A Nova Uzumaki escrita por Fujisaki D Nina


Capítulo 18
Meu Verdadeiro Amor


Notas iniciais do capítulo

Oi, meu respeitável público!! A quem devo explicações por estar postando a essa hora da noite depois de quase três dias sem atualizar ^^" E essa explicação é: Eu queria caprichar nesse capítulo! Tanto que até pedi ajuda pra uma amiga (que não é a Limiku).
Antes de eu liberá-los para lerem esse cap., tenho um anúncio importante para dar, então LEIAM AQUI, É IMPORTANTE:
A fanfic já está em sua reta final. O capítulo de hoje será o penúltimo, ou seja A Nova Uzumaki terá somente mais dois capítulos. Eu agradeço a todos os leitores fiéis que tem acompanhado a fic até aqui, e para os leitores fantasmas, agora é a hora de se revelarem.

Agora sim, fiquem com o capítulo.^^



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Sabe aquelas manhãs bem geladas em que você até tem medo de levantar da cama e enfrentar o frio? Bom, hoje era uma dessas manhãs em Konoha.

– Por que raios eu fiu dormim de camisola ontem? - Niji reclamava, sentindo o frio bater em seus braços desprotegidos.

Se levantou da cama preguiçosamente, colocou suas pantufas do Pikachu e saiu de seu quarto. Nem se incomodou em ajeitar seu cabelo, ela gostava da sensação de cabelo embaraçado quando acordava. Dava a sensação de que teve uma boa noite de sono.

– Ora, bom dia, dorminhoca. - Himawari brincou, vendo Niji chegar.

– A mamãe e o papai já foram trabalhar? - Perguntou a ruiva, notando que a irmã era a única na mesa.

– Já, sim. Quer café?

– Aham. - Respondeu num murmúrio, pegando uma caneca da mesa. - O que está vendo? - Perguntou, sentando ao lado irmã.

– Ah, só umas casas. - Himawari mostrou o catálogo que estava lendo. Era cheio de imagens de casas e apartamentos em Konoha, algumas com a palavra Aluga-se e outras com Vende-se.

– Você está levando isso a sério mesmo? - Niji indagou, parecendo meio chateada.

– Estou, Niji. - Himawari suspirou. - O nii-chan saiu de casa no ano passado quando começou a namorar a Issa. Eu sei que ainda não alcansei os vinte anos, mas já tenho dezenove. Está na hora de eu ter um cantinho só meu.

– Mas você já tem o seu quarto. - Argumentou a ruiva.

– Você me entendeu. - Tentou parecer séria. Mas pela carinha amoada que a irmã fez, resolveu sorrir. - Veja pelo lado positivo, você vai poder dar uma de filha única.

– Mas e se eu não quiser ser filha única? - Niji questionou, fazendo um bico. Nem parecia uma jovem de quatorze anos fazendo assim.

– Nyah! - Himawari não aguentou ver aquele bico da irmã, e abraçou-a como se ela fosse um bichinho de pelúcia. - Faz bico, não, minha irmãzinha! Eu prometo que venho visitar vocês, tá?

– Hum... - Niji pensou um pouquinho. - Tá certo. - Sorriu, correspondendo o abraço da irmã.

– Ótimo. Agora, tome seu café antes que esfrie. - Aconcelhou Himawari, soltando a mais nova.

As duas ficaram em silêncio por um tempo. Himawari ainda concentrada na resvista e bebericando seu café de tempos em tempos; e Niji perdida em pensamentos enquanto comia um pãozinho. E ficaram assim até que a mais velha se pronunciou:

– Já tem ideia do que vai fazer hoje?

– Como assim? - Niji pareceu não entender.

– Ué, hoje não é seu dia de folga? - Indagou, finalmente desviando os olhos da revista.

– Ah, sim. - Compreendeu a ruiva. - Eu nem acreditei quando a Moegi-sensei disse que não precisaríamos nos reunir hoje. Acho que tem dedo do namorado dela nessa história. - Deu uma risadinha, falando mais consigo do que com a irmã. - Mas eu e a Saori vamos aproveitar. Ela vem passar o dia aqui, e talvez a gente saia mais tarde.

