I BELIEVE in Miracles escrita por Lú Weasley


Capítulo 1
Capítulo Único.


Notas iniciais do capítulo

Essa fic era para ter ficado pronta antes de terminar o dia 25, como a de todo mundo. Mas, como eu não sou "todo mundo" - valeu, mãe! - aqui estou eu.
Madrugada, me dêem um desconto. Caso tenha algum erro, por favor me avisem. ♥
Ficou curtinha, mas foi feita com carinho!
Fiz dedicada a minha querida Gininha com quem eu faço aniversário de 3 anos de amizade ♥ Love U, Xuxu!
Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/577878/chapter/1

24 de Dezembro


- Mamãe, acorda! Vem aqui rápido! A Rosie vai acabar colocando fogo na cozinha! - um Hugo desesperado berrava ao lado da cama da mãe.


- O QUÊ?! - berrou Hermione espantada dando um pulo da cama e correndo para a cozinha.

Ao chegar, a visão que tivera não foi a das mais belas para uma mãe na véspera do Natal, sozinha com duas crianças com idades somadas de oito anos.


- ROSE JEAN GRANGER WEASLEY! - berrou a morena ao ver a filha mexer com as mãos uma mistura duvidosa. - O QUE SERIA ISSO?!


- Ué, mamãe... É um bolo! - respondera a ruivinha com cara de inocente - Eu e o Hugo resolvemos fazer uma surpresa para você já que é quase o Natal e o papai não está aqui para nos ajudar...


Hermione lutou para não chorar. Exatamente nesse dia faria um mês que Ronald e Harry estavam desaparecidos. Ambos foram enviados para uma missão e, desde então, não se tiveram mais notícias deles. A morena fora deixada com seus dois filhos pequenos: Rose, de cinco anos, e Hugo, de três.

Por mais difícil que fosse, não era nada comparado a Ginny, que estava cuidando de quatro seres-humanos. Desde a morte de Andrômeda, Teddy foi morar com o padrinho, que carinhosamente apelidou de "pai" e Ginny de "mãe". O garoto estava no auge de seus 10 anos, a ruiva ainda tinha James de 8, Albus de 5 e Lily de 3. Com um acordo de comadres, Hermione e Ginny acharam melhor morar perto uma da outra, para quando a situação apertar, terem para onde correr.


- Filha, agradeço a sua tentativa mas, da próxima vez, peça para a mamãe que eu te ajudo ok? - disse Hermione indo em direção a filha para tira-la do meio da gosma de farinha e ovos espalhados por toda a cozinha.

- Desculpe, mamãe... Só quis te ajudar. - respondeu a menina abraçando a mãe.

- Eu sei, querida. Você ajudou muito, agora eu sei que não farei bolo para a sobremesa da ceia na casa da vovó Molly! - riu Hermione levando a filha para o chuveiro - Agora tome um banho que eu vou arrumar a cozinha, ok?


- Mamãe, nós vamos para a casa da Dinda? - perguntou Hugo entrando no banheiro.

- Vamos sim, amor - respondeu pegando o filho mais novo no colo - depois vamos na vovó Jean e finalmente para A Toca ficar com a vovó Molly, vovô Arthur, seus tios e primos!

- E o papai? Ele vem hoje? - perguntou ingênuo abraçando o pescoço da mãe.

- Não sei, meu bem... eu espero que sim. - respondeu Hermione abraçando-o vê volta.

--

Ginny estava frenética correndo de um lado para o outro quando Hermione chegou. Já eram 11 horas e a ruiva ainda estava arrumando Lily, que acabara de cair em uma poça de água derramada por Teddy.

- TEDDY, EU JÁ TE FALEI! SE VOCÊ DEIXAR ESSA GARRAFA VAZAR MAIS UMA VEZ, EU JURO QUE VOCÊ NUNCA MAIS A VERÁ! – berrava Ginny no fim da escada.

- Mãe! – gritou Albus do banheiro – O James colocou tinta azul no meu shampoo de novo!

- JAMES SIRIUS POTTER, VENHA AQUI AGORA! – gritou novamente – VENHA AQUI AJUDAR SEU IRMÃO E ARRUMAR ISSO QUE VOCÊ FEZ!

Estava uma correria tão grande, que a presença de Hermione com as crianças passou despercebida pela família Potter até Lily começar a gritar que queria o colo de Hermione.

- Graças a Merlin que você chegou! – disse Ginny visivelmente aliviada com a presença da cunhada – Pegue Lily que eu vou arrumar o cabelo de Albus, tacar James no chuveiro e trazer Teddy para arrumar a sala. – falou gerando uma risada em Hermione, que pegou a sobrinha no colo para enxugar a roupa molhada com sua varinha – Ah, feliz natal!

