Rose Weasley e Scorpius Malfoy - Do ódio ao amor escrita por Emma Salvatore


Capítulo 5
Não somos amigos


Notas iniciais do capítulo

Oii, gente!!! Espero que vcs estejam gostando! Neste capítulo, Arthur Weasley aparecerá. Espero q gostem!



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Para Scorpius Malfoy, a semana seguinte fora a mais humilhante de toda a sua vida. Cumprira a aposta feita com Rose Weasley e tingira seu cabelo de vermelho.

No primeiro dia, a surpresa foi geral. Scorpius apareceu no Salão Principal com o cabelo totalmente vermelho. Rose Weasley gargalhava com o que via. Seus primos, incluindo Alvo, a acompanhavam na risada.

Scorpius tornou-se chacota nesse dia e nos outros que se seguiram. Até mesmo os professores pareciam fazer um tremendo esforço para não rir. O Prof. Longbottom teve o cuidado de não olhar diretamente o Malfoy, porque senão não se controlaria.

Hagrid não se controlou. Gargalhou até chorar, enquanto Alvo e Rose lhe contavam sobre a aposta.

O pior foram as piadinhas da Weasley. Rose fazia questão de abordar Malfoy todos os dias para debochar de seu visual e gargalhar na sua frente. Ela andava com uma máquina fotográfica, sempre tirando foto do garoto desprevenido.

Até mesmo Alvo e Lílian não conseguiam não debochar do novo visual. Isso o deixava irritado. Até seu melhor amigo...

A semana chegou ao fim e a diversão dos outros à custa de Scorpius também. Rose marcara para recomeçarem os estudos na terça-feira, no período livre da tarde dos dois.

Eles começaram desta vez por Herbologia. Scorpius estava começando a se arrepender de pedir ajuda a Weasley. Era muito para ele. E Rose, bem, não tinha muita paciência.

— Não acredito que você ainda não entendeu, Malfoy! – bradou. – Eu lhe expliquei mil vezes!

— Tá, Weasley, mas você falou muito rápido! Não tenho o seu raciocínio! – retrucou o menino.

Rose suspirou. Estava mais difícil do que ela pensava. Então, ela explicou, calmamente, mais uma vez. E desta vez, Scorpius entendeu.

As semanas se passaram e Rose e Scorpius estavam um pouco mais próximos. As "aulas" aconteciam pelo menos três vezes nas semanas. E Rose estava mais paciente com Scorpius. E o menino agora gostava de ver a garota lhe ensinar. Era um jeito leve, que nenhum professor conseguiria superar.

* * *

Os dois estavam a caminho do Salão Principal para o almoço. Eles tinham tido a manhã livre e aproveitaram para estudar. Discutiam sobre o assunto inacabado de Transfiguração, quando passaram pelo corredor da sala de Minerva.

Tinha alguém parado a porta, visivelmente esperando a diretora. E Rose reconheceu instantaneamente quem era.

— Vovô, o que o senhor faz aqui? – questionou a garota, se aproximando de Arthur Weasley.

— Ah, Rose – Arthur deu um abraço em sua neta, antes de explicar. – Ah, bem, é que Minerva achou alguns artefatos trouxas e pediu para eu dar uma olhada. Quem sabe eu possa ficar com alguns, hein?

Scorpius, que estava até agora parado ao lado de Rose, deu uma risadinha, que não passou despercebida pelo Sr. Weasley.

— Ah, imagino que deva ser engraçado para você. Scorpius Malfoy, não é? Neto do Lucius.

Scorpius assentiu com a cabeça.

— Desculpe. Não me leve a mal. Não tenho nenhum preconceito nem nada do tipo, mas o que o senhor pode fazer com um objeto trouxa? É totalmente inútil para nós.

Arthur encarou-o, não gostando nenhum um pouco do comentário do menino. Virou-se para Rose. Agora percebia que os dois estavam andando juntos pelos corredores.

— Espero que ele não esteja te influenciando, Rosinha – Arthur falou para a neta.

Rose notou que o avô tinha visto algo onde não tinha. Ia comentar, mas Scorpius foi mais rápido.

— Somos apenas amigos

Rose ergueu uma sobrancelha. Amigos?

— E desde quando eu te elevei a condição de amigo, Malfoy? – Rose perguntou secamente.

Scorpius ficou imóvel. Não eram amigos?

— Eu pensei que... 

— Pensou errado! – Rose o cortou.

O Malfoy abaixou a cabeça, e falou num tom baixo:

— Acho que é melhor eu ir. Nos vemos mais tarde, Weasley.

E foi andando. Quando ele saiu assim dessa maneira, Rose sentiu um nó na sua garganta. Se arrependera do que falara. Pelo visto, magoara Scorpius.

— Melhor assim. É bom que não fique muito próximo do Malfoy – comentou Arthur, não percebendo a mudança de sentimentos na expressão de sua neta.

