A Nova Uzumaki escrita por Fujisaki D Nina


Capítulo 23
Último especial - Dia na Fazenda


Notas iniciais do capítulo

Olá!! Meu respeitável público!
Para os que leram o cap.-aviso que postei, já digo: meu note ainda não voltou.
Esse capítulo não estava nos meus planos, mas ei tive a ideia e depois não consegui parar de escrever!
Nem sei de onde tirei energia pra isso, porque vocês não fazem ideia do quanto eu estou preferindo morrer do que fazer mais uma prova!

Espero que gostem e boa leitura ^-^



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– Papai, já tá chegando? - Himawari perguntou pelo que devia ser a quarta vez só naquela hora.

– Calma, girassol, em uma meia hora a gente chega. - Naruto respondeu, sem tirar os olhos da estrada. Mas pelo retrovisor, ele viu os olhos da filha se arregalarem.

– Por que tanta preça, Hima? - Indagou Hinata. - Hoje até estamos indo rápido porque não tem transito.

– Eu sei, mamãe. - A Uzumaki respondeu. - Não é pela demora, é que... tá meio apertado aqui atrás. - Tentou se mexer no pouco espaço que tinha para ela entre Boruto e Sarada. O último banco da mini-Van podia ser legal, mas com certeza não cabia três pessoas; principalmente quando duas delas eram adolecentes espaçosos.

– Eu falei que era melhor nos dividirmos em dois carros, Dobe. - Sasuke provocou.

E Naruto apenas bufou, tentando ignorá-lo. Da última vez que se estressou no volante, seu carro não ficou num estado nada bonito. E nem o cara da moto que o xingou.

– Embora esteja mesmo demorado. Falta muito, tio? - Questionou Saori, que até agora divagava olhando a paisagem.

– Saori, olha os modos! - Sakura repreendeu, virando-se para a filha. - O Naruto nos fez um favor nos convidando para passar o Dia da Independência na fazenda dos pais dele, então não reclame.

– Tá, desculpa. - A rosada mais nova se desculpou, mesmo revirando os olhos.

– Mas fala sério, Naruto - Sakura chamou baixinho. - Onde é essa fazenda dos seus pais que não chega nunca?

O Uzumaki conteve uma gargalhada com esforço.

– Você não se lembra, Sakura-chan? Eu, você e o Teme fomos tanto lá quando eramos crianças.

– Exatamente por isso, já faz muito tempo.

– Está admitindo que é velha, mãe?

– Itachi!! - Repreendeu a rosada, fazendo o filho se calar.

– Ahm... Kentaro-kun - Niji chamou, percebendo que o amigo falava alguma coisa com Hachiko. - Está tudo bem?

– É... mais ou menos. - O Inuzuka sorriu meio encabulado, coisa que não era normal dele. - É que... o Hachiko precisa fazer xixi. - Ao ouvir aquilo, todos se viraram para ele, estupefatos. - Tá quase fazendo aqui mesmo.

– NO MEU CARRO NÃO!! - Naruto berrou, virando o volânte com força total para parar na beira da estrada.

–*-*-*-*-*-*-*-*

Aquele lugar era mesmo uma maravilha. A casa de madeira no meio das montanhas era envolvida por um campo verde lindo, com direito a um pomar particular nos fundos da mesma e um grande estábulo para os cavalos e a vaca.

Da varanda, relachando após horas aparando a grama, Minato observava o portão da fazenda. A qualquer hora seu filho e seus netos (juntamente com vários amigos) chegariam. E foi quando avistou uma antena de carro com um enfeite de rolo de peixe, que soube que essa hora havia chegado.

– Com certeza é o carro do Naruto. - Minato deu uma risada, abrindo o portão pelo controle remoto (A: Fazenda moderninha, heim?) - Kushina, eles chegaram!

– Vovô! - Niji e Himawari foram as primeiras a saírem do carro, para correrem para os braços de Minato.

– Ah, minhas netinhas lindas. - O Namikaze se abaixou para poder abraçar as duas.

– Cadê meus netos?! Eu necessito ver os meus netos!! - Kushina apareceu fazendo escândalo como sempre, procurando com os olhos atentos qualquer pessoa com menos de 1,60 de altura.

