A Nova Uzumaki escrita por Fujisaki D Nina


Capítulo 13
O teste final - Parte 2




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– De todos os alunos que se formam na academia, geralmente apenas nove se tornam gennin. - Moegi revelou, agora sim espantando as três crianças. - O teste final de vocês é comigo. Apenas eu posso julgar se vocês vão ou não continuar a serem meus alunos a partir de amanhã.

– EHHH?! - Os gennins não puderam evitar de exclamar.

– Mas depois de tudo o que a gente passou... para quê serviu o teste de graduação então?! - Keitaro questionou.

– O teste de graduação serve para selecionar os mais aptos a se tornarem gennins. Mas apenas o jounnin encarregado do time pode propôr um exercício final e decidir se os alunos continuam seu caminho ou voltam para a academia.

– Academia?! - Exclamou Saori. - Se não conseguirmos achar uma florzinha idiota vamos voltar para a academia?!

– É claro que não. - Moegi sorriu docemente, e por um segundo as crianças relaxaram. - Mas se a "florzinha idiota" sofrer algum dano, sim. - Falou, vendo o olhar dos três se tornar confuso. - Deixem-me explicar: o teste que eu fizer com você terá que ser um verdadeiro desafio. Eu até poderia dizer que seria uma competição, e quem achasse a flor primeiro não voltaria para academia, mas isso seria um desafio de trabalho em equipe. Vocês são amigos, se conhecem a muito tempo, logo algo assim deria inútil. Sem falar que temos aqui alguém com os olhos dos Hyuuga, uma aspirante a ninja médica que já deve no mínimo saber a diferença e um Inuzuka. - Balançou a cabeça em negação. - Não, o desafio de vocês será outro: Depois que acharem a flor, eu vou fazer de tudo para roubá-la de vocês.

– Então nós temos que proteger a flor. - Niji dedusiu. - Tipo uma missão de proteção.

– Isso mesmo. - A sensei respondeu. - Se até o sol se pôr, vocês ainda estiverem com a flor intacta, estão aprovados. Se não, voltam os quatro para a academia. Podem começar!

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– Saori, Kentaro-kun, aqui tem outra diferente! - Niji avisou, apontando para uma flor específica no meio de tantas outras. Ela usava seu Byakugan para procurar cada flor que tivesse a mínima diferença das outras.

– Cadê? Deixa eu ver. - Pediu Keitaro. Ele checava com seu olfato se a diferença que Niji via era significativa ou não. - O cheiro é diferente. O que você acha, Saori?

– Hum... - A Uchiha se aproximou e comparou bem a flor mostrada pelos amigos com a do livro sobre plantas que tinha em mãos. - Não, não é essa. O cheiro é diferente porque é uma das venenozas.

– Então vamos continuar procurando. - Keitado decretou. - Niji.

– Certo. - Assentiu a Uzumaki. - Byakugan!

E os quatro voltaram a procurar.

De longe, Moegi observava o trabalho deles com um discreto sorriso. Aqueles garotos estavam indo bem, como ela imaginava. Havia feito bem em não dar um teste de trabalho em equipe, era claro que eles sabiam trabalhar juntos.

Mais um tempo se passou, quase uma hora de acordo com a posição do sol, quando as crianças finalmente encontraram a flor.

– Essa é a última diferente que eu consegui ver. - Declarou Niji, se ajoelhando em frente a uma flor, assim como os amigos.

– O cheiro dessa é bem diferente. - Keitaro falou. - Mas o veredicto final é seu, Saori. - Deixou a amiga ver melhor.

– Hum... - Mais uma vez, a rosada comparou a flor à sua frente com a imagem em seu livro. E depois de uma analise bem detralhada, um grande sorriso tomou seu rosto. - É essa! Nós achamos, é essa!! - Começou a comemorar.

– Poxa, quando a sensei disse que era uma e apenas uma, ela não estava brincando. - Keitaro suspirou de alívio.

– E falando na Moegi-sensei - Niji começou, o tom sério chamando a atenção dos amigos. - vocês acham que deveríamos falar para ela que achamos a flor?

– Ué, claro. - Respondeu Kentaro. - Por que não?

– Porque assim ela vai poder atacar a gente. - Saori explicou.

– Ih, é verdade. - O inuzuka pareceu entender. - Mas então o que faremos?

– Nós poderíamos não contar pra ela. - Sujeriu a Uchiha. - Pensem bem. Se nós fingirmos procurar a flor até anoitecer, que é o praso que ela deu, a sensei não vai poder atacar e nós teremos mantido a flor a salvo.

