Like A Dream escrita por MCDS Cristal


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui de novo!
Prometi que não abandonaria a história e estou cumprindo.
Bom, espero que gostem.



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Quinto Capítulo

Primeira Batalha

A espada prata de quase um metro de comprimento brilhava sob a luz das brasas da forja. O cabo estava encapado com couro negro, que possuía desenhos de arabescos em tom dourado. Encaixava-se perfeitamente em minhas mãos.

A frase em sua grossa lâmina curva só tornava tudo melhor, parecia que estava voltando ao tempo e segurava minha antiga companheira de guerra. 

Avante Nárnia. 

Meu lema, minha história neste belíssimo lugar resumido em apenas duas palavras, que se encontrava cravada naquela espada. 

Era uma cópia perfeita. 

Um suspiro saudoso escapou dos meus lábios quando fitei a mulher centauro a minha frente. 

— Obrigada! - agradeci sem palavras - Muito obrigada. 

— Não foi mais do que minha obrigação, Majestade. - disse ela fazendo uma reverência.

— Não era. Você me deu algo que pensei nunca mais ver. Não precisava ter feito isso, mas fez. Eu agradeço. - já havia desistido de pedir que parassem de me reverenciar, depois de décima vez que aconteceu percebi que seria uma tarefa impossível. 

Depois de ter saído da câmara ao redor da mesa de pedra, havia seguido em direção dos ferreiros, pois antes da reunião tinha pedido que me arrumasse uma boa espada. Eles levaram muito a sério meu pedido. 

Antes de chegarmos à fortaleza dos narnianos, Caspian havia nos contado que roubaram algumas armas do telmarianos dias antes, e minha ideia era pegar uma delas para a batalha que eu sabia que iria acontecer em algum momento. Mas quando contei isso aos centauros que trabalham nas forjas dentro do forte, eles me disseram que uma rainha tinha de possuir uma espada a sua altura. 

Agora sei o que queria dizer com isso. 

Nunca teria imaginado empunhar mais uma vez essa maravilha. 

Coloquei-a na bainha e segui para o lado de fora ver se alguém estava disponível, precisava testar se ainda estava em forma. 

Porém, assim que virei em um dos corredores que levam a saída, encontrei sentada no chão a pequena menina de cabelos castanhos e olhos claros. 

Olhos que estavam tristes naquele momento. 

— Acontece alguma coisa? - perguntei gentil enquanto me sentava ao lado da rainha Lúcia. 

— Ele não entende! - exclamou a pequena com voz de choro. 

— Quem não entende o que? - perguntei mesmo já imaginando qual seria a resposta. 

— Pedro. Ele não entende que não podemos fazer nada sem Aslam. Você disse o que era certo, mas mesmo assim ele não quer ouvir. 

— Talvez tenha que ser assim. - falei depois de um tempo pensando, e acabei me surpreendendo com a verdade nessas palavras - Sabe, às vezes devemos cometer um erro para sabermos lidar com as consequências do mesmo e podermos aprender a conserta-lo. 

Ficamos nos olhando por um tempo, cada uma com seu próprio pensamento. Comecei a achar que talvez tivesse errado com Pedro, eu mais do que ninguém deveria saber como é estar na situação dele. 

— Você fala como se já tivesse passado por algo assim, Sam. - comentou ela me olhando como se quisesse me desvendar. 

— É porque já estive no lugar de Pedro. - confessei - Já tive de fazer uma escolha como essa e fiz à errada. Pensando agora, tenho que pedir desculpas ao seu irmão pela minha reação.

— Eu acho que não. - contradisse ela me surpreendendo - Você disse o que era certo, porque teve experiência nisso. Mas mesmo assim ele não quer ver, não entende que não podemos sem Aslam. Não peça desculpa por dizer a verdade. 

Menina inteligente, pensei. 

Acabei desistindo de ir treinar e fiquei conversando com Lúcia, ela era uma garota incrível.

Ela me contou um pouco de como foi sua primeira vez em Nárnia junto dos irmãos, das aventuras vividas pelos Pevensie. E eu também contei um pouco da minha história, só as melhores partes.

— Samantha? – chamou-me Lúcia um tempo depois – Sei que não concorda com Pedro sobre atacar Telmar, eu também não acho que seja o certo, mas você poderia ir ajuda-los? Meus irmãos são ótimos estrategistas, disso não tenho duvidas, só queria que alguém pudesse estar lá para que eles não façam nenhuma besteira. Não quero que nada aconteça a ninguém. – pediu ansiosa a menina.

— Tudo bem. – respondi sorrindo para ela. Seria mesmo bom estar presente.

