Meu corpo precisava disso. — esclareço, e então suspiro. —Mas, meu coração não. — acho que no fim, em algum momento, meu coração passou a ser de Edward.

—Uma despedida então. — diz com escárnio.

—Já disse que não sei. Não posso garantir que não irá acontecer de novo; Que eu não vou ceder a você, assim, como você também não pode garantir que não será um inferno. Porque será. Tempos atrás, eu enfrentaria isso com você. Mas, não agora. Ainda continuo sendo a Katherine da Califórnia, mas, agora, essa Katherine ama. Ama Edward, seus amigos, e até a maldita rotina pacata que ela tem aqui. — falo algo que nunca admiti para mim mesma.

—Não há espaço para mim, nisso tudo. — afirma, e eu o faço encarar meu rosto, segundo seu queixo.

—Sempre haverá. Mas, não sei quem sou agora. Não por completo. E não seria justo para ninguém, te dar falsas esperanças. — digo sincera.

—Tudo bem. — concorda, mas, eu sei que está fingindo que sim. Ele fará uma idiotice em breve, sinto isso. Assim, como também sei, que repetindo aquele ciclo vicioso, eu irei desculpa-lo.

    Ele não diz nada, enquanto me observa, vestindo a roupa, para dar um jeito de entrar no meu quarto sem que ninguém me veja e saio dali.

         Quando chego ao meu quarto, ainda não estou decida, se o que fiz foi um erro ou não. Mas, tenho que admitir, que sendo ou não, me fez bem.

[...]

   Na manhã seguinte, sinto que estou pronta para enfrentar o que estivesse por vir. Tomei café com Dean e meu pai, enquanto esse primeiro, fingia junto comigo, que não havíamos transado loucamente ontem, sob o teto dos Evans, sem que o meu progenitor percebesse.

                        Para minha nada surpresa, meu pai deu um jeito de que meu carro fosse consertado, e eu pude ir fazer o que queria em meu volvo, totalmente segura em relação a Dean.

          Para começar o dia animadamente, passei no CaféSabores, e peguei um milkshake de morango para viagem. Dirigi tranquilamente até a escola, e chegando lá, perdi  as contas de quantos suspiros dei no caminho.

              Procuro meu celular na mochila para checar o horário, e logo me dou conta, de que estou sem um. Preciso resolver isso o mais rápido possível, já deu de ficar incomunicável.

         Juntando toda a determinação que sempre escondi, desde que cheguei aqui, desci do carro, e ajeitei a touca que decorava minha cabeça. Estalando a língua, quando notei que todos me olhavam de forma estranha. As previsíveis fofocas, sobre meu sobrenome, e meus status.

            Estou prestes a enfrentar isso sozinha, quando uma figura conhecida surge ao meu lado. Vejo o sorriso indiferente de Dean, e me sinto acolhida ali.

—Achei que depois de termos transado ontem, e  eu ter praticamente dito que não te queria mais, você fosse me ignorar. —admito, mordendo os lábios, mas, ele ignora minhas palavras.

—Depois da morte de Blair, eu sempre quis te dizer uma coisa. — Dean me conta do nada. — Você consegue. — ele diz. — Foi isso que sempre quis te falar. — comenta sorrindo.

—Foi desse Dean que eu senti falta. — falo tocando em seu peitoral, com o dedo indicador. — Nós estragamos um ao outro, não foi? —questiono, mandando para o inferno quem estivesse me julgando por aquele contato.

—Eu tirei o que você tinha de bom, e em troca, você despertou o que eu tinha de mal. — murmura com escárnio.

—É o que eu faço. Pego algo bom e estrago. — digo amarga, e Dean discorda.

—Você não fez nada sozinha. — fala sorrindo. Sem pensar muito no que faço, encosto nossas testas uma na outra, e roço meu nariz no seu. — Queria voltar ao tempo que tudo era fácil. — admito em voz baixa.

—Eu também. — diz de volta, e para o nosso próprio bem, Dean se afasta de mim, e deixa que eu siga meu caminho.

               No corredor, sou recebida com olhares atravessados, que eu escolho ignorar, como sempre. Só que pela primeira vez, não senti que estava com medo, ergui meus olhos na direção de todas aquelas pessoas julgadoras e fui a Katherine. A Katherine que eu deixei escondida em um canto qualquer.

