Hastryn: Ascensão escrita por Dreamy Boy


Capítulo 48
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu to emocionado.
Emocionado por conseguir chegar aqui, com uma história original, quando muita gente não tem apoio e nem consegue criar forças para conseguir postar algo inteiro. Emocionado por ter vocês, por ter meus personagens criando vida própria... E digo uma coisa: ESSE NÃO É O ÚLTIMO CAPÍTULO DA SAGA ♥



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Uma Década Depois...

 

Um cavaleiro e dois de seus colegas de trabalho receberam uma missão especial de enviar em segurança máxima um cavalo, que seria o presente de aniversário à princesa do continente que outrora era rival ao que habitavam. A rivalidade mudou devido a uma aliança que se estabeleceu por anos entre os monarcas e assim permaneceria até que houvessem fortes motivos para rompê-la.

A missão foi preparada e ordenada pela própria monarca de Arroway, Katherine Wildshade. O rapaz se sentia maravilhosamente honrado por ter obtido grande confiança da mulher durante aqueles anos, sendo este um dos motivos que contribuía para que continuasse vivo. Jamais iria decepcioná-la. Era extremamente grato e a obedeceria com total fidelidade.

O grupo conhecia inúmeros atalhos e caminhos no interior das florestas e matas de Hastryn do Norte que facilitariam o percurso e permitiram que chegassem mais rápido a Horgeon, mas não contavam com a ocorrência de um fato inesperado.

— Vocês estão ouvindo isso? — O rapaz perguntou e olhou ao redor, desejando saber em que local se encontrava a fonte daquela voz doce e misteriosa.

— Ouvindo o quê? — questionou um de seus colegas.

— Essa voz!

— Não há voz nenhuma! — O terceiro cavaleiro falou, mas se dispôs a ficar em silêncio e tentar entender o que incomodava o primeiro. — Além de nós e dos animais, não há mais ninguém por aqui.

Mas ele estava convicto de que era real. Desceu de seu cavalo e o amarrou com as cordas em uma árvore para que não corresse o risco de o animal escapar durante aquele curto espaço de tempo. Em seguida, escalou a mesma e observou do ponto mais alto que conseguiu os ambientes ao seu redor, mas realmente não havia sinal de nenhuma outra pessoa além dos guardas.

A voz parou.

Acreditando que estivera enganado, desceu em silêncio e voltou a montar em seu cavalo. Contudo, assim que o fez, tornou a ouvir o canto triste que o enlouquecia mais a cada segundo. Sentia um desejo insaciável de encontrar o ser ao qual ele pertencia. A voz encantadora parecia vir de todos os lados, o que o obrigou a fechar os olhos e se concentrar para descobrir qual seria a direção certa.

— O que está fazendo?! — O segundo homem segurou o seu braço, impedindo-o que continuasse a seguir o trajeto. — A Grande Ponte não fica nessa direção!

Mas o mesmo o largou assim que viu os seus olhos. Haviam adquirido uma tonalidade diferente, estando completamente brancos, como se o rapaz estivesse cego. Isso o assombrou e fez com que, acidentalmente, abrisse o caminho para que ele continuasse a procurar o que desejava.

— Nunca mais toque em mim desta maneira! — Aquela não era a sua real pessoa. Tornara-se agressivo devido à forte magia que tomava conta de seu corpo e de sua mente naquele instante. Empurrou o parceiro com força e correu pelas matas. Saltou por cima de troncos caídos, atravessou trilhas que tinham árvores em todos os cantos. Nada mais importava. Nada mais estava em seus pensamentos.

Os demais o chamaram, insistentes na tentativa de fazê-lo recobrar a consciência. Tentaram segui-lo e, por muitas vezes, o perderam de vista, mas não desistiram com facilidade. Resolveram parar de andar, para que conseguissem ouvir os passos do cavaleiro e voltarem a estar em seu encalço.

...

Exaustos, os dois ficaram para trás.

Encostaram-se sobre a madeira das árvores mais próximas, sem forças. Descansariam um pouco antes de prosseguir com o percurso. Iriam atrás do amigo e, se não o encontrassem, realizariam a missão sem ele. O homem parecia não se cansar, mantendo um ritmo que era incomum para qualquer ser humano, pois havia corrido por muitas horas e não se sentiu cansado.

A música se tornou mais alta em seus ouvidos, indicando claramente que estava seguindo pela direção certa e que era somente questão de tempo até que chegasse aonde queria. Ele seria capaz de sacar a lâmina de sua bainha e cravá-la em qualquer um que ousasse aparecer na sua frente e tentasse atrapalhá-lo.