Levantei-me e, depois de me despedir da rainha mais nova, e segui caminhando devagar na mesma direção que hoje cedo.

Ao passar pelo portal na câmara em que estava a mesa de pedra, acabei por esbarrar em alguém e se a pessoa não tivesse segurado meus braços, teria me estatelado no chão.

— Desculpa! – dissemos ao mesmo tempo.

Levantei a cabeça de dei de cara com lindos olhos negros. Misteriosos e brilhantes olhos como eu nunca havia visto.

Como se houvesse levado um choque Edmundo me soltou rapidamente, mas com cuidado para que eu não caísse.

— Pensei que não viria. – a voz de Pedro se fez presente nos chamando à atenção – Até pedi a Ed que fosse te chamar.

Olhei de onde a voz dele vinha e o encontrei em frente a grande mesa e ao seu lado Suzana e Caspian, eles rodeavam um mapa que supus ser do castelo.

— Não ia. – confessei – Mas Lúcia me fez mudar de ideia. Vocês já tem algum plano?

— Sim. Venha, vou contar. – falou Suzana e me aproximei dela – Achei que não concordasse com esse plano.

— Não é que não concorde, é só que a ideia de ir sem Ele não me parece certa. – expliquei – Mas se meu povo vai à guerra, eu irei com ele e farei o meu possível para que vençamos.  – eles ficaram me encarando em duvida e suspirei cansada pela situação. Virei-me para o Rei mais velho para esclarecer as coisas – Realmente acho que não deveríamos ir assim, mas já esta decidido então vou ajudar. Peço desculpa pela minha explosão de mais cedo, mas é a minha opinião. Agora podemos trabalhar nisso? – perguntei apontando para a planta de Telmar.

Eles apenas assentiram positivamente e começamos a planejar.

(...)

A noite estava fria e estranhamente quieta. Era um mau sinal, eu podia sentir isso. 

Avistei um pequeno ponto negro sobrevoar o céu em direção ao palácio de Telmar, e eu sabia que esse pontinho era Edmundo sendo levado por um grifo. Ele ficaria em uma das torres para nos dar o sinal. Deveria se eu lá em cima, mas parece que não sou de muita confiança ainda. 

Assim que vimos às três piscadas de luz vindo da lanterna de moreno, Pedro, Suzana e Caspian que já estavam no céu cada um em um grifo, seguiram para o castelo. 

Eu estava junto dos narnianos na orla da floresta, pois lideraria o exército junto do rei centauro. 

Trocando um olhar com o centauro ao meu lado assenti com a cabeça e desembainhei minha espada, fazendo com que ele levantasse a dele. O sinal para avançarmos. 

Começamos então a marchar em direção ao castelo. 

Paramos do lado de fora apenas esperando o nosso sinal, foi aí que sinos começaram a tocar e a luz da lanterna foi vista, mas não estava piscando. Logo não vimos mais nada. 

Algo estava errado. Eu sentia isso. 

O portão estava se abrindo, mas ainda nada do sinal. Sentia minha respiração se acelerando a medida que os segundos passavam e quando pensei que o moreno havia sido abatido, às três piscadas puderam ser vistas na noite escura. 

— Atacar! - gritamos Rei centauro e eu, liderando o coro de guerra dos narnianos. 

Sem pensar em mais nada corremos em direção do portão e assim que o atravessamos tudo se tornou uma confusão. 

— Por Nárnia! - pude ouvir Pedro gritar quando já estávamos no pátio e corríamos na direção dos inimigos. 

Entrei em modo automático a partir daí, eu só atacava e defendia. Ajudava alguém quando precisava e voltava a atacar. 

Mas não estava adiantando. 

O plano não havia dado certo. 

Narnianos começaram a cair ao meu redor e não podia fazer nada. 

E o medo que estava começando a sentir piorou quando vi os portões começarem a se fechar, sendo impedido por um minotauro que se colocou a segura-lo sobre os ombros. 

— Recuar! - Pedro gritou de algum lugar distante de mim - Temos que recuar agora! 

— Vamos! - gritei o mais auto que podia - Corram! Precisamos sair daqui. 

Ajudei um anão ao meu lado a se levantar e nos apresamos rumo ao portão. 

Estava quase chegando quando senti uma forte dor em minha cintura, e olhando para baixo vi uma flecha atravessada em meu corpo. 

Um grito rouco saiu da minha garganta um segundo antes de perder as forças e cair no chão me entregando à escuridão.


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Notas finais do capítulo

E ai?
O que acharam?
Não tenham medo de dizer o que pensam, eu não mordo gente.
Bjs e até o próximo.



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