Hastryn: Ascensão escrita por Dreamy Boy


Capítulo 45
Laços


Notas iniciais do capítulo

Uma parte do passado vai vir à tona agora. Estejam preparados! :)



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 Hazel

A moça foi levada à força pelos brutamontes, sendo obrigada a ficar no interior de uma carroça ao lado de outras que também foram sequestradas e seriam obrigadas a realizar trabalhos escravos futuramente. Era obrigada a passar de veículo em veículo, conforme as vendas aconteciam e novas viagens se iniciavam.

Agora, havia chegado a Arroway. Pela janela da carroça, conseguia observar indivíduos do sexo masculino estando fora do veículo, pois não havia lugar para todos. Sentiu pena deles, mas sabia que nada poderia ser feito. Portanto, voltou-se para as pessoas que se encontravam ali dentro.

Olhou ao redor, observando os rostos apavorados das pessoas que passavam pela mesma situação que ela. Eram suas semelhantes, mesmo que pudessem ter vivido em outras regiões diferentes de Gwenum. Todavia, o mais doloroso para Hazel foi descobrir a existência de duas crianças encolhidas em um canto, quase invisíveis para os outros. Uma garotinha loura que não deveria passar dos cinco ou seis anos carregava uma menina menor, provavelmente sua irmã caçula. Por também ter sido afastada de sua família, sentiu em si mesma a dor e o medo da pequenina.

Decidiu não se aproximar, pois a menina poderia ficar incomodada e mais amedrontada, optando por descansar um pouco. Deitou a cabeça na parede, suspirando. O calor estava forte. Raios solares passavam por um único buraco em formato de círculo situado na parte traseira, o que fazia os aprisionados se afastarem para que suas visões não fossem afetadas.

Hazel fechou os olhos e, em poucos minutos, dormiu.

...

Depois de um dia extremamente movimentado, a ama foi para seu aposento situado na grande casa em que Charlotte morava. Sem a presença de Ulrick, o lugar parecia totalmente diferente e estava até mais silencioso, pois todos os que moravam e trabalhavam ali passavam por um intenso luto em memória do falecido.

Havia sido um bom patrão nos cinco anos em que estivera ali, sempre respeitando os pedidos da esposa e aceitando Hazel desde o início, sem hesitar em hospedá-la em um quarto próprio e bem decorado, com estantes de livros e abajures. A mulher jamais recebera um tratamento como aquele e se lembraria para sempre da generosidade do homem.

— Amados deuses, permitam que sua alma atravesse as portas para o Paraíso e descanse em paz eternamente, até o dia em que estará junto de seus filhos. Por favor, façam com que esse dia demore muito a chegar!

Parou um pouco, refletindo sobre o que mais precisaria ser dito.

— Por favor, protejam também a alma de Katherine, que conseguiu ser uma amável rainha com um período tão pequeno de governo. Uma mulher jovem, que poderia ter vivido muito mais se possível fosse. Façam com que os céus a acolham com carinho! Quero agradecê-los por Charlotte continuar viva e forte. Quando chegar a hora, levem-me antes dela, pois jamais suportaria a perda de minha única filha. Protejam-nos de todo o mal que possa nos cercar.

Ela respirou fundo, dizendo a palavra que encerraria a reza.

— Amém.

Naquela noite, teve dificuldades para dormir.

O quarto ficava no segundo andar da residência, de modo que a janela situada acima da cama tinha a vista direcionada a um lago próximo. Para se distrair, contemplou a visão deserta do ambiente, pois nenhum animal passava por ali, com exceção das corujas e dos morcegos que viviam nas árvores ao redor. Além do barulho causado por estes, estava em um silêncio profundo.

Um momento de reflexão e calma, ao contrário do restante do dia. Hazel pensava na morte de Lothar, que os tirara da zona de conforto, apesar de ser desejada por qualquer um que vivesse em Arroway. Mesmo que todos quisessem a queda do rei, no fundo não acreditavam que isso fosse factível de acontecer em algum dia.

“Pelo menos, estaremos livres para sempre daquele demônio. Charlotte poderá viver com um pouco de tranquilidade, sem a tormenta que esteve sofrendo por dezoito anos. Espero que Elliot permaneça com o mesmo espírito bondoso de quando era garoto, pois assim teremos um imenso período de paz.”

Ainda assim, algo a incomodava. Estariam Elliot e Charlotte dispostos a partir atrás do misterioso assassino ou não dariam importância ao fato, já que Lothar era odiado por todos? Afinal, um crime deveria ser descoberto, mas Hazel não sabia se queria isso.

 “Não me intrometerei em seus assuntos. Farão o que quiserem, com ou sem minha interferência. Devo ficar em silêncio e deixar que tomem suas próprias decisões. Ambos já são crescidos.”

