Ela tomou a poção porque seu mentor disse que iria fazer com que ela parecesse morta, sua respiração se tornaria leve e sua pele esfriaria, mas ela ainda viveria porque daria uma chance de seu corpo ser levado para longe da arena enquanto Romeu era declarado o vencedor.

Porque talvez daria a chance deles terem um final feliz, talvez não juntos, mas vivos.

Quando ela abre seus olhos ela sabe que não funcionou, ela não está em um quarto de hospital ou em um saco mortuário preto mas sim ainda na arena.

E tem alguém ao seu lado. E ele está frio e duro.

E ele era seu aliado, um rapaz de outro distrito que ela viera a amar bem mais do que ela achou que seria possível já que até três dias antes ela nunca havia o visto antes, mas tragédia e gentileza haviam os trago juntos. Porque ali ele era tudo que ela tinha.

Ele tomou as frutinhas, as que ela estava perto quando ela tomou a poção, as que eram venenosas, as que ela se aproximou mas nunca chegou a levar a seus lábios para enganar as câmeras já que daquele ângulo pareceria que ela estava se matando.

Era para ele ganhar, era para ele tomar a chance e seguir em frente. Porque ele tinha que ser tão tolo ? Tão sentimental ? Tanto como ele foi em todos os seus momentos juntos naqueles três dias.

Ela toca a pele fria com a ponta dos dedos, e vê um pouco das frutas ainda em sua boca, ela se aproxima para levar seus lábios até os dele quando os seguranças da capital aparecem.

Ela é arrastada gritando para longe do corpo enquanto a música e as imagens no céu da arena anunciam que ela é a campeã dos jogos daquele ano.