Casamento Forçado escrita por Marie


Capítulo 8
Vamos tentar.


Notas iniciais do capítulo

Olá! Sei que demorei um pouco, mas as minhas aulas tinham começado e eu estava um pouco sem tempo. Bem, eu não sei sobre o capítulo, eu acho o começo um pouco chato e o final dramático, mas ele é meio que essencial na história, então aqui está o capítulo e vocês me dirão o que acharam.

Boa leitura.



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– Melissa. – ouço. – Acorde! – eu estava com muito sono para conseguir abrir os olhos. – Melissa! – dessa vez ouço um grito.

Levanto-me rapidamente ficando sentada na cama, eu estava deitada sobre o peito do Austin, olho para o lado e meu pai estava lá.

– Me explique que pouca vergonha é essa?! – ele continua gritando comigo. Austin acorda e assim que consegue perceber o que estava acontecendo, ele olha assustado para o meu pai e para mim.

– Tom, eu juro que não fizemos nada. – Austin diz, defendo-se.

– Não? Então me expliquem porque estão quase sem roupas deitados na mesma cama. Você não tem respeito por si mesma Melissa? – meu pai grita comigo.

– Pai, eu juro que não aconteceu nada. – levanto-me da cama e visto a minha blusa, eu já estava de short e sutiã.

Austin levanta em seguida e veste a camisa e a calça dele.

– Saia daqui agora, rapaz. – meu pai grita e se aproxima de Austin.

– Senhor Castilho, acredite nela, não aconteceu nada.

– Eu disse para você sair daqui! – Tom continua gritando com o Austin.

Sem se despedir, Austin sai do quarto quando termina de vestir a roupa. Por mais que não parecesse, não aconteceu nada além de beijos, mas também não foram simples beijos.

Depois que o Austin me beijou tudo começou a ficar mais quente. Ele, como sempre, sabia onde tocar e o que fazer, o que me levava a loucura. Eu também fiz mais coisas além de simplesmente beijá-lo. Mas não passou disso. Eu consegui controlar o Austin. Eu não achei que aquele era o momento certo para que eu perdesse a virgindade. Mas em compensação, fizemos muitas outras coisas.

– Cadê o seu respeito? – meu pai pergunta e segura meu braço me balançando. – Você não tem vergonha? – ele grita. – Você agora tem um noivo, Melissa. Não deveria nem abraçar aquele vagabundo mais, quem dirá dormir na mesma cama que ele depois de… - interrompo o meu pai.

– Nós não fizemos nada demais. – grito e puxo o meu braço. – Não vou mentir e dizer que não nos beijamos, mas não passamos disso. – meu pai balança a cabeça negativamente.

– E se o Noah tivesse subido? – meu pai pergunta. – Ele está lá em baixo te esperando para sair. – Tom se aproxima de mim. – E se eu tivesse deixado Noah subir? Você acha que ele adivinharia que vocês não fizeram “nada demais”? – ele estava com raiva e sendo ignorante comigo. – Você estragaria tudo, Melissa.

Tudo bem, saber que o Noah estava no andar de baixo e que ele ia subir deixou tudo mais tenso. Primeiro que ele vai ver o Austin saindo. Segundo que ele provavelmente ouviu alguns gritos. E terceiro que ele não é idiota e provavelmente imaginará os motivos.

Não respondo o meu pai. Eu sabia que estava errada. Não deveria ter deixado nem o beijo começar, mas eu precisava “despedir-me” do Austin de uma forma especial.

– Arrume-se e desça o mais rápido possível. Conversaremos depois. – meu pai sai do quarto e me deixa só.

– Droga! – grito e me jogo na cama lamentando por tudo aquilo.

Eu sabia que eu estava errada, então nem discuti. Certo que isso não passa de um casamento falso, mas se o Noah comentar sobre isso com o pai dele, e se por acaso a mãe dele ficar sabendo… destruiria tudo.

Eu queria me livrar do casamento, mas não no final ficar difamada. Então eu prefiro acabar de um jeito saudável.

[...]

Eu havia me esquecido que marquei de ir escolher o terno com o Noah. Nós sabíamos que normalmente a mãe do noivo ia, ou até os amigos, mas como era tudo uma farsa, não nos incomodavam as supertições, principalmente as com o vestido.

Termino de me arrumar. Coloquei uma calça colada e uma blusa um pouco decotada. Por sorte não ficaram marcas de nada relacionado à noite passada. Então não me preocupei com isso. Passei um pouco de maquiagem e desci.