Foram mais ou menos duas horas para que Ginny conseguisse colocar “ordem” na casa e fosse com seus filhos para A Toca. Hermione não pode deixar de sentir um alívio quando a ruiva conseguiu ir para a casa da mãe. Amava a cunhada, mas não sabia como ela conseguia viver com quatro crianças numa casa tão grande sem quase nenhuma ajuda.

Quando percebeu, Hugo dormia em seu colo enquanto ela caminhava pela rua trouxa que ficava a casa de seus pais com Rose ao seu lado, levando uma cesta de biscoitos feitos por ela mesma – com uma “ajuda” da mãe – no dia anterior. Não demorou muito até chegarem na frente de uma grande casa branca que pertencia a família Granger. Rose correu para a entrada tocando a campainha da casa da avó.

- Olha só quem está aqui! – disse Jean abrindo um acolhedor sorriso assim que viu a neta parada na porta – Vem aqui me dar um abraço, minha princesinha! – chamou abrindo os braços para receber a neta – Onde está seu irmão?

- Ali – apontou a ruivinha – ele dormiu no caminho.

- Ah sim, criança é assim mesmo. – sorriu olhando a filha – Venham! Vamos entrar que logo vai começar a nevar! – disse entrando em casa.

Assim que entrou, Hermione pôde sentir o cheiro da comida da mãe que escapava da cozinha misturado com o cheiro do charuto de seu pai. Sentia falta daquilo e se culpava por não passar mais tempo com eles, que dedicaram tanto de sua vida por ela a deixando ir para Hogwarts ainda tão nova.

- Filha! – disse Sr. Granger sorrindo e abrindo os braços para a filha – Estava morrendo de saudades!

- Onde está Ronald? – perguntou a Sra. Granger assim que percebeu a falta do genro.

- Ronald está em uma missão. Não temos notícias dele nem de Harry há um mês. – respondeu Hermione ajeitando Hugo no pequeno sofá da sala.

- Oh, minha filha! E como você está lidando com as crianças? – perguntou o pai.

- Bem, Ginny me ajuda e vice-versa. – respondeu certificando-se de que a filha, que brincava com o gato, não estava prestando atenção na conversa - Rose e Hugo são tranquilos, mas sinto muita falta de Ron. Hoje Hugo me perguntou se ele viria hoje e me senti extremamente mal de não saber o que responder. – terminou chorando.

- Ah filha... – Jean puxou-a para um abraço.

- Eu sabia que isso poderia acontecer, de ele ficar um mês fora etc. Mas não de ficar tanto tempo sem se comunicar comigo. Nem ele nem Harry. As duas pessoas que são meu apoio estão desaparecidas. – chorava Hermione no colo da mãe.

- Calma, filha – disse Jean – hoje é véspera de natal. Não era você que sempre dizia que existem milagres nessa época do ano? Quem sabe dessa vez o milagre não aconteça com você e com Ginevra? – terminou limpando as lágrimas que escorriam dos olhos da filha.

- Quem sabe... – disse a morena com pesar na voz.

O almoço ocorreu sem complicações. Quando o grande relógio da catedral do bairro badalava 18 horas, Hermione achou que era hora de ir para a casa da sogra. Guardou as coisas, despediu-se de seus pais e saiu pela rua com as duas crianças para a noite que julgava ser a mais difícil de sua vida. Não sentia esse aperto no peito desde que Ronald havia sumido, na busca das horcruxes. E lá estava ele novamente, sufocando seu coração. Se não fosse pelos seus filhos, a morena não sabia o que seria sua vida. Assim que chegou no beco, aparatou em direção A Toca.

--

Foi uma longa noite com presentes, gracinhas e conversas. Por mais que tentassem esconder, todos na casa estavam preocupados com o paradeiro de Ronald e Harry. Por mais que Hermione quisesse, nenhum milagre de natal ocorreu naquela noite. No fim, Molly conseguiu convencê-la de passar a noite n’A Toca com as crianças, porque julgava ser muito tarde para voltarem para casa, fazendo o mesmo com Ginny.

Assim, a morena e os filhos ficaram no antigo quarto de Ronald, que permanecia completamente preservado com as paredes laranjas, a roupa de cama verde, as fotos da sua infância, adolescência e juventude. A maioria do “trio de ouro”. Depois de colocar os filhos na cama, Hermione não pôde deixar de lembrar dos natais com o ruivo. Aquela era a época deles, foi a época em que ocorreu o pedido que mudou completamente a vida dos dois. Também foi a época de souberam que teriam seu primeiro filho, data que Hermione nunca esqueceria.

Flashback on

“Hermione havia acabado de sair do banheiro, era a terceira vez que vomitava no dia. Ela não era de vomitar, então achou logo estranho. Talvez tivesse comido um pouco demais, por causa do natal. É, era isso. A morena foi pegar sua escova de dentes quando percebeu a presença de seus absorventes que não tinham sido usados. Seu ciclo não tinha descido, o que era incomum para uma pessoa tão regular quanto ela. Logo a hipótese caiu sobre seus ombros. Estaria ela grávida?