Mal Niji completou a declaração e as irmãs ouviram a campainha soar.

– Eu atendo. - Himawari se ofereceu, já levantado. Abriu a porta e sorriu, dando passagem para uma Saori animada e que carregava um sacolão. - Falando na dita cuja.

– Falavam de mim? Espero que seja coisa boa. - Brincou a rosada. - Bom dia, Himawari.

– Bom dia. - A morena respondeu.

– Oi, Niji. - Cumprimentou a amiga que se aproximava delas.

– Bom dia, Saori. O que é isso aí? - Niji apontou para o saco que, mesmo sendo enorme e parecendo estar cheio, a amiga carregava sem dificuldade alguma.

– Isso é... - Saori ia contar. Mas antes que o fizesse, encarou Himawari, como se pedisse para ela dar uma licença.

– Já entendi. - Foi tudo o que a Uzumaki disse, já se virando para subir as escadas e deixá-las converçar a sós.

– Isso - A Uchiha recomeçou. - É tudo que se precisa para passar o dia falando de problemas amorosos com sua melhor amiga! - E largou o sacolão no chão, abrindo-o. - Tem chocolates, sorvetes, filmes de românce cliches, bichinho de pelúcia super fofos para abraçarmos fingindo que eles substituem os garotos, e até caixas de lencinhos. - Ela mostrava os ítens enquanto falava.

– Nossa. - Niji estava surpresa. - Eu só queria te falar do encontro que tive ontem.

– Amiga... - Saori a segurou pelos ombros. - Encontros tem haver com garotos; e se o assunto envolve garotos, você vai precisar desabafar. E tem alguém melhor para te ajudar nisso do que a sua melhor amiga que te conhece desde a época das fraudas?

– É, eu... acho que não tem. - A Uzumaki sorriu.

♥♡♥♡♥♡♥♡♥♡♥

"- ...Não se pode dizer que eles viveram felizes para sempre. Mas o que eu posso afirmar, senhoras e senhores, é que eles viveram."

A narradora finalizou, pouco antes dos créditos finais tomarem o lugar da última imagem do filme.

– Isso foi... lindo. - Falou Saori, com um pote de sorvete nas mãos.

– Uhum... - Niji murmurou. Foi o que deu para fazer, tendo um pedaço de chocolate na boca.

– Muito bem. - A Uchiha começou, desligando a televisão e virando-se para a ruiva. - Agora me conta, como foi ontem?

– Ahm... - Niji desviou o olhar, sentindo as bochechas arderem. - Não prefere ver outro filme antes? - Sujeriu.

– Nada disso! - Saori repreendeu-a. - Você não vai me enrolar, não. Nós já assistimos dois filmes, agora pode me contar o que aconteceu no seu encontro ontem.

– N-não chegou a ser bem um encontro. - Murmurou a Uzumaki, contrariando suas próprias palavras. - Nós somente passeamos depois da tarde de treinamento.

– Encontro, passeio, chame como quiser. - Decretou a rosada. - O que aconteceu entre você e o Iniko foi tão ruim assim para você nem querer me contar?

– Não! - Niji exclamou sem querer, mas logo voltou a enterrar o rosto numa almofada. - Foi até... m-muito bom.

– Muito bom? - Saori repetiu. Pensou um pouco, o que poderia ter acontecido de muito bom num encontro entre um garoto e uma...? - Oh! - Encarou a amiga, primeiro incrédula, mas aos poucos abriu um sorrisinho malicioso. - Uzumaki Niji, não me diga que ele te beijou?

Niji não respondeu, apenas interrou ainda mais o rosto, que parecia em brasas. Mas balançou a cabeça de leve. Assentindo.

– Kyaa!!! - Saori não conseguiu conter o grito. - Ai, como eu queria ter visto isso! Deve ter sido incrível! É... - O ânimo da rosada começou a diminuir, vendo que a amiga continuava de cabeça baixa. E ela desconfiava que não era só pela timidez. - O que foi, amiga? Não me diga que ele se desculpou depos de te beijar? Essa é a pior coisa que um cara pode fazer.