                Sem me importar com o fato de que todos sabiam que eu era uma Evans agora, fui até o meu armário, e tirei meus livros de lá. Sorri de lado, quando Dean passou por mim no corredor, e me olhou como se dissesse que eu ficaria bem, e mais rápido do que fez isso, voltou a ser o Dean babaca para todos.

—Hey, estava preocupada, nunca te vi passando por um término, então foi bem surpreendente, saber que você se transformou em uma versão minha morena. — Maggie vem até mim, quase correndo, quando me vê. Eu havia sentido falta dela.

—Ainda não acredito em contos de fadas. — murmuro revirando os olhos, por ela ter me comparado a ela.

—Está bem realmente. — ela nota com diversão.

—Não estou tão péssima como o esperado, mas, acho que posso lidar com o fato de que terminei  com quem seria, provavelmente, o único cara que me amaria, depois de Dean, e agora todos sabem que sou uma Evans. — ironizo, puxando o livro de história, e o colocando em minhas mãos.

—Sabe que não precisa se fingir de forte, o tempo todo, não sabe? Todos temos direito de sofrer e chorar, Katherine. — disse carinhosa.

—Já sofri e chorei demais. Estou bem, não do jeito que queria estar, mas, ficarei. Eu sempre fico. Ou simplesmente finjo que sim. — digo, desviando o olhar.

—Bom, então vamos mudar de assunto para te animar...Jane terminou com o Nick. — não fico surpresa com isso, nem com o sorrisinho disfarçado que Maggie dá, quando me conta. Aquilo tudo era bem previsível.

—Por que outro término me animaria? — zombo esbarrando em seu ombro de propósito.

—Porque você não liga para ninguém além de si mesma, então isso não te afetaria. — diz de volta, no mesmo tom, e nota que eu estanquei no lugar. — Hey, não foi o que quis dizer...Quer dizer, não quis falar que você é egoísta. — ela se embola para explicar.

—Não me ofendi. — garanto. — É só...Já ouvi algo semelhante a isso, uma vez,  e me lembrei como tudo era fácil ali. — admito com um meio sorriso. — Então, você e o Nick?... — insinuo.

—Somos dois amigos, que continuarão a ser amigos. — ela diz disfarçando.

—Não por muito tempo. — sei disso.

—Não sei o que fazer em relação a isso...A ele... — Maggie admite, mordendo os lábios.

—Que tal deixar acontecer? — proponho e ela sorri.

—Senti sua falta. — conta e ali mesmo no corredor, a puxei para um abraço, sem importar com minha fama de indiferente.

[...]

     Preciso de 5 segundos de preparação, antes de fazer o que irei, antes de adentrar ao laboratório de biologia e química, e encarar minha dupla, que era nada mais, nada menos, do que meu ex namorado.

           Fiz isso, e quando todos os olhares indiscretos se dirigiram a mim, professor Connor pediu que eu sentasse em meu lugar, o mais rápido possível. Felizmente não comentou sobre as faltas, que eu deveria recompensar.

         Levei meus olhos em direção a minha mesa, e encontrei Edward lá. Ele não me encarava de volta, estava ocupado demais, fingindo que lia o conteúdo de seu livro.

   Praticamente me arrastei até lá, e me joguei no banco ao seu lado, e abri meu livro — o primeiro que tinha pego no armário. — tento me concentrar no que está escrito ali, só para fingir estar prestando atenção em tudo aquilo. Na verdade, já havia decorado aquele livro.

              Edward estava me ignorando, e eu tinha a sensação que estava me culpando por muito mais que nosso término.

—Então voltamos ao tempo, em que você ignora minha existência, por que estar supondo coisas que não existem? — falo quase sem querer. Em partes, as suposições dele estavam corretas.

—Por favor, não vem com esse papo de que podemos ser amigos, depois de termos terminado. — ele pede, em palavras baixas.

—Talvez eu não queira ser amiga, de um cara que expôs meu segredo para todos, só porque estava chateado. — digo com ironia.

—É sou um babaca, e você sempre soube disso. — decreta.

