Namorado "Inventado" escrita por Luh Marino


Capítulo 15
Capítulo catorze


Notas iniciais do capítulo

Assista ao trailer da fanfic aqui: https://www.youtube.com/watch?v=mbHeLpQKFMQ&feature=youtu.be
E ouça a playlist inspiradora aqui: http://open.spotify.com/user/callmeluh/playlist/2MMzq8V7Ay58rxSviNFn1s



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/578932/chapter/15

Emy? — A voz dele me fez tremer e por pouco eu não voltei a chorar.

Fazia quase uma semana desde que eu havia ido em casa e conversado com George. Pensei, pensei e pensei mais um pouco e decidi que iria, sim, terminar com Ash e tentar com Edmund. Não tinha colocado nenhuma parte desse plano em ação, pois apenas a ideia de falar com Ashton me deixava um pouco enjoada e triste demais para o meu próprio bem.

Emily? — Ele perguntou de novo e eu voltei à realidade.

— A gente... A gente precisa conversar.

A linha ficou em silêncio e eu imaginei que ele soubesse do que iria se tratar a conversa.

Tudo bem. Eu acho.

— Não dá pra continuar isso. — Soltei de uma vez. Segurar estava começando a machucar.

E eu não aguentava mais dor.

— "Isso" O que?

— A gente.

Silêncio novamente.

Pensei que "a gente" não existisse. — Zombou, e eu soube que ele estava bravo.

— E eu, por um momento, pensei que pudesse existir. Mas aparentemente não. — Resmunguei, minha tristeza passando a ser raiva. — E quem você pensa que é pra ficar com raiva? Você que começou isso!

Eu? — Quase gritou. — Que eu saiba, foi você que bateu na porta da minha república em plenas dez da noite implorando pra que eu fizesse parte de um namoro falso com você!

— Desculpa por te meter nessa, então! — Exclamei, e percebi que iria chorar de novo.

Meu deus, eu devia estar na TPM pra estar tão sentimental. Pensando bem, eu estou de TPM faz um bom tempo. TPM infinita. E eu pensando que não tinha como a desgraçada piorar.

— Não se preocupe, não vou mais te incomodar com nada disso. — Falei, num sussurro.

Emy, espera... — Ele chamou, a voz voltando ao tom suave de sempre, mas eu ignorei e desliguei o telefone, me jogando no sofá e cobrindo o rosto com os braços.

–x-x-x-

Acho que é bem claro que eu passei a tarde chorando. Quando Taylor chegou da casa de Eric, no começo da noite, e me viu largada no sofá, de cara inchada e uma playlist depressiva tocando no celular, acho que quase teve um colapso.

Um fato sobre a Taylor: ela odeia ver pessoas tristes.

Ela odeia tristeza.

Acho que é porque ela sempre foi feliz demais.

Passou um tempo apenas abraçada comigo antes de perguntar o que tinha acontecido. Quando eu contei, acho que ela quase teve outro colapso.

— Você acha que eu fiz a coisa certa? — Perguntei quando finalmente consegui parar de chorar.

— Bem provável. Quero dizer, ele fez merda, e você tem o direito de ficar puta. Mas, talvez, você só esteja abalada com o que Ellinor disse. Vai saber até que ponto aquilo é verdade? Vai saber há quanto tempo ele falou aquilo? — Questionou, e eu pensei até que ponto ela tinha razão.

— Bom...

— Talvez ele mereça outra chance.

Confirmado: Tay é a maior tiete do Ash que já existiu.

E existiram muitas.

— Ah, Taylor, não sei... Me magoou muito, sabe? Ele era meu melhor amigo...

— Era? — Se levantou do sofá. — Ah, não.

Que?

— Ah não! Você vai deixar de ser amiga dele também?

— Taylor! O que ele fez não me deixou magoada como namorada, seja falsa ou de verdade. — Expliquei. Não era óbvio? — Me deixou magoada como melhor amiga de infância dele! Saber que ele pensava aquilo me deixou puta não pelo pensamento em si, mas por saber que outras pessoas pensavam assim de mim e ele concordava! Mesmo sabendo o quanto eu odeio esse infeliz desse pensamento!

— Bom... Ah, é verdade. Nem sei por que to defendendo ele. — Disse, voltando a sentar ao meu lado no sofá. — To do seu lado, viu? Sempre.