...

Acordou assim que o veiculo parou de andar e a fez bater com a cabeça na parede de madeira. Homens violentamente abriram a porta, puxando algumas das escravas para fora. Quando um destes se dirigiu a ela, repetiu o que fez com as anteriores e perguntou seu nome.

— Hazel Arshaw. — ela respondeu, em seguida sendo tirada à força dali. Descobriu estar diante do palácio principal de Arroway, onde habitava a família real. As portas da carroça se fecharam e algumas pessoas, como as duas menininhas, continuaram lá dentro para serem levadas a outros lugares.

— Serão as novas trabalhadoras serviçais e responsáveis pela limpeza dos cômodos. Deverão obedecer sabiamente às ordens do rei e de seus filhos. Cometam qualquer desrespeito às autoridades e serão punidas com severos castigos, podendo ser mortas. Está entendido?

Hazel e as demais balançaram a cabeça positivamente. Nenhuma delas teve coragem de responder com o uso da voz, preferindo fazer um gesto que indicava sua compreensão diante da explicação.

Os guardas de Phillip Wildshade, que era o rei da época, conduziram-nas para dentro, indicando os locais em que dormiriam. Tratavam-se de quartos pequenos, com várias camas, onde se dividiriam e ficariam praticamente todas em um mesmo dormitório.

Nos dias que se seguiram, Hazel, sem alternativa, iniciou seu trabalho como empregada.

Os escravos não tinham direito a absolutamente nada além dos alimentos que sobravam das refeições e de camas malfeitas em aposentos que fediam a urina de rato. Nos dias de calor, o ambiente ficava insuportável e muitos dos escravizados não suportavam viver até o fim do verão, morrendo de sede ou sofrendo com o trabalho pesado em obras de construção.

Naquele mesmo ano, houve uma revolução em Hastryn do Sul, na qual esses humanos se rebelaram contra seus próprios senhores e os mataram, incendiando casas e fugindo para construções criadas nas florestas que circundavam as fortalezas e cidades. Fundaram sua própria cultura e costumes, movimento que inspirou os membros da sociedade nortenha a lutarem também, mesmo que fossem seus rivais politicamente. Devido às grandes mortes de cidadãos inocentes e membros da corte que não envolviam diretamente a família real, os escravos foram liberados pelos reis e, se conseguissem oportunidades, seriam trabalhadores comuns, assim como os outros.

Hazel, que era uma das preferidas de Philip, permaneceu como trabalhadora no castelo e ganhou um aposento pequeno para si, ao contrário de muitas outras que foram largadas nas ruas após a libertação. Agradeceu aos deuses pela sorte.

Tinha dezesseis anos, sendo nove mais velha que o príncipe Lothar. Tornaram-se bons amigos, às vezes brincando juntos ou até mesmo consolando a criança quando esta se lembrava da mãe morta. Hazel nunca soube exatamente o que causara a morte de Teresa, mas sentia grande comoção pelo príncipe e queria ajudá-lo como podia. Horace, o filho mais velho de Phillip, era mais afastado e andava com os próprios amigos, sem dar importância aos criados ou empregados. Apesar disso, era também educado e talvez fosse um bom rei no futuro.

— Por que você é tão boa? — perguntava Lothar, em um dos momentos nos quais passavam juntos, brincando ou correndo pelo castelo. — É diferente de muitas pessoas daqui, que se envolvem em fofocas e querem destruir umas às outras.

— Porque fui criada assim... Meus pais sempre foram fiéis aos deuses e bondosos com os outros, portanto, segui esse exemplo deixado por eles e cresci dessa maneira.

— Você parece a irmã mais velha que nunca cheguei a ter.

Era carinhoso, apesar de alguns períodos de surtos nervosos e explosões de loucura. Uma criança difícil de ser controlada, mas Hazel tinha noções de como lidar com ele. Entretanto, conforme foi crescendo, Lothar se tornou mais fechado e parecia não sentir mais a mesma ligação com ela, o que os afastou.

...

Na manhã seguinte, acompanhou Charlotte e Elliot até o Rosa Indomável. Foram à procura das meretrizes, dos prostitutos e da própria Evelyn, pois já estes haviam retornado a suas respectivas tarefas para manter o funcionamento do bordel e não irem à falência.

Foram atendidos por um garoto de cabelos pretos e olhos castanhos. Tinha uma aparência bonita e aparentava ser bastante novo. Hazel se chateava com o fato de muitos jovens necessitarem vender o próprio corpo para sobreviver em Hastryn e ainda serem desrespeitados pelos demais membros da sociedade. Eram poucos os que compreendiam as dificuldades passadas por essas pessoas.

