Charlie estava falando bastante naquela noite, especificamente sobre seu plano de pedir a garçonete para se casar com ele de novo, algo envolvendo balões e gatos e outras coisas que nem Dee ou Mac estava prestando muita atenção, mas aparentemente Dennis naquele dia estava porque do nada ele bateu no balcão do bar e gritou :

“Meu deus Charlie cale a boca ! Você e a garçonete nunca vai acontecer e eu estou cansado de ouvir você falando a respeito”

“Você não acha que eu tenho uma chance com ela ?”

“Não. Ninguém acha, Dee e Mac digam para ele”

“O troço todo é creepy e patético, segue em frente Charlie” Dee disse.

“Sinto muito cara mas eles estão certos, se não aconteceu até agora não vai acontecer. E francamente eu não tenho idéia no que você viu naquela garota para começar, ela é até pior do que a Dee” Mac disse.

“Vocês estão errados” Charlie disse e foi em direção a porta do bar, isso já tinha acontecido antes em discussões similares a aquela que a gangue teve ao longo dos anos.

Quando ele chegou na porta do bar Charlie parou e olhou diretamente para eles, isso era novo.

“Talvez seja patético mas não é tão patético quanto ter uma paixão gay pelo meu amigo por décadas e nunca fazer nada a respeito. E talvez seja creepy mas não tão creepy quanto querer fazer sexo com minha irmã gêmea como se eu fosse um McPoyle” Charlie disse e foi embora.

Por uns vinte segundos houve um silêncio estranho e pesado no bar.

“Ele não sabe do que ele está falando” Mac disse.

“É toda aquela comida de gato e tinta que ele come, deve estar fazendo mal ao cérebro dele” Dee disse.

“Sim” Dennis disse.

“Com certeza” Mac disse.

“Definitivamente” Dee concluiu.

E eles passaram o resto da noite evitando olhar diretamente nos olhos uns dos outros.