Na semana seguinte, Scorpius teve o que esperava. Recebeu o mesmo alerta que recebera de Slughorn pela Profª. Minerva e o Prof. Longbottom. Ele realmente não andava muito bem em Herbologia e Transfiguração. Scorpius procurou Rose para dizer que precisariam incluir mais duas matérias no estudo, mas a garota não se importou.

No final do dia, Scorpius estava aos beijos com Goyle em um dos corredores de Hogwarts, quando sentiu que alguém lhe cutucava. Interrompeu o beijo e virou para saber quem lhe atrapalhara. Deparou-se com uma ruiva de olhos claros extremamente irritada.

— Não vou te interromper por muito tempo, Malfoy. Só quero avisar que esteja amanhã depois do jantar na biblioteca. Sem reclamações.

Rose virou as costas e saiu andando. Goyle estranhou o papo da garota e questionou Scorpius:

— O que a Weasley quer com você na biblioteca amanhã?

— Ah, bem, é que eu estou precisando de ajuda em Poções, Herbologia e Transfiguração e ela vai ajudar – explicou Scorpius.

— O quê?! – gritou Goyle. – Você e a Weasley vão estudar juntos?! Que tipo de piada é essa, Scorpius?!

— Não é nenhuma piada, Andie. Vou estudar com a Weasley pros NOMs – disse Scorpius.

— E quem disse que eu vou deixar? Você é meu, Scorpius! – Goyle berrou, deixando clara a sua raiva.

— Seu?! Escute, Goyle, acho que você não está entendendo algumas coisas aqui! Nosso lance não é um namoro! Eu não sou seu e nem de ninguém, entendeu? – Scorpius esclareceu com altivez.

— Mas, Scorp. A gente já está há tanto tempo junto que eu pensei... – Goyle começou, entoando uma voz melosa, mas foi interrompida por Scorpius:

— Desculpe, mas se você pensa isso, acho melhor a gente acabar por aqui.

Depois que disse isso, Scorpius saiu andando, decidido.

— Vai me trocar pela filha da sangue-ruim, é?! – gritou Goyle, indignada.

Scorpius parou e virou-se para a garota com raiva. Agora ela tinha passado dos limites. Diferente do seu pai, Draco Malfoy, na sua idade, Scorpius não suportava ouvir ofensas desse tipo. Nunca se achou melhor por causa do seu sangue, não achava que isso era importante.

— Nunca mais use essa ofensa perto de mim, Goyle – ele avisou, pausadamente; a ira explícita em cada palavra.

Goyle engoliu em seco e o encarou com medo. Nunca vira Scorpius com raiva e não gostaria de deixá-lo de novo. E quando o garoto virou-lhe as costas, ela soube. Eles não tinham mais nenhuma chance.

* * *

Enquanto isso, na Torre da Grifinória, Rose Weasley botava para fora toda a sua raiva da cena que presenciara a poucos minutos.

— Isso é nojento! Eles se agarram em pleno corredor! Poderiam ser mais discretos! Absolutamente nojento, repugnante e...

— Já sei, já seim Rose – Lílian cortou com um bocejo. Ela estava ouvindo a prima falar há mais de 10 minutos o quanto Scorpius e Goyle eram asquerosos por ficarem de agarrando pelos corredores.

E apesar de Rose afirmar que não achava certo fazerem isso assim, Lílian sabia que o que prima sentia era ciúmes. Mas não diria isso para ela, até porque Rose Weasley nunca admitiria que sentia ciúmes de Scorpius Malfoy.

— Desculpe. Estou te enchendo, né? – perguntou Rose, cansada, sentando-se na cama.

— Um pouco – Lílian riu. – Sabe, seria bem mais fácil se você dissesse o real motivo para estar assim.

— Que real motivo? – Rose ergueu uma sobrancelha, – Por Merlin, Lílian! Você não está pensando que eu gosto do Malfoy, né? Porque você sabe que isso é impossível!

— Eu não disse nada, Rose – Lílian discordou, levantando as mãos em uma fingida inocência.

Rose não discutiu mais com a prima. Estava cansada demais. Deitou-se na cama e logo já estava dormindo.

No dia seguinte, as horas passaram voando. Depois do jantar, Scorpius seguiu para a biblioteca, onde sabia que Rose já estaria o esperando.

Scorpius adentrou a biblioteca e viu uma mesa cheia de livros, onde uma certa menina ruiva estava sentada, acenando para ele. Scorpius assustou-se com a quantidade de livros, mas, mesmo assim, seguiu em direção à garota.

— Certo, Malfoy. Hoje vamos estudar Poções e como as férias de Natal começarão depois de amanhã, estudaremos as outras matérias quando retornarmos. – Rose comunicou, polidamente, assim que o menino sentou-se ao seu lado.

Scorpius assentiu e começaram a estudar. De vez em quando, se pegava admirando o sorriso de Rose, os seus olhos claros. Não! Pensava ele. Concentre-se, Scorpius! Dizia a si mesmo. Mas, agora, olhando Rose assim tão de perto, era impossível negar. Rose Weasley era linda.