— Bom dia! — ele os cumprimentou, empurrando para trás a porta semiaberta. Ele sorria de forma atraente e simpática, assim como deveria fazer a qualquer um que batesse ali. Entretanto, pelo fato de Charlotte e Elliot serem pessoas socialmente importantes, o tratamento era ainda melhor. — Sejam bem-vindos. No que podemos ajudá-los?

— Evelyn se encontra? — perguntou Elliot.

O rapaz não respondeu de imediato, pedindo para entrarem e se sentarem diante de uma das mesas do salão, que estava vazio naquela manhã. A garçonete veio carregando uma bandeja com três xícaras de café, uma para cada.

— Desde que aconteceu a batalha na cidade, vimos Evelyn apenas uma vez. Estava saindo daqui, acompanhada de Thomas, para encontrar um lugar seguro para todos nós.

Elliot e Charlotte se entreolharam e o novo rei, após beber um pouco do líquido despejado no recipiente circular presente em suas mãos, fez mais perguntas.

— E ela conseguiu?

— Não! Tanto que, quando a rainha veio procurá-la, Evelyn ainda não tinha retornado. Katherine ordenou que fôssemos até o castelo para sermos protegidos junto com os outros e nós obedecemos. Depois disso, não vimos mais nenhuma das duas irmãs.

— Foi esse o momento em que Katherine morreu... — concluiu Charlotte, ordenando os fatos em sua mente. Hazel concordou com suas palavras e ficou pensativa, tendo problemas para acreditar totalmente nas palavras do prostituto. Para a ama, ele estava propositalmente deixando de contar algo. Entretanto, não podia acusá-lo sem provas e o ouviria do início ao fim, somente depois revelando sua opinião para a filha adotiva.

Charlotte falou novamente.

— Não vimos o corpo de Evelyn entre os mortos, pois fizemos questão de reconhecer os que ainda fossem possíveis. Nem o de Thomas, que é um dos soldados do rei. Das duas, uma: foram mortos carbonizados a ponto de seus cadáveres se tornarem irreconhecíveis ou estão vivos e ainda não retornaram.

— Essa história não faz sentido! — protestou Elliot, inconformado com as informações recebidas até então. Hazel ficou aliviada pelo rei ter o mesmo pensamento que ela, sem que precisasse se pronunciar para que isso ocorresse. — É impossível que tenham desaparecido de uma hora para a outra!

...

Treze anos depois, quando estava perto de completar trinta, Hazel Arshaw foi pedida em casamento por Aiden, o grande bibliotecário da cidade. Ambos se apaixonaram um pelo outro havia um tempo, mas se tornaram namorados recentemente. A notícia do futuro matrimônio agradou o Rei Phillip, quando chegou a seus ouvidos.

— Cedo minhas bênçãos ao casal! — Ele deu um beijo no rosto da moça e um abraço no noivo. — Espero que sejam muitos felizes e tenham uma família bonita, repleta de crianças fortes!

— Obrigada por tudo, Sua Majestade! — Hazel se abaixou e fez uma reverência respeitosa a Phillip. Em seguida, deixaram o salão e foram para os jardins, para sentir um pouco o ar fresco.

— Pensei que o rei não fosse me aceitar...

— Ele é um homem bom. Apesar do tratamento recebido pelos escravos, nunca fui desrespeitada em sua corte, e pude continuar aqui depois de sermos libertados. Quer maior prova de bondade do que esta?

— É verdade. — Andavam de mãos dadas, sentindo as energias fortes vindas da natureza ao redor. O vento, os pássaros cantando... — Estou tão feliz. Iniciaremos uma nova etapa juntos!

O casamento aconteceu rápido e sem cerimônias longas. Apenas uma reunião no templo, na presença de um sacerdote religioso e poucos convidados, que eram Phillip, Horace, Lothar e alguns amigos de Aiden, pois os pais do noivo já tinham partido para o mundo dos mortos.

Mesmo assim, havia sido um dia inesquecível na vida do casal.

Um dos únicos.

Poucos meses depois, Horace Wildshade foi envenenado e uma guerra se iniciou novamente entre os continentes norte e sul, pois os Prince foram os acusados de cometerem o crime. Para conseguirem enfrentar frente-a-frente o poderoso exército sulista que se mantinha escondido e em treinamento até quando fossem necessários conflitos armados, Lothar e Phillip precisariam de toda a mão-de-guerra possível.

Nesse contexto, o príncipe desceu as escadarias e foi até o aposento em que o casal dormia. Era o fim da madrugada e o início da manhã, de um dia que aparentemente seria longo.

— Há algo que quero dizer.

Hazel e Aiden se prepararam mentalmente para ouvir a notícia, que não parecia ser boa. Os dois ainda estavam com suas respectivas vestimentas utilizadas para dormir, pois não tiveram tempo de trocá-las antes de permitir que Lothar entrasse.

