Casamento Forçado escrita por Marie


Capítulo 35


Notas iniciais do capítulo

Olá! Alguém aqui ainda lembra de mim? Do Noah? Da Melissa?

Sinto muito pela demora, eu juro que não foi por querer e nem mesmo falta de tempo, o problema foi que eu não estava/estou conseguindo fazer o final dessa história. Já está planejado, porém, não sai dos planos e por isso estou com dificuldade para escrever os capítulos, mas até o momento, ainda teremos uma segunda temporada e provavelmente só mais cinco capítulos para o final.

Algum erro no capítulo, por favor, me falem. Eu estou com preguiça de revisar kkk.

Boa leitura.



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Acordo sentindo dores na barriga. Rapidamente levanto-me da cama, mas com cuidado para não acordar o Noah e vou direto ao banheiro, assim que chego apoio-me na pia e respiro fundo algumas vezes.

Sentir dores havia se tornado algo normal desde que descobri sobre a gravidez. Noah estava me obrigando a fazer exames sempre. Desde que eu soube que a gravidez é de risco e com tudo que sinto, fico pessimista quando penso se um dia poderei ter o bebê com vida nos meus braços. Havia tantos problemas em só uma gravidez, que eu não conseguia ser positiva. Só em pensar que eu posso perder a criança em um aborto espontâneo ou se ela vier a nascer pode vir com alguma má formação, não conseguia ficar feliz para seguir com isso, mas eu continuava por causa do Noah, com tudo que eu estava sentindo e com tudo que pode acontecer, eu preferiria desistir a sofrer mais tarde, mas ele estava sendo positivo e de certa forma, me influenciava em continuar.

Saio do banheiro depois de fazer a minha higiene e vejo que Noah ainda estava dormindo, o que era bom, já que ele começaria a me fazer muitas perguntas se tivesse me visto indo correndo ao banheiro.

Vou direto a cozinha, cozinhar havia se tornado uma das coisas que me deixava menos estressada e preocupada, então eu estava sempre cozinhando. Pego os ingredientes que eu precisaria para fazer as panquecas e os coloco em cima do balcão. Em pouco tempo, eu já havia feito dez panquecas que, com certeza, metade iria para o lixo.

— Bom dia, meu amor. – ouço a voz do Noah e olho para trás, ele tinha acabado de entrar na cozinha e vem em minha direção, beijando minha testa assim que está próximo de mim.

— Bom dia. – respondo e ele me fita, a curiosidade estava explicita, em seguida ele olha para as panquecas e volta seu olhar para mim.

— Está estressada? – ele pergunta e eu sorrio.

— Acordei inspirada, eu diria. – respondo e ele sorri.

— Tudo bem, mas já chega de panqueca. – Noah segura as minhas mãos, tirando-as da panela e desliga o fogão. – Nem vamos comer tudo isso.

— Eu sei. – respondo e afasto-me do fogão.

Noah me fita, ainda com um pouco de curiosidade. Eu sabia que ele me faria perguntas, ele sempre sabia quando eu não estava de bom humor, ou quando eu estava preocupada com algo, eu não ficava tão desanimada nas manhãs, mas eu estava. Não tinha um motivo ao certo, eu só não estava feliz como costumava ficar, talvez seja só cansaço.

— O que você tem? – Noah pergunta e se aproxima de mim, tocando meu rosto e o acariciando em seguida.

— Não sei. – respondo e ele continua me fitando, esperando por uma resposta mais especifica. – Eu só estou triste, Noah. – digo o que ele queria ouvir, mas sua cara não era de satisfeito. – Eu só estou cansada… talvez seja saudades, preocupação, cansada de ficar todos os dias olhando para essas paredes sem puder fazer nada que eu quero por causa dessa criança… eu não sei. – respiro fundo, segurando as lágrimas. – Só estou em um dia ruim, nada demais. – afasto-me do Noah e começo a arrumar a mesa.