– É um bom plano. - Aquela voz causou um arrepio nos três gennins. Eles se viraram e deram de cara com Moegi, de braços cruzados como se os repreendesse. - Mas você se esqueceu que esse teste é uma simulação de uma missão de proteção, quero ver se vocês tem habilidades de proteger algo ou alguém. Eu poderia até não saber que vocês tinham achado a flor, mas vocês acham que durante uma missão real o inimigo se preocuparia com isso? Não, ele atacaria sem piedade e descobriria por si mesmo.

– Desculpe, Moegi-sensei. - Niji pediu, meio cabisbaixa. - Foi só uma ideia.

– Tudo bem. - A mulher suspirou, dando um sorriso. - Para a sorte de vocês, eu sabia qual era a flor certa então não tinha como me enganarem.

– Por que para nossa sorte? - Indagou Kentaro.

– Ora, porque a tarefa principal de vocês é proteger a flor de mim. Se anoitecesse e vocês "ainda não tivessem encontrado", seriam mandados de volta pra academia altomaticamente. - Moegi declarou, chocando seu time de gennins mais uma vez naquele dia.

– Mas... e agora, sensei? O que faremos? - Perguntou Saori.

– Hum... - A mulher olhou para o céu. - Se o sol não está errado, e nunca está, já são duas da tarde. - Voltou a fitar os alunos. - Vou dar a vocês um tempo para se prepararem. Quando der três horas, o verdadeiro teste começa. E não acaba até escurecer. - Dizendo isso, sumiu numa nuvem de fumaça.

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– Muito bem, ao todo nós temos: 25 kunais, 18 shurikens e 9 bombinhas de fumaça. - Saori terminada de checar a quantidade de armas que tinham. - É, acho que dá para aguentar três horas. Algum sinal da sensei, Niji? - Perguntou para a amiga, que estava em uma árvore olhando a área ao redor com seu Byakugan. Vai que Moegi decide atacar mais cedo.

– Nada ainda. - Respondeu a Uzumaki.

– Só tem a gente aqui. - Declarou Kentaro, chegando junto com Hachiko. - Sejá lá onde a Moegi-sensei foi, não é perto daqui.

– Então vem me ajudar a separar nossas coisas antes que ela chegue. - Saori pediu, e o Inuzuka foi.

– Você acha mesmo que só isso dá pra gente vencer a sensei? - Ele perguntou, vendo que, quando dividido em três, o que tinham não era muito.

– Vai ter que dar. - Suspirou a Uchiha. - Mas veja pelo lado bom, só tem mais três horas antes de escurecer.

– Ainda? - Keitaro reclamou, sentindo seu estômago roncar. - Por que tanto? Eu estou morrendo de fome.

– É eu também. - Saori murmurou. - E você, Niji? - Perguntou para a amiga, entranhando ela parecer tão bem.

– Ahn? - A Uzumaki se virou, revelando em suas mãos... uma maçã vermelhinha! - Me chamou, Saori?

– AH, sua traíra!! - Gritou a Uchiha. - Tem maçãs nessa árvore e você nem oferece pra gente?!

– D-desculpem. Vocês querem? - Niji ofereceu, pegando mais duas maçãs.

– Eu preferia um filé, mas já que não tem, vai maçã mesmo. - Keitaro resmungou.

– Já desce daí, Niji. - Mandou a rosada. - Faltam cinco minutos pra dar o horário que a Moegi-sensei falou, melhor montarmos guarda.

E Niji desceu. Os três comeram suas maçãs já em posição: cada um de costar para a flor. Para facilitar caso precisassem fugir, Saori tinha tirado a planta do solo e colocado em um potinho com terra. Não era um vaso apropriado, mas era o que tinham a mão naquele momento.

Ficaram lá, minutos a fio, esperando que Moegi atacasse. Keitaro a todo o momento cheirava o ar, para verificar se ela estava no mínimo perto. Mas nada acontecia.

– Cadê ela? - O silêncio foi quebrado por Niji. - Já faz um bom tempo que deu o horário.

– Não sei. Vai ver ela esteja tentanto nos mostrar que é importante ter paciência e sempre ficar alerta. - Supôs Saori. - Afinal, durante uma missão, o inimigo não diz quando vai atacar.

– Mas será que uma missão de verdade vai ser tão chata assim? - Resmungou Kentaro. - E ainda temos que ficar aqui nesse calor.

– Está mesmo bem quente. - Comentou Niji.

