Auto-Sacrifício não era algo que vinha fácil ou naturalmente para Arlene Rimmer. Ao menos esse era o caso até ela se tornar uma mãe, e até ela perder um dos seus meninos. Bexley podia parecer um adulto mas em idade ele mal tinha alcançado seus dez anos. E ele podia não ter os seus genes mas ela e Deb tinham o criado e mesmo antes delas ficarem juntas Arlene já tinha começado a pensar nele e em Jim como sendo seus filhos também.

Eles tinham colocado o corpo em stasis ao invés de enterrá-lo e ela havia passado um tempo considerável das últimas semanas olhando para ele, pensando no que deveria ser feito. Ela finalmente falou com Deb a respeito da sua decisão : Holly a desligaria e faria Bexley o holograma da nave.

“Não Rimmer” Deb disse.

“O que você quer dizer com isso ?”

“Exatamente o que eu disse. Não. Esqueça Rimmer, de jeito nenhum eu vou deixar você fazer isso. Bexley não iria querer isso”

“Listy eu sei que ter ele como um holograma não é a mesma coisa que ter ele vivo, mas é melhor do que nada. Confie em mim”

“Smeghead o que eu quis dizer é que ele não ia querer que você se sacrificasse por ele. Iria acabar com ele, eu conheço meu filho”

“Ele é uma criança, ele não sabe o que ele quer”

“Eu não sou, e eu não quero isso também”

“Você está sendo muito difícil sobre essa questão Lister”

“Rimmer me ouça aqui : eu amo meu filho e eu vou tentar achar uma maneira de ter ele de volta. Mas eu amo você também, eu não vou trocar um membro da família por outro. Do mesmo jeito que eu não deixaria Jim se sacrificar, eu não vou deixar você”  

“Você não...droga Lister. Eu sinto falta dele e eu quero ele de volta. Eu amava ele, eu sei que eu não disse muitas vezes mas eu sinto-”

“Eu sei que você sente, agora mais que nunca” Deb disse e deu um beijo na testa de Arlene.

As coisas não estavam okay. Mas ao menos elas estavam juntas, e isso sempre contava.