Like A Dream escrita por MCDS Cristal


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Mais uma capítulo para vocês. Desculpem a demora e espero que gostem.



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Capítulo 2

" O momento em que nossa alma encontra um novo sentido da vida, nos faz perceber que nossas escolhas são mais importantes do que pensamos. Estar ou não estar ? Acreditar ou não acreditar ? Viver ou não viver ? Sonhar ou esquecer ? Permanecer ou simplesmente desistir ? O ciclo de nossas vidas sempre nos levam ao mesmo lugar. A Morte. Mas antes dela, podemos viver e escolher o que queremos. Eu quero estar, acreditar, viver, sonhar e permanecer em Nárnia. E você ? Qual a sua escolha ? "

Abri meus olhos aos poucos enquanto sentia gotas de chuva caindo sobre mim e pela escuridão a minha frente, deduzi que já era noite. O frio era de congelar os ossos, e ainda tinha uma dor terrível em meu tornozelo, com certeza devo ter torcido na queda.

Queda...

O barranco.

A queda foi desastrosa e me causou muitos hematomas, além de um tornozelo torcido. Levantei-me com cuidado para não piorar o ferimento e limpei a areia que se encontrava em minha roupa. Observei melhor o lugar em que me encontrava.

Areia branca, água em um azul bem escuro, mas tinha certeza que ao sol, seria um azul cristalino. Eu conhecia aquele lugar, sempre fora o meu preferido. Era a mais bela praia de minha adorável Nárnia. Mesmo que se passassem milhares de anos, o que poderia ser o caso, eu sempre a reconheceria.

Olhar para esse lugar me faz lembrar de todos os momentos em que passei aqui, bons ou ruins. Me faz lembrar do dia em que vim para Nárnia pela primeira vez. Quando conheci Aslam, os animais falantes, sua magia. Mas, mesmo naquela noite escura, iluminada somente pela lua, não consegui achar Cair Paravel.

Cair Paravel foi meu lar durante os dez anos em que vivi em Nárnia. Foi construída durante o reinado do Rei Franco e de sua esposa, a Rainha Helena.

Este será o seu lar enquanto estiver por aqui, minha querida - me disse Aslam uma vez - Você guiara o povo narniano a partir deste momento. Você nos trará grandes vitórias, e como o Rei Franco, continuara a mostrar a este povo o significado da palavra acreditar.

Meus olhos pousaram na floresta atrás de mim, e sem pensar duas vezes, caminhei em sua direção.

(...)

Já havia se passado um dia desde que voltei a Nárnia, e ainda estava por vagar na floresta em que um dia fora tudo para mim, e agora, não passava de uma desconhecida. Estava cansada, com sede, com fome e confusa também. E as maças e os outros frutos que consegui colher para comer durante o caminho, já não me agradavam mais.

Desde que cheguei aqui, não consegui encontrar nem se quer uma alma vida. Era como se nunca ninguém houvesse habitado aquela floresta antes. Era inicio da noite e eu não estava muito feliz com isso. Sempre amei as noites em Nárnia, mas ali, eu estava, tinha que admitir, com medo. Não parecia seguro. Então fiz a única coisa que me restava.

Eu subiu em uma árvore e me sentou em um dos galhos mais grossos para não correr o risco de cair. Pensei em tudo que estava acontecendo e aos poucos adormeci.

(...)

Não tão longe dali, após sonhar com Aslam, Lucia levantou-se e seguiu até um caminha de árvores que havia por ali. Mas Lúcia não sabia o que fazer. As árvores que antes eram cheias de energia, agora estavam assim, tão frias e sem vida.

—Acordem...- pediu Lúcia tocando em uma das árvores. Nada aconteceu.

Lúcia continuou a caminhar tentando achar o caminho com que sonhou. Talvez conseguisse encontrar Aslam. Não muito distante dali, Lúcia começou a ouvir pesados barulhos de passos.

