The Ravenclaw Girl escrita por Nightshade


Capítulo 13
A Conversa Entre Uma Corvinal e Um Lufano


Notas iniciais do capítulo

Lembrem-se pessoal: esse é um Universo Alternativo em que Voldemort não existe.



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Depois de ter me arrumado, saí da Torre da Corvinal e fui tomar o café da manhã no Salão Principal. Ainda era bem cedo, sete e meia da manhã (horário em que as aulas começavam durante a semana), mas depois de ter recebido aquela notícia de minha mãe, não consegui mais dormir.

Não encontrei com nenhum aluno enquanto caminhava pelos corredores; muito provavelmente eles iriam dormir até depois das dez. Sortudos. Não tinham nenhuma outra preocupação a não ser as N.O.M.s ou os treinos de Quadribol.

Entrei no Salão Principal e realmente, pouquíssimos alunos já estavam de pé. Em sua maioria, os do sétimo ano. Me senti até um pouco intimidada. Olhei para a mesa da Sonserina, mas Annelize ainda não estava lá; ela só acordava ás nove nos finais de semana. Ia me sentar sozinha na mesa de minha casa, mas ouvi me chamarem.

– Amélia, ei! – olhei para o meu lado direito e vi Ernest acenando para que eu me aproximasse, do mesmo jeito que ele havia feito na aula de História da Magia. Notei que ele estava sozinho, sem seus amigos de costume, Justin, Susan e Hanna, todos da Lufa – Lufa. Isso me fez perguntar para mim mesma o por que de tanta insistência de ficar próximo a mim. Ele não poderia ter uma queda por mim, poderia? Eu sempre achei que ele gostasse da Hanna.

Afastando esses pensamentos de minha mente, sorri e caminhei até sua mesa, e parei ficando de pé a sua frente. Reparei que seu rosto estava rosado.

– Bom dia. – cumprimentei sorrindo e vi o rosto dele ficar mais rosado ainda. De repente uma lembrança de ontem a noite veio em minha cabeça. A lembrança de que eu havia beijado o rosto dele. Deve ser por isso que ele está tão corado, deve estar envergonhado. Só de lembrar disso senti meu próprio rosto corar.

– Bom dia, Amélia. – ele sorriu abertamente. Ele tinha um sorriso bonito, agora que eu estava reparando – Dormiu bem?

– Sim. – respondi me sentando – Tive uma boa noite de sono, e você?

– Dormi bem, também. – respondeu – Eu estudei para os N.O.W.s antes de dormir, depois que terminei meus deveres de Monitor. – ele me olhou com atenção – Desculpe se vou ser muito direto, mas você não me parece bem.

O encarei, surpresa com o que ele havia dito.

– É que... bem... – ele procurava as palavras – Você está um pouco abatida e cansada. Aconteceu alguma coisa? – Ernest parecia verdadeiramente preocupado.

Esse fato realmente me deixou comovida. Ele mal me conhecia, mas estava preocupado. Será que todos os Lufanos eram assim?

Não saberia dizer o que me fez contar a ele os problemas de minha família, mas o fiz. Contei sobre meus avós paternos, sobre as regras da família Knight, sobre minha tia que havia sido deserdada da família porque se casou com um Lufano considerado um "traidor de sangue", sobre o como não queria voltar para casa no Natal e ter que encarar Francis e Cassiopeia. Quando fui mais além e contei a ele meus sentimentos em relação a eles, as lágrimas que eu há anos não derramava escaparam de meus olhos.

Não, eu não chorei desesperadamente. As lágrimas apenas caíram de meus olhos e eu as enxuguei. Ernest Macmillan me olhava boquiaberto. Ele parecia não saber exatamente o que fazer, mas passou sua mão por cima da mesa e segurou a minha mão na sua. Notei que a mão dele era quente e macia. Ele me olhou nos olhos.

– Você é uma pessoa maravilhosa, Amélia. – o jeito como ele disse meu nome me fez corar – Não deve se sentir como uma decepção. Você é inteligente, gentil, bonita e apesar de ser de uma linhagem pura não é preconceituosa. Acredite, você não é uma decepção.

Ernest realmente me deixara sem fala. Eu não sabia se deveria agradecer ou negar os elogios. Ele ainda segurava a minha mão.

– Bom dia. – disseram duas vozes sorridentes. Eram Susan Bones e Hanna Abbot; elas olharam nossas mãos juntas e deram risinhos.

Soltei a mão de Ernest e me levantei.

– Bom dia, eu já vou indo. – olhei para Ernest – Preciso responder a carta da minha mãe.

Me virei e caminhei calmamente para fora do Salão Principal. Mas depois que estava longe das vistas, sai correndo para o meu Salão Comunal.

Eu realmente precisava escrever uma carta.


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Notas finais do capítulo

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