– Não sei quem você é. Talvez eu tenha uma vaga lembrança.Só sei que quando vi você pensei que pudesse me ajudar a lembrar de memórias, quais Eric me esconde. Posso contar com você? - Eram 8h32 minutos. Eu estava com olhos inchados de sono quando abri aporta. E lá estava ela. Ela andava com a ajuda de uma especie de bengala, que eu imaginei, que ela devia precisar depois do acidente.

– Você não se lembra de mim? - perguntei, frustrado. Ela carregava uma margarida. Eu lembro daquela flor. Eu dei para ela um dia antes de ir embora. Agora a flor estava seca, e sem cor. Mais ainda era a mesma. As memórias que ela traziam a mim ainda eram as mesmas.

– Não me lembro nem de mim. - ela confessou. - Eu preciso fazer umas perguntas. Você poderia as responder, para mim? - perguntou. - Mais não aqui. Quero ir a um lugar. - disse ela me puxando para fora da casa. - Estúdio de Ballet comunitário. - ela sorriu.

Eu fiquei quieto por um segundo. Se ela não se lembrava de nada, como poderia se lembrar da dança?

– Você ia muito lá. - disse. - Era a melhor dançarina que já vi. - sorri.

– Era? - perguntei. Um sorriso tímido surgiu nos seus lábios grossos.

– Tão boa que quase foi para a liga nacional. - pausa.- Ou talvez tenha ido nesses 5 anos, não sei. Mais você era incrível. Dançava com todo o seu coração. Sentiamos suas expressões. Sentiamos sua dor. Era maravilhosa.

– Bem...eu...não dançarei nunca mais. - ela disse, desapontada. - Minha perna. Ela ficou com sequelas do acidente. Mais então, você iria no estúdio comigo? Eu realmente tenho muitas perguntas. - perguntou.

– Sim, vou. - disse, entusiasmado.

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O estúdio tinha passado por uma reforma e estava muito maior que da última vez que estive lá. Es parecia perdida e fascinada. Nos sentamos em bancos, onde podiamos ver as bailarinas treinando. Ela não evitou sorrir.

– Então...- ela disse. - Me conte o que você sabe sobre mim.

– Sua cor favorita era bege. Sua música favorita era Paradise. Seu frapuccino favorito do Starbucks era de morango, e você adorava o por do sol. Mais você gostava de fazer uma coisa diferente. A cada por do sol que você subia no telhado da sua casa para ver, gostava de fazer um risco atrás da porta do seu quarto. Dizia que era o número dos dias perfeitos que viveu. - Sorri. -

– Então, era por isso ....- Ela sorriu. - Eu, eu...encontrei uma carta. Bem, é minha letra, mais eu não lembro de ter escrito. Foi um pouco antes do acidente, e ela falava de você. Aliás devia ser para você. Da antiga Esther. - ela disse, como se ela não fosse mais aquela garota. - Acho que ela iria querer que eu te entregasse. Mais já te asseguro, não entendi nada sobre o conteúdo da tal carta.

Ela me entregou um papel, com algumas poucas palavras; Eu li e re li. E li de novo.

Elija,

Hoje fazem 2 anos que você sumiu do mapa. Que me esqueceu. E deve estar feliz agora. Com namoradas e namoradas. Pois bem. Vou provar a mim mesma que consigo te esquecer. Só vou contar um segredo: Ainda vou guardar sua margarida. Ela me lembra do dia em que eu e você nos conhecemos, e você me chamou de princesa. Quem sabe um dia você volte, e me chame assim de novo?

Esther.