Apenas uma otaku escrita por Flamie


Capítulo 13
Capítulo Final: Uma otaku realizada


Notas iniciais do capítulo

Hoje estou finalizando minha primeira fic, não tenho certeza de como ficou, mas fiz o meu melhor e espero que tenha gostado de acompanha-la até aqui, estou muito agradecido a todos os meus poucos leitores, muito obrigado >..



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– Atchim! Ai… não acredito. – Hana pegava um lenço ao lado de sua cama, e passava-o no nariz, que estava bastante vermelho. – Como isso pode acontecer em uma noite? Justamente hoje que eu tinha combinado de sair com aquele garoto, fico de cama... sou muito azarada.
A garota soltava um longo suspiro, enquanto se enrolava na coberta. Estava com frio devido ao resfriado que pegou em uma noite, graças ao tempo que ficou embaixo da chuva no dia do parque. Sua saúde nunca foi das melhores e ela sabia disso. Quando estava quase pegando no sono ouviu algumas batidas na porta, e isso fez com que a garota virasse para aquele lado, dizendo: - Pode entrar.
– Opa. – Dizia um rapaz ruivo com um prato de sopa na mão, após abrir a porta e fechá-la atrás de si.
– A-Akira? M-Mas... o que diabos está fazendo aqui? O combinado era à noite... – As bochechas da garota coravam muito ao ver o rapaz, já não sabia se era por causa da febre ou da vergonha.
– Bom, eu imaginei que você ficaria doente, então resolvi verificar se estava bem... quando toquei a campainha sua mãe atendeu e me disse que estava de cama. Ela tinha uma sopa pronta para levar, mas eu me ofereci para trazer, já que viria ao seu quarto... hehe – Esboçou um pequeno sorriso.
– Imaginou? Francamente... você ficaria aqui mesmo se eu não estivesse. – Virou a cara, emburrada.
– Nossa, como você acertou? – Piscou os olhos algumas vezes.
– Eh? Sério? – Ela riu, um pouco sem graça.
– Claro, mais deixando isso de lado, vamos lá. Diga “AH”... – Akira pegava um pouco da sopa com a colher, levando-a até a boca de Hana.
– E-Espera, eu posso comer sozinha er... não precisa disso! – Dizia enquanto balançava as mãos de um lado para o outro, completamente envergonhada.
– Eu sei que consegue, só que assim é mais divertido, hehe.
– Hum... só dessa vez. – Hana fechou os olhos e abriu a boca para receber a colher de sopa.
– Isso, boa garota. – Akira passava a mão na cabeça de Hana, rindo.
– NÃO ME TRATE COMO UM CADELA! – Desferia um soco na cabeça de Akira bufando de raiva.
– Aiii... era brincadeira. – Passava a mão no local do soco com um dos olhos fechados.
– Suas brincadeiras são idiotas, garoto, por que diabos eu fui aceitar sair com você...? Estou começando a me arrepender. – Soltava um longo suspiro.
– Ta certo que você me conheceu ontem... mas eu sou um ruivo bonitão, fala a verdade.
– Bem... você até que é bonitinho, sabe bem usar as palavras para me cantar e... – Hana dizia tudo aquilo olhando para o garoto de relance, mas sempre tentava desviar o olhar para que ele não notasse. – Mas esse não é o problema aqui, por que você veio na minha casa antes do combinado?
– Você mesma já sabe, queria te ver.
– Só isso? Você me conheceu ontem.
– Mas eu te achei bonita, pensei que poderia rolar alguma coisa, sabe? – Piscou os olhos algumas vezes, olhando para Hana, sem um pingo de vergonha na cara.
– O-O que? Você é muito cara de pau, não tem vergonha nessa cara não? – Olhava para o rapaz surpresa, com o rosto completamente vermelho.
– Porque eu teria? Minha mãe sempre me disse para sempre dizer a verdade, estou falando oras, qual é o problema?
Esse cara tem um parafuso a menos, ele é muito doido. – Pensou Hana, um tanto inquieta.
– Olha só, eu acho que a gente poderia se dar bem.
– Por que acha isso? – Questionou Hana, um tanto confusa.
– Instinto masculino... hehe. – Coçava a bochecha com o dedo indicador, esboçando um pequeno sorriso.
– ISSO NÃO EXISTE! – Colocava a mão no rosto. – Quem fala isso é mulher, é totalmente o inverso... sua idiotice não tem limites.
– Sério? Minha irmã sempre fala, achei que era algo unissex. – Piscou os olhos algumas vezes.
– Hã? Ah... chega disso, não quero mais argumentar com você... ficarei louca se tentar entender essa sua mente. – Soltava um longo suspiro, enquanto fechava os olhos, mas logo os abria ao escutar o despertador de seu celular. – Parece que está na hora do meu remé...
Não houve tempo para Hana terminar sua frase, porque Akira a surpreendia com um beijo, ela arregalou os olhos surpresa, mas não pensou em se afastar porque a sensação era boa demais para falar que estava incomodada. Logo o rapaz se afastou sorrindo, e disse:
– O comprimido está na sua boca, foi inesperado só que... – Akira levou um grande tapa no rosto, que deixou sua bochecha direita completamente vermelha, ele já esperava por aquela reação porque o seu jeito de fazer as coisas nunca foi normal, apenas sua irmã conseguia entendê-lo, então seria normal Hana ficar com raiva de ter um beijo roubado. – Desculpe eu... – Akira ficou surpreso ao ver que a garota estava chorando com o rosto vermelho, mas não eram lagrimas de tristeza ou raiva, de alguma maneira ela estava feliz com o ocorrido.
– Foi meu primeiro beijo idiota... assuma a responsabilidade a partir de agora, ou eu te mato... – Hana apenas começou a chorar abraçando Akira deitando a cabeça em seu peito. – E-Eu vou tentar, vou tentar gostar de você então... por favor, tente gostar de mim Akira...
– Que lado tsundere fofo, pode deixar que eu vou tentar. – Akira sorria enquanto afagava os cabelos de Hana.
Parece que no final ela apenas queria ser amada por alguém, sua intuição feminina nunca falha mesmo Aya...

