Entre dúvidas e Certezas escrita por Dandy Brandão


Capítulo 3
Capítulo 03


Notas iniciais do capítulo

~ Vamos ao end dessa história, que, por mim, renderia muito mais capítulos! Junjou é uma história inspiradora, amo o jeito dos personagens, principalmente o Usagi-san... Homem imprevisível, com ar de mistério... Sério, como não se apaixonar por ele? ~



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A calmaria das ruas parecia tão confortadora pra mim, após aquela tensa conversa com meu irmão. Como já estava próximo de casa, adiantei o passo, como se minhas pernas criassem vida e se direcionassem para algo que eu não consegui mais controlar, aqui dentro de mim. De repente, vi um carro vermelho conhecido vindo em minha direção. Algumas pessoas olhavam curiosas para ele, era um carro esportivo e um típico carro de luxo. Eu sabia de quem era.

Ele parou bem ao meu lado, com seus faróis acesos. O vidro fumê baixou rapidamente, e, seu dono me observou com olhos furiosos.

– Entra no carro.

Obedeci-o sem muita pressa. Sentei-me no banco da frente, esperando o sermão.

– Onde você estava? Liguei para você o tempo inteiro e não me respondeu. Hoje não era o seu dia de folga?

Peguei meu celular na bolsa e, de repente, lembrei-me que ele estava desligado por causa das aulas. Liguei rapidamente e vi milhões de recados de chamadas na minha caixa de entrada.

– Já estava indo te procurar em algum lugar.

– Calma, Usagi...

– Calma? E se aquele maluco mangaká tivesse te sequestrado? Tenha certeza que ele seria um homem morto.

– Não foi nada disso.

Chegamos rápido ao estacionamento. Usagi e eu descemos e fomos direto para o elevador. Calados.

Ele realmente estava furioso comigo, porém, não quis contar nada a ele, para evitar apreensões. Mas, quando chegássemos em casa, eu explicaria tudo ao Usagi. Deixei meus olhos a observar o piso do elevador, evitando qualquer contato visual com ele. Seus olhares às vezes me assustavam.

Assim que entramos no apartamento, joguei minhas coisas sobre o sofá e esperei o Usagi fechar a porta e tirar seu casaco. Ele olhou para mim, esperando que eu dissesse algo, mas eu apenas me encolhi tentando fazer com que ele me persuadisse a dizer. Não sabia como continuar.

Usagi veio até mim, pôs seus braços ao redor do meu pescoço e me abraçou forte. Senti o cheiro do seu perfume forte dava-me certo conforto. Na verdade, só em tê-lo ali, perto de mim, eu me sentia totalmente protegido, cômodo. Usagi tinha uma fortaleza. Ele havia criado uma para ele mesmo e, agora, abrigava-me dentro dela.

– Não saia desse jeito sem me avisar. Sabe que não é bom para você... – Sussurrou, em meu ouvido, ainda abraçado ao meu pescoço.

– Takahiro me convidou a conversar com ele... Desculpe não avisar. – Disse, um pouco tímido.

Ele se afastou lentamente, e observou-me, esperando que eu continuasse.

– Disse-me as mesmas coisas que falou com você.. E...

– Sim?

– Que você precisa de privacidade... Talvez algum dia tenha relacionamentos...

Usagi sorriu ao me ouvir dizer aquilo.

– Meu irmão pensa muito em mim, Usagi. Eu não queria magoá-lo... Ele me criou e é como um bom pai...

– Eu sei disso. Conheço seu irmão há anos... Ele sempre me falou de você como um filho.

– É... Os planos dele são bem tradicionais e eu, sinceramente, acho que ele poderia estar certo... – Terminei essa frase com certo nó na garganta.

Usagi ficou calado alguns instantes, fitando-me, com fulgor em seus olhos.

– Então você vai seguir o que ele quer? – Sua pergunta mais parecia um desafio.

– Ele poderia estar certo, Usagi...

Hesitei, mas, dei um passo à frente, estendi meus braços e o abracei, com toda força que tinha. Afundei meu rosto em seu peito, podia ouvir as pulsações do seu coração – Calmas e ritmadas, em contraste com as minhas; aceleradas, nervosas.

– Poderia se... Eu não quisesse tanto ficar aqui, com você.

Ele respondeu meu abraço com a mesma intensidade e beijou minha cabeça. Deslizou suas mãos grandes para a minha cabeça e a levantou, com delicadeza. Beijou-me daquele mesmo modo de sempre, quente, audacioso, enrolando seus braços em minha cintura, com força. Deixei que meus braços se espojassem sobre o pescoço dele, aproveitando seu beijo, que parecia cada vez mais intenso. Acho que Usagi tentava dizer o quanto me amava e me queria a cada vez que nos tocávamos, e ele sempre fazia isso.

Paramos alguns instantes, e, em meio a sôfregos suspiros, consegui responder seus gestos, da melhor forma que pude.

– E-Eu te amo, Usagi.

Ele arregalou os olhos, surpreso. Eu nunca falava aquilo para ele com tanta certeza. Era sempre “eu acho que te amo...”, “acho que gosto de você...”. Mas, agora, ele escutava um genuíno “Eu te amo” sem rodeios.