Noah estava na sala conversando com o meu pai e a minha mãe que pela aparência tinha acabado de acordar. Assim que ele me vê, levanta e vem em minha direção me abraçar. Correspondo.

Trocamos alguns olhares, ele deveria saber o porquê que o Austin estava aqui, mas eu daria desculpas depois. Ele aproxima o seu rosto do meu, até pensei que daria um beijo na minha boca, mas acabou sendo na bochecha.

Ele devia estar desconfiado de alguma coisa.

– Oi! – digo.

– Oi! – ele responde e sorri. – Bem, ela já está pronta. Já vamos. – Noah diz olhando para os meus pais.

– Para onde vão? – minha mãe pergunta.

– Vou ajudar o Noah com algumas coisas do casamento. – respondo.

– Ah, tudo bem. – Lauren responde e sorri.

Meu pai me olha ainda com certa raiva, não digo nada, apenas saio de casa em silêncio com o Noah que também não diz nada até chegarmos ao carro.

Eu não estava arrependida de ter passado a noite com o Austin, só fiquei pensando na possibilidade do Noah nos ver na cama. Certo que eu já o vi na cama com uma mulher, mas foi antes de “oficializarmos” o casamento.

Noah ligou o carro e sem seguida o rádio, tocava uma música qualquer que eu não conhecia. Ainda não havíamos conversado e como estava me incomodando, decido falar com ele.

– Tudo bem? – pergunto. Ele me olha rápido.

– Sim. – Noah responde. – Conhece alguma loja boa de ternos?

– Tem uma no centro da cidade, podemos ir lá. – respondo e Noah concorda.

Música acaba, outra música vem e Noah ainda não tinha perguntado nada sobre o Austin. Estou começando a achar que ele não viu o Austin saindo do meu quarto. O que é bom.

– O que aquele seu amigo estava fazendo lá? – Noah pergunta me tirando do transe.

E com isso comprovo que não devemos mesmo cantar vitoria antes da hora.

– Ah, você o viu. – respondo.

– É, eu estava na sala quando ele foi embora. Ele dormiu lá?

Eu sabia que o Noah não se importaria muito com isso, mas essa situação acaba sendo um pouco hipócrita para quem disse que quer ser respeitada e não ver o noivo com outra mulher. Noah, com certeza, algum dia daria o troco. Mas eu também não me importo.

– Juro que não fizemos nada. – respondo quando paramos no sinal vermelho. Noah olha para mim e ri.

– Não foi isso que ele me disse. – ele responde e arqueia a sobrancelha.

– Como assim? – pergunto e franzo o cenho.

O Austin não seria idiota a ponto de inventar uma história só para provocar o Noah. Se ele fez mesmo isso ele é desceu nos meus conceitos. Não há necessidade disso, mesmo que ele não saiba, o Noah não se importará. Ele deve achar que brigaremos e o casamento irá por água a baixo. Ótimo jeito de terminar.

– Ele me disse que vocês transaram, mas não diretamente. – Noah me responde. E com isso concluo que o Austin foi um verdadeiro idiota.

– O quê? – pergunto quase gritando. – Ele mentiu. – Noah ri. O motivo da risada era o que eu queria saber. – Juro eu não fizemos nada, só nos… beijamos.

Noah me encara e arqueia a sobrancelha, eu sabia o que viria a seguir.

– Do que você chama isso? – Noah questiona. – Porque eu chamo de relação aberta. – ele responde a própria pergunta.

Conversamos sobre isso na noite passada, e eu sabia que se durante o casamento eu não realizasse nenhum dos desejos sexuais do Noah, ele iria atrás de alguém para fazer. É claro que eu não pretendo ficar dois anos sem pelo menos beijar, mas eu prefiro que o tempo me surpreenda e cada coisa aconteça quando tiver que acontecer.

– Noah, me desculpe. Ele me beijou e eu não pude controlá-lo. – peço. Noah apenas assente.

– Está tudo bem. Só não faça isso quando nos casarmos. – Noah me responde e dou risada. Ele havia repetido o que eu disse para ele quando eu o encontrei no apartamento com outra mulher.

– Idiota! – digo e dou um soco no braço dele.

[...]

O resto do caminho, fomos conversando sobre diversas coisas, e depois de mais dez minutos no trânsito chegamos à loja de ternos.

Noah estaciona o carro e entramos. A loja não estava cheia, mas tinha alguns homens experimentando ternos.