—Você não é babaca, só é tão péssimo em lidar com sentimentos quanto eu. Fez aquilo porque queria provar a si mesmo, que pode ser o Edward idiota popular de novo. Mas, sabe que não pode, a parti do momento que olhamos um para o outro de verdade, tudo mudou. — não parece ser meu estilo dizer aquilo, mas, é a verdade.

—O que eu ganhei tendo sentimentos por você?  A porcaria de um fim dramático. — ele afirma.

—Você escolheu esse fim. — pontuo. — Porque se tivesse me pedido, eu nunca teria desistido de nós. — digo, e os olhos dele queimam em fúria.

—Você é uma hipócrita. — é o que ele diz, antes de, de forma irresponsável sair da sala.

[...]

      Sentada na arquibancada do ginásio, só consigo me lembrar do dia em que Edward cantou de forma ridícula para mim ali, depois de ter me chateado em sua festa. Eram tempos distantes, e mesmo em meio a dor daquele momento, eram tempos felizes. Abro um sorriso triste, sem que perceba e toco meus lábios, me lembrando de todas as vezes que ele já me beijou.

          Na primeira vez, que mesmo arisca, eu retribui, na segunda quando estávamos cobertos de neve. Me lembrei de quando, ele me abraçou com gratidão, assim que ganhou o prêmio na feira de arquitetura. Da festa dos fundadores, do leilão em sua casa, e em todos os nossos momentos memoráveis, e foi ali que eu notei; Eu havia construído uma história com Edward. Uma boa história.

—Deveria parar com essa cara reflexiva, e se alongar para a aula de educação conjunta, de daqui a pouco. — Maggie anuncia, se sentando ao meu lado.

—Odeio essas aulas agora. Só quero deixar de ver Edward, e ao mesmo tempo, quero vê-lo muito. — dramatizo e ela ri.

—Isso é amor. — conta como se fosse segredo.

—É uma droga. — murmuro, e para tudo ficar pior, vejo ele entrando no ginásio, ao lado da vadia mais rodada de New Town, intitulada como Hillary, os dois pareciam concentrados na conversa super interessante que tinham. Aquelas palavras deveriam ser dirigidas a mim. Só eu tinha o direito de tentar entende-lo. Isso mesmo...Tinha.

                Dean chegou também, ao lado de Nick, que lançou um olhar incomodado para Edward. É, parece que meu fim com ele, significou seu fim como amigo do Adams, e isso me fazia me sentir culpada. Edward precisava de alguém para faze-lo ficar no caminho certo, e eu não conseguia ser mais, sua ancora.

                 Edward finalmente  me olhou, e eu engoli as lágrimas que queriam cair, e fingi que estava bem, com o fato de que tudo estava desabando novamente.

           Revirei os olhos, quando o treinador Pierce disse, que a escola o obrigou a fazer uma aula e dança prática, com meninos e meninas, e contou que havia trazido uma professora de fora para ajuda-lo naquilo. Ela era até simpática, mas, eu não ligava no momento.

      Me diverti de longe, quando ela fez Edward dançar, mas, fiz uma carranca, quando ela chamou Hillary para ser par dele, e pediu que os dois dançassem uma valsa, semelhante aquela que dançamos na festa dos fundadores.

          Suspirei sabendo que não podia fazer nada, e continuei ali, fugindo daquela aula, e de suas implicações.

         Minutos se passaram naquilo, até uma mão ser estendida em minha direção. Todos me olharam com expectativa quando Dean fez isso, eu havia fugido de toda a exposição até agora, por que Dean me convenceria a dançar? Porque, talvez, sempre tenha sido dele, que eu fugi de verdade.

         Aceitei sua mão, para surpresa de todos, e em um salto rápido, eu já alcançava o chão do ginásio. Ignorando a todos, e seus pensamentos em relação a mim, fui até o meio do lugar com Dean e o olhei com emoção.

         Assim, com um sorrisinho presunçoso, ele ergueu uma de suas mãos, me fazendo entrelaçar meus dedos nela, e colocar a outra mão em seu ombro. Querendo mais proximidade, coloquei a cabeça na curva de seu pescoço, enquanto nos mexíamos naquele ritmo lento.