— Não culpe o bebê. – Noah diz e o fito, um pouco irritada.

Ouvir aquilo havia me deixado com raiva. Não que o bebê fosse mesmo o culpado de tudo que estava acontecendo, mas eu não conseguia pensar desse jeito a todos os momentos, o que deixava o Noah irritado sempre que eu falava algo da criança.

— Tente carregar uma criança que está te fazendo mal ao mesmo tempo em que você faz mal a ela e depois diga algo. – respondo sem ao menos perceber que eu estava sendo ignorante e logo mudo minha postura ao ver que Noah não havia gostado do que ouviu. – Desculpe! – peço. – Como eu disse, hoje é um dia ruim. – volto a arrumar a mesa e vejo Noah se aproximar, ele segura os meus braços e me faz virar para ele.

Noah não diz nada, olha nos meus olhos e em seguida me puxa para um abraço. Eu sabia que ele não conseguia dizer o que queria, mas com o abraço dele eu podia sentir que ele queria o meu bem e que tudo desse certo, era o que ele sempre falava e demonstrava. Eu amava quando ele me abraçava desse jeito, era confortante saber que eu tinha alguém como o Noah ao meu lado.

— Eu te amo. – Noah sussurra e me aperta mais um pouco contra seu corpo. – Não importa o que aconteça… você é e sempre será a melhor coisa que já aconteceu comigo.

Noah sempre dizia as mesmas coisas. Era como se ele sentisse a necessidade de deixar claro o seu sentimento por mim e eu amava quando ele me tinha desse jeito. Ele sempre dizia que não sabia o que aconteceria com nós dois a qualquer dia que viesse, então, sempre gostava de deixar claro o que sentia.

Afastamo-nos pouco tempo depois e ele me fita novamente. Sorrio para ele, que sorri de volta para mim. Noah vai até a mesa e termina de colocar os pratos nos seus devidos lugares enquanto eu terminava de fazer o café.

Sentamos-nos à mesa e logo começamos a comer.

— Que delícia! – Noah diz ao colocar um pedaço da panqueca na boca. Sorrio e assinto.

— Eu sou ótima no que faço. – respondo.

— Eu sei muito bem disso. – Noah diz e eu reviro os olhos ao perceber que ele estava falando com certo duplo sentido.

Continuamos a tomar café enquanto conversávamos sobre coisas aleatórias, até que ouvi alguém bater à porta. Levantei-me da cadeira ao mesmo tempo que o Noah.

— Continue comendo, eu vou. – ele diz.

— Eu quase não faço nada, Noah. Volte a comer, atender a porta não vai me matar. – respondo e ele revira os olhos, sentando-se novamente. – Obrigada! – sorrio e dou as costas, indo à sala.

Ao abrir a porta me deparei com um entregador com uma pequena caixa nas mãos, o que era estranho, já que não costumávamos receber nada.

— Melissa Russel? – ele perguntou.

— Sim. – respondi, ainda sem entender a situação.

— Entrega para você, assine aqui. – ele me entrega a caixa com um papel em cima e me faz assinar no lugar onde deveria estar minha assinatura, assim que termino, ele pega o papel e logo dá as costas sem dizer mais nada, o que foi muito estranho.

Eu não estava esperando entrega de ninguém, até porque eu não tinha ninguém para me enviar presentes ou seja lá o que for, mas não consegui segurar a curiosidade e logo abri a caixa.

 Assustei-me quando vi as minhas joias que haviam sido roubadas na festa que aconteceu há meses na casa dos pais do Noah. Antes de ver qualquer coisa a mais que tinha naquela caixa, eu já sabia que quem havia mandado foi a Amy.

Peguei as joias e as coloquei em cima da mesa no centro da sala e em seguida, peguei o papel que estava logo em baixo delas.

“Já que insiste, vamos começar…”. Dizia o bilhete e logo abaixo estava a assinatura da Amy.

