Os seus professores dizem que ela podia ser a próxima Sofia Coppola, e embora Vanessa gostasse dos filmes da cineasta ela não consegue encarar isso como um elogio pelo subtexto que ela consegue ler nas entrelinhas. Uma menina rica fazendo coisas delicadas e apropriadas. Uma filha de pais influentes que já nasceu com tudo na mão pra ela e que vai entrar no meio sem sequer precisar provar que ela é boa de verdade.

Quando ela conta isso para Nate ele diz que ela se preocupa demais, analisa demais, pensa demais. Uma parte dela pensa em dizer que ele faz isso de menos, mas as palavras morrem na sua boca ao ver o sorriso delicado nos lábios dele. Ele era o único outro rapaz além de Dan que estudava na St Jude que morava no Brooklyn, e esse simples fato conseguiu fazer com que uma amizade se formasse entre os dois rapazes, o que por sua vez conseguiu trazer ele pra ela.

Ele mostra o Brooklyn pra ela numa tarde, todos os seus locais favoritos, daria um bom material de filmagem, algo mais vivo e real do que ela via normalmente no Upper East Side, isso é claro se ela focasse no lugar mas sua lente acaba parando no sorriso de Nate, no olhar curioso e confuso que ele usa para ver o mundo. Cinematografia tipica de menina rica com ilusões de artista uma voz na sua cabeça diz. Mas o mais estranho é que no final do dia ela não tem certeza se ela se importa com essa critica.