– Vovó! - As meninas passaram de Minato para Kushina.

– Wá! Que saudade das minhas bonequinhas! - Kushina abraçou-as como se elas realmente fossem bonecas de pano. - Vocês vem muito pouco aqui.

– A gente vem quando dá, mãe! - Naruto respondeu, enquanto tirava suas malas do carro.

– Eu vou lá ajudar o Naruto. - Minato avisou, indo até o filho.

Enquanto ainda enxia as netas de beijo, Kushina notou que faltava alguma coisa. Pelo que se lembrava (e sua memória estava muito boa, obrigada) ela tinha três netos.

– Ué, cadê o Boruto? - Indagou olhando ao redor.

Himawari e Niji apontaram ao mesmo tempo para a varanda da casa atrás da ruiva, onde Boruto entrava de fininho, esperando escapar da sessão de beijos da avó.

– Vocês me pagam. - O loiro grunhiu para as irmã, que apenas riram.

– Vamos, Bolt, a vovó estava com saudades. - Kushina abriu os braços, chamando o garoto.

Boruto, mesmo revoltado (como todo garoto de 17 anos era), foi até a ruiva. No começo foi um simples abraço, mas Kushina não aguentou a felicidade de ter seu primeiro neto nos braços e quando viu, estava apertando-o e dando vários beijos na cabeça loira.

– Olha, o garotinho da vovó. - Bolt ouviu a voz de Sarada dizer, antes de escutar um flesh em sua direção. Olhando desesperado para a amiga, viu-a com o celular em mãos. - Espera só a Issa vez isso.

– Sarada, não se atreva!! - O Uzumaki se soltou da avó, correndo atrás da Uchiha que apenas fazia rir.

– Ai, ai, essas crianças já estão aprontando? - Naruto suspirou ao ouvir os gritos de Boruto.

– Deixe, Naruto, são jovens. - Minato falou, observando o neto. - Lembro de quando eram você, o Sasuke e a Sakura.

– E eu lembro que a mamãe reclamava comigo. - O Uzumaki emburrou a cara.

– Principalmente quando certo alguém pulava cima em você, não é? - O mais velho lembrou, dando uma gargalhada.

– Quem pulava em você, Naruto-kun? - Hinata perguntou. Apesar do sorriso e da voz doce, podia se sentir uma aura assassina ao redor da morena.

– Bem, é o... - Naruto não completou. Um sorriso nasceu em seu rosto ao ver o animal de quatro patas que corria em sua direção. - Kurama!!

A grande raposa correu até seu dono, pulando em cima dele como sempre fizera, desde que Naruto tinha cinco anos.

– Ele estava com saudades. - Minato sorriu.–

Eu também senti sua falta, amigão. - Naruto bagunçava os pelos do animal. - Lembra da Hinata, não é?

Kurama encarou a morena, faregando o ar um pouco para logo abanar a calda. Sinal que se lembrava.

– Wáá! - Um grito ecoou de repente, e logo oito raposinhas apareceram correndo, todas se escondendo na enorme calda de Kurama. - Meu Kami, que coisinhas fofas são essas? - Saori apareceu com os olhos brilhando.

– Nossa, os filhotes do Kurama não cresceram nada. - Sakura exclamou. - Por que você acha que a fazenda se chama Kyuubi, Saori? Nove raposas, nove caudas.

– Oh! - A Uchiha compreendeu. - Mas, tio - Chamou por Naruto, com uma expressão pensativa. - Se vocês tem raposas, não é um problema ter trazido o Hachiko, um cachorro?

Naruto ficou, literalmente (e desculpem a expressão), com cara de bunda. Como podia ter se esquecido desse "insignificante detalhe" que era a richa natural entre animais?

–*-*-*-*-*-*-*-*

Uma hora depois:

– Já estão prontas, crianças? - Minato indagou, mirando duas portas. Uma era do quarto das meninas e a outra, do quarto dos meninos.

– Quase, vovô. - Ouviu Niji responder.

– Esse quase significa "quase chegando na metade". - Avisou Kentaro, o primeiro a sair já pronto. - Vai por mim.

