Like A Dream escrita por MCDS Cristal


Capítulo 12
Capítulo 11




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Décimo Primeiro Capítulo

Vitória Por Aslan

Fechei meus olhos fortemente, enquanto o vento chicoteava meu rosto à medida que ia caindo, a espera do impacto com o chão que acabou por não acontecer. 

Antes que eu colidisse com o chão, braços me seguraram a tempo de evitar o pior. 

Deparei-me com orbes escuras assim que abri meus olhos, dando de cara com meu salvador. 

Edmundo sustentava uma expressão de assustado e preocupado enquanto me colocava de pé, mas permaneci segurando em seus braços com medo de cair. Meu coração batia descompassado pela queda que, eu tinha certeza, teria me matado. 

E torcia para que fosse somente por isso.

— Você está bem? - perguntou-me o moreno que ao me ajudar, não reparou no telmarino que vinha por trás, pronto para atingi-lo. 

— Ed, cuidado! - gritei para ele, mas antes que ele fizesse qualquer movimento, o empurrei para o lado e desembainhei minha espada, bloqueando o ataque do inimigo e o matando. 

Senti-me sendo puxada para trás pelo moreno quando um telmarino apareceu ao meu lado, sendo impedido de me atingir por Edmundo que o atacou com agilidade. 

Havia acabado de ser salva pela segunda vez em questão de minutos pelo rei mais novo. 

— Obrigada, Ed. - agradeci mesmo sentindo que não era suficiente pelo o que ele havia acabado de fazer. 

— Não precisa agradecer. - disse ele me dirigindo um sorriso tímido e bloqueando mais um ataque de um tealmarino voltou sua atenção para a batalha. 

A partir dali entrei em modo automático, apenas desviava, defendia e atacava, ajudava quem estivesse mais perto e voltava a atacar. Evitava olhar para baixo e ver os vários corpos que iam se acumulando ao nosso redor. 

Foi quando o chão começou a tremer que meu coração se encheu de alegria mesmo em meio à guerra. Ao longe, se aproximando de nós estavam minhas velhas amigas, que traziam a clara mensagem de que Lúcia havia conseguido. 

A pequena encontrou Aslan. 

E Ele trouxe de volta a vidas às árvores narnianas, que agora se juntavam a batalha e rugiam furiosamente contra os telmarinos. 

Não consegui conter um grito de felicidade ao vê-las ali, que logo foi acompanhado pelo brado de alegria dos narnianos. 

As árvores destruíram as catapultas com suas raízes, nos dando mais uma vantagem sobre os inimigos e renovando nossa esperança.

— Por Aslan! - o grito de Pedro se fez ouvi em meio a confusão do lugar. 

Corremos em direção aos telmarinos que recuavam cada vez mais em direção ao Beruna. 

Ao chegarmos às margens da floresta perto do grande rio, encurralamos os inimigos que, por algum motivo, não estavam atravessando a ponte que haviam construído. 

No momento em que parei ao lado dos três Pevensie e do Príncipe Caspian que entendi o que estava acontecendo. Lúcia estava parada do outro lado da ponte, segurando em uma das mãos sua adaga e um sorriso calmo nos lábios. 

E logo ao seu lado apareceu o Grande Leão.

Os telmarinos pareciam em dúvida se voltavam ou se seguiam em direção da pequena menina e do leão. 

— Atacar! - gritou o conselheiro de Miraz que, não sabendo a loucura que estava cometendo, decidiu por atacar Lúcia e Aslan. 

O rugido do leão retumbou por todo o lugar quando os inimigos avançaram contra ele, os fazendo parar na metade do caminho. 

Mas para surpresa de toda a água do rio começou a recuar para sua nascente e de lá surgiu o que nunca pensei ver. 

Avançando em uma onda apareceu um gigante formado da própria água, levantando-se contra a ponte que ali estava. 

O desespero dos telmarinos era tão grande que eles já não se importavam que nós estivessem os encurralando, e chegavam mais perto tentando se afastar o mais depressa possível do leito do rio. 

O gigante agarrou a ponte pelos dois lados e a arrancou como se não fosse nada, a engolindo em meio às águas, junto dos inimigos que estavam ali. Desaparecendo logo em seguida. 

Os telmarinos que permaneceram ali baixaram suas armas em desistência, trazendo a tona o brado de Vitória dos narnianos. 