Respirei fundo, tentando manter a calma.

Eu não conseguia entender e nem achar o porquê da Amy me odiar tanto a ponto de querer acabar com o meu casamento. Noah e eu iríamos de fato nos divorciarmos querendo ou não, mas não conseguia ver motivos para ela me querer ver longe do Noah. Eu nunca havia feito mal algum a ele e nem a ela. Amy só poderia mesmo ter algum problema, porque insistir em destruir algo que estava firme era burrice.

— Melissa? – ouço a voz do Noah e ele estava chegando à sala, o que me fez voltar à realidade e ver que eu fiquei muito tempo pensando na situação.

Escondi a caixa e me virei para a porta que o Noah entraria em poucos segundos.

— Por que a demora? Quem era? – Noah perguntou, olhando em volta.

— Nada, provavelmente os filhos do vizinho de cima, eles sempre fazem essa brincadeira. – respondo e vou até ele, que me fitava desconfiado. – Vamos voltar para a cozinha. – digo.

— Ok. – ele responde depois de um tempo e dá as costas, indo de volta para cozinha. O sigo.

Eu ainda não tinha tirado a ideia de conversar com a Amy da mente, por mais que o Noah deixou claro que era uma péssima escolha, eu não via outra forma de resolver esse problema que ela mesma havia criado. Sei que ela não é louca de verdade e com certeza entenderia se eu tentasse conversar com ela. Mesmo que ela fique me enviando essas “ameaças”, eu não me importava, sabia que precisava conversar com ela.

Sento-me novamente na cadeira que eu estava há poucos minutos e vejo Noah estalando os dedos, me tirando dos meus devaneios.

— O que foi? – pergunto e ele franze o cenho.

— Tem certeza de que não era ninguém? Eu ouvi a sua voz falando alguma coisa. – Noah diz e eu assinto.

Com certeza se eu dissesse a ele o que aconteceu de verdade, aí sim conversar com a Amy seria difícil, já que ele iria fazer de tudo para mantê-la longe de mim, e eu sabia que precisava fazer aquilo, por mais que fosse de certa fora… arriscado.

— Eu só estava brigando com os meninos, com certeza eles estavam escondidos pelos corredores. – respondo e Noah assente.

Voltamos a comer e Noah não me pergunta mais nada, o que era bom já que eu não gostava de ficar mentindo para ele, se bem que nesse caso era preciso, já que ele me impediria de fazer o que eu quero.

[...]

Noah escolheu não trabalhar, ele estava cansado de tantos trabalhos que ele tinha que fazer e decidiu tirar o dia de folga, mas também usá-lo para decidir o que faria da vida, já que estava indeciso se continuava ou não na empresa do pai. A faculdade começaria em poucas semanas e ele não tinha mais tanto tempo para decidir o que iria fazer.

Eu havia acabado de sair do banho e em poucos minutos me vesti, indo a sala em seguida, que era onde o Noah estava… mas claro, escondi direito a caixa e o bilhete que a Amy havia mandado.

Assim que chego, vejo Noah indo até a porta e a abrindo em seguida. Seu pai e o advogado que já havia estado ali entram e eu ando mais rápido, aproximando-me deles.

— Bom dia. – digo e os três olham para mim.

— Bom dia. – Peter e Fred, o advogado, respondem.

— O que vieram fazer aqui? – Noah pergunta.

— O divórcio será agora, não temos mais tempo para isso. – Peter responde e pega o papel que estava na mão do Fred, entregando um para cada um de nós.

— Sentem-se. – Noah diz e assim eles fazem, indo para o sofá em seguida.

Eu sabia que aquele dia iria chegar, mas não que fosse algo que me deixaria triste depois que acontecesse, era algo que sabíamos que iria acontecer desde o começo e Noah e eu não estávamos preocupados com o que iria vir, iríamos continuar juntos depois de assinarmos um papel que não dizia nada para nós dois.