– Bom dia, em que posso ajudar? – uma atendente perguntou quando se aproximou de nós.

Rapidamente olhei para o Noah e comprovei que ele estava distraído demais nos seios da mulher que estavam quase pulando para fora da blusa, para respondê-la. Então decidi responder por ele.

– Ternos para ele. – digo e seguro no braço do Noah, ele sai do transe.

– Ah, sim. Para mim. – ele responde e sorri para a Ashley. Nome que estava escrito no crachá dela. Ela se aproxima de Noah e tira algumas medidas dele com uma fita que tinha no bolso. Enquanto ela fazia o trabalho, Noah continuava a fitando como se estivesse vendo um paraíso. Bem, ele meio que estava.

– Podem esperar naquela sala ali. – Ashley aponta para uma cortina atrás de nós. – Eu já volto com os ternos.

– Eu posso ir com você? – Noah pergunta. Revira os olhos. Ashley cora um pouco.

– Não, você não pode. – respondo e puxo o Noah para a sala que ela havia dito.

Atrás da cortina tinha um pequeno cômodo com paredes brancas e piso preto espelhado. Nas quatro paredes tinham espelhos enormes, dois sofás pequenos e um provador. Sem contar a mesa com alguns petiscos e café. Aquilo sim era uma loja de qualidade.

Noah senta em um sofá e eu me sento no outro. Ele fica alguns segundos encarando e eu arqueio a sobrancelha esperando que ele dissesse o que queria.

– O que foi? – pergunto depois que me estresso com o Noah me encarando.

– Ciúmes? – ele pergunta e sorri de canto.

– O quê? – digo e franzo o cenho.

– Você ficou toda incomodada comigo e a Ashley. – Noah fala e eu dou risada.

– Noah, como eu já cansei de te dizer que eu só quero que você aja como um marido fiel na frente de quem não sabe de nada. – respondo e ele assente.

– Ciúmes. – ele diz como se tivesse toda a razão do mundo. Apenas reviro os olhos e o ignoro.

Minutos depois a Ashley entra onde estávamos com uma caixa cheia de ternos. Ela tira um por um e põe em cima de uma mesa vazia que tinha lá.

– Vocês não me disseram preferência de cor, então eu trouxe vários. – ela diz sorrindo para nós. Noah levanta rapidamente e pega um dos ternos.

– Gostei desse. – ele diz. – O que você acha Ashley? – ele pergunta.

– Bonito. – ela responde.

– Vou experimentar. – Noah diz e se afasta um pouco dela.

Ele começa a tirar a blusa e o resto da roupa na frente de nós duas como se não tivesse um provador bem na frente dele. Era obvio que ele queria apenas me irritar e depois dizer que eu estava com ciúmes. Mas eu não sentia nem um pingo de ciúmes dele.

Ashley fica um pouco perplexa quando o vê tirando a roupa e vira de lado tentando não olhar, mas ela não conseguiu e algumas vezes admirava o Noah. Eu não disse nada, apenas fiquei sentada observando toda aquela cena patética do Noah ficando quase nu na frente de uma estranha.

Ele termina de vestir a roupa e se a aproxima da Ashley.

– Pode me ajudar com a gravata? – ele pergunta e ela assente um pouco envergonhada.

Depois que ficou pronto, ele se vira para o espelho e começa a se admirar fazendo algumas poses. Ashley ri.

– Seu amigo é uma graça. – ela diz e eu assinto.

– Meu noivo. – respondo como se não me importasse com aquilo, e eu realmente não me importava.

Ashley se afasta um pouco de Noah e vejo suas bochechas ficando um pouco rosada, ela era mesmo muito tímida. Corava por tudo.

– Desculpe-me. Eu não sabia. – ela pede.

– Tudo bem. – digo e sorrio.

Noah se vira para nós com o seu sorriso de lado e faz mais uma de suas poses ridículas.

– O que acham? – ele pergunta.

– Ótimo! – Ashley responde fazendo o trabalho dela. Até porque eu nunca vi nenhum atendente dizendo que uma roupa ficou feia em um cliente.

– Por mim tanto faz. – respondo.

– Então eu quero esse. – ele diz olhando para Ashley e logo se aproximando dela e dando aquela olhada.

– Então eu vou fazer a nota. Já pode tirar o terno. – ela diz e dá as costas saindo de lá.