O alívio que somente o fim de uma batalha pode causar tomou conta de mim, me permitindo relaxar verdadeiramente desde o momento em que cheguei aqui. 

— Ei, Sam. - chamou-me Susana que sem que eu percebesse já estava ao lado de Pedro, Edmundo e Caspian nas margens do rio prontos para atravessarem - Vamos. 
Segui até eles e juntos percorremos o caminho em meio às águas. 

Já do outro lado, paramos a frente do majestoso leão e nós cinco nos ajoelhamos perante Ele. 

— Levantem-se Reis e Rainhas de Nárnia. - disse Aslan e fizemos como mandou - Todos. 

— Acho que não estou pronto. - Caspian, que havia permanecido de joelhos falou. 

— É por esta razão que eu sei que está. - concluiu o leão. 

Após Caspian se levantar, um estranho cortejo aproximou-se. Seis pequenos ratos traziam consigo uma maca improvisada e sobre ela estava um ratinho muito corajoso. 

Ripchip ainda respirava, mas não estava muito bem. Estava ferido e no lugar que antes era a cauda, agora havia apenas um cotoco. 

Lúcia se abaixou perto do pobre ratinho e pingou em sua boca algumas gotas do suco da flor de fogo. 

Um silêncio se seguiu a espera que fizesse efeito e segundos depois Rip reagiu. 

— Obrigado, Majestade. - agradeceu o rato - Obrigado. - o mesmo assustou-se ao se deparar com o grande leão a sua frente - Salve Aslan! É uma grande honra estar... - foi ao se desequilibrar que percebeu não possuir mais uma calda e devo confessar que me partiu o coração ver seu rosto cair em desespero - Estou absolutamente perplexo. Peço indulgência para apresentar-me de maneira tão inadequada. - e se aproximando da rainha mais nova perguntou - Quem sabe mais uma gotinha? 

— Acho que não serve para isso. - respondeu à pequena. 

— Podia tentar. - insistiu o rato. 

— A pele fica muito, pequenino. - comentou o leão divertido. 

— Mesmo assim, Rei poderoso. Eu lamento ter que me retirar, pois a calda sempre foi a honra e a glória de um rato. - falou o rato estendendo sua pequena espada para o leão a sua frente. 

— Parece que se preocupa demais com sua honra, amigo. - disse Aslan. 

— Bom, não é só a honra. Também ajuda muito no equilíbrio. E a escalar. E a segurar objetos. - explicou Ripchip. 

— Com a licença da Vossa Majestade, não queremos ostentar uma honra que foi negada ao grande rato. - exclamou um dos raminhos que estava ali, segurando sua pequena espada a base de sua cauda igual aos outros ratos. 

— Não pela sua dignidade, mas pelo amor do seu povo. - pronuncio o leão. 

No mesmo instante uma nova cauda surgiu em Ripchip, e não contive um sorriso ao presenciar mais uma vez à bondade de Aslan. 

— Vejam! Obrigado, soberano. Eu vou sempre adora-la. A partir de hoje vai servir para me lembrar de minha enorme humildade. - a alegria do rato era tão contagiante que não pude deixar de rir. E não foi somente eu. 

— Lúcia. - chamou-a Aslan - Onde está este caro amiguinho de quem me falou tanto? 

Olhamos todos para o anão que se encontrava ajudando os telmarinos a saírem do rio e recolhendo suas armas. Ao perceber que o encarávamos, principalmente o grande leão, se aproximou de onde estávamos e se ajoelhou perante Aslan. 

O leão então rugiu em direção a NCA, que estremeceu.

— Está vendo ele agora? - perguntou Lúcia divertida. 

Aproveitei o momento e me lancei em cima de Aslan, abraçando sua pelagem macia que tanto senti falta. Sua risada e esse abraço não foram o suficiente para matar a saudade que tinha deste grande leão. Ele me deu a oportunidade de ser parte de algo único e isso eu nunca conseguirei agradecer o suficiente. 

— Senti sua falta, Aslan. - sussurrei derramando algumas lágrimas de saudades que insistiam em rolar pelo meu rosto. 

— E eu a sua, minha criança. - disse ele enxugando as lágrimas com seu focinho, me causando uma pequena crise de risos. 

Afastei-me dele e logo tive a cintura enlaçada pela mais nova, que me sorria em compreensão. Beijei-lhe os cabelos e observei ao redor todos os narnianos e telmarinos que estavam ali. 

Tínhamos muito que fazer ainda. 


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