Lucy no céu com dragões escrita por MiihO


Capítulo 11
Pedidos e desculpas


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :D



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_Ela está demorando demais para acordar! – Um rosado disse andando de um lado a outro da caverna enquanto Lucy estava em uma cama improvisada desmaiada. Os dragões presentes acompanhavam seus passos com os olhos.

_ Se acalme, Natsu! – Disse Igneel. – Todos estamos preocupados também, mas só podemos esperar que o corpo e mente dela estejam descansados.

_ Exatamente! – Confirmou Grandine. – Ele está recebendo muita informação em pouco tempo, as lembranças estão voltando, isso pode causar dor. Deixe-a descansar em paz e cuide de você por enquanto. Vista essas roupas. – Apontou para o canto. – Aqui é muito frio para ficar descalço e desagasalhado. – Natsu olhou emburrado para o dragão e se assustou ao ver que ela se transformava em uma forma humana. Sua carranca ficou ainda maior, era terrível ver um dos “seus” na forma humana, e era novidade esse poder já que ele nunca os viu fazendo isso. – Vou vestir a Lucy adequadamente também, então saiam daqui.

_ Eu ajudo! – Disse Natsu com um sorriso torto.

_ Natsu! – Disseram todos os dragões e ele bufou pegando a roupa e saindo junto com os outros. – Eu a verei nua de todo jeito, por que adiar? – Murmurava inconformado.

Um tempo depois todos já haviam voltado. Lucy agora vestia calças, botas e uma blusa normal coberta por um grosso casaco. Ao seu lado, Natsu estava sentado segurando sua mão. Um sorriso tinha brotado em seus lábios e não tinha nem previsão de sair dali. Ele finalmente a encontrou. Tudo foi explicado e confirmado, Lucy agora sabia que era a sua garotinha e talvez suas próprias memórias voltassem para lhe confirmar. Ele estava feliz, a cada momento que passava ao lado dela desde que pôs os pés em Tatsu sua felicidade apenas aumentava. Só faltavam duas coisas para ficarem bem, ela lembrar-se totalmente dele e pedir desculpas. Tê-la agarrado foi realmente um ato desesperado. Também não podia imaginar que a garota tinha algum trauma e isso o deixava ao mesmo tempo com raiva e ansioso. Não conseguia esperar mais. Queria saber cada detalhe de sua vida na terra. Queria saber o que ela passou, as pessoas que conheceu, os amigos que ela dizia ter arrumado, os perigos... Queria conhecer cada centímetro de sua história. Da história daquela garota que mesmo já a conhecendo era completamente diferente.

Ela se remexeu e ele a olhou com mais atenção apertando sua mão. Lentamente ela abriu os olhos vendo os cabelos rosa do garoto sobre si e olhos desesperados por informação. Três segundos de pura calmaria, seguidos de informações preciosas. Seus olhos formaram lágrimas o reconhecendo. Aquele garoto em sua frente era o mesmo de sua infância. Lembrava quase tudo agora. Suas brincadeiras na cachoeira colorida, correndo debaixo da árvore sola, subindo nas árvores do pomar... Lembrou de momentos tão fofos como o de talhar em uma árvore a junção do seu nome e do dele como momentos horríveis no dia em que se separaram.

_ Natsu! – Falou o abraçando. Ele se se surpreendeu e logo retribuiu animado. – Eu lembrei de você, eu lembrei...

_ Não sabe como é bom ouvir isso, Luce. – Disse com a cabeça na curva de seu pescoço sentindo uma lágrima de alegria escorrer por seus olhos. – Bem vinda de volta!

_ Que bom que estamos progredindo. – Disse Acnologia os interrompendo.

_ Mas ainda temos muito o que falar. – Confirmou Igneel, no entanto os dois continuavam abraçados.

_ Teremos muito tempo para conversar depois... – Disse Natsu os olhando pelo canto do olho. – Não podem me deixar a sós com ela?

_ Eu posso ter me lembrado de você, ainda assim não esqueci o que fez ontem. – Disse se afastando e enxugando as lágrimas. Natsu suspirou frustrado. Tinha que pedir desculpas e não sabia se seria suficiente. Antes que ele pedisse Acnologia novamente os interrompeu.