— Aiden terá que vir à guerra conosco.

Eles se entreolharam e depois direcionaram um mesmo olhar assustado ao príncipe, sem acreditar nas palavras que acabaram de ser ditas pelo homem.

— Estamos mandando qualquer um que não seja deficiente físico nos acompanhar, pois assim teremos maiores chances de vencer e evitar mortes de nossos aliados.

— Mas ele não está treinado! — Todos sabiam da história de Aiden. Alguns indivíduos pertencentes ao sexo masculino descobriam potencial para outras tarefas que não envolvessem combates físicos. Esse era o caso de Aiden. — Por favor, poupe meu marido!

Lothar fechou os olhos e respirou fundo, mas não mudou de ideia. 

— Amanhã, nos encontre na sala do trono!

— Não! — Ela gritava, aflita, mas o príncipe fingiu não ter ouvido e deixou o ambiente, tornando pesado o clima anteriormente calmo e tranquilo. Hazel se sentou sobre a cama, trêmula. Em silêncio, o marido a abraçou e beijou sua barriga que crescia aos poucos. Hazel estava esperando seu primeiro filho e Lothar sabia disso.

— Se for da vontade dos deuses, voltarei desse conflito de pé e criaremos o nosso bebê da melhor maneira. Não tenha medo e acredite que teremos as melhores oportunidades possíveis, está bem?

Hazel assentiu.

— Caso isso não venha a acontecer, quero que pense nas boas lembranças e conte histórias boas a ele ou ela. Faça a criança crescer sem mágoas e com um bom coração.

— Não se preocupe com isso. Apenas... volte!

Aiden não voltou.

Por conta disso, Hazel adquirira ódio por aquele que outrora amara como irmão. A partir daquela época, mantinha apenas sentimentos negativos pelo herdeiro dos Wildshade. Ódio, repulsa, nojo, mágoas. Ela temia verdadeiramente o tempo em que o príncipe seria responsável pelo governo do trono.

Lothar tinha seus momentos de bondade, mas todos por causa da amada Lucy. Se não fosse por isso, seria completamente perverso e poderia ter matado Hazel em qualquer discussão que tivessem ou quando motivado por coisas simples. Não existiam limites para o rapaz.

A gravidez de Hazel foi até o fim, mas a criança, poucos minutos após o nascimento, parou de respirar e faleceu. Aproveitando do leite que ainda tinha, Hazel serviu como ama de leite para outras crianças no castelo, desde filhos de mulheres cujas mamas não tinham capacidade produtora a filhos de falecidas. Havia sido uma ordem do Rei Lothar, que sentara no trono após a partida do pai.

Um fato trágico a trouxe uma função maior. A morte da Rainha Lucy fez com que Hazel se tornasse aquela que forneceria alimento para a nova princesinha.

Entrou no quarto, em aflição, sem saber como lidaria com a filha de alguém que tanto odiava. Tinha medo de odiar uma criança que não era responsável por nada do que seu parente tinha cometido, pois alguns sentimentos aconteciam de forma inexplicável. Entretanto, assim que viu Charlotte, com seus cabelos louros quase brancos e olhos brilhantes, conseguiu se esquecer um pouco da dor que a torturava e sorriu, encantada.

— Oh, minha linda, venha cá! — Ela a carregou e, aos poucos, foi surgindo um laço entre Charlotte e Hazel que cresceu ainda mais no decorrer dos anos. Um grande exemplo de que pessoas que não eram do mesmo sangue poderiam se tornar uma família.

...

— Elliot está certo — disse Hazel, finalmente tomada com a coragem necessária. — Ou ele está nos enganando, ou está deixando algum fato passar.

— Por favor, peço que nos conte a história completa. — Elliot disse mais uma vez, com as mãos tremendo. Hazel sentiu medo do que o rei poderia fazer estando furioso. Seria ele uma espécie menos cruel de Lothar Wildshade? Ela esperava que não. — Charlotte, o que pensa a respeito disso?

— Ele está escondendo alguma coisa. Sei quando as pessoas mentem para mim. Percebo isso desde que sou pequena, pois vivi em um ambiente de fofocas e confusões causadas por pessoas maldosas e calculistas.

Elliot se virou para o prostituto, que começava a suar. Ao que parecia, realmente não havia sido dita a versão completa do que sabiam. Ainda assim, hesitou em falar.

O rei, impaciente, cerrou os punhos e bateu sobre a mesa, em um gesto repentino que assustou a todos, até mesmo a Charlotte e Hazel. Irritado, olhou mais uma vez para o garoto.

— Eu ordeno que me diga agora! Onde está Evelyn Muirden?


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Fez sentido com a personalidade de Lothar e Hazel?
Como estão pra reta final? Empolgados?
Kero saber tudo u.u



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