– Não fale do que não sabe, totó! - A porta do quarto das meninas se abriu e Saori apareceu.

Kentaro teve de usar todo o seu orgulho para não ficar de queixo caído. Assim como ele, a Uchiha usava roupas no estilo Velho-Oeste, porém as dela eram brancas com detalhes dourados, enquando as dele eram marrons com branco. Mas o que o Inuzuka pensava mesmo era em como Saori tinha ficado tão bonita.

– E então Niji, o que achou da sua roupa? - Indagou Minato para a neta, que tinha as bochechas rosadas. A roupa da Uzumaki era do mesmo estilo que as dos amigos, porém as dela eram amarelas com mangas vermelhas.

– E-eu gostei, mas... a vovó não liga mesmo se eu usar? - Tinha de perguntar. A roupa ainda era de Kishina afinal, mesmo que não lhe servisse mais há anos.

– Claro que não, foi ela quem deu a ideia.

– E a roupa ficou ótima em você, amiga, então não procura bicho em goiaba madura. - Falou Saori, e todos a encararam pela escolha de palavras. - O que foi?

– Uma hora aqui e já pegou o jeito da roça? - Kentarou gargalhou.

– Ora, seu... - A Uchiha começou, mas alguém a interrompeu.

– Ei, que demora é essa? - Naruto chegou perguntando. - Desse jeito, não vamos chegar na cachoeira antes do jantar.

– Jantar? Já está na hora? - Boruto botou a cabeça para fora do quarto.

– Ainda não. - O Uzumaki mais velho revirou os olhos. - E você ainda não está pronto porque, Boruto?

– Ora, porque eu não vou. - O adolecente deu de ombros. - Cavalgar até a cachoeira era legal quando eu era pequeno, mas agora...

– E vai ficar fazendo o que, posso saber? - Questionou Naruto.

– Sei lá, alguma coisa! - Boruto se irritou com aquela insistência. Só para que o pai não pudesse perturbá-lo mais, resolveu ir pra sala ao invés de voltar pro quarto.

– Pai, o nii-chan não é o único que vai ficar. - Himawari contou, abrindo a porta do quarto das meninas. - Eu prefiro ficar brincando com os filhotes do Kurama.

– Eu também não vou. - Falou Sarada, apertando um bloco de notas contra o peito. - Nunca vi raposas tão de perto. Gostaria de observá-las. Se não tiver problema, claro.

– Que nada, Kurama é um exibido. Se ele falasse, aposto que te daria uma entrevista. - Naruto brincou, fazendo todos rirem.

– Se divirtam e podem ficar a vontade. - Minato sorriu, pondo-se a caminho do celeiro, e todos foram atrás.

–*-*-*-*-*-*-*-*

– Uau, que lindos! - Saori sorria de orelha a orelha. Ela só tinha visto cavalos na televisão, nunca sonhou que pudessem ser mais bonitos na vida real.

– O vovô cuida bem dos cavalos. Toma todo um cuidado especial. - Explicou Niji, acariciando o focinho de um.

– E eles tem nomes? - Perguntou Kentaro, olhando para um de pelo preto que parecia meio arisco.

– Tem sim, inclusive te aconcelho a ficar longe desse aí. - Alertou Naruto, vendo que o Inuzuka se aproximava do garanhão preto. - Ele não se chama Arranca-dedos á toa. - Kentaro se afastou na hora.

– E esse aqui? - Itachi observou um de pelo amarelado. - Ele é bem bonito. - Porém, mal acabou de elogiar, o animal esbaforiu em sua cara.

– Nadeshiko é uma fêmea, Itachi. - Niji declarou, se segurando para não rir. Coisa que Kentaro e Saori não fizeram, claro. - E desculpe, mas ela já tem dona. Não é, garota? - A égua deu um forte relincho em resposta.

Niji nunca gostou de presentes caros e sempre insistia para a avó que ela não queria nada grande em seus aniversários, mas, se tinha um de que nunca reclamou, foi de Nadeshiko.

– A Niji tem um cavalo enquanto eu não posso ter nem um peixinho? - Saori fez um bico, olhando de canto de olho para o pai. - Isso que é vida injusta.