Subitamente, uma luz negra surgiu à sua frente, em uma distância aparentemente não muito longa. Parecia ter vindo do solo e emanava até os céus, penetrando as nuvens e tornando impossível descobrir onde terminava. Ele sentia que era o único capaz de enxergá-la. Como se fosse... selecionado.

Escolhido.

Reconheceu o ambiente. As Terras Desérticas de Durwin.

A canção não possuía uma letra concreta, pois se tratava apenas de um canto cujos tons se alteravam. Ao pisar pela primeira vez na areia, o som se tornou ensurdecedor e o guerreiro sofreu com os fortes efeitos, mas por pouco tempo. Somente o tempo suficiente para se adaptar.

Uma alegria explicável jamais sentida antes tomava conta de seu coração. Era como se toda a dor houvesse se esvaído e deixado apenas os bons sentimentos, as boas memórias. Como se o homem sofrido de antes tivesse sido deixado permanentemente para trás.

Quando finalmente a viu, arregalou os olhos.

Estava de frente para a sua amada, que havia falecido há dez anos. Os seus cabelos pareciam ter sido recentemente arrumados e as vestimentas eram as mesmas do dia em que morreu. Estavam intactas e bem conservadas. O cheiro forte de seu perfume ainda era o mesmo, o que fez com que as memórias se tornassem ainda mais presentes em sua mente.

— Como isso é real? — Era impossível a cena que acontecia diante de seus olhos. Aquilo desafiava todas as leis e regras às quais fora instruído a seguir e acreditar por toda a sua vida. — Você está aqui... Eu a estou vendo novamente!

— Acredite no poder da magia, jovem cavaleiro.

Ela se aproximou para beijá-lo e ele correspondeu. Todavia, assim que os seus lábios se uniram, a sensação do homem se alterou por completo. Toda a dor, a tristeza, o rancor, a mágoa, o luto e as memórias ruins vieram à tona. O seu corpo começou a formigar por dentro, em uma dor insuportável que piorava a cada instante.

Empurrou-a para longe, percebendo que a aparência da mesma se alterara por completo. A pele se tornou pálida. Os cabelos, em uma tonalidade vermelha rara de ser encontrada naquele continente. Os grandes olhos eram verdes e penetrantes, capazes de assombrar a qualquer um que os fitasse diretamente. As vestimentas eram brancas e os pés pareciam flutuar, de modo que o ser parecesse ser uma espécie de fantasma.

Imagens de construções antigas surgiram ao seu redor, como se estivessem uma época anterior à que vivia. A cor do solo variava entre o coral, pertencente à areia do deserto, e o verde, presente em um vasto gramado que parecia ter sido parte de uma Durwin completamente diferente da que todos conheciam.

Sentiu-se tonto.

Perdeu o equilíbrio e caiu sobre a areia quente, de barriga para cima. Sentia sede, muita sede. Não somente devido ao calor do deserto, mas por causa da destruição lenta de sua vida. Sem compreender o que ocorria, criou forças para olhar uma última vez para a mulher e perguntou:

— Quem é... você?

Aquilo não era um ser humano como os outros. A jovem se ajoelhou e seus rostos ficaram bastante próximos. Tinha um olhar de ódio, como se guardasse rancor por alguma atitude feita pelo homem, mas ele jamais a tinha visto antes. Iria se lembrar de alguém tão belo e tão diferente.

— O meu nome é Alyssa.

Ao dizer isso, a criatura sugou toda a energia de seu corpo e o invadiu, tomando-o inteiramente para si. Em seguida, quando a alma dele foi inteiramente separada e levada diretamente para a morte, Alyssa alterou a forma do corpo para a sua própria.

Respirou fundo, lutando para não desmaiar. Precisaria se recompor para ter as suas forças de volta. Havia acabado de conseguir se libertar do Mundo das Sombras e retornado a Hastryn para colocar em prática os seus planos: reerguer a sociedade mágica que, há muito, fora extinta.


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Notas finais do capítulo

Preciso agradecer a todos por terem lido até aqui.
Por não terem desistido, mesmo com a minha demora em postar. Mesmo com a minha falta de coragem de continuar divulgando, mas mudei isso e retomei a trama. Consegui chegar até o fim, gente. *---*
Agora estejam prontos para Hastryn: Despertar. Juro que tem muita coisa a ser mostrada ainda :)
Beijos e, mais uma vez, obrigado!


Link da Continuação: https://fanfiction.com.br/historia/730308/Hastryn_Despertar/



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