Rose assentiu e se despediu do avô. Rumou para o Salão Principal e quando chegou lá, seus olhos voaram para a mesa da Sonserina. Ele não estava lá. Seu olhar não passou despercebido por Lílian.

— Perdeu alguma coisa na mesa da Sonserina? Ou estaria procurando Scorpius?

Rose não respondeu. Focou seu olhar na comida. Talvez não devesse ter falado daquela maneira como Scorpius. Tentaria acertar as coisas na hora do estudo, depois do jantar.

Mas o acertar o quê? Eles eram mesmo amigos? Rose achava que não. Mas eles tinham se aproximado bastante nas últimas semanas... Rose decidiu não pensar nele. Por enquanto.

* * *

A hora do jantar chegou. Scorpius ainda não estava lá. Desta vez, não foi só Lílian que percebeu a direção do olhar de Rose. Alvo também.

— Ele está na biblioteca – disse.

— Quê? – Rose estava confusa.

— Scorpius está na biblioteca. Ele não estava com fome e disse que queria já ir começando a estudar – explicou Alvo.

Rose terminou o seu jantar mais do que depressa e correu para a biblioteca. Encontrou Scorpius sentado, concentrado em um livro de Transfiguração.

— Por que não disse que viria mais cedo? – perguntou Rose ao se aproximar.

— Achei que não era importante – Scorpius respondeu, sem tirar os olhos do livro.

Rose se sentou ao seu lado e começaram a estudar. A garota notou que o menino estava diferente. Distante. Diferentemente das outras vezes, ele se limitava a responder as perguntas, não estava fazendo nenhuma piada, ou chamando-a de "Cenourinha" como sempre fazia.

— Scorpius, o que está acontecendo? – Rose perguntou.

— Quê? Eu não estou respondendo as perguntas certo? O que eu estou fazendo de errado? – Scorpius perguntou, indiferente.

— Você está diferente. Não fez nenhuma piada sequer, ou me chamou de "Cenourinha". O que aconteceu? – Rose tornou a questionar.

— Ah, isso. Bem achei que não fôssemos amigos, né? – comentou Scorpius com ironia. – Acho que já vou. Hoje não dá mais.

Scorpius saiu da biblioteca e Rose ficou parada, sentindo um aperto inexplicável no peito. O que foi que ela fez?

* * *

No outro dia, Rose decidiu que conversaria com Scorpius. Mas não conseguiu encontrá-lo. Toda vez que o via no corredor, ele ia para outro lado. Parecia que estava evitando-a.

No final do dia, Rose finalmente o encontrou na biblioteca. Estava como o dia anterior, concentrado em um livro, que desta vez era de Poções.

— Por que você me evitou o dia o todo? – Rose perguntou direta.

— Ah, Weasley, não pensei que fosse querer conversar algo sério. Afinal, não somos amigos, não é? – Scorpius disse, frisando a última parte.

— Olha, Scorpius, não foi isso que eu quis dizer – Rose justificou-se, encarando o menino.

— Achei que você foi bem clara com o seu avô – comentou Scorpius, frio.

— Não é isso, é que... – começou Rose.

— É que você não queria que seus familiares soubessem que está andando com um Malfoy. – Scorpius disse simplesmente. – Principalmente você, sendo filha dos heróis Rony e Hermione Weasley! Você não faz ideia, Rose, de como é difícil para mim ser quem eu sou. Sabe por que eu estou me dedicando tanto aos estudos? Porque quero me tornar Auror. Quero consertar tudo o que o meu pai e o meu avô fizeram no passado! Quero limpar o nome da minha família. Você não entende. Você não sabe o que é ser julgado pelos erros do seu pai.

Rose ficou paralisada. Não sabia que Scorpius se sentia assim. Mas uma coisa ela sabia.

— Você pensa que eu não sei o que é isso? Pensa que eu não sei o que é ser julgada pela sua família? Não é tão fácil ser filho de "heróis". Todo mundo espera muito de você. Eu não quero... não quero que esperem que eu faça as mesmas coisas que meus pais. Quero ser reconhecida pelo o que eu sou, e não ser reflexo deles.

Por um instante, Rose e Scorpius se encararam. Ambos nunca pensaram que iriam compartilhar isso um com outro. Sentimentos tão pessoais.

— Podemos começar de novo. Ou pelo menos tentar – sugeriu Rose.

— É, acho que podemos, Cenourinha — Scorpius falou no seu tom de costume.

Rose riu. Scorpius finalmente voltara ao normal. Os dois ficaram longos momentos conversando. Madame Pince precisou expulsá-los da biblioteca.

Rose e Scorpius se despediram com um abraço. Nenhum dos dois sabiam descrever as sensações que estavam sentindo com esse contato. Rose seguiu para a Torre da Grifinória e, Scorpius, para as masmorras.

E nesta noite, Rose Weasley e Scorpius Malfoy sonharam um com o outro.


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