Depois de um tempo Noah experimentou mais dois ternos, mas preferiu ficar com o primeiro. Claro que ele ficou dando em cima da Ashley, ela tentava ignorar e fingia que não gostava, eu via pelas reações dela que ela estava gostando. Qualquer mulher gostaria de ser assediada pelo Noah, não vou mentir.

[...]

Tive que aturar por mais uns cinco minutos o Noah flertando com a Ashley. Claro que ele não era totalmente direto, só fazia algumas piadas com duplo sentido e fingia que eu não estava lá.

Eu não devia, mas me irritei. Porque eu havia dito para a Ashley que ele era meu noivo. Ela deve pensar que eu sou uma idiota que sou traída todos os dias. Se eu não controlar o Noah, é isso que eu serei.

Quando saímos da loja fomos direto para uma sorveteria, enquanto víamos o Noah não seu deu o trabalho de conversar. Também não fiz questão. Pegamos o nosso sorvete, ele pagou, e sentamos em uma mesa do lado de fora da loja.

– Eu sou um idiota, não sou? – Noah pergunta olhando para mim.

– Acho muito legal quando as pessoas reconhecem os seus próprios defeitos. – respondo e Noah ri.

– Me desculpe por toda aquela cena. Eu só queria ver como você reagiria. – ele diz.

– E qual é o resultado da sua “analise” final? – pergunto fazendo as aspas no ar.

– Você quer que eu não importe quando acontece algo com você e algum amigo, mas se importa quando eu flerto com alguma mulher e te “desrespeito”. – Noah responde.

Aquilo não era verdade. Noah estava louco. Eu havia explicado o que aconteceu comigo e com o Austin, e como ele agiu parecia que estava tudo bem. Está certo que eu não quero uma relação aberta, mas pelo menos o que eu fiz, fiz sozinha com o Austin, e não com o Noah vendo.

– Você é tão cara de pau. – digo. – Se pelo menos você fizesse todo aquele charme para a Ashley quando eu não tivesse com você e eu não tivesse dito que você era o meu noivo, estava tudo bem. Mas acontece que você tem pensar duas vezes antes de agir como um idiota e parar sair dando em cima de todas as mulheres que vem na sua frente quando está comigo. – falo tudo quase gritando. – Eu odeio esse casamento! – digo por fim e levanto.

Eu queria ir embora. O Noah já havia me estressado demais para apenas um passeio. Ele fez tudo aquilo só para “descontar” o que aconteceu comigo e com o Austin. Ele não podia ser mais idiota. Eu passei por uma tapada na frente da Ashley e ele continuou dando em cima dela.

É claro que eu não podia ir embora. O idiota tinha que vim atrás de mim.

– Melissa, por favor. – ele diz e segura meu braço me impedindo de sair. – Desculpa tá. Eu falei sem pensar. – ele continua. – Eu sei que você não gosta do que está acontecendo, tão pouco eu. Eu sou desse jeito. Gosto de sair com várias mulheres, de ir às festas e beber. Se acha que está sendo fácil para eu abrir mão de tudo isso por causa desse casamento só para ajudar a sua mãe, não é. – ele completa. Puxo meu braço e me afasto.

– Você não é obrigado a ajudar a minha mãe, muito menos eu. Se não quer casar, diga para a sua mãe e ela acabará com tudo isso. Fácil. – respondo-o e dou as costas indo embora. Ele não vem atrás de mim dessa vez. Mas também não era preciso.

[...]

Chego à porta da minha casa e logo me dou conta que esqueci a minha bolsa com a chave no carro do Noah. Bato à porta algumas vezes, mas ninguém atende.

Continuo batendo, mas ninguém atendia. Quando desisto, ouço uma buzina e olho para trás. Era o Noah. Reviro os olhos. Ele sai do carro e vem até mim com a bolsa na mão.

Ele se aproxima de mim e me entrega a bolsa, eu iria me virar para abrir a porta, mas ele segura meu braço e me puxa de volta.

– Desculpa! – ele pede. Não respondo, ele suspira. – Melissa, eu realmente não quero ter um casamento conturbado. Eu não quero brigar com você todos os dias por coisas idiotas. Eu sei que eu agi errado, mas eu pensei que você não se importaria. Não sentimos nada pelo outro. – ele completa.

– Não se trata de que eu não me importo com o que você faz Noah. Eu errei também, eu fiquei com o Austin. Mas por mais que a gente não se gosta como deveríamos para um casamento de verdade, eu vou te respeitar e espero que me respeite também. – respondo e ele assente.