— Não precisam fazer nada além de assinarem. – Fred diz, fazendo-nos olhar para ele. Já estávamos todos sentados e com as canetas em mãos. – Nesse divorcio não conta a divisão de bens materiais e já que pretendem ficar juntos, isso não é problema. – ele completa.

— Não pretendemos. – Noah diz e eu olho para ele. – Vamos ficar. – ele diz isso olhando para o pai, que não expressa nenhuma reação. Fred sorri e estende a sua mão, sinal para continuarmos e assinarmos. – Como funciona o casamento civil? – Noah pergunta, o que me deixou aliviada, já que pensei que ele estaria desistindo.

— Primeiro vocês precisam fazer um pedido de habilitação do casamento, precisam ir ao cartório e terão que provar que vocês estão solteiros levando todos os documentos. – Fred nos explica o que precisávamos fazer para nos casarmos novamente.  - Isso pode demorar até um mês, se tiverem sorte talvez demore vinte dias, mas depois é só agendarem a data para o casamento e pronto, estarão casados novamente. – ele termina de falar e fito o Noah, que estava sorrindo e eu sorri também.

— Certo! – Noah diz e assina o papel, entregando ao Fred, que olha para mim em seguida.

Dou uma lida rápida no papel, mas não tinha nada que nos comprometesse escrito ali, sendo assim, assinei sem me preocupar. Peter sorriu ao terminarmos e se levantou.

— Perante a lei, vocês estão divorciados. – Peter diz ao se aproximar de nós. – Mas sabem que eu quero que fiquem juntos. – ele caminha pela sala indo em direção a uma poltrona e se senta em seguida. – Como está o bebê, Melissa? – ele pergunta.

— Vivo. – respondo e ele arqueia uma sobrancelha. – Se está bem, eu já não sei. - digo e percebo que Noah havia me fitado e, com certeza, não estava nada feliz com a minha resposta.

— Ele está bem sim. – Noah responde. – Porém, já estão cansados de saber que é uma gravidez de risco então tudo é incerto. – Peter assente e se levanta novamente.

— Espero que eu possa conhecer essa criança. – ele diz e anda até a porta. – Vamos Fred? – ele pergunta depois de ver que o advogado já havia arrumado as coisas.

— Até mais! – Fred diz quando passa por nós e vai direto para a porta, que era onde o Peter estava.

— Fiquem bem! – Peter diz antes de sair do apartamento.

Pelo jeito ele não queria nada mais do que a nossa assinatura para se livrar de ter que pagar uma multa enorme por ter quebrado um contrato. Sentia-me melhor ao saber que depois disso, não tínhamos mais um papel que mandava no que queríamos para nós dois, estávamos livres e poderíamos fazer o que quiséssemos.

— Olá, meu ex-marido. – digo e Noah ri, aproximando-se de mim.

— Sabe? Já estou com saudades de quando éramos casados. – ele toca meu rosto e aproxima o seu para me beijar. – Poderíamos nos relembrar dos velhos tempos, caso você queira. – ele diz, abrindo um sorriso divertido e malicioso em seguida.

— Eu quero e muito. – respondo, puxando-o pela gola a camisa e o beijo.

Noah rapidamente envolve seus braços ao redor da minha cintura e me puxa para mais perto, deixando nossos corpos sem nenhum espaço entre eles. O beijo não estava calmo, nós dois estávamos nos beijando como se estivéssemos mesmo há muito tempo sem ter o outro. Noah caminha para frente e eu dou passos para trás, caindo no sofá em seguida, Noah continua de pé e me fita de cima, abaixando-se e começando a desabotoar o meu short.

Quando estava perto de tirá-lo, ouvimos a porta sendo aberta e eu rapidamente conserto o meu short e o Noah se senta no sofá, colocando uma almofada sobre seu colo. Olhamos para a porta e meu pai havia acabado de entrar.

— Merda! – Noah sussurra e eu me controlo para não rir.

