A Nova Uzumaki escrita por Fujisaki D Nina


Capítulo 12
O teste final - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Oi, minha gente!!
Estou tão mais calma hoje... sei lá, acho que foi porque consegui dormir na noite passada. Esteve um calorão aqui onde moro esses dias, nem dormir direito eu estava conseguindo -.-

Mas enfim, trouxe mais um capítulo pra vocês! Responderei os comentários ainda hoje, ok?

Aproveitem e boa leitura ^^



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Eram 6 da madrugada, o sol nem se levantara direito e a maioria dos habitantes de Konoha ainda dormia tranquilamente. O que não era o caso de três gennins.

Como Moegi havia mandado, Niji, Saori e Kentaro rumavam para o campo de treinamento 8 de manhã cedinho. E a visão que tiveram ao chegarem lá, foi incrível: O campo estava coberto por flores das mais diversas cores e tipos. O nascer do sol ao fundo tornou aquilo mais lindo.

— Uau... - Saori e Niji murmuraram ao mesmo tempo.

— Fala sério, isso só pode ser brincadeira. - Resmungou Keitaro. E Hachiko apoiou com um ganido.

Quanto mais chegavam perto, mais o campo de flores se estendia. Porém, em algum momento, viram algo naquele meio que não era uma flor. Ou melhor, era alguém.

— É a Moegi-sensei! - Saori exclamou ao reconhecer a figura da mulher. - Oee, sensei!!

Moegi se virou ao ouvir alguém lhe chamando e reconhecendo seus três alunos, se levantou e foi andando calmamente até eles.

— Vocês estão atrasados. - Declarou, assim que ficou a frente deles, pegando as crianças de surpresa.

— Como assim? - Keitaro foi o primeiro a exclamar.

— Nós chegamos cedinho, como você mandou. - Argumentou Saori.

— Eu disse para chegarem bem cedinho. - A sensei rebateu. - E isso significa umas cinco da madruga.

— Mas você não explicou direito, caramba! - Kentaro esbravejou. - Podia só ter dito o horário logo de uma vez!

— Opa, calma aí, rapaz. - Falou Moegi. - Por que já está tão bravinho a essa hora da manhã?

— Por que?! Por que?! Eu vou te dizer o porquê! - O Inuzuka se exaltava mais a cada minuto. - Porque além de eu ter duas garotas como companheiras de time, desde ontem eu descobri que minha sensei também é uma garota! O que você acha que pode me ensinar? Eu preferia mil vezes ter aquele cara com a cicatriz no rosto como sensei!

E acabou. Kentaro, ofegante pelo discurso que foi gritado, apenas encarava Moegi com a expressão ainda enraivecida. Niji e Saori estavam ambas chocadas com as palavras do amigo. Quanto à Moegi, ficou digerindo as palavras do aluno por um tempo, até que teve a reação menos esperada: ela sorriu docemente para o Inuzuka.

— Entendo. Então você acha que eu não sou qualificada para ser sua sensei só porque sou uma garota. - Deduziu. E Kentaro estava surpreso demais com aquela reação para sequer assentir. - E pela sua descrição, você gostaria de ser aluno do Kaoru-kun, um cara alto, de voz grossa e com uma cicatriz enorme no rosto. - Dessa vez ele concordou. - É, boa escolha, ele é mesmo um grande Shinobi. - Ela falou como se fosse um assunto corriqueiro. - Sabia que Kaoru-kun lutou na Quarta Guerra Ninja? Foi lá que ele ganhou aquela cicatriz inclusive. Ele era extremamente jovem na época, viu tantas mortes que ficou traumatizado e ficou num centro de reabilitação durante cinco meses quando tudo acabou.

Enquanto Moegi parecia contar uma história para o aluno, Niji e Saori se entreolhavam, perguntavam-se onde a sensei queria chegar com aquilo.

— Kaoru-kun não tem mais permissão para fazer missões acima de nível C, porque pode ter uma recaída e perder o controle. - Moegi continuou. - Na verdade, ele nem deveria ter se tornado um sensei, mas o psicólogo que o acompanha até hoje achou que seria bom pra ele. Kaoru-kun é realmente um homem perigoso. Mas você sabe o que é mais perigoso do que ele, Keitaro?

— O que... ? - O Inuzuka indagou. Porém, a sensei simplesmente desapareceu diante de seus olhos. Sério! Num segundo ela estava ali na sua frente, e no outro não estava. - Pra onde ela...