_ Lucy, é realmente bom que você tenha voltado e lembrado de tudo. Mas... Bem, a questão agora é que como pode perceber antes de vir para cá, o portal parou de funcionar.

_ Como assim? – Perguntou receosa e Natsu sorriu.

_ Não sei se Natsu já te contou. – Igneel continuou. – Mas o portal já deu defeito outras vezes.

_ Sim, ele disse.

_ Ótimo, bem esses defeitos foram apenas acumulando. O fato é, ligar dois mundos assim dá muito trabalho, e juntando tudo o que aconteceu, os problemas do portal, o perigo que é para nós deixá-lo funcionando... Não há muitas opões.

_ Vocês vão destruir o portal? – Deduziu assustada.

_ Não é que queiramos isso, mas sim, é algo que iria acontecer de toda forma. – Disse Falcor. – Não existe maneira de criar outro portal com esse ainda existindo e não tem como esperar que o que existe seja inutilizado para criarmos outro, pois precisaríamos de uma ligação com os dois mundos para criar outro.

_ Então... A terra e Tatsu...

_ Serão separados... Definitivamente. – Concluiu Acnologia. – Eu diria melhor. Já estão separados.

_ As notícias só melhoram. – Comentou Natsu alegre. Lucy ficou atônita com a notícia. Natsu percebeu, mas não deu muita importância. Devia ser difícil para ela, mas ela se acostumaria.

_ Lucy, você ainda tem... – Acnologia começou a falar mas foi interrompido.

_ Natsu poderia vir comigo um Instante? – Perguntou Igneel e ele confuso o acompanhou, deixando Acnologia, Lucy e Falcor se encarando. Grandine os seguiu para fora da caverna também.

_ O que foi? – Perguntou Natsu assim que pararam.

_ Quero perguntar algo a você...

_ Deixe-me dizer algo antes. – Disse Grandine. – Se você tivesse que escolher uma entre duas coisa preciosas para você, Natsu... O que você faria para escolher a melhor opção?

_ Porque eu teria que escolher entre duas coisas?

_ Apenas pense em duas coisas, ou pessoas, muito importantes para você.

_ Lucy... – Disse de imediato. – E meu pai.

_ Certo, agora escolha um dos dois. – Pediu o dragão branco.

_ O que? Não tem como escolher um dos dois, cada um é importante de um jeito diferente.

_ Exatamente. Mas eu quero que escolha um. – Insistiu Gradine. – Procure analisar em qual escolha você ganha e em qual perde mais, Natsu.... Vou querer sua resposta amanhã. – Dizendo isso, mergulhou nas nuvens voltando para terra firme, deixando Natsu ainda mais confuso. Igneel observou-a desaparecer e voltou seu olhar a Natsu.

_ O que ela quer com essa pergunta? Eu não tenho que escolher entre nada...

_ Natsu... – Igneel chamou sua atenção. – Como acha que serão as coisas agora? – Perguntou sério.

_ Melhor do que nunca. – Respondeu firme. – Agora sim tudo está perfeito. Luce retornou, o portal não existe mais... Eu não poderia querer dia melhor.

_ E se isso não for o que Luce quer?

_ Por que ela não iria querer? Agora ela lembra de tudo. Vocês estão perguntando coisas estranhas hoje. Não se preocupe Igneel. Ela se acostuma. Ela está em casa. – Sorriu e voltou para a caverna deixando o dragão para trás.

Ao retornar viu Lucy já sorridente e sorriu ainda mais. Ela se acostumaria mais rápido do que achou possível.

Mais tarde, Lucy e Natsu, junto com Igneel, retornaram para a terra firme. Falcor e Acnologia ficaram resolvendo os problemas do portal. Logo que pousaram sentiram o calor que fazia. Lucy agradeceu por Grandine tê-la vestido de forma simples. Retirou o grosso casaco, ficando com a blusa regata, calça e as botas. Permaneceria assim já que estava mais confortável.

Natsu a convidou alegremente para um passeio e ela aceitou de bom grado. Precisariam conversar de toda forma, seria o melhor momento. Era provavelmente umas três ou quatro horas da tarde e os dois seguiram sem rumo de mãos dadas.

