Pequenos Milagres escrita por Virginia Storm


Capítulo 1
O Melhor Dia Do Ano


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem :)



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Dia 24 de dezembro, 15h22.

O natal já não tem significado. Quem se importa com o nascimento de uma pessoa que sequer sabem que existiu, afinal?

Revirou os olhos. Ao notar o supermercado mais que cheio, percebeu que deveria ser a única que pensava daquela maneira. E também devia ser a única que se perguntava por que deixarem para última hora para comprarem tudo. O que tinham na cabeça, afinal?

Sua mãe era mais ágil que um gato ao esgueirar-se pelos corredores apinhados de gente. Olhou para o carrinho. Pêssegos, uvas, nozes e castanhas e aquele pãozão enorme que só vendia naquela época. Franziu a testa.

— Ô mãe, por que eles só vendem esse pão no natal?

— Que pergunta, Ana Carolina. Rabanadas só são feitas no natal.

— E se eu, por acaso, quiser comer rabanadas em maio?

— Vai ter que esperar até o natal pra comprar o pão de rabanada — disse sem sorrir — agora pare de falar e corre pra pegar ovos! Uma dúzia. Não, duas! Ainda tenho que fazer o bolo, esqueci. Vai, menina, anda!

Bufou e arrastou os pés angustiada até as gôndolas, pegando duas caixas de ovos com cuidado.

—... mãe, compra nozes. A senhora nunca compra! — ouviu uma menina dizer.

— Trezentos gramas de uva passa, por favor... — uma moça gorducha e descabelada pediu aos berros — Não, Junior, você não vai passar natal na casa do Felipe. Natal é coisa em família!

O garoto abaixou a cabeça desolado e deu um resmungo ininteligível.

Sentiu compaixão pelo desconhecido. Nem ao menos tentar se divertir podia. Natal é coisa em família. Blergh! O natal se resume a comida, fungou chateada, comida e parentes chatos.

✳✳✳

17h49

Carooool! — Ouviu a voz de sua mãe lá de baixo — me ajuda aqui na cozinha, filha. Ainda falta fazer o pudim e logo logo sua tia e a vovó estão aqui.

Suspirou e deixou o corpo deslizar para fora da cama, mas antes de sair, despediu-se dos amigos no facebook e fechou desligou o laptop. Chutou alguns brinquedos para o canto ao passar pelo corredor e descer as escadas. Engoliu uma exclamação ao chegar a cozinha e deparar-se com um pandemônio de panelas, pratos e talheres. Leila, sua mãe, parecia estar cozinhando para um batalhão e não para os meros nove parentes que viriam.

— Pra quê tanta comida? — indagou ao se aproximar.

— Melhor sobrar que faltar — Leila deu de ombros enquanto tentava arrumar a pilha de louças para lavar — Ali, descasca os ovinhos de codorna pra mim, vai.

Pelo menos não era nada trabalhoso. Pegou os pequenos ovos dentro de uma panela, depois de despejar a água quente, jogou água gelada por cima. Uma dica que sua mãe lhe dera.

— Me dá um? — uma voz esganiçada e suplicante surgiu ao seu lado. Com um vestido cor-de-rosa rendado e sapatos chiques demais para uma reunião em família, Ana, filha de sua tia Camila, olhava pra ela com a mão estendida.

— De onde você surgiu, criatura?

— Minha mãe e meu pai ‘me trouxe’, ué — ela deu de ombros sem baixar as mãos. Revirando os olhos, Carolina depositou um ovo na mãozinha dela e voltou a descasca-los.

— Cunhadinha! — Camila entrou na cozinha segurando uma travessa grande, depositou-a na mesa já abastada e se dirigiu a sua mãe, que sorria sem graça ao secar as mãos úmidas no vestido. — Há quanto tempo! Você está linda!

Sua mãe estava totalmente esfrangalhada. Os cabelos estavam enrolados em um coque despenteado preso à nuca e Carol podia sentir de longe o cheio de alho e cebolinha que ela exalava, a frente do vestido estava molhada e pior, ela calçava aqueles terríveis crocs que tinha jurado sabe-se lá quantas vezes que jogaria fora.

— Camila, que bom que... Você está maravilhosa... Chegou cedo, né...

— Freddy dirige rápido — A tia limitou-se a dizer antes de mudar de assunto — Onde está meu irmão?

— Ele foi buscar minha sogra e sogro — Leila disse enquanto tentava domar os cabelos rebeldes.