A morena correu pelas escadas d’A Toca colocando o pesado casaco. Iria numa farmácia comprar um teste trouxa. Não poderia estar grávida, acabara de se casar com Ronald. Não havia nem aproveitado direito a vida de recém-casados. Estava quase saído pela porta da casa quando Molly percebeu a nora.

- Hermione, querida, onde pensa que vai nesse frio? – perguntou a matriarca secando suas mãos no avental.

- Tenho que comprar uns remédios, não me sinto muito bem. – tentou desconversar.

- Se for para saber se está ou não grávida, posso lhe dar os parabéns porque EU tenho certeza. – rui a senhora voltando para a cozinha deixando uma Hermione paralisada na porta.

- Como você sabe? – perguntou na porta da cozinha totalmente pálida.

- Oh, minha filha, sente-se! Está branca feito neve! – disse Molly colocando a garota numa cadeira. – Tive sete filhos, três netos nascidos e mais cinco na barriga. Sei do que estou falando. Tenho visto seu apetite e ouvido seus enjoos pela manhã. Está esperando mais um netinho meu! – riu.

Hermione não sabia o que dizer, ela estava grávida! Agora tinha que arrumar uma forma de contar isso para Ronald, mas de uma maneira especial. Talvez essa noite.

Estava tudo pronto. O pacote que trazia a tão importante informação estava em suas mãos. Durante a tarde, depois de contar a Ginny que estava grávida, Hermione conseguiu fugir de Ronald e ir em uma clínica trouxa, que lhe trouxe a confirmação da gravidez que alegava o terceiro mês de gestação. Agora, no jantar, a morena tinha a oportunidade perfeita de dizer ao ruivo que ele seria chamado de “papai”.

- O que é isso? – perguntou Ronald pegando o pacote dourado e vermelho das mãos da esposa.

- É seu presente, abra. – disse Hermione sorrindo.

Ronald abriu o presente. Nada no mundo havia o deixado tão desconcertado quanto aquele porta retrato em suas mãos, que continha a primeira foto de seu filho tirado na ultrassonografia feita durante a tarde com uma legenda na mesma escrita: “Feliz Natal, PAPAI”. Ronald tremia e chorava, não sabia o que dizer. Aquela mulher que tanto amava agora carregava um fruto dos dois. Ele foi em direção à esposa e agauchou-se em sua frente depositando um singelo beijo em sua barriga.

- Você já é e sempre será o meu maior presente, MINHA FILHA. – disse o ruivo fazendo carinho na barriga ainda lisa de Hermione, que já chorava a essa altura.

- “Minha filha”? - perguntou a morena rindo.

- Eu sei que será uma menina, e será exatamente igual a você. Talvez com meus cabelos e meu olhos, mas de resto igual a você. – respondeu abraçando a esposa. – Eu te amo, obrigado por me dar esse presente. Feliz Natal, amor.

- Também te amo, seu bobo. Feliz Natal!”

Flashback off

Hermione chorava olhando a neve cair pela janela. Queria que esse dia acabasse logo para poder continuar com sua vida e se acostumar a não ter Ronald consigo.

--

Devido a nevasca que caiu no dia de natal, Hermione e Ginny só conseguiram sair d’A Toca dois dias depois da comemoração. Foram os dias mais difíceis para as duas amigas/comadres desde a ida de seus respectivos maridos. Mas a vida continua, e era exatamente isso que ambas deveria fazer. Continuar.

A porta de casa estava aberta, Hermione logo estranhou o fato. A casa havia sido trancada antes de saírem. Também, não havia nenhum sinal de arrombamento nem o alarme havia sido disparado. Quem estaria na casa, então? A morena foi na frente, deixando os filhos com a cunhada e com a sua varinha em mãos. Mas nada disso foi preciso, deitados no sofá, desacordados e totalmente machucados, estavam Ronald e Harry.

- OH MEU MERLIN! – gritou Hermione chamando atenção de todos, inclusive dos dois enfermos deitados no sofá que deram um pulo de susto.

- HERMIONE? O QUE HOUVE? QUEM É QUE ESTÁ AQU... – Ginny não precisou terminar a frase, logo que viu seu irmão e seu marido em pé de frente para ela, não precisou falar mais nada, apenas abraçou-os junto da cunhada e das crianças. Eles haviam voltado, e vivos.

Talvez milagres realmente acontecessem no Natal.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? Alguém leu? Gostou? Odiou? Amou? Algo?
Deixem-me saber :3
Beijos com gosto de chocolate, amores!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "I BELIEVE in Miracles" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.