_ Isso tudo ainda é estranho. – Disse Lucy olhando ao redor.

_ Eu não acho... É até empolgante.

_ Você deve ter problemas... Quer dizer eu esqueci. Você tem mesmo problemas! – O irritou.

_ A Lucy lesada voltou! – Gritou ele para o céu e ela ao contrário do que achou que faria, apenas riu. – O que me diz agora?

_ Sobre o que?

_ “Um dragão não pode ter um filho humano”... Se não me engano você também é filha de um dragão.

_ Tecnicamente apenas filha adotiva. – Disse cheia de si, não perderia a razão.

_ Adotiva... – Repetiu sem entender e ela suspirou o ignorando. Ele precisaria aprender muito.

_ O que importa é... Mesmo sendo filha de um dragão eu não sou um dragão, Natsu. E nem você.

_ De novo com isso? – Reclamou.

_ Precisa aceitar, Natsu. – Disse séria e ele a encarou. – Não pode fugir dessa verdade para sempre.

_ Posso, sabe porquê? – Desafiou. – Eu não tenho a mínima intensão de me comparar a eles e não estou interessado em saber sobre algo que nunca mais terei contado.

_ Como assim não terá contato?

_ Mesmo que você se considere... “Humana” ... Eu não verei outros humanos pelo resto da minha vida.

_ Até Acnologia pensa diferente, e olha que ele que separou a terra de Tatsu! – Disse emburrada.

_ Falando nele. – Mudou de assunto. – Apesar de tudo eu não sabia que ele era seu pai... Nunca o vi por aqui, hoje foi a primeira vez.

_ Ele me disse que já não era muito sociável, mesmo quando eu estava aqui raramente descia as montanhas para me ver, e depois que eu... Bem, fui embora, ele se recluiu ainda mais.

_ Isso me irrita, sabia? – Disse do nada.

_ Isso o que?

_ Você falar como se tivesse ido embora por sua vontade, como se ninguém tivesse vindo aqui, armado toda aquela confusão e te sequestrado.

_ ... É meu jeito, achei que já tinha entendido.

_ Sinceramente é difícil de entender.

_ Desculpa.

_ Não é algo que deva me preocupar mais... Esquece. – Terminou o assunto e ficando alguns minutos em silêncio apenas olhando a paisagem e sentindo o calor de suas mãos.

_ Então... Eu não morava com Acnologia? – Lucy cortou o silêncio. – Minhas coisas estavam na caverna, mas não lembro de morar lá. Ainda está um pouco confuso...

_ Não... Você morava comigo aqui na cabana, por isso eu nunca vi Acnologia. Quando ele queria te ver sempre pedia para te levarem lá na terceira montanha. Eu nunca fui com você. – Disse calmamente explicando. – Sua coisas foram levadas para lá depois a pedido dele e de Igneel. Eu não queria porque tinha esperanças que você iria voltar. Mas com o tempo eu aceitei... Também doía ver aquilo e não ter você.

Lucy apenas ouviu em silêncio. Era estranho mesmo que estivesse se lembrando de seu passado com Natsu o presente ainda era mais forte. O fato de tê-la “sequestrado” para Tatsu, de ter passado o tempo todo discutindo com ele, até mesmo quando ele a agarrou durante a noite pareciam ter sido feitas com outro Natsu não com aquele que conheceu. De fato os anos em branco deixariam marcas. Mas ela precisaria decidir qual dos dois Natsus iria levar consigo, se o de sua infância ou o que estava agora ao seu lado.

_ Eu não posso dizer que sei como se sentiu, pois não lembrava de você... – Disse Lucy e ele a olhou compreensível, mas triste. – Deve teve ter sido difícil...

_ Nem imagina o quanto. – Disse e sorriu mostrando que tinha superado.

_ Natsu... Como você me vê agora? – Lucy perguntou pensativa.

_ Com os olhos? – Respondeu perguntando.

_ Não, idiota! – Se irritou mas respirou fundo se acalmando. – Quer dizer... Você não está confuso? Eu era uma desconhecida até a pouco...

