Apenas uma otaku escrita por Flamie


Capítulo 3
Um cliente inesperado


Notas iniciais do capítulo

Saya e Victoria realmente se tornaram amigas, pelo menos é isso que a garota dos cabelos dourados diz, até onde irá essa amizade?



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Faltava apenas alguns minutos para tocar o sinal da penúltima aula, Victoria confortava Sayagi em seu peito, que aos poucos se afastou enxugando algumas lágrimas sorrindo e disse:

– Valeu Victoria, você realmente é gentil.

– Não me chame assim, pode apenas me chamar de Vic ta? Somos amigas não é?

– S-Sim...acho que sim, mas eu não sei muito bem o que é isso sabe? Até porque nunca tive uma. – Dizia forçando um sorriso.

– Não fique pensando muito nisso, para tudo tem uma primeira vez né? Eu vou te chamar de Saya, porque eu acho que fica mais bonitinho.

O rosto de Sayagi corava levemente enquanto sorria, ninguém além das pessoas de sua família a chamavam de “Saya” aquela seria a primeira vez que alguém sem ligação sanguínea, dirigia-se a ela de forma tão íntima. A garota ficou em silêncio até dizer:

– Tudo bem, pode me chamar de Saya.

Após dizer aquilo, Sayagi olhou para seu relógio de pulso e para o da parede que ficava em cima da porta de uma sala de aula, os dois estavam exatamente no mesmo horário e faltava apenas 1 minuto para o fim da penúltima aula. Victoria já havia notado aquele tempo, mas ficar ali estava divertido e não queria que terminasse, porém tudo que começa acaba. A garota pegou na mão de Saya e correu pelos corredores em direção a sala de aula.

– Vamos Saya, ainda da tempo de pegarmos a ultima aula.

– Não acha que vamos ter problemas? Matamos uma aula né, os professores já devem estar cientes.

– E daí? Somos as melhores alunas dessa escola, acha mesmo que farão algo para prejudicar nossa imagem? Fique tranquila.

– Mesmo assim, de você todo mundo gosta, já eu... – Baixou a cabeça enquanto Victoria a guiava.

– Você é minha amiga agora, eu me importo com você então para de pensar nos outros.

Sayagi olhava impressionada para Victoria, por mais que tentasse não acreditar naquelas palavras, não conseguia porque havia muita sinceridade em tudo que dizia, pelo menos era assim que Saya enxergava. As duas chegavam a tempo para o início da ultima aula, estavam um pouco ofegantes, mas assim como Victoria disse, professor algum ou aluno tentou puni-las, apenas fingiram que nada havia acontecido. Todos olhavam estranhamente para Sayagi que chegava junto com Victoria, esses olhares eram substituídos por de dúvidas pois Victoria mudou de lugar com uma garota que sentava ao lado de Saya, apenas para poder conversar com ela. As horas passaram rapidamente até que finalmente todos pudessem ir embora. Tsunemori arrumava sua mochila e Victoria em pé ao seu lado disse:

– Vamos para casa juntas Saya?

– Eh? Você mora perto de mim?

– Duas ruas depois da sua, pensei que soubesse.

Porque diabos eu teria que saber disso? Eu nem falava com você. – Pensou Sayagi

– N-Não sabia, de qualquer maneira não podemos.

– Por quê?

– Eu trabalho meio período em uma loja de games e acessórios em geral.

– Hum...entendi, acho que vou com você.

– HEIN? Mas você é de uma família muito rica, não precisa trabalhar.

– Eu sei, mas quero passar, mas tempo ao seu lado entende? Para que possamos nos conhecer melhor. – Esboçou um pequeno sorriso após tombar levemente a cabeça para o lado.

– Ah...pelo que me lembro meu chefe precisava de mais uma ajudante, tentarei fazer algo por você só não garanto nada viu?

– Ta bom, só tenta.

Após aquela pequena conversa, as duas garotas saiam da sala de aula conversando, rindo e Yamamoto observava Sayagi até o momento em que ela passou pela porta da classe. Alguns minutos depois da partida de Tsunemori, Yamamoto arrumava seu material até uma garota alta aparecer na sua frente dizendo:

– Vamos para casa Shiro.

– Eu já disse que não precisa me esperar, você pode frente Hana.

– Não, eu gosto de ir embora com você então sem reclamar.

Shiro soltava um longo suspiro, ao terminar de arrumar seu material, saiu junto da garota em direção ao portão principal da escola. Já nas calçadas da rua, o rapaz caminhava tranquilamente com aquela jovem alta, cabelos escuros e longos, pele pálida, olhos azuis que chamava atenção de todos que passavam por eles, parecia uma modelo com tanta beleza. O silêncio entre os dois durou apenas meros minutos até ela iniciar um diálogo:

– Sabe dos boatos que somos namorados Shiro?