Tom finalmente nos olha e franze o cenho, não entendendo porque estávamos o fitando daquele jeito.

O meu pai iria se mudar em um dia. Havíamos encontrado um apartamento bom e barato para ele e ainda era próximo do nosso, o que eu sempre quis que acontecesse, já que eu não queria mais ficar longe dele.

— Amanhã eu vou embora, poderão fazer o que quiserem. – Tom diz depois de um tempo em silêncio e sorri, mas eu senti que não era verdadeiro… poucos sorrisos que ele vinha dando eram verdadeiros.

Para ele ainda estava difícil aceitar a morte da minha mãe, continuava triste e mal se comunicava com ninguém além do Noah e eu. Não diria que foi fácil para que eu aceitasse a situação, porque não foi. Mas acabei me conformando e deixando que a dor virasse saudade e depois lembrança, coisa que aconteceu mais rápido do que esperado, mas eu dava total crédito ao Noah, que foi quem me ajudou a superar tudo isso de uma forma rápida, mas eu ainda sentia falta dela e sabia que isso nunca passaria, sempre terá um espaço vazio no meu coração que pertencia a ela e ninguém substituirá.

Noah e eu não os respondemos, porque seria estranho confirmar que estávamos mesmo tentando fazer alguma coisa e ele nos atrapalhou.

— Eu estou indo para o quarto. – ele diz depois de ver que não iríamos dizer nada e dá as costas.

— Pai, eu preciso… - eu iria falar com ele sobre o apartamento, mas ele não permitiu.

— Melissa, eu preciso ficar sozinho. – ele diz e some no corredor, não deixando eu terminar de falar.

Viro-me para o Noah, que entendia muito bem a situação, o que o deixava triste também, já que certa forma ele também tentava ajudar o meu pai, mas ele sempre recusava ajuda, dizendo que superaria com o tempo.

— Ele vai ficar bem. – Noah diz, levantando-se e vindo em minha direção.

— Eu espero que isso aconteça logo, já faz tempo e ele continua assim, eu estou ficando preocupada, Noah. – respondo e ele assente.

— Eu entendo a sua preocupação, mas dê mais tempo, é difícil.

Eu sabia que era difícil, porque eu também havia passado por aquilo e de uma certa forma ainda estava passando, mas a situação que o meu pai se encontrava era deprimente e preocupante, parecia que ele nunca se recuperaria, porque a cada dia ele só piorava.

— Vamos para o quarto. – Noah diz, colocando os braços ao redor ao meu corpo e me fazendo caminhar com ele até o quarto, assim que chegamos, ele me coloca sentada na cama e tira a camisa. – Vou tomar um banho, quer ir comigo? – ele pergunta.

— Não, acabei de tomar um. – respondo e ele assente.

— Tudo bem! – ele responde e se abaixa, depositando um beijo delicado nos meus lábios em seguida.

Noah vai ao banheiro e logo ouço o barulho do chuveiro. Deito-me à cama e respiro fundo, começando a pensar em tudo que já havia acontecido e tentando saber o que aconteceria depois, mas obviamente e infelizmente, eu não podia saber o que iria acontecer com nós dois e mais ninguém.

Saio dos meus devaneios ao ouvir meu celular tocando. Ele estava sobre o criado-mudo e assim que o peguei, vi que era um número desconhecido, atendi sem hesitar.

— Alô? – digo ao atender.

Gostou dos meus presentes? Achei que estava na hora de devolver.— ouço a voz da Amy e levanto-me rapidamente da cama, olhando a todo segundo para a porta do banheiro para ver se o Noah sairia.

— O que você quer, Amy? – pergunto e a ouço rir.

Ainda me pergunta, Melissa?— ela falava alto, mas eu matinha o cuidado para não respondê-la igualmente. – Eu quero você longe do meu filho, faça isso e esquecerei-me da sua existência.— ela responde.