E esse era o maior motivo pelo qual eu amava Taylor. Apesar de nos conhecermos há pouco tempo, ela se importava comigo assim como eu me importava com ela. Ela era a irmã mais nova que eu nunca tive, que eu sonhei em ter e pensei que teria quando Abby chegou.

Ela era importante.

Apesar de praticamente lamber o chão que Ashton pisava.

Mas isso era passageiro.

Espero.

–x-x-x-

— Tchau, Emy! — Clary, uma garota com quem eu estava fazendo dupla em uma aula, gritou pra mim enquanto nos afastávamos na saída da faculdade. Acenei e sorri de volta.

Devo assumir que meu namoro com Ash fez com que as pessoas passassem a falar mais comigo, me respeitar um pouco mais. Se elas eram falsas ou não, são outros quinhentos; mas elas pelo menos não me ignoravam. E eu passei a ser mais sociável, também, graças a isso. Não ficava mais tão nervosa em falar com desconhecidos.

E eu, ingênua, pensei que Ash me deixaria em paz.

Pobre de mim.

Na rua, ele estava - como sempre; acho que já narrei isso umas vinte vezes - encostado na lateral do carro, de óculos escuros e Guess what?

Minha jaqueta de couro favorita.

— Que diabos você tá fazendo aqui, Ashton? — Gritei sussurrando quando cheguei perto dele. Ele estava olhando para algum lugar ao seu lado, mas voltou o rosto pra mim quando ouviu minha voz. — A gente terminou, tá sabendo não?

— Que eu saiba, eu não concordei com isso. — Sorriu de canto e eu tive vontade de bater naquela cara linda. — Só me deixa levar pra casa. E eu prometo que te deixo em paz

Concordei, sem querer enrolar demais, e entrei no carro, não sem antes ouvir um sussurrado por enquanto.

–x-x-x-

O caminho até minha casa foi silencioso. Não sei o que Ash pretendia com aquela carona, já que ele não fez questão de abrir a boca pra iniciar uma conversa sequer, mas eu também não questionei. Era melhor assim.

Era estranho receber a carona dele e, quando chegarmos no meu prédio, ele não descer do carro e ir até o apartamento comigo; ou nos despedirmos com um selinho.

Eu já estava tão acostumada.

E pensar que eu provavelmente não teria mais aquilo

— Bom... Obrigada. — Murmurei, abrindo a porta e colocando uma perna pra fora.

— Emy, eu...

— Não. — Interrompi. — Só... Sinto muito, Ash. Muito mesmo. — Concluí, saindo de vez do carro e correndo para dentro do edifício.

Eu realmente não fazia ideia do que era ficar magoada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Primeiramente: PARABÉNS, MAGS! Tudo de bom nessa tua vida, boa sorte com a faculdade, seus 18 anos e seu namorado. Espero que você tenha muitos anos pela frente e não deixe nunca de acompanhar e comentar minha fic. SKFJSK Beijão!
Segundamente: me desculpem pelo capítulo triste. Espero que entendam que ele é importante para a história e o amadurecimento da Emily e que isso não significa que esse é o fim do nosso namoro inventado. Afinal, eu disse que o Ashton é bem persistente quando ele quer.
Terceiramente: quem visualizou meu perfil ultimamente, notou que eu mudei minha capa! Antes era uma divulgação de NI, mas agora é uma divulgação nova (yay!). Está lá desde o dia 28! Creidim é a próxima história que eu vou postar aqui, ela é de fantasia e eu AMO ela de paixão! Se quiserem, posso postar uma prévia dela! Um pedacinho do prólogo ou algo assim. ^-^
E quartamente, eu quero lhes perguntar uma coisinha. É o seguinte: Eu tenho um grupo para essa minha fic (NI) e algumas outras no facebook, mas só quem participa são as leitoras da versão interativa da fanfic. Vocês gostariam de entrar também? Se sim, comentem aí e eu posto o link aqui na próxima att!
Espero que tenham gostado do capítulo.
Qualquer erro, é só comentar ou me mandar uma MP que eu corrijo na hora!
Críticas construtivas são sempre bem-vindas, mas não deixe a educação de lado.
Beijos e até a próxima!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Namorado "Inventado"" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.