– Sei sim, o que tem isso?

– Porque não diz que é mentira? Assim deixa claro que não temos nada.

– Nós dois sabemos que é mentira, não vejo necessidade de falar alguma coisa.

– Para ser sincera eu não me importo com isso, até quero que realmente seja verdade Shiro.

– Hana não começa, já falamos sobre isso.

– Só porque somos primos não podemos namorar? Somos primos não irmãos, me da uma chance.

– De qualquer forma somos parentes, eu não acho isso certo.

– Você é Yamamoto Shiro e eu Akio Hana, apesar de sermos parentes isso não impede de gostar de você.

– Eu admiro que goste tanto de mim, mas você é apenas minha prima.

Shiro sorriu e beijou a testa da garota, a conversa dos dois foi longa e nem repararam o quão rápido andaram, ambos estavam parados no portão de uma casa na qual tinha uma placa ao lado da caixa de correio com a seguinte escrita “Yamamoto”. Hana suspirou e antes de Shiro entrar no portão de sua casa perguntou:

– Posso vir na sua casa mais tarde? Umas 16:00h talvez?

– Pode sim, eu vou sair daqui a pouco, mas acho que esse horário estarei aqui.

– Ok, até mais Shiro. – A garota acenou sorrindo e continuo sua caminhada para casa.

Do outro lado da cidade em uma pequena loja de games, estavam Victoria e Sayagi conversando com um homem de aparentemente trinta e cinco anos.

– Então chefe, esta é minha amiga Victoria e ela está interessada na vaga. – Disse Tsunemori apontando para amiga.

O homem andou em volta de Victoria analisando a garota da cabeça aos pés, mas como era um pervertido de primeiro parou seu olhos nos seios da jovem e disse:

– Hum...você tem peito para esse serviço. – Riu maliciosamente.

– Tenho certeza que falou isso na malícia, seu velho sem vergonha. – Disse Saya irritada.

– Obrigado senhor, farei o meu melhor. – Fez uma breve reverência enquanto sorria.

– Não tem de que, a Saya-chan vai te mostrar o lugar para colocar o uniforme, boa sorte.

Após dizer aquilo o senhor retirou-se da presença das duas caminhando para seu balcão, Saya pegou na mão de Victoria e caminhou em direção aos vestiários, o que não demorou muito pois era perto da entrada da loja. Enquanto se trocavam, Victoria olhou para Saya admirada com as roupas de baixo da garota, eram exatamente da cor de seus cabelos e talvez aquilo fosse proposital então disse:

– Mas que fofa você é Saya, combinou suas roupas de baixo?

– N-Não é que...eu... – Dizia envergonhada totalmente sem jeito.

– Não precisa esconder, pode dizer.

– Sim...eu gosto dessa cor, para ser sincera gosto de combinar.

– Own’ que vontade de te apertar, vem aqui sua fofa.

Victoria agarrava Saya pelas costas enquanto apertava as bochechas da jovem, ambas ainda estavam seminuas e os risos podia ser escutados pelo dono da loja no balão que disse:

– Ah, essa juventude... – Riu e voltou a ler o jornal que tinha em mãos.

As garotas demoraram quinze minutos para colocar o uniforme e saiam do vestiário rindo, Sayagi estava vermelha rindo enquanto Victoria saia agarrada na cintura da garota sorrindo em meio aos risos.

– Vic, para com essas coisas sua mala.

– Mas você gostou.

– Estamos em horário de trabalho, não para ficar brincando no vestiário. - Fazia um pequeno bico emburrada.

– Ok, prometo não fazer mais. – Esboçou um pequeno sorriso.

– Sei...pode ir arrumando as prateleiras de jogos, eu fico no balcão.

– Porque você fica com o mais fácil?

– Porque eu sou mais velha e você é a novata então para de reclamar e faz.

Victoria caminhou emburrada até a prateleira de jogos enquanto Saya ficava rindo. O sino que ficava na entrada na loja tocou ao ter a porta aberta e Sayagi disse:

– Seja bem vi...

– Tsunemori? Você trabalha aqui? – Perguntou Yamamoto.

O garoto que entrava na loja não era ninguém menos que Yamamoto Shiro, naquele mesmo instante o coração de Sayagi disparava e seu rosto começava a corar com cada passo que ele dava, a garota não conseguiu responder rapidamente a pergunta feita por Shiro que já estava debruçado no balcão aguardando uma resposta com um sorriso no rosto. Victoria apenas observava de longe pensativa esperando o momento certo para ajudar a amiga que parecia não lidar com a situação.


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Notas finais do capítulo

Um cliente que Saya não esperava aparece no seu trabalho, Yamamoto Shiro! O que acontecerá com esse maravilhoso encontro do destino?



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