– Não... - Niji negou. - Ele até... di-disse que que queria fazer isso... a bastante tempo.

– Oh. - Saori se surpreendeu. Sorriu mais uma vez, agora ternamente. - Bom, eu acho que ele podia mesmo querer te beijar a um tempo. Afinal, ele é dois anos mais velho que você, já tem dezesseis. - Comentou, tentando animar um pouco a amiga. - E acho que não deve ter sido tão ruim pra você, afinal você gosta do Iniko. Não gosta?

– Sim. - Niji respondeu baixinho, finalmente descobrindo o rosto ainda vermelho, que continha um sorriso. - Eu gosto muito do Iniko-kun.

– E então, qual o problema? - Indagou Saori.

– Não há problema. - Niji largou a almofada, para encarar a amiga. - Eu só... não sei o que fazer agora.

– Pois eu te digo! - A Uchiha se levantou de supetão, apontando um dedo na cara da ruiva. - Vá atrás dele agora e diga o que sente!

– Agora? - Os olhos de Niji se arregalaram.

– Claro que é agora! - Exclamou. - Niji, ele falou que queria te beijar; praticamente declarou que gosta de você.

– E-ele declarou? - As bochechas da ruiva esquentaram.

– Niji, acorda!! - A rosada acabou gritando, mas ela pouco se importava. Era a felicidade de sua amiga que estava em jogo ali. - O garoto que você gosta desde os sete anos e ama desde os onze praticamente admitiu que gosta de você. Vai atrás dele!

– E-eu vou pro clã ás seis hoje, não posso esperar até lá? - Niji pediu.

– Esperar cinco horas? Nem pensar! - Negou a rosada. - Só penteia esse cabelo e vai, anda! - Mandou, tirando uma escova de cabelos do sacolão e dando para Niji. - Não entendo essa sua mania de deixar o cabelo do jeito que está quando acorda. Seu cabelo é curto, mas ainda precisa de cuidados.

– Hehe. - A ruiva apenas riu sem-graça.

♡♥♡♥♡♥♡

Depois de, literalmente, fazer o que Saori mandou, Niji agora corria pelas ruas de Konoha. A Uchiha tinha rasão, ela precisava falar com Iniko.

Niji não sabia direito quando havia se apaixonado pelo garoto. Desde que o conheceu, admirou-o; ele parecia ser tão forte... Mas então o tempo passou. Por sua admiração, ela pediu que ele a treinasse quando começou seu treinamento no clã Hyuuga, e foi aí que tudo começou. A Uzumaki foi conhecendo quem era Hyuuga Iniko de verdade, e descobriu que, apesar de ser um verdadeiro gênio incrivelmente forte e habilidoso, ele ainda era humano. Ainda era um garoto como todos os outros; generoso, meio inseguro, e com sonhos. E Niji, simplesmente, se encantou por esse garoto comum.

– Iniko-kun! - Ela exclamou, vendo o garoto que tanto procurava indo para o dojo onde sempre treinam.

– Niji-sama? - Iniko parou, estranhando ver a Uzumaki ali. - O que...?

– Não diga nada, por favor. - Niji pediu, antes que ele completasse. Com a respiração meio ofegante e o rosto vermelho, ela reuniu toda a sua corajem e o encarou. - Eu quero saber: Você gosta de mim?

Direta nunca foi um adjetivo que alguém pudesse usar para descrever Niji; porém, naquele momento, apenas esse podia descrevê-la. O Hyuuga se surpreendeu, tanto com a atitude da ruiva, quanto pela pergunta.

– É claro que gosto. - Ele sorriu, o sorriso que Niji tanto conhecia e adorava: simples, singelo, porém único. Mas o que ela não sabia era que por dentro, o garoto tremia de nervoso. - Quem não gostaria de...