– Tomem. - Saori pegou uma garrafa de água que tinha e deu para os amigos. Também estava com calor e o sol estava de rachar.

Mas eles tinham que aguentar. E o silêncio voltou a reinar.

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Aquilo já estava irritando! Tudo bem se Moegi queria ensinar a eles a importancia da paciência, mas deixá-los esperando por horas?! Se antes tinham três horas para realizar o teste, agora tinham somente uma. Já eram cinco da tarde! Moegi tinha-os esquecido por acaso?

E para piorar ainda mais a situação, estava chovendo. Muito.

– Por Kami, aonde ela foi? - Saori questionou, olhando para todos os lados. Ela e os amigos tinham montado uma tenda, para protege-los da tempestade que caía. - Keitaro, não sente o cheiro dela? - Perguntou, vendo o amigo negar com a cabeça. - Niji?

– Nada. - A ruiva respondeu, desativando o seu Byakugan.

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E finalmente anoiteceu. Depois da tempestade, o clima esfriou considerávelmente. Se não tivessem levado cobertores, estariam tremendo de frio agora.

– Waah... Que horas são? - Keitaro perguntou depois de um bosejo.

Tanto ele quanto as garotas estavam agora deitados no chão, enrolados em cobertores e olhando para o céu distraidamente.

– Devem ser umas nove. - Saori respondeu sem realmente ligar. A verdade é que eles estavam tão cansados que nem ligavam mais para a hora ou se perguntavam por onde estava a sensei deles. Só queriam dormir.

– Acho melhor fazermos turnos. - Niji deu a ideia, esfregando os olhos. - Se a Moegi-sensei atacar, é melhor estarmos descançados.

– Quem fica no primeiro? - Perguntou Saori, embora já se ajeitasse para dormir.

– Eu ficou. - Niji se ofereceu. - Vocês estão muito cansados.

– Pode me acordar quando ficar cansada demais, tá? - Falou Kentaro, também se preparando para pegar no sono.

E assim começou o primeiro turno.

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O sol já se levantava. A noite fora calma e silênciosa, com os gennins trocando entre vijiarem ou dormirem. E Moegi não deu as caras nem uma ver.

Somente às cinco da manhã.

Keitaro e Hachiko estavam de vigia quando o cachorro, deitado no colo de seu dono, ergueu a cabeça.

– O que foi, amigão? - perguntou o Inuzuka. Foi quando viu, meio embaçado por causa do sol que se erguia logo atrás, se aproximando deles. - Moegi-sensei! - Gritou quando reconheceu a moça.

O grito acabou acordando Saori e Niji, que também olharam para frente e viram também Moegi se aproximando.

– Até que enfim, sensei! - Saori exclamou.

– Onde você se meteu? Você não ía voltar em uma hora?! - Keitaro questionava.

– Por que nos deixou aqui, sensei? - Perguntou Niji.

Porém, Moegi nada respondeu. Pelo contrário, teve uma reação nem um pouco esperada: começou a aplaudí-los.

– Meus parabéns, vocês passaram. - Decretou ela, com um sorriso.

Os gennins nada entenderam.

– Como assim passamos? - Questionou Saori.

– Vocês. Passaram. - Moegi repetiu.

– M-mas sensei... como nós passamos se você nem nos atacou? - Niji perguntou.

– Ah, é. Eu disse que para você passarem precisariam proteger a flor de mim, não é? Como se fosse uma missão de proteção. - A moça divagou. - Mas até mesmo em uma missão de proteção, sabiam que o inimigo ás vezes não aparece? - Comentou. - Eu sempre soube que vocês nunca abandonariam um ao outro, mas queria saber se, mesmo sem o inimigo aparecer, vocês ahandonariam a missão. E não abandonaram - Ela sorriu mais ainda. - É por isso que posso dizer, com sincero orgulho, que vocês agora são oficialmente o Time 6.

Os sorrisos das crianças eram enormes. Elas tinham passado!

– Eba!! - Saori e Niji pulavam de alegria.

– Somos ninjas agora!! Ninjas, Ninjas, Ninjas!!! - Keitaro também se esgoelava.

– Muito bem, vocês estão dispensados. Mas fiquem alerta porque teremos nossa primeira missão amanhã. - Moegi avisou, já se virando para ir embora. - Vamos. - Chamou, e os quatro a seguiram.

Keitaro e Saori íam converçando animadamente, enquanto a sensei os observava. Mas Niji, no momento, estava ocupada demais pensando em seu futuro.


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