_ Eu no fundo sempre soube que você estava viva. – Interrompeu olhando o céu. – Sabia que um dia te encontraria, não era possível que eu estivesse destinado a viver só... – Falou e em seguida encarou Lucy. – Quando eu te vi na terra algo gritou dentro de mim dizendo “encontrei”. – Sorriu para ela. – Eu não quis acreditar no início mas... Tudo me levou a acreditar. Era você quem eu procurava, quem esperava esse tempo todo.

_ E com isso não quis me deixar ir embora... – lembrou fingindo-se irritada fazendo bico. Ele riu.

_ Claro! Quem aceitaria, em sã consciência, ver seu maior tesouro indo embora? – Falou aproximando seu rosto do dela.

_ Natsu... – Tentou se afastar, porém ele a segurou.

_ Deve ser confuso para você, mais do que poderia ser para mim. – Falou com seus olhos fixos nos dela. – Eu ainda tenho que te pedir desculpa antes de tentar algo mais, não é?

_ ... – Não respondeu. Apenas teve em mente novamente a cena dela sendo quase abusada. Aquele dia a marcou muito por que estava finalmente entendendo os humanos. Tinha fugido daquela família, morado na rua e aquilo aconteceu, foi o momento em que mais odiou os humanos e a si própria por ser tão fraca. Então conheceu o outro lado, aqueles que são bons, que ajudam, amparam, conheceu Gray e sua família. Era o que faltava para Natsu, ele só viu o lado mal, precisava mostrar o outro. O fato naquele instante porém, era ela e ele. Mesmo que agora confiasse, não sentia-se à vontade para qualquer carícia do tipo.

_ Me desculpe. – Continuou o rosado. – Sei que não é suficiente, mas...Eu estava tão desesperado, você dizendo que iria embora, Igneel dizendo que você ia embora e me obrigando a te deixar ir... Eu me senti lutando contra o mundo inteiro sozinho. – Disse com intensidade. – A ideia de perder você... A visão me dizendo que ... – Balançou a cabeça afastando as imagens, deixando-a curiosa. – Eu estava sobrecarregado. Isso não justifica eu sei, ainda assim era meu próprio corpo fora, longe, bem longe, da minha cabeça que clamava pelo seu. – Disse com o desejo novamente surgindo dentro de si. De tê-la colada a ele novamente, de ter seus lábios unidos com suas línguas numa dança sem fim. – O fato de você ter mudado tanto... Me atrai de uma forma que eu não entendo, que eu nunc senti antes. – Deu um passo para ela, mas ela recuou.

_ E pretende pedir desculpas me agarrando de novo? – Disse com voz irônica tentando acalmá-lo. O queria também, mas tinha medo. Medo de não tê-lo para sempre e a saudade apenas lhe sufocar depois.

_ Não... Eu...

_ Eu desculpo, Natsu, não se preocupe. – Disse por fim. Ele suspirou e sorriu para ela. – Mas não tenta nada do tipo de novo.

_ Claro, tudo bem, eu vou ser mais paciente. – Respondeu ainda sorrindo. – Só tentarei quando você pedir em alto e bom som “me beije” e eu prontamente atenderei seu pedido.

_ Idiota! – Sussurrou suspirando, em seguida sorrindo. Ele pegou sua mão voltando a andar.

_ Aliás, Você falou de uma visão... – Lembrou a loira. – De qual das três? O que tinha a ver comigo?

_ As três tiveram a ver com você, Lucy... – Respondeu sério lembrando da terceira, tinha sido desesperador, pior que seu pior pesadelo.

_ E qual...

_ Eu falei da primeira. – Respondeu.

_ E o que você viu na primeira?

_ Vi você indo embora! – Disse apertando mais forte suas mãos unidas. Estava pensativo. – Eu quase chegava atrasado, mas quando cheguei você se afastou de mim, e depois de tudo que eu falei você não me pedia... Mesmo querendo, você não pedia.

_ Não pedia o quê?

_Você atravessava o portal enquanto eu pedia que você ficasse. – Ignorou sua pergunta. – Me disse adeus e foi embora. Mesmo chorando, mesmo a separação nos machucando, você tomou a decisão de ir. – Balançou a cabeça afastando os pensamentos enquanto Lucy apenas escutava um pouco tensa. – Ainda bem que tudo foi resolvido. – Sorriu e parou de andar ficando de frente para ela. – Agora você não pode ir embora nem que quisesse.