O tempo passou bem rápido e assim chegou a esperada noite de Sayagi, o namorado a convidou para ir ao festival do templo que aconteceria naquele domingo. Estava indecisa sobre o que vestir então, com a ajuda de sua mãe, colocou um kimono verde assim como seus cabelos, com flores brancas detalhadas no tecido. Ela esperava na entrada do templo um pouco ansiosa para encontrar Shiro, tentava imaginar como ele viria vestido, o cheiro de seu perfume, aquilo era realmente um encontro? De verdade? Talvez seu sonho de infância estivesse sendo realizado, valeu a pena esperar tanto.
– Hey, Saya! – Gritava Shiro, subindo as escadas com um grande sorriso no rosto.
– Shiro, você veio! – Saya sorria, acenando para o namorado.
– Claro, não teria porque desmarcar, e a propósito... você está linda. – Ao aproximar-se da namorada beijou suavemente seus lábios.
– O-Obrigada, você também. – As bochechas da garota coravam com o elogio após corresponder o beijo.
Shiro segurou a mão de Saya e caminhou para dentro do templo, assim como a namorada usava um kimono, porém era preto com a faixa dourada. Os dois passavam por diversas barracas enquanto observavam todas as aquelas decorações do local, com muito admiração. Para Sayagi, que nunca havia saído de casa para lugares como aquele, era tudo novidade, o que deixava os olhos da garota brilhando de emoção. Não parava de fazer perguntas para o namorado, que já estava parecendo um guia turístico, mas ele não se importava desde que fizesse a pessoa que amava feliz.
Ela passou por muitas coisas durante sua infância por causa de seu hobby, talvez aquele dia nunca fosse possível na mente dela, mas Shiro queria fazer os sonhos mais impossíveis daquela garota... reais o suficiente para que ficasse marcado sempre em seu coração. O casal estava sentado em um gramado longe das outras pessoas do festival, com o céu aberto para eles, era um noite estrelada com um lua muito brilhante. Os dois ficavam observando a mesma em silêncio, não sabiam o que dizer naquele momento, mas logo Shiro resolveu quebrar o silêncio dizendo:
– Parece sonho não é mesmo?
– Sim, um sonho no qual nunca quero acordar... – Esboçou um pequeno sorriso.
– Caso não seja um sonho, só precisa que o momento seja eterno, né? – Riu brevemente, olhando para Saya.
– Mas isso é impossível seu bobo, a gente vai ficar velhinhos e morreremos. – Mostrava a língua, rindo.
– Hum... isso é à parte e... – Shiro viu uma pequena pedra brilhante na grama e aproximou-se para pegar. – O que é isso? – Ao pegar o objeto notou que era um anel com uma pequena pedra brilhante, talvez fosse de algum visitante do templo, mas com todo aquele tempo não viu ninguém procurar.
– Isso me parece muito caro Shiro, devemos procurar o dono? – Ela olhava para o objeto bastante admirada.
– Qualquer um vai dizer que é dono de um anel bonito desses, tenho uma ideia melhor. – Shiro pegou a mão direita da namorada e colocou o anel esboçando um pequeno sorriso. – Ficou ótimo em você, vamos usar isso como símbolo do nosso amor, que tal?
– Eu acho que é uma ótima ideia, cuidarei com muito carinho. – Ela olhava o anel em seu dedo com um grande sorriso, mas logo agradecia o namorado com um beijo. – Te amo Shiro.
– Eu também te amo e sempre amarei. – O rapaz correspondia o beijo com carinho.

Eu nunca imaginei que um dia eu conseguiria confessar meus sentimentos para o garoto que eu gostava desde que era apenas uma criança, hoje faz um ano que estamos juntos e felizes como nunca... não sei se tudo que aconteceu durantes esse tempo que ficamos juntos foi coisa do destino, para ser sincera não acredito muito nessas coisas porque acho que tudo depende das nossas atitudes. Mas, dessa vez, tenho que acreditar que algo como sorte não pode se aplicar ao nosso relacionamento, porque hoje eu acredito que duas pessoas diferentes podem realmente ficar juntas, desde que exista um forte amor de ambos os lados. Hoje eu tenho muitos amigos, fiz as pazes com a garota que me odiava... que também encontrou alguém especial. Acho que o cupido está na ativa rs’, mas dentre todas essas boas lembranças que fiz em um ano, a que jamais vou esquecer foi o símbolo do meu amor com o Shiro: esse anel brilhante que ele me deu no festival do ano passado. O
O objeto não vale tanto, mas sim os sentimentos que ambos depositamos nele. Posso ser apenas uma garotinha para sociedade... mas hoje eu me considero uma mulher com grandes objetivos na vida, mas jamais vou deixar meu hobby que amo desde criança... assim como prometi nunca abandonar aquele que ama apenas uma otaku...

– Saya, você vai se atrasar para a escola! – Gritava um voz feminina da cozinha.
– Já vou mãe!
A garota fechava um pequeno diário de capa verde e corria em direção a porta. Na capa do livro estava escrito “A vida de Tsunemori Sayagi”.


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Notas finais do capítulo

Felizmente acabou, caso tenha acompanhado até aqui comente o que achou e aguarde meus próximos trabalhos, muito obrigado meus leitores >..



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