– Poderíamos tentar. – ele diz, franzo o cenho. – Tentar algo entre nós dois. – ele sugere.

– Não sei. – respondo.

– Durante a lua de mel quando estivermos longe de todo mundo, sem pressão e sem precisar fingir. Vamos nos conhecer do jeito certo e ver se algo acontece. O que você acha? – Noah pergunta.

Não era uma péssima ideia, poderíamos mesmo tentar algo. Eu não pretendia passar dois anos brigando com o Noah porque ele deu em cima de outras mulheres, então eu não vejo mal nenhum nisso.

– Tá! – respondo. – Sem pressão e sem precisar fingir. – repito o que ele diz. – Vamos tentar. – digo e Noah sorri do jeito safado dele.

Não vou mentir que eu achava sexy. Mas nada que me deixasse totalmente encantada.

– Então tá. Até amanhã. – ele diz e se aproxima de mim, provavelmente para dar um beijo. E se fosse mesmo aquilo que ele queria, eu não iria impedi-lo dessa vez.

Ele já estava a uma distância pequena do meu rosto, e logo sinto seus lábios tocando os meus, fechos os olhos e deixo o beijo acontecer.

Era um beijo calmo. Noah colocou a mão no meu pescoço e deu uma leve puxada nos meus cabelos. Ele já devia ter descoberto que era um ponto fraco. Logo a mão desce para a minha cintura e ele a aperta devagar como se quisesse que eu me aproximasse dele, faço isso.

O beijo estava bom, mas foi interrompido quando ouvimos alguns gritos vindos de dentro de casa. Separamos-nos rapidamente e automaticamente fomos para a porta. Pego a chave e entro. Noah vinha atrás de mim.

Era meu pai que gritava pelo nome da minha mãe.

– Mãe. – gritei e tentei ouvir de onde vinha à voz do meu pai. Era do corredor onde ficava o banheiro. – Pai! – falei mais alto e fui até ele.

Ele batia na porta e gritava pela minha mãe.

– Cadê ela? – perguntei gritando.

– Ela se trancou no banheiro há uns dez minutos e não quer abrir. – ele disse um pouco desesperado.

– Ela estava passando mal? – Noah pergunta.

– Eu não sei. – meu pai responde. – Ela disse que ia ao banheiro e se trancou. Ela nunca se tranca.

– Mãe. – gritei quase chorando e bati na porta. – Mãe, por favor, responde. – continuei gritando e logo uma lágrima caiu dos meus olhos quando comecei a imaginar o pior.

Sinto a mão do Noah segurando a minha cintura e me puxando para trás.

– Eu vou dar um jeito. – ele diz e pede para eu e o meu pai nos afastarmos.

Abraço o meu pai que estava suado, provavelmente ele tentou arrombar a porta e cansou. O abracei e chorei mais um pouco.

– Eu vou derrubar. – Noah diz e se afasta da porta.

Ele corre e bate com tudo na porta, mas não abre. Ele reclama um pouco da dor e tenta mais uma vez. Ele se afasta e novamente corre se colidindo com a porta.

Dessa vez funcionou e a porta abriu.

– Lauren. – ele diz e parou um segundo olhando perplexo para dentro do banheiro. Meu pai e eu corremos até a porta do banheiro.

Minha mãe estava caída no chão com sangue pelo rosto, roupa e um pouco por cada canto do banheiro. Vê-la daquele jeito não me fez bem. Senti como se um buraco tivesse sido aberto embaixo dos meus pés.

– Mãe. – eu gritei e ia pra dentro do banheiro, mas Noah me segurou e o meu pai entrou. – Minha mãe. – comecei a chorar. – Mãe.

Tudo ao meu redor começou a girar, vê-la como estava me abalou, meu corpo ficou frágil e minha vista começou a ficar escura.

Não sei mais o que aconteceu. Só me senti caindo e provavelmente o Noah me segurando.


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Notas finais do capítulo

Eu disse que estava um pouco dramático esse final, mas espero que tenham gostado, porque eu estou totalmente sem imaginação para tentar rescrevê-lo.

Então me digam o que acharam. Lauren passar mal. Austin ter dito aquilo para o Noah. Noah e Melissa vão começar a tentar algo. Há várias coisas, sem desculpas para não comentar, hein leitores fantasmas e.e
De olho em vocês.

Bem, obrigada a todos que estão acompanhado e comentando sempre.
Até o próximo, que será narrado pelo Noah, haha. Beijos.



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