– Talvez se você cuidasse, ainda teria um dos três hamsters que nossos pais nos deram. - Itachi ralhou, recebendo um olhar feio da irmã.

– Escolham logo seus cavalos. Precisamos selá-los ainda. - Avisou Sasuke.

E os dois foram. Graças aos céus, Minato era criador principalmente de cavalos, então não teve brigas. E no final, todos estavam com o Garanhão ou Mustang que queriam.

–*-*-*-*-*-*-*-*

Subindo a montanha, na trilha para a cachoeira, a paisagem era realmente linda. Dava para ver perfeitamente o grande e belo lago de água azul cristalina. O céu completamente limpo de nuvens só tornava a paisagem mais digna de ser admirada com calma e lentamente.

Mas não tão lentamente como eles estavam indo!

– Fala sério! Nesse ritmo vamos chegar na cachoeira só de noite. - Kentaro resmungou.

– Espere um pouco, Kentaro-kun, os cavalos precisam se acostumar com vocês.

– Mas acostumar o que? - Questionou Saori. Ela nem estava se importando tanto com a velocidade, só estar montando já era uma maravilha. - O Prince e eu já estamos os dando super bem. Não é, menino? - Acariciou os pelos brancos do animal, que relinchou em resposta.

– É, você tem mesmo talento, Saori. - Minato elogiou.

– Mas infelizmente não é assim com todos. - Sasuke fez sinal para que ela olhasse para trás. E quando se virou, a rosada jurou para si que nunca tinha visto o irmão em uma situação tão constrangedora!

Itachi literalmente tremia em cima do cavalo. Parecia que ele não conseguia se segurar direito, pois a cada passo do animal, o moreno "pulava" na cela.

– E pior que o Toby é o cavalo mais manso que eu conheço. - Naruto comentou, sem saber se ria ou sentia pena.

– Itachi, ajeite a sua postura, e segure mais firme nas rédeas. - Niji aconcelhou. - Se continuar assim, mesmo estando no Toby, você vai cair.

Agora sim Saori gargalhou fortemente, enquanto o Uchiha não sabia onde enfiar a cara. Estava agradecido pelos concelhos, de verdade, mas precisava dessa última parte?!

– Obrigado, Niji. - Ele agradesceu de todo o jeito.

– Ei, alguém mais tá ouvindo barulho de água? - Perguntou Kentaro, parando seu cavalo para poder ouvir melhor.

– A cachoeira é logo ali, descendo aquelas pedras! - Niji exclamou contente.

– Uhuu, finalmente! Vamos lá, Prince!! - Gritou Saori, agitando as rédeas do animal forte o suficiente para fazê-lo correr.

– Oe, Saori! - Sasuke repreendeu, também fazendo seu cavalo correr para seguir a filha.

Os outros acabaram entrando na onda e agitaram as rédeas também. Até mesmo Itachi fez Toby correr o máximo que dava com sua inesperiência em montaria.

Assim como tudo naquele lugar, aparentemente, a cachoeira também era linda. Daria simplesmente para sentar na margem e apreciar aquela paisagem. Mas nenhuma das quatro crianças com 10 anos parecia intereçada nisso agora.

– Pulo de bomba!! - Kentaro berrou, arrancando suas roupas todas de uma vez (ficando só com a sunga, lógico) para pular na água.

– Gerônimo!! - Saori fez a mesma coisa que o rapaz, sem dar tempo nenhum para se ver o biquini rosa que ela usava.

Quanto a Niji e Itachi, óbvio que eles foram os mais contidos ali, sem tanta preça para entrar na água.

– Ah, isso traz lembranças. O que acha de um mergulho, Teme? - Naruto sugeriu.

– Ficou maluco, Dobe? Eu não pus roupa de banho. - Brigou o Uchiha.

– Ué, entra de cueca mesmo.

– Nem pensar!!

Naruto deu uma forte gargalhada pela cara do amigo. Porém, uma cena o fez parar de rir, além de adquirir um olhar demoniaco. O que Itachi pensava estar fazendo, olhando Niji daquela maneira que parecia querer despi-la?! (Pelo menos era assim que seus olhos de pais coruja supreprotetor via as os olhadas sem jeito do garoto).