— Por que faz isso? O que foi que eu te fiz? – pergunto e ouço o chuveiro sendo aberto novamente, o que mostrava que o Noah ainda demoraria um pouco lá.

Eu quero me vingar do passado, porque tudo que aconteceu foi culpa sua.— Amy responde e eu franzo o minha testa, não entendendo o que ela estava falando.

— O quê? – pergunto e ela ri novamente.

Um dia vai descobrir, mas eu quero evitar que repita os erros que outra pessoa cometeu comigo, não quero que o filho sofra na sua mão.— ela responde e eu continuo sem entender.

— Amy, nós precisamos conversar pessoalmente. – digo e houve um silêncio do outro lado. – Podemos resolver isso, posso conversar com você e assim você vai ver que quaisquer foram as coisas que aconteceram no passado, eu continuo com boas intenções com o Noah, eu o amo, só preciso que converse comigo. – a ouço rir alto.

Tem certeza que quer conversar com a bruxa má da história?— Amy pergunta e eu penso um pouco sobre aquilo.

Noah provavelmente iria querer brigar comigo se descobrisse que eu fui mesmo conversar com a mãe dele, mas eu não podia pensar só nele, tinha que manter a minha segurança e assim conversar com a Amy. Sabia que ela era capaz de entender.

— Não fale assim, você pode muito bem ter uma conversa civilizada comigo. – respondo. – Só preciso que me dê uma chance de te mostrar que eu não sou nada disso que pensa. – Amy suspira e fica em silêncio durante um tempo.

Não me responsabilizo por nada, Castilho.— Amy deixa claro.

— Vamos ficar bem. – digo e ouço o chuveiro sendo fechado. – Eu falo com você depois, mas preciso que não conte a ninguém sobre a conversa que teremos.

É claro que não contarei. – ela responde. – Até logo, Melissa.— ela diz por último e desliga.

Coloco o celular de volta no criado-mudo, deito-me novamente e respiro fundo algumas vezes.

Eu havia tomado coragem de falar o que eu quero com a Amy e sei que ela vai entender, por mais que o Noah ache que a mãe dele é perigosa, sei que ela tem seus motivos para agir de tais formas comigo e eu irei descobrir o que aconteceu no tal “passado” que ela colocou a culpa em mim.

A Amy é capaz de conversar civilizadamente comigo e sei que vou conseguir resolver essa situação sem precisar me preocupar com ela.

Noah sai do banheiro e eu saio dos meus devaneios ao vê-lo sair de toalha, vindo em direção a cama sem ao menos vestir alguma peça de roupa. Ele se deita ao meu lado e me fita.

— Oi. – digo e ele sorri.

— Eu amo você. – Noah diz e eu sorrio.

— Já disse isso hoje. – respondo e ele ri.

— Eu sei, mas quero deixar isso bem claro. – ele se aproxima de mim e beija minha bochecha e em seguida minha boca e não para de beijá-la.

Eu também amo o Noah mais do que qualquer coisa, ou homem que já havia passado pela minha vida. Apaixonar-me por ele foi algo fácil, mas que me deixava feliz ao ver que era correspondido.

Meu único desejo era continuar com ele pelo resto da minha vida, eu não me via mais com homem nenhum além dele. Foi ele quem conquistou o meu coração de verdade e seria dele para o resto de nossas vidas… se isso for permitido.

Eu só espero que nada nos aconteça, porque eu não teria mais ninguém para me amar e cuidar de mim como o Noah faz.

Eu o amo.


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Notas finais do capítulo

Sei que o final do capítulo ficou meio "????", mas não tinha como acabar melhor do que isso.
Bem, algum erro por aí?

Gostaram do capítulo? Espero que sim, porque estou com muito problema para escrever os capítulos de Casamento Forçado, mas espero que os últimos cinco saiam bem.
Até o próximo e logo, logo respondo seus comentários do capítulo passado.
Beijos ♥



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