— Ah, que ótimo! Júlia! — gritou ela — vem dar ‘’oi’’ a sua tia!

Júlia, quatorze anos — três a menos que Carolina — entrou pisando duro e suspirando a todo o momento. Ela segurava um exemplar mais recente de uma revista adolescente com um garoto de uma boyband famosa. Não parecia estar muito feliz.

— Oi, tia — ela disse meio seca. Carol torceu o nariz e virou as costas para resmungar silenciosamente. Quem ela pensava que era pra agir assim com sua mãe?

— Nossa, Ju, cê tá tão grande! — sua mãe exclamou e deu um beijo na bochecha da menina que deu um sorrisinho desanimado. — Quer comer alguma coisa, querida? Pode pegar se quiser.

Olha só, até comer ela podia. Incrível essas coisas, e nem sequer uma uva Carol podia pegar.

— Não, obrigada — ela disse e saiu de fininho, abrindo aquela revista tosca e indo para a sala.

— Júlia tá numa dieta doida aí — Camila segredou e riu — Pra quê eu não sei!

— Adolescentes são assim mesmo — Sua mãe comentou e deu uma fungadela — Menos Carolina, se eu deixo, ela come a ceia antes mesmo de vocês chegarem. — A tia riu alto e sua mãe a acompanhou.

— Quer... ajuda? — perguntou Camila a sua mãe. Mas dava pra notar que ela não tinha a menor intenção de sujar as mãos.

— Não precisa, já estamos terminando, né, Carol?

— Arrã...

— Ai ai... bom, não vou ficar aqui pra atrapalhar vocês, estou ali na sala, tá bom?

— Fica à vontade, Mila. Só vou terminar aqui e já me junto a vocês.

Assim que ela saiu da cozinha, sua mãe terminou de lavar os pratos as pressas e desamarrou o avental da cintura.

— Deixa aí, filha. Vai lá se arrumar, corre.

— Pra quê essa pressa?

— Deixe de perguntas e vai logo, você não viu a cara da sua tia? Ela deve estar achando que somos totalmente desorganizadas. Nós estamos todas bagunçadas, credo! Vamos, vai lá que eu termino tudo aqui rapidinho.

Passou como um fantasma pela sala, quicando escada acima. E quando viu a porta de seu quarto entreaberta sentiu um aperto na garganta.

Ana estava lá, mexendo em seus brinquedos do Mc Donalds como se nunca tivesse visto um. Justo na sua coleção dos Incríveis! E Pedro também estava lá, assoprando o canhão de seu Playstation.

— Ei! Quem mandou vocês entrarem aqui? Pedro, você está cuspindo aí dentro, para com isso já!

— Meu pai disse que a gente podia! — Pedro, um menino peralta de dez anos, protestou, mas pelo menos parou de assoprar.

— Tio Cláudio já chegou também? — Sua mãe iria surtar — Hã... Tá, vão lá pra baixo que eu preciso tomar banho. Vão vão! Ei, Ana, não pode levar lá pra baixo, deixe aí. Ai, meu Deus, por que primos são tão chatos?

✳✳✳

19h45

De banho tomado, perfumada e arrumada, Carol desceu as escadas sentindo-se mais animada. Beijou o tio Frederico, marido de Camila, no rosto. Sufocou Pedro com um abraço quando ele reclamou sobre o acontecimento de minutos atrás. Mas desconcertou-se quando cumprimentou Lucas, irmão mais velho de Pedro, um ano mais velho que ela. Deu um beijo desajeitado em sua bochecha e quase se embaralharam com o ato. Sorriu nervosamente e evitou ficar próxima dele.

Tio Cláudio estava bajulando a irmã na cozinha e tentando roubar uma comida ou outra no processo.

No quintal ouviu Doug, seu poodle, latir esganiçadamente. Sinal que seu pai estava próximo de casa. O cão só latia assim quando André estava chegando.

Dito e feito. Alguns minutos depois, todos estavam na varanda alvoroçados para recepcionar seus avós paternos. Juntou-se a eles. Enchendo de beijos os rostos enrugados e sorridentes.

✳✳✳

21h

— Coloca na Globo, já começou o especial de fim de ano. — sua avó disse animada — Na verdade, já deve estar no fim, mas ainda podemos ver!

— Ai, vó, aquilo é tão chato. Você vai gostar desse canal, passa umas coi...

— Põe logo na Globo, menina, vai, anda — ela resmungou interrompendo sua inútil tentativa de convencimento.

