Like A Dream escrita por MCDS Cristal


Capítulo 11
Capítulo 10




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Décimo Capítulo

O Início da Batalha

Posicionei-me ao lado de Susana e dos arqueiros em cima do forte e fiquei observando a situação lá de baixo. 

— Pedro não está bem. - falou Susana apreensiva com o irmão - Está machucado e isso o está deixando lento.

— A força está toda no braço direito agora. - comentei vendo o duelo no qual parecia que o loiro estava levando a pior - Se ele forçar o outro braço, irá se ferir mais ainda. Mas não devemos nos preocupar ainda, Pedro irá conseguir.

Arfei vendo o Grande Rei ser derrubado e quase atingido pelo usurpador. O barulho das espadas se chocando se espalhava pelo ar, nos deixando a cada momento mais apreensivos. Em um momento Pedro o atingiu na perna machucada, o que deixou Miraz vulnerável e ajoelhado à frente do mais novo. 

Mas o loiro hesitou, parecia em dúvida sobre atacar o inimigo, então simplesmente o deu as costas. Não conseguia entender o que ele estava fazendo, era sua chance de vencer. 

O telmarino decidiu mostrar o quão covarde era e tentou atacar Pedro por trás, mas o loiro conseguiu desviar a tempo de bloquear o ataque do homem, agarrando a espada e perfurando o abdome do inimigo. 

— Qual é o problema, meu rapaz? - a voz de Miraz se fez presente no silêncio que se segui quando mais uma vez Pedro hesitou atingi-lo, mas dessa vez para mata-lo - É covarde demais para tirar uma vida? 

— Não cabe a mim tirar. - retrucou o loiro, que se virou para trás e estendeu a espada na direção de Caspian. 

O príncipe não fez movimento algum de que se aproximaria do Rei e senti Susana segurar minha mão neste momento.

— Está acabando. – disse-me ela assim que a olhei. Apenas assenti com a cabeça mesmo não estando crente de que acabaria tão cedo. E ela também sabia disso.

Voltei meu olhar para ver que o moreno já caminhava até o loiro e segurava a espada que o mesmo lhe estendia. 

Todos estavam atentos ao que se seguiria quando Caspian ergueu a espada, pronto para dar o golpe final contra o usurpador. 

— Acho que me enganei. - no silêncio que estava aquele lugar, a fala de Miraz foi ouvida facilmente - Talvez você tenha as qualidades de um Rei telmarino afinal. 

Soltando um grito, o príncipe surpreendeu a todos ao cravar a espada no chão a frente de Miraz. 

Não consegui ouvir ou saber se Caspian disse alguma coisa, pois naquele momento um fraco vento cálido e de cheiro doce acariciou meu rosto e uma voz que há tempos não ouvia retumbou em minha mente. 

Esta chegando a hora, minha querida

O brado de vitória dos narnianos me fez abrir os olhos que nem havia percebido que estavam fechados e observei a alegria que se espalhava por cada um que estava ali. 

Mas eu sentia que não duraria muito. 

— Susana! - meu tom urgente deve tê-la alertado de que algo estava errado, pois se virou para mim já em alerta - Fique preparada, tenho a impressão de que os telmarinos não aceitaram a derrota. 

E foi só eu terminar de falar que aconteceu. 

— Traição! - o grito de um dos conselheiros de Miraz atraiu nossa atenção e, no chão aos seus pés estava Miraz, morto por uma flecha - Atiraram nele! Assassinaram o rei! 

— É uma das minhas! - exclamou Susana chocada com o que via - É uma das minhas flechas! 

— Preparem-se! - gritou Pedro para nós. 

Segurei firme o arco que um dos faunos me entregou e me posicionei. Não era tão boa no arco como com uma espada, mas era o suficiente para ajudar. 

— Esperem o sinal. - alertei assim que vi o Pevensie mais velho ir à luta com um dos conselheiros telmarino. 

Todos começaram a tomar seus lugares para a batalha que estava para começar enquanto os telmarinos colocavam para funcionar as catapultas. Bolas de pedras gigantes atravessavam o céu em nossa direção. 

— Arqueiros, preparados! - ordenou Susana. 

Observamos, com os arcos já apostos, a cavalaria do inimigo se aproximando cada vez mais. 

— Mirem nos alvos! - gritei para os que estavam ali em cima. 

Espere, pensei, só mais um pouco. 

Bastava apenas esperarmos o sinal e quando o chão abaixo dos telmarinos desabou engolindo-os em meio a terra, sabíamos que havia chegado a nossa vez. 

— Já! - Susana gritou, e uma saraivada de flechas cruzou o céu até os inimigos. 

— Preparar! - avisei mais uma vez, encaixando outra flecha em meu arco. 

Notei ao longe as rampas feitas no chão sendo baixadas dos dois lados do campo, e Caspian e Ciclone liderando o exército narniano que, junto com os que seguiam de frente do forte, cercavam os telmarinos. 

Mas as tropas que haviam ficado mais atrás marchavam em nossa direção e eram muitos. 

— Precisamos chegar mais perto. - comentei com a Rainha ao meu lado - Usaremos os grifos agora. 

— Tem certeza disso, Sam? - perguntou preocupada ao perceber que eu iria junto.  

— Está na hora. Eu tenho que fazer isso, é o meu dever. - falei dando meia volta e seguindo até os grifos que já estavam a espera de ordens - Arqueiros. - os chamei para nos colocarmos em posição. Lancei o melhor sorriso que pude para a menina tentando passar confiança de que conseguiríamos, já que em palavras eu não conseguia.

Assim que já estávamos prontos os grifos levantaram voo, nos levando junto deles. 

A imagem que tínhamos de cima não era das melhores. Corpos, dos dois lados, estavam caídos por várias partes daquele campo de batalha. A morte já estava presente naquele lugar.

Respirei fundo tentando não procurar meus amigos na confusão lá de baixo e comecei a atirar o máximo de flechas que podia. 

— Majestade, temos que recuar. - disse o grifo com a voz sofrida após ver muitos de seus irmãos caindo. 

Olhei para trás e vi que todos corriam de volta para a fortaleza e, por mais que eu quisesse permanecer ali e lutar, tinha de lembrar que não estava sozinha. 

— Tudo bem. Recue. - falei mesmo que estivesse com o coração na boca. Por favor, Aslan, apareça. Precisamos de você. 

O grifo fez uma curva e voltamos para perto de onde estavam os antigos reis batalhando, mas o grito de horror da Rainha Gentil ao olhar para cima nos alertou do que alguma coisa estava para acontecer. 

— Samantha, atrás de vocês! 

Não tive nem a chance de olhar para saber do que se tratava, quando fui solta em meio ao ar pelo grifo que, segundos depois foi atingido por uma das bolas de pedra, enquanto eu caia rapidamente em direção ao chão.


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