– Se o seu filho continuar olhando pra minha menininha desse jeito, eu juro que arranco o que tem no meio das pernas. - Grunhou o loiro, realmente se controlando para não ir até eles e deixar aquele Uchiha de olhos roxos.

– Ora, faça-me o favor, Naruto. - Sasuke não aguentava mais essas crises de ciúme. - A Niji está de maiô pelo menos, você não tem do que reclamar. - Falou olhando para Saori, que estava com o corpo exposto demais na sua opinião.

– Ei, crianças, aproveitem porque vamos ter de voltar logo! - Minato avisou, vendo o sol começar a se pôr no horisonte. - Acabou ficando tarde mesmo... Kushina já deve estar terminando o jantar.

–*-*-*-*-*-*Enquanto isso, na fazenda:

– Prontinho! A salada de maionese está ok. - Kushina verificava a mesa posta na frente da casa. De noite, haveira um estouro de fogos de artifício, então ela e Hinata estavam preparando o jantar e levando lá fora, para que todos pudessem comer enquanto assistiam. - Agora aó falta.

– Kushina-san. - Hinata chamou, aparecendo com uma travessa nas mãos. - O arroz acabou de ficar pronto.

– Perfeito! - A Uzumaki comemorou. Pôs a travessa sobre a mesa, agora sim admirando o trabalho bem feito. - Obrigada pela ajuda, Hinata. O Naruto não poderia ter me dado uma nora melhor! - E abraçou a Hyuuga pelo ombro, essa ficando levemente vermelha.

– N-não exagere, Kushina-san. O Naruto-kun é incrível e poderia ter escolhido alguém bem melhor que eu.

– Melhor do que você, que sempre ficou ao lado dele? - A Uzumaki fitou Hinata nos olhos; ficando um pouco séria, mas ainda sorrindo. - Vamos, Hinata, eu sei que você daria sua vida pelo Naruto. Até fez isso uma vez, lembra? Quando vocês foram assaltados por aquele tal de Pain, e você recebeu uma bala pelo Naruto.

Ela não respondeu, mas Kushina sabia que a resposta era sim. Afinal, foi no hospital enquanto se recuperava, que a morena finalmente declarou seus sentimentos pelo Uzumaki.

– Você sempre cuidou e amou o meu filho, Hinata. E eu só tenho a te agradescer por isso. - A ruiva sentiu seus olhos marejarem, mas não chorou. Pelo contrário, limpou a garganta com um pigarro e voltou a se concentrar no mundo ao redor. - Ainda falta alguma coisa aqui na mesa?

– Hm... acho que só as carnes. - Hinata analisou.

Kushina foi até a grelha, onde várias picanhas, frangos e corações de galinha apenas esperavam para serem preparados. Deixou as carnes preparando, enquanto papeava com a nora.

Sarada não estava muito longe das duas. Sentada na grama, com Sakura quase cochilando ao seu lado, ela observava e anotava sobre as oito raposinhas que brincavam de correr por aí com Himawari.

Estava tudo tão bom, numa paz... que ninguém nem notou que oa carne grelhada começava a exalar um delicioso aroma (A: Pra mim que sou uma carnivora incorrigivel. Sei lá se tem vegetarianos lendo isso aqui).

Mas aí vocês se perguntam "E daí? Isso é normal, não é?". E eu respondo: é sim. Porém, aquele cheirinho chegou até a casa, mais precisamente em um dos quartos, de onde um pequeno cão conhecido como Hachiko não deveria sair!

Mas era tarde. Assim que o filhote de Shiba Inu sentiu o aroma de sua tão amada carne, simplesmente se esqueceu do que Kentaro lhe disse. "Fique quieto aqui dentro e não se meta com o Kurama ou com os filhotes dele", foram as palavras do moreno, que sabia que nada de bom aconteceria se os dois animais se encontrassem.

Porém, agora, Hashiko pouco se lembrava disso. Seu único pensamento era em se expremer mais para sair pela minúscula fresta aberta na janela.

