POV Dean

Eu havia planejado tudo! Estava tudo certo para meu encontro com Savannah, primeiro a levaria para o museu com os outros e depois nos dois dariamos uma volta. Seria prefeito. O que mais ela poderia querer? No meu ponto de vista isso é o bastante para vencer a aposta.
Mas tudo deu errado, Katlyn precisava sumir logo agora?
Bom agora ela está com Hilary procurando a nanica e eu aqui pensando sobre o encontro que foi por água abaixo.
Suspiro e contínuo minha busca na seção de história do museu. Haviam me deixado excluído da "busca", mas mesmo assim resolvi procurar. Se acontecesse alguma coisa com a pirralha - como o Logan a chama - eu me sentiria culpado. Além de Kat não querer vim para cá eu que insisti.
Reviro os olhos e contínuo procurando, desviando de algumas crianças que corriam pra lá e pra cá com os pais enfurecidos atrás. Crianças!

POV Savannah

Sabe quando você deseja ser surdo? Então eu estava desejando isso neste exato momento. Não aguentava mais ouvir Hilary xingar Katlyn. E eu claro tinha que ficar calada. Não queria brigar com aquela garota, muito menos quando eu sabia que poderia explodir e bater nela.
– Tudo por culpa dela, ela sempre é o problema! - Continuou sua " lamentação rancorosa" enquanto procurávamos a baixinha naquele banheiro.
E posso dizer que todo o chilique de Hilary é por estarmos dando atenção a Kat e não a ela.
– CHEGA! - Grito dentro do banheiro.
A garota me olha com cara de peixe morto. Mas agora essa!
– Quem você é pra gritar comigo?
Reviro os olhos. Isso foi um fora? Uma resposta? Porque não foi grande coisa.
– Eu sou amiga da garota que está " desaparecida " - faço aspas com os dedos - Invés de você ficar aí reclamando porque não me ajuda a procurar?Tenha um pouco de amor pelo próximo e procure, deixe de ser essa naja que você é - Explodo apontando o dedo para ela.
Vejo Hilary abrir a boca em sua falsa encenação e depois fechar a mesma com certa raiva.
– Eu sou a naja não é? - Ela pergunta e eu assinto com a cabeça - E você pensa que é quem? A garota inteligente e bonita? A santinha, que só porque é garçonete se finge de boa moça? Está muito enganada querida - Ela começa falando cada palavra com veneno.
Eu poderia jurar que senti a raiva dentro de mim crescer. Ela estava falando o que não devia.
– Você não pode...
– Eu posso sim. Só não posso como vou contar o que você realmente é - Aquela vaca falava com um sorriso tosco - Você é simplesmente a burra da história, a garota apaixonada pelo ídolo. Isso mesmo, sei que gosta de Dean e essa sua cara de lesada não esconde muita coisa não - Completou sorrindo triunfante.
As lágrimas já estavam formadas, assim como o bolo na minha garganta.
Com certeza Hilary era pior do que qualquer bruxa de contos de fadas.
– Eu não sou você - Digo sorrindo ironicamente
Ouço o instalar de língua da naja e depois um sorriso maior ainda na cara dela.
– Realmente, eu não sou boba igual você baby - Provoca se encostando a uma cabine no banheiro - Não deixo as pessoas me usarem como você, não sou fantoche de ninguém.
A olho confusa, como assim eu estava sendo fantoche de alguém?
– Você não sabe? - Ela pergunta fingindo surpresa - Dean armou toda essa história de museu para te conquistar. Ele fez uma aposta com Katlyn na qual ele teria que te ganhar - Ela revela secando as lágrimas invisíveis.
Sabe quando você acha que o chão sumiu e que está caindo? Eu estava sentindo isso! Dean não poderia ter feito isso comigo, não!
– É mentira - Digo sentindo as lágrimas caírem.
Ao ver o negar de cabeça de Hilary me sinto uma idiota, era mesmo verdade?
– Porque não pergunta a qualquer um dos meninos? Ou melhor, pergunte a ele! - A simples resposta me faz limpar as lágrimas.
Saio do banheiro sem dizer mais nada, precisava tirar essa história a limpo. Dean não pisaria em mim. Não mesmo, muito menos eles .
Estava tão atordoada que não estava lembrando para onde ele foi. Pensa Savannah!
Eu sabia que aquele ruivo era um problema, e um idiota. Mas não a esse ponto. Não ao ponto de jogar tão baixo e praticamente me apostar.
A seção de história! Foi pra lá que ele foi.
Saio em disparada a aquela área, não me importava se estava esbarrando nas pessoas. Elas que me chamassem do que quisessem, estava mais ocupada tramando a morte de um certo ruivo.
Subi alguns degraus até chegar na seção. Passei por várias estátuas e logo no final, enxerguei uma cabeleira ruiva andando de um lado para outro.
Respirei fundo. Precisava me concentrar e me acalmar para fazer o que eu queria.
Fui até ele em passos largos, meu coração saltava a cada passo.
– Dean? - Chamei tocando em seu ombro.
Assim que o mesmo se virou, sorriu. Maldito! Aquele sorriso mexia comigo. Eu poderia chamar de qualquer coisa. Poderia estar errada em relação ao que sentia por Dean. Mas não era somente um amor de fã, ia além. Não sabia se era amor ou apenas afeto. Mas tinha certeza que era algo forte.
–Ah Sav, estava de procurando sabia? Não encontrei a baixinha - Ele fez uma careta rindo - O que houve? Está com uma cara péssima.
Suspirei o encarando. Como ele ainda me perguntava isso?
– Não importa o que houve - Digo estreitando os olhos na direção dele - Posso saber o motivo de você ter me apostado? Por que você fez isso Dean?
O ruivo tem os olhos esbugalhados em minha direção e a boca - linda - aberta de espanto. Parece que a máscara caiu.
– Savannah eu posso explicar.
– A única coisa que você vai fazer é me deixar escutou? Não fale comigo, não por enquanto - Peço sentindo as malditas lágrimas - Eu realmente pensei que fosse mais para você, mas estava errada. Uma garçonete nunca vai ser o suficiente para um cara que está ficando famoso não é mesmo? - Pergunto rindo - Você poderia fazer qualquer outra coisa, menos brincar assim comigo Dean! Acha que eu tenho cara de palhaça? EU NÃO TENHO SEU IDIOTA! - Explodo o empurrando pelo ombro.
O ruivo se equilibra me olhando espantado.
– Eu juro como não queria, eu só...
– Você só não merece. Nem a minha amizade - O interrompo sentindo as traiçoeiras lágrimas - Passar bem Dean.
Me viro e começo a andar em passos largos. Pensei que ele viria atrás de mim como nos filmes, que ele diria que tudo não passou de um engano ou que ele estava arrependido. Mas não, quando eu já estava no lado de fora do museu foi que eu me dei conta de que ele nem ao menos tentou me impedir de ir, ele não quis me impedir.
Agora eu que estava me dando conta de que Dean, aquele ruivo miserável e lindo, o cretino mais adorável, o diabo em pessoa e tentador e o homem por quem eu morria de amor platônico era um idiota, o grande idiota do ano.