—Aslam?- ela perguntou com um sorriso de esperança. Foi quando sentiu algo lhe tapar a boca e lhe puxar para trás. Lucia ficou apavorada, tentando de algum jeito de tirar a mão de sua boca, mas quem quer que fosse, era muito mais forte que ela e o grito de socorro ficou entalado em sua garganta.

Lúcia foi puxada até atrás de uma moita, olhou para trás e viu o rosto preocupado do irmão. Relaxou um pouco e ele tirou a mão, permitindo que ela pudesse respirar. Olhando por cima das folhas, viram a cabeça de um minotauro subindo através das árvores. Pedro pediu silêncio com um dedo sobre os lábios.

(...)

Eu os observava atentamente de cima da árvore. Sabia por experiência própria que não deveria se revelar até que fosse a hora certa. Eu havia acordado há pouco tempo, mas ainda estava tão cansada que preferi ficar na árvore mais um pouco, foi quando ouvi uma voz doce e infantil não muito longe dali.

— Aslam – disse uma pequena menina que caminhava em direção à clareira onde me encontrava. Mas logo atrás vinha um garoto loiro e antes que eu pudesse avisar a pobre menina, ele a puxou para trás de uma moita que ali havia.

Estava pronta para pular daquela árvore e ir ajudar a menina, quando vi que os dois olhavam para algo do outro lado. E ao seguir seus olhares, pude ver um minotauro aparecendo por entre as árvores.

O garoto loiro andava em direção do minotauro empunhando uma espada, mas foi surpreendido no meio do caminho. Outro homem surgiu batendo na espada do loiro com sua própria espada. O loiro afastou a cabeça com o repentino susto, mas logo se recuperou. O outro homem, um moreno alto e forte, com os cabelos compridos até o queixo, voltou a atacar com a espada por cima. O loiro defendeu e o moreno tentou bater por baixo, mas o loiro defendeu novamente. Rapidamente, o loiro bateu no rosto do moreno com o cotovelo e com a distração do mesmo, o loiro levantou a espada para cima e quando ia atacar, o moreno se defendeu com a espada novamente. As espadas se encontraram mais uma vez em cima e o loiro focou a espada do moreno jogando-a para longe. Girou a espada por cima da cabeça tentando atacar o moreno duas vezes seguidas.

Na segunda, o moreno se abaixou e a espada se cravou no tronco da árvore em que eu estava. O moreno se levantou e empurrou o loiro para trás. Voltou-se para a espada, tentando retirá-la enquanto o loiro pegava uma pedra maior que sua mão pelo chão. O loiro se levantou e com a pedra na mão, pronta para bater na cabeça do moreno...

—Não! Parem!- gritou a pequena menina.

Os dois pararam ao ouvir o grito da pequena, que para mim, era pequena somente em tamanho, pois em coragem era gigante.

Logo após mais uma garota, um garoto e um anão apareceram atrás da pequena menina.

— Pedro! - chamou a menina mais velha

— Grande Rei Pedro. – disse o moreno após observar a espada do loiro em suas mãos.

— Eu creio que nos chamou.

Então foi ele, pensei. Ele quem me chamou.

Eu sabia quem eram os outros humanos presentes naquele lugar, mesmo que nunca os tenha conhecido.

Dois filhos de Adão e duas filhas de Eva.

Eram os Reis e Rainhas da Antiga Profecia.

Perdida em meus pensamentos, não percebi que eles já se afastavam daquele lugar.

Não posso continuar sozinha, pensei comigo mesma. Nárnia esta diferente de antes. E não tenho certeza se foi ele quem me chamou. Faz muito tempo que vivi aqui, nem devem se lembrar de mim.

Com uma dose de coragem para enfrentar o que viesse a acontecer, simplesmente pulei da árvore em que me encontrava, chamando a atenção de humanos e narnianos que andavam mais a frente.

E sobe o olhar surpreso e desconfiado de todos que ali se encontravam, disse:

— E a mim? Quem Chamou?


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