Vendo que aquilo não daria em nada, o filhote foi até a porta do quarto, arranhando-a e ganindo, na esperança de que alguém a abrisse. E abriu. O pobre Boruto nem viu direito como aconteceu. Num segundo, estava indo para o quarto pegar seu carregador de celular; e no outro, tinha sido derrubado no chão.

Hachiko, porém, não se importou com o estado do loiro e continuou correndo. Saiu da casa, da varanda, e o cheirinho ficando cada ver mais forte ao seu olfato.

Mas o filhote cometeu um erro. Quando avistou a grelha, não enxergou mais nada, nem mesmo quando correu entre Himawari e os filhotes, assustando-os.

Não acho necessário dizer que Kurama não gostou nada de ver seus filhotes xiando de medo. Ele se levantou num único pulo, correndo atrás de Hachiko.

– Hachiko, o que está fazendo aqui fora? - Hinata estranhou ao ver o filhote, apoiado na grelha e abanando o rabinho.

– Como foi que ele saiu do quarto? - Kushina se questionou.

Porém, se Hachiko pudesse e fosse responder, não o fez, pois logo ouviu o grunhido de Kurama atrás dele. E sentiu que era pra ele.

– Kurama!! Pare já com isso! - Kushina gritou irritadíssima, vendo a raposa correr atrás do cachorro. (A: Contraditório isso, não?).

– Hachiko!! Pelo amor de Deus, volte aqui! - Hinata estava desesperada.

Mas quem mais tinha motivo para se desesperar era Hachiko, afinal era ele o perseguido! Ele corria tentando despistar Kurama, mas a raposa não desistia; e no ápice do medo, o filhote fez a coisa mais fácil para um cão: seguiu o cheiro mais familiar que sentia.

Naquele exato momento, Niji e os outroa voltavam da cachoeira. Agora não podiam mesmo correr com os cavalos ou iriam escorregar. Ela e os amigos ainda tinham os cabelos pingando, mas a alegria pelo passeio era tanta que nem se importavam.

– Isso foi muito legal! Quero vir aqui todos os anos!

– Saori! - Sasuke repreendeu a filha.

– Hehe, podem vir, vocês são bem vindos. - Minato convidou, fazendo a Uchiha dar um gritinho de alegria.

– Ei, o que é aquilo? - Itachi parou de repente, apontando para dois vultos que vinham na direção deles.

– Gosado, aquele ali parece o... - Keitaro estreitou os olhos para logo arregalá-lo, não acreditando no que via. - Hachiko!!

Foi tudo o que teve tempo de dizer, antes que o cachorro pulasse em cima de dele, fazendo-o até cair do cavalo.

– Kurama!! - E teria uma raposa em cima dele também, se Naruto não tivesse sido mais rápido e segurado-a. - O que pensa que está fazendo?! Foi essa a educação que eu dei pra você?! - O loiro falou repreendedor, fazendo com que Kurama se aquietasse.

– Que bom, vocês conseguiram pegar eles! - Alguém gritou, e todos logo viram qie fora Kushina. Ela e Hinata estavam ofegantes pela corrida. - Tô ficando velha pra isso. Eu heim... - Murmurou para ai mesma, sentindo os músculos doloridos.

– Mas o que foi que aconteceu? - Quem perguntou foi Minato.

– Eu e Kushina-san estávamos grelhando as carnes. - Hinata começou a explicar, vendo que a ruiva ainda ofegava. - Hachiko deve ter sentido o cheiro e, de algum jeito, saiu do quarto. Ele acabou assustando os filhotes do Kurama, que não gostou muito.

– Ah, então foi isso. - Naruto olhou para Kurama, agora meio arrependido por repreende-lo. Não podia culpar o fiel companheiro por agir como todo pai agiria, principalmente contra um inimigo natural.

– Eu falei para você ficar quieto no quarto, não falei? - Kentaro repreendia seu mascote.

– Mas está tudo bem, foi só um susto, e ninguém se machucou. - Concluiu Hinata, tentando dar aquele assunto por encerrado.

– Isso é bom. - Minato concordou.

– E agora que a baderna acabou, temos que nos concentrar no que importa: os fogos de artifício que começam daqui a uma hora. - Kushina avisou, olhando em seu relógio de pulso.