–Eu te amo tanto, Ninguém vai tirar você de mim, Misaki. – Ele me abraçava com força. Eu me sentia sufocado, mas feliz, por sentir suas mãos grandes sobre o meu corpo.

Senti meus pés flutuarem. Usagi-san estava a me levantar, levando-me ao sofá. Eu o beijei com vontade, ainda me apoiando em seu pescoço. Deitamos nos sofá, nos beijando, percebi que suas mãos entravam lentamente pela minha blusa, tocando, suavemente a minha pele.

Não relutei, como sempre fazia, pelo contrário, apenas deixei que ele continuasse, e aproveitava cada momento em que ele encostava seus lábios em meu pescoço, marcando-me com seus beijos e abraços apaixonados. Quando percebi, ele já havia tirado minha calça e explorava cada vez mais o meu corpo. Como sempre, Usagi-san já queria avançar, mesmo em um lugar desconfortável que era o sofá. Comecei a ficar inquieto. Com a cabeça encostada sobre o braço do sofá, gemi, mas como uma reclamação.

Ele parou um instante, e olhou-me, sarcástico.

– Eu ainda nem toquei aqui embaixo...

– No sofá, Usagi? Assim não...

– Já fizemos no sofá e você nunca disse nada... – Pela sua expressão, ele continuaria ali mesmo.

Alcancei-o, acomodando-me no assento, e abracei o Usagi. Eu sabia que meu rosto estava totalmente rubro neste momento...

– Vamos para o quarto, é mais confortável... – Falei em um tom tão baixo que quase nem escutei minha voz. Entretanto, eu tinha certeza que o Usagi escutaria, eu encostara minha cabeça em seu ombro, bem próximo do seu ouvido.

Usagi me pegou no colo e subimos para o primeiro andar, indo diretamente para o seu quarto.

Com seu zelo habitual, ele me pôs na cama e desabotoou sua blusa branca. Logo depois, ajudou-me a tirar meu casaco, e me deixou completamente despido. Usagi-san me puxou para o seu colo, e apertou o meu corpo em seus braços. Como sempre fazia, deu-me prazer com suas mãos habilidosas, enquanto dizia suas ‘bobagens românticas’, sussurrando em meus ouvidos. Eu sempre o reclamava de algo, ou tentava barrá-lo, sem muito sucesso. Porém, naquele momento, eu o respondi com inúmeros beijos, em meio a gemidos surdos.

Eu sabia que não deveria mais me retrair, tinha que aceitar o que eu sentia por ele. O que mais podia fazer, se eu já estava ali? A verdade é que ele já estava tão impregnando em mim, em meus caminhos, que nada mais podia nos afastar... Se, porventura, nossos dias viessem a ter turbulências, eu tinha absoluta certeza que seus impulsos eram mais fortes do que qualquer coisa. Na verdade, nossos impulsos eram mais fortes que nós mesmos.

Caímos na cama juntos, eu o abracei com força, sentindo suas estocadas fortes em meu corpo, as quais eu já estava acostumado. Usagi já tinha experiência com aquilo e sempre fazia de tudo para não me machucar. Depois de satisfeitos, encostei-me às almofadas, de bruços, cansado. Usagi deitou por cima de mim, também parecia um pouco fatigado. Incomodado com seu peso, reclamei:

– Sai de cima de mim, Usagi! – Eu me remexi, para tentar tirar ele dali.

– Como foi sua conversa com Takahiro? – Ele beijou meu pescoço, buscando minha calma.

– Eu já te disse... Ele me disse o mesmo...

– Sim... E como você o driblou? Falou sobre ...

– Não... Eu apenas disse que prefiro decidir meu futuro sozinho, já que ele quer minha independência... E, sobre eu morar aqui...

Eu tentei olhá-lo de lado, já que ele continuava sobre as minhas costas.

– Disse que tinha que ser decidido entre nós dois...

– Então, vamos demorar a decidir, não? – Ele me abraçou, com força.

Encolhi-me em seus braços, sentindo seu calor.

– Usagi... Algum dia alguém vai..

– Não importa, Misaki...

Usagi encostou a cabeça em meu ombro, como se fosse dormir ali mesmo.

– Eu sei... Mas, algum dia meu irmão vai ter que saber, não?

Senti sua respiração forte em minha pele e percebi que pegara no sono... Fechei meus olhos, tentando barrar qualquer pensamento que ousasse abalar meus sentimentos. Apesar de tudo, de todas as minhas dúvidas e questionamentos, de uma coisa eu consegui ter certeza. Eu o amava, de todo jeito e, tudo que mais desejava era ficar ao lado dele. Pelo resto dos meus dias.


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Notas finais do capítulo

~ ~ Bom, perdoem-me, esse é o primeiro lemon que faço para o público , não curto coisas muito explicitas, prefiro versos românticos. Mas, espero que tenha sido satisfatório... Se olharem minhas fic's, prefiro originais, mas estou tentando navegar nos animes e fazer algumas coisinhas que sempre imaginei, como essa de Junjou. ~ ~

** Misaki sempre me pareceu parado demais, e meu sonho é que ele tome algumas atitudes... Bom, pude realizar na fic, afinal, liberdade pra escrever temos ñ?Obrigada a quem leu até o final, favoritou e afins... Bj! **



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