Keitaro não conseguiu completar. Um arrepio lhe atravessou todo o corpo ao sentir uma ponta afiada em sua nuca.

— Mais perigoso que o Kaoru-kun - A voz de Moegi soou. Ela ficou atrás do aluno, precionando uma kunai contra a nuca do mesmo. - É falar algo tão machista perto de mim de novo.

E tudo ficou em silêncio. Kentaro continuava em choque, Niji e Saori congeladas pelo que viam e Moegi ainda com a kunai em mira.

— P-por favor. - Niji foi a primeira a se pronunciar. - Deixe o Kentaro, Moegi-sensei. Ele não fez por mal.

— É! Ele fala essas bobagens de vez em quando, mas acredite, não é pessoal! - Saori apoiou.

"Hum... pelo menos eles cuidam um do outro." - Observou a sensei. - Isso é verdade, Kentaro? - Perguntou, ainda empunhando a kunai.

— É-é, sim! - O Inuzuka respondeu, suando frio. - Me desculpe, Moegi-sensei, é que eu não dormi muito bem essa noite. - Suspirou quando sentiu finalmente a kunai se afastar de sua nuca.

— Você está cansado, é? - Indagou ela, levantando-se. - Então pode dormir um pouquinho. - E deu um golpe certeiro na do garoto.

As meninas assistiam chocadar o corpo do amigo cair inerte no chão, e o único som ainda ouvido eram os latidos de Hachiko.

— Ora, vamos, não me olhem assim. - Pediu Moegi, vendo as alunas a olharem incrédulas. - Ele mesmo disse que estava cansado, só o ajudei a pegar no sono mais rápido. - Explicou. Mas Hachiko continuava a latir; aquilo já estava irritando-a. - Calado! - Ela mandou. E Hachiko realmente parou de latir e abaixou a cabeça.

"Até o cachorro está precisando de treinamento. Vai ser mais complicado do que eu imaginei." - Ela suspirou.

— Bem, vocês querem ficar aqui de pé, ou preferem relachar na sombra de uma árvore até ele acordar? - Questionou Moegi, pegando Kentaro e o arrastando até uma árvore.

Niji e Saori a seguiram, juntamente com Hachiko.

— Mas o que vamos fazer até que ele acorde, sensei? - Perguntou a rosada.

— Estão com fome? - Moegi respondeu com outra pergunta, mostrando três bentous.

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Algum tempo depois, Kentaro acordou. Ele até começou a gritar com a sensei, mas a lembrança da kunai em sua nuca o fez se calar.

— Muito bem, me sigam vocês três. - Moegi mandou, já de pé. Hachiko deu um latido em protesto. - Desculpe; vocês quatro. - Ela se corrigiu.

Os gennins se levantaram e foram atrás da sensei. Já deveriam ser umas sete, oito da manhã. Eles andaram por entre o campo de flores até que chegaram em uma outra parte. Diferente do resto, as flores daquele lugar eram completamente idênticas (pelo menos de longe), brancas e com a parte inferior das pétalas levemente arroxeadas.

— Estão vendo aquelas flores brancas ali? - Moegi perguntou quando pararam. E as crianças assentiram. - De longe, elas parecem todas iguais, mas existem mínimas diferenças. A maioria delas pode servir para fazer um bom perfume, já outras tem um veneno mortal quando ingeridas. Mas uma, e apenas uma, pode fazer um delicioso chá. A missão de vocês é encontrar essa flor.

Aquilo chocou o trio de gennins. Eles não iriam só treinar hoje? Mas mesmo que fossem em alguma missão, por que aquilo?

— Espera aí, que história é essa? Você não disse que teríamos uma missão! - Que protestou foi Saori.

— É porque isso não é bem uma missão, está mais para um... exercício de treinamento. - Moegi explicou.

— Mas, sensei, nós já fizemos todos os exercícios necessários na academia. - Niji argumentou.

— Mas é claro, ninguém contou a vocês. - A mulher bateu na própria testa, falando mais consigo do que com os alunos. Não é de se admirar, isso costuma ser uma surpresa mesmo.

— Mas do que é que você está falando? - Keitaro não estava entendendo nada.

— De todos os alunos que se formam na academia, geralmente apenas nove se tornam gennin. - Ela revelou, agora sim espantando as três crianças. - O teste final de vocês é comigo. Apenas eu posso julgar se vocês vão ou não continuar a ser meus alunos a partir de amanhã.


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