– Uma hora?! - Saori questionou abismada. - Ai, meu Pai, eu ainda tenho que me arrumar!! Vamos, Prince. - E saiu a galope na direção da casa.

– Sao...! - Sasuke apertou a própria testa, já cansado de repreender a filha.

–*-*-*-*-*-*-*-*

Uma hora passou voando, mas graças aos céus deu tempo pra tudo (banhos, grelhar mais carne, etc.), e agora todos estavam no "quintal" da casa, se preparando para os belos fogos que logo começariam.

– Cara, vai ser demais! - Saori estava afobadíssima, olhando para o céu. Ela descobriu um ótimo lugar para ver os fogos: do auto de uma árvore.

– Vai mesmo. Quer? - Kentaro, que estava ao lago da Uchiha, lhe ofereceu um coração de galinha.

– Valeu. - A rosada aceitou, pegando um coraçãozinho e mandando goela a baixo.

Kentaro quase riu do jeito da garota. Este sempre o agradou, preferia a animação de Saori do que o jeito inexpressivo, quase frio, que parecia ser característico dos Uchiha.

Realmente preferia Saori.

–--

Enquanto Saori esperava os fogos começarem de seu "cantinho especial", Niji ainda procurava o seu próprio cantinho. Não precisava ser nada especial, apenas algum espaço que se destacasse entre toda aquela grama. E quando viu a ponta de uma toalha estirada no chão, soube que o tinha encontrado.

– Etto, Itachi... - Chamou-o, se aproximando. O Uchiha se virou pra ela. - P-posso sentar com você? - Como sempre, seu rosto esquentou, pensando se não seria melhor procurar outro lugar pra sentar do que incomodar o amigo.

Mas Saori estava com Kentaro em cima da árvora. Qual o problema dela ficar com Itachi?

– Ahh... hm... ahn... - Itachi por um momento ficou desnorteado, apenas balbuceando. Mas logo lembrou: era um Uchiha. Então fez o favor de se controlar, ficar sério como sempre, e responder: - Faça como quiser.

Apesar da resposta, Niji sorriu, e se sentou feliz ao lado do amigo.

– Deixe ela, Naruto-kun. - Hinata segurou o braço do marido, antes que ele pudesse ir até Niji. - Afinal, hoje é o dia da Independência.

Ninguém deixou de rir do comentário, até mesmo Sasuke deu um meio sorriso.

Mais a frente, do topo de um morrinho, Boruto e Sarada também converçavam. Quer dizer, Sarada queria converçar.

– Boruto, o que você tanto digita aí nesse celular, heim? - Questionou para o amigo, com raiva.

– Nada que seja da sua conta. - Foi a resposta seca do Uzumaki.

Porém, por um mísero segundo e quase que imperceptívelmente, Sarada o viucorar. E ela só sabia de uma pessoa capaz de deixar Uzumaki Boruto corado.

– Você está converçando com a Issa! - Ela exclamou, fazendo Bolt dar um pulo de susto.

– Shii! Fala baixo criatura! - Ele sussurrava, embora soubesse que seus pais não poderiam ouvir nada pela distância.

– Eu devia ter adivinhado. - Sarada sorriu, o típico sorriso Uchiha. - Esse namoro escondido de vocês está realmente indo bem.

– Nós não estamos namorando. - O loiro grunhiu. - Só estamos... ficando.

– Em outras palavras: um namoro não assumido. - A morena fez questão de debochar, recebendo um olhar feio do amigo.

– Você é muito chata quando quer, sabia? E quando não quer també. - E voltou a enterrar a cara no celular.

Sarada apenas revirou os olhos, e até ia desistir de tentar converçar com o loiro, quando uma luz subindo no céu atraiu sua visão.

– Boruto, agora é sério, sai desse celular. - Balançou-o pelo ombro.

– Heim? Por que?

Boom! Um estouro enorme se fez ouvido, respondendo a pergunta do Uzumaki. Os fogos começaram.

O dia fora ótimo, isso ninguém podia contradizer. Mas aqueles quinze minutos de fogos incesantes, que para todos pareceram horas em imenso deslumbre, foram os melhorem.


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