Seguindo... Repostada escrita por Myka Baggins, Dorian Kirigakure


Capítulo 10
Capítulo VIII: Meias verdades.... Saudades!




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Capítulo VIII: Meias verdades... Saudades!

"Embora eu o ame mais que tudo... É nos braços de outro que encontrei minha proteção..."

Shiranui iria me pagar caro, como ele nos revela para um humano e ainda foge deixando-me a responsável pela explicação?

– Então? Estou ouvindo. - Hijikata-san se pronunciou.

"Por que parou? Aquela pequena quantidade pode me acalmar, mas... Não vai lhe saciar"

A outra metade de mim falou e logo se calou, ela tinha razão. Apenas Kazama-san poderia saciar minha sede, eu não podia ficar muito tempo com Hijikata-san sozinha.

– O que sabe sobre os rasetsus? - Perguntei olhando para o céu estrelado.

– Fala dos vampiros? Não muito, eu e meus companheiros encontramos vários durante esse longo ano... Nenhum morreu e já atacaram muitas pessoas.

Eu permaneci calada, não me importava com o numero de mortos que haviam... Eu cheguei a ver centenas de corpos empilhados e todos mortos pelo próprio ser humano.

– O que é você afinal? - Ele perguntou de maneira calma e séria. - Esses monstros são obra de vocês?

– Não! Foram vocês mesmos, Humanos, quem fizeram isso. - Falei calma.

– E quanto a você? O que é? E o que quer com minha família? - Ele continuava frio e inexpressivo.

– Eu sou... Uma sangue puro... Nasci assim e vou morrer assim. Não quero nada demais com seus amigos, sua família. Eu apenas tenho um grande carinho por eles.

– Isso de hoje. Nunca mais se repetira, você se alimenta de sangue, é perigoso para eles ficarem perto de você. Apenas a ajudei por que queria respostas. Volte para seu lar de monstros e nunca mais se aproxime dos meus amigos. - Ele falou enquanto se afastava.

Aquele tão antigo vazio me abraçou.. Eu era realmente odiada.... Onde estava o MEU Hijikata-san que nunca se importou com minhas origens? Que me protegeu até a morte?

Minha outra metade ria debochada, e sem perceber, comecei a chorar...

– Agora você entendeu? - Aquela voz se fez presente...

Era ele.. Era a voz dele, a voz que eu tanto amava e ansiava por ouvir... Era ele...

Ele estava ali, em cima de uma arvore, de braços cruzados apenas me encarando. Sua expressão não dizia nada, nenhum sinal de raiva ou decepção.

Eu me levantei bruscamente e corri em direção a arvore, acabei tropeçando e antes de cair no chão, fui erguida por ele.

Aqueles olhos vermelhos que tanto me acalmavam me sondavam por inteiro a fim de descobrir qualquer machucado.

Seu cheiro forte de hortelã impregnava suas roupas... Ele estava ainda mais belo que da última vez que nos vimos.

– Ka... zama... - Pronunciei sussurrando.

Ele que antes se concentrava em arrumar a bagunça de meu cabelo, virou seu olhar para meu, esperando...

– Kazama... - Era a primeira vez que o chamavam sem o sufixo "San". Eu apenas repetia seu nome enquanto as lagrimas brotavam.

– Dói? - Ele perguntou após um longo suspiro.

– Muito... - Eu respondi.

Ele estava se referindo a meu coração...

Eu estava quebrada... Já havia superado a morte de todos que amava e eles me apareciam do nada... Me permiti ser feliz e agora tudo se desmoronava por culpa do que eu era...

Por que? Por que os humanos são tão preconceituosos?

Por que Hijikata-san era tão diferente de antes? Por que seu ódio por mim? O que eu lhe fiz?

– Pensei que só viesse em dois meses. - Falei ja mais calma abraçada a seu corpo.

Minha cabeça descansava em seu peito, enquanto ele acariciava meu cabelo do jeito que eu gostava.

– Como se eu fosse deixar você morrer de fome. Fiquei preocupado, mas, vejo que foi a toa... Você ja se alimentou. - Sua voz parecia amargurada.

– Não tive a intensão... Não queria. - Falei me desesperando ao lembrar do sabor do sangue de Hijikata-san.

– Mas fez. - Sua voz estava gélida e me senti pequena...

– Não foi muito... Sinto muito. - Falei cabisbaixa.

Kazama continuou a acariciar meu cabelo.

– Vamos para casa.

*~*~*~*~*

Eu estava deitada em minha cama, Kazama também havia se deitado, minha cabeça descansava em seu peito e ele continuava com o cafuné em minha cabeça...

Era tão tranquilo... Tão reconfortante... Seguro.

Ele parou e me vi resmungando baixinho.

Quando o olhei, ele estava acabando de fazer um pequeno corte no próprio pescoço com a própria unha.

Não precisou falar nada. Logo abocanhei seu pescoço me deliciando em seu sangue... Era menos quente que o de Hijikata... Era menos doce, era menos vivo. Mas, ao menos... Era igual a mim.

Sem preconceito com minha espécie, sem medo de perder algo... Sem meias verdades...

Era MEU Kazama ali, abaixo de mim, de olhos fechados enquanto saciava minha sede...

Acho que Onis, são mais humanos que os seres humanos...


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