_ E se eu ainda quiser? – Disse temerosa com sua reação.

_ Nem que você queria, Lucy. – Respondeu achando que ela apenas falava em uma hipótese. – O portal definitivamente parou de funcionar. Estamos finalmente livres de qualquer ligação com a terra. – Respondeu sorrindo para ela, mas estranhou quando ela desviava o olhar para baixo e sentia por sua mão que estava um pouco nervosa. – O que foi?

_ Acnologia disse... Papai disse que amanhã conseguirá abrir o portal uma última vez... E bem... Eu vou voltar para a terra, Natsu! – Anunciou firme erguendo o rosto, esperando pela reação do rosado.

_ ... O que? – Disse confuso com o sorriso sumindo de seu rosto.

_ Mesmo que eu tenha sido criada aqui... Eu passei a maior parte de minha vida na terra... Eu tenho casa, tenho amigos que preciso reencontrar, tenho problemas para resolver e... E eu quero saber o que aconteceu com minha mãe. Se ela ainda está viva se ainda posso conhecê-la...

_ Mas como o portal vai ser aberto outra vez? – A confusão se apoderava cada vez mais de Natsu. – Você vai precisar voltar... Então como você volta?

_ Não, Natsu. Acnologia disse que só conseguiria abrir uma única vez. Talvez duas, mas a segunda não é garantida... Eu não vou voltar. – Disse desviando novamente os olhos e sentiu ela largar sua mão e segurar seus ombros.

_ Não... Luce, não diz isso... Eu não vou aguentar te perder de novo... – Seu rosto assumiu uma expressão de dor.

_ Então vem comigo... – Propôs. – Vamos para terra juntos, Natsu!

_ ... Pare de brincadeira, Luce, eu estou falando sério. – Disse soltando-a.

_ E eu nunca falei tão sério em minha vida. Vem comigo! Esse não é nosso mundo...

_ Não... Não... – Disse se afastando. – Você não pode... – Olhou para ela confuso. – Eu achei que quando você lembrasse... Você ia esquecer essa história de voltar para a terra, que ia querer recuperar o tempo que perdeu aqui, que iria ficar comigo... Mas não. – Colocou a mão sobre o peito, apertando a camisa. – Você voltou só para tirar mais um pedaço de mim...

_ Não diz isso Natsu, eu...

_ Não. – Se afastou mais assumindo uma expressão séria. – Quer ir embora, Luce? Vai, pode ir! Eu vou ficar... – Se virou e começou a se afastar, mas ela o alcançou.

_ Espera, Natsu não faz assim!

_ Fazer o que?! – Disse encarando-a. – Sabe, Luce, peço desculpas por ter te trazido a força para esse lugar, por ter feito você recuperar suas memórias, por ter ficado com esperanças de que eu finalmente seria feliz de novo... Desculpa! Eu realmente fui um idiota. – Lucy deixou uma lágrima escorrer por sua bochecha e ele a secou. – Desculpe! – Repetiu. – Eu fui egoísta demais por amar você e te querer comigo. Pode voltar a viver sua vida como era antes. Deve ser fácil para você, então esquece que esse lugar existe... Se quer ir, vai! Eu não devo ser tão importante para você como você é para mim. – Se afastou dela novamente, indo embora.

_ Como se minha vida fosse voltar a ser como era antes! Idiota! – Disse, mas ele não respondeu sumindo de sua vista momentos depois. – Quer sabe? Fica aqui! – Gritou para o nada desabafando os sentimentos que sentia. – Afinal, você não se considera um dragão?! A terra realmente não é lugar para você... Mas eu não! – Suas pernas vacilaram e ela se sentou na grama com os olhos cheios de água. – Eu não sirvo para você na terra, não é? – Sussurrou agarrando a grama com as mãos. – Tanto amor que você diz que tem... Não pode pensar no meu lado e tentar pelo menos me entender? ... Se fizesse isso ia ver... O quanto você significa para mim.


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Notas finais do capítulo

Não me odeiem por esse capítulo. Até o próximo! ^^



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