– Não é disso que estou falando! - A ruiva exclamou, assustando-o. Niji ainda estava com o rosto corado, mas agora seus olhos estavam marejados, na ameaça de lágrimas. Aquela visão abalou Iniko, tudo o que menos queria era fazê-la chorar. - V-você... você me beijou ontem e... disse que queria isso a bastante tempo. Então eu preciso saber, Iniko-kun! Preciso saber porque... - Inspirou bem forte. Seria agora. - Eu amo você!!

E sobrou o silêncio, apenas quebrado pelo farfalhar das folhas no vento. Niji tinha fechado os olhos, não lhe restou corajem para ver a reação de Iniko; e sentir seu coração batendo forte contra a caixa toráxica não ajudava a se acalmar.

Já Iniko estava sem reação, sua face era a representação viva do puro choque. Mas essa expressão durou poucos segundos, antes que um minimo sorriso nascesse em seus lábios.

– Niji-sama. - Ele a chamou. E ela reabriu os olhos ao notar o tom alegre do garoto. - Isso que você disse é sério?

– Ahn... Aham... - Niji respondeu num murmúrio, olhando para os próprios pés.

o garoto mal conseguia respirar. Ficou paralisado, sem nem piscar. Niji já estava ficando assustada e ia perguntar se estava tudo bem, quando Iniko teve a reação mais inesperada: Ele a abraçou.

– I-Iniko... kun? - Chamou-o, sem entender.

– Obrigado. - Agradeceu baixinho, apertando um pouco mais o abraço. - Obrigado por me corresponder.

♥♡♥♡♥♡♥

Umas horas depois, na casa dos Uchiha:

– Tadaima! - Falou Saori, entrando em sua casa. Mas não obteve resposta. - Mãe? Sarada-nee-san?

– Saíram! - Alguém respondeu de sala. A rosada foi até lá e, como suspeitava, viu Itachi estirado no sofá, jogando em seu Nintendo DS. - Achei que fosse demorar. - Falou o moreno, sem tirar os olhos do jogo.

– E ia, mas a Niji arranjou coisa melhor pra fazer. - Contou Saori, sentado num espaço do sofá que o irmão cedeu. Se não o fizesse, ela não sentaria, já que Itachi, quando deitado, ocupava o sofá inteiro e um pouco mais. É, ele era bem alto.

– Ela arranjou ou você arranjou pra ela? - Perguntou o moreno, enfim pausando o jogo para encarar a irmã.

– É... foi meio a meio. - Saori brincou. Mas logo assumiu uma postura séria. - Depois de hoje, pode ser que a Niji e o Iniko se tornem algo mais. Está tudo bem pra você?

Saori, como a boa irmã observadora e enxerida que era, sabia muito bem que Itachi tinha uma queda por sua amiga ruiva, desde a época da academia. Mas sabia também, como a boa melhor amiga que era, que Niji não sentia o mesmo. Quer dizer, ela sentia, mas por outra pessoa.

– Por que não estaria? - Itachi fingiu desinterece, voltando a olhar para o jogo. - A Niji não é nada minha além de uma ótima amiga. E eu não tenho direito de exigir mais que isso.

– Teria se tivesse dito a ela o que sente! - Saori surrupiou o DS das mãos do irmão, encarando-o. - Você nunca tentou, Itachi. Nunca tentou dizer pra Niji que gostava dela!

– E adiantaria alguma coisa? - Ele questionou. - Ela sempre gostou daquele cara, você sabe. - Suspirou, tentando se acalmar. - É como dizem: Se você ama uma coisa, deixe-a ir. Se ela não voltar, é porque nunca foi sua.

– Awn. - Saori sorriu. - Bom, você já a deixou ir. Vejamos se ela volta. "Embora eu ache meio improvável." - Acrescentou em pensamentos.

– Você não tinha levado um monte de coisas pra casa da Niji? - Itachi tentou mudar de assunto. - Cadê aquele sacolão?

– Shi, verdade, eu esqueci lá na porta! - Exclamou a rosada, levantando-se apressada. Devolveu (jogou) o DS de volta para o irmão antes de sumir corredor a dentro. - Ah, mas antes que eu me esqueça - Ela voltou rapidinho, e Itachi a fitou. - Eu sempre achei que você ficava melhor com a Reiko.


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