      Um passo para lá, e outro para cá, e nos movíamos como penas. As mãos de Dean agora, apertavam minha cintura com delicadeza, enquanto eu me ocupava em acariciar seus cabelos, sofrendo por pensar na última vez que dançamos daquele jeito.

  —Eu quero ir ao baile com você. —foi o que ele disse.

—Não somos um casal normal, como os outros, não podemos ir a um baile. — digo o obvio.

—Não precisamos estar lá, para dançarmos juntos, ou uma dessas coisas. — Dean contou sorrindo.

—Por que faz isso? Por que faz parecer que é tão fácil? — tenho que saber.

—Porque é. Quando estou com você, tudo é fácil. — é o que ele afirma.

              Ele acariciou minhas costas, enquanto eu suspirava com aquelas lembranças, e ele parecia estar pensando na mesma coisa.

             Em um movimento rápido, sou inclinada para trás, e seu rosto fica praticamente colado ao meu. Então, tão rápido quando ele fez aquilo, ele me gira em seus braços, e aumentamos o ritmo de nossos passo, sem tropeçar ou nos confundimos nenhuma vez.

     Sinto que vou voar, quando Dean me agarra pela cintura, e me faz girar em seu colo, enquanto eu sorria para ele, sem medo algum de cair.

         Então voltamos aos passos lentos e precisos, até ele me erguer literalmente de novo, e em seguida me colocar no chão, fazendo com que nossas testas se encostem uma na outra, e eu possa sentir sua respiração.

             Nos separamos, porque pelo primeira vez, notamos que era errado, estarmos perto um do outro, e eu me remexi desconfortável, quando vi que Edward nos olhava com um sofrimento disfarçado.

             Precisei fugir dali, porque não sabia o que aconteceria se ficasse, e assim segui para o corredor principal, em busca das chaves do meu carro, querendo ir para casa, me sentindo uma tola por acreditar que estaria pronta para aquilo. Mas, chegando lá, me deparei com algo terrível.

   Haviam vários cartazes ofensivos, que diziam que eu ser uma Evans, não mudava o fato de eu ser uma fracassada. Algo sobre eu ser uma vadia falsa. E algo sobre eu ter um passado sombrio.

          Por estar sozinha, soltei um grito de frustração, e chutei um dos armários a minha frente. Só ai noto, que eu não estava sozinha realmente. Edward estava lá, assim como esteve desde o dia, em que aceitei falar com ele.

—Você dançou com ele. — é aquilo que Edward diz,  e eu tenho vontade bater no Richards. Quase lembro a ele, que o mesmo dançou com Hillary também. — Achei que aquilo fosse algo só nosso. — comenta, com um sorriso amargo.

—Joguei basquete com você. — relembro. — Aquilo era uma coisa minha e dele. — sou cruel ao admitir.

—É claro que era. — diz com escárnio.

—Eu transei com ele. — admito, e ele franze as sobrancelhas.

—No passado? — quer mais explicações.

—Bom, ontem é passado, então, sim. — murmuro dando de ombros.

—Você transou com ele, ontem? — está incrédulo por eu contar a ele, na cara dura.

—Sim e você transou com a Hillary repetidas vezes em sua vida, e não te julgo por isso, mesmo que odeie esse fato. — pontuo.

—O que está tentando me dizer? — quer saber, antes de surtar.

—Que eu transei com ele, e ainda sim, estou insistindo em conversar com você, antes de te mandar para o inferno. Porque pode acreditar, já fiz muito isso, por ele. — conto sem animação.

—Sabe, que não está melhorando nossa situação, não sabe? — Edward questiona, rindo por a loucura da situação.

—Tenho uma ideia. — conto me encostando em um dos armários.

—Sinto muito por tudo isso. — fala, apontando para os cartazes.

—Não dói. — conto. — Há coisas que doem mais. — falo, olhando para ele.

—Você é tão louca. — Edward diz, se encostando no armário ao meu lado.

—Eu te amo, devo ser louca mesmo. — dou um sorriso, por as palavras saírem tão fáceis.

—Você não sabe o que quer. — ele fala, antes de me deixar ali. Sozinha. Ele estava me tratando como se fossemos dois desconhecidos.


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Notas finais do capítulo

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