A parte mais irritante de todas para Janis é que Regina estava certa, uma parte dela naquele tempo quando elas eram melhores amigas queria o tipo de relacionamento que Regina disse que ela queria.

O que Regina não diz é que em alguns instantes elas tiveram.

Regina conta para os outros sobre as ligações e o ciúmes. Regina não conta para os outros que ela beijou ela primeiro. Porque isso não se encaixa na narrativa que ela quer vender.

Só acontecia as vezes, quando elas iam em clubes, e elas dançavam com garotos mais velhos. Ou quando elas roubavam vodca do armário de bebidas da mãe de Regina e ficavam sozinhas no quarto dela.

Lábios em lábios e risos como se fosse tudo uma enorme piada.

E todos eles começados por Regina George.

No seu tempo longe ela pensou que talvez Regina a estivesse punindo não por querer beijá-la, mas por querer que significasse algo.

Ou talvez só porque querer ter algum controle sobre quando acontecia ao invés de deixar tudo em cargo do humor de Regina naquele dia. Ela decidiu que não importava, motivos que resultam em uma ação não importam, apenas as consequências dessas.

E a parte mais humilhante para Janis é que debaixo das camadas e camadas de ódio, ressentimento e raiva uma pequena parte dela, que já devia estar morta a muito tempo, ainda quer.