Cheguei no Campo de Quadribol ofegante, e com meus olhos um pouco chorosos; eu realmente não sabia que sentia tanto a falta da atenção de Adrian. Ele ainda estava no ar, mas desceu lentamente quando me reconheceu. Segurando a vassoura de lado, ele caminhou até parar na minha frente. A expressão dele não era séria, era a mesma que ele estava no dia em que nos beijamos no trem; uma expressão de incerteza e nervosismo.

– Adrian, eu... – do nada as palavras começaram a jorrar de minha boca – Eu não sei o que pensar. Você me beija um dia, e passa os outro dias me ignorando. Não consigo saber muito bem o que sinto, mas gosto muito de você e... – senti meus olhos lagrimarem mais ainda - Mas não sei exatamente como. Estou confusa... Acho melhor... darmos um tempo com isso tudo, sermos amigos...

– Amélia, eu também gosto muito de você. – Adrian fechou os olhos e suspirou, correndo as mãos pelos cabelos em um gesto de aflição – Merlin, você não sabe o como eu gosto de você.

Meu coração acelerou ao ouvir isso, e eu me aproximei mais de Adrian. Ele abriu os olhos e esticou um pouco o braço e abraçou minha cintura enquanto eu apoiava meu queixo em seu ombro. Ficamos um tempo assim, apenas abraçados e com ele as vezes beijando meus cabelos.

Depois de um tempo nos separamos. Ele puxou a vassoura e montou, e então estendeu a mão para mim. O encarei sem entender.

– Vem! – ele chamou rindo.

Ri junto e segurei sua mão enquanto subia na vassoura a sua frente. Ele abraçou minha cintura com a mão e deu impulso fazendo a vassoura subir.

– Não se preocupe – ele sussurrou – Não vou deixa-la cair.