Sem dar um pio trocou de canal. Não era corajosa o suficiente para protestar contra sua avó. Leila podia ser compreensiva, mas avós podiam ser bem assustadoras quando contrariadas.

“Hoje a festa é sua, hoje a festa é nossa. É de quem quiser...”

ARGH!

Sorrateiramente levantou-se do sofá e foi até a cozinha. Talvez, agora que sua mãe não estava supervisionando, conseguiria surrupiar algo gostoso.

A mesa estava abarrotada. Eram tantas opções de comida que a deixaram tonta por um momento. Rabanada, torta, bolo, pavê, frutas... Além dos salgados, que eram seus favoritos. Pegou um prato no escorredor e com cuidado, tirou a tampa de uma grande travessa branca. Macarrão com maionese! Hmm!

— Meu favorito — sussurrou emocionada e pegou um pouco. Levou algumas garfadas à boca. Estava tão bom! Até que mordeu algo tenro e o sumo escorreu em sua língua. Que droga era aquilo? Olhou bem para o conteúdo da travessa.

— Maçã? — indagou indignada. Enojada demais para cuspir, forçou-se a engolir — Meu Deus, por que colocam frutas em tudo? Já não basta essas uvas passas?

— O que tá fazendo aí, Carolina? — a voz de Camila, sua tia, soou divertida atrás dela.

— Eu...

— Ah, você tá comendo do meu macarrão! — ela exclamou alegremente — Tá gostoso? Eu caprichei dessa vez.

— Ah, hehe... é. Tão bonzão, tia — Jesus, que vergonha! O que faria agora? — Hã, mas acho melhor eu sair daqui antes que minha mãe chegue...

— Tá bom, mas tome aqui — ela pegou a colher e colocou mais uma porção do macarrão em seu prato — vou deixar você comer mais um pouquinho só porque você gostou, tá?

— Valeu, tia — agradeceu e sentiu o rosto pulsar, quente como um vulcão. Virou as costas e só não correu porque levantaria suspeitas.

Sentou-se a mesa e catou todas as maçãs do prato, colocando-as para o canto. Dali, podia ouvir as piadas do tio Cláudio. Aquelas piadas que se ouvem em todos os natais, e em todos os natais forçavam-se que rir delas.

— Mas é pavê ou pra... — recusou-se a ouvir o resto.

✳✳✳

22h15

Finalmente sua mãe anunciou que podiam comer. Largou o macarrão e quase saltitou em direção a mesa. O momento mais feliz do Natal, na sua mais humilde opinião.

Comeram alegremente a ceia, rindo com as piadas de Cláudio, caindo em silêncio para ouviu a voz sussurrada e inteligente do avô. E novamente rindo ao ouvir as dicas culinárias da avó.

Sua mãe estava linda com os cabelos escovados, toda sorridente. Gostava de vê-la assim. Seu pai, sentado ao lado dela, elogiava fervorosamente o pudim deliciosamente benfeito.

Freddy dava comida a pequena Ana, e até Julia estava mais carismática. Conversando alegremente com Dona Maria. Tio Cláudio estendera a língua para fora, virando-se para Lucas, que sorriu e baixou os olhos.

Talvez o natal não fosse tão chato, afinal.

✳✳✳

22h45

— A gente já pode começar a trocar os presentes, né? — Camila a cutucou com o cotovelo. Carol assentiu, mas não sabia se queria realmente.

— Verdade, vamos logo. Chama o pessoal lá em cima, Aninha! — ele deu um tapinha na perna da filha, que levantou num salto e correu escada acima.

Depois de alguns minutos todos estavam reunidos na sala. Cada um segurava seu embrulho com os olhos brilhantes de excitação. O irmão de sua mãe balançava as pernas freneticamente.

— Quem vai começar? — perguntou ansioso. As vozes se mesclaram enquanto cada um se elegia para iniciar a troca. Carol e Lucas eram os únicos que permaneciam quietos.

— Calem a boca! — gritou a avó — Carolina, você começa.

— Ah, vó, pode deixar o Lucas começar...

— Eu não, vai você! — ele disse apressadamente. Parecia mais envergonhado que ela.

E então todos começaram a entoar “Caroli-na, Caroli-na” sem parar. Até que se levantou contrariada.

— Meu amigo oculto é a...

— Ah, não, Carol. Assim não — reclamou sua mãe — Tem que fazer uma declaração! Para de ser chata, menina.

Reprimiu a vontade de bater os pés. Seria infantil. Então suspirou fundo e retornou:

— Okay... Meu amigo oculto é uma pessoa muito... hã, legal. A gente não se vê muito, mas gosto muito dele. — sorriu com franqueza para a prima mais nova — é pra você, Ana. Espero que goste!

— ÊÊÊÊ — todos gritaram em coro, ouviu alguns assobios também. Entregou o pacote nas mãos dela.

— Pode abrir, filha — Camila disse quando Ana olhou pra ela suplicante. As mãos pequenas foram rápidas ao rasgar o papel que cobria o presente. Ela deu um suspiro alegre quando viu o brinquedo.

Monster High! Olha, mãe, uma boneca Monster High! Pai, não é linda? Olha, olha!

— É sim — Freddy respondeu simpático como sempre — agora agradeça a sua prima, vai.

Brigada, Carol! — sua voz transbordava de alegria. Isso fez Carolina sorrir.

Depois que se sentou, Ana, sem dizer sequer uma palavra, entregou o seu pacote nas mãos do Lucas.

Lucas foi sucinto ao entregar seu presente ao tio Cláudio. Que já se levantou sorrindo. Agradeceu e pigarreou alto antes de começar.

— O meu amigo oculto... — ele levantou o pequeno pacote verde e vermelho entre as mãos e chacoalhou — é... uma pessoa. E têm... dois olhos!

— Ahhh, jura — Pedro zombou quando o resto da família caiu na risada.

— Shh, deixa ele continuar — ralhou sua mãe e depois disse: — Vai logo, Cláudio, sem mais gracinhas.

— Tudo bem, agora vai — ele deu um risinho antes de continuar — A pessoa que eu tirei é alguém realmente especial — pela primeira vez na noite parecia falar sério — Alguém com quem posso sempre contar. Uma pessoa que esteve comigo a vida inteira e sem dúvida vai continuar até o fim. É uma pessoa muito mandona e chaaaata demais também, — novamente risos — mas sempre será a melhor irmã que eu poderia pedir.

Olhou pra sua mãe que àquela altura já se desatava a chorar. Sua mãe. A pessoa mais turrona que conhecia. Chorava e sorria ao se levantar e abraçar o tio Cláudio com um aperto sufocante. Ele devolveu o abraço e a beijou de leve na testa.

— Feliz natal, Lê. Que Deus abençoe você e a sua família, te amo muito.

— Também te amo, irmão — disse num resmungo e enxugou o que restava das lágrimas com as costas das mãos. — Agora senta lá que é a minha vez! — ele a obedeceu e esparramou-se no lugar que ela ocupava antes. — Meu amigo secreto é uma pessoa incrível. A mais maravilhosa que Deus me deu a oportunidade de conhecer, a pessoa que mais me ajudou na vida, que me apoiou sempre, que brigou quando foi necessário... A pessoa que me fez ser quem sou. O meu amigo secreto é...

— Dona Maria, pode levantar, eu tenho certeza que é a senhora — Camila disse e ajudou a vovó a se levantar. Sua pequena avó tinha cabelos curtos e prateados, olhos pequenos escondidos sob os óculos de grau forte e rosto enrugado como um damasco seco. Ela sorriu quando pegou o presente das mãos de sua filha, um sorriso tão doce. Só vovós conseguiam dar um sorriso daqueles. Ela não chorou quando Leila a abraçou, mas Carol viu os olhos dela marejarem quando as mãos trêmulas acariciaram os cabelos crespos de sua mãe.

— Abre! Abre! Abre! — o resto do pessoal cantou em coro e resolveu segui-los, cantando também. Dona Maria, com cuidado, rasgou o pacote e tirou de lá seu presente. Um vestido amarelo florido com rosas e botões azuis, lindo e antigo. Assim como sua avó.

— Obrigada, minha filha. É lindo.

— Vai, vó, agora é sua vez! — disse sem pensar e notou seu tio e tia olhando com curiosidade. Afinal, tinha ficado quase calada durante o dia inteiro. Mas não se importou, apenas continuou olhando para sua avó.

— Bom — começou Maria entrelaçando os dedos — O que dizer desse amigo? Ele tem meu coração, isso é um fato inegável. Eu o amo por demais — ela sorriu com candura — Amo Por tudo que fez por mim, o amo pelo jeito, o amo pela força que me dá quando está comigo. Agradeço todos os dias a Deus por ter colocado este meu amigo em minha vida. João, eu agradeço por estar por todos esses anos aturando as minhas chatices, que não são poucas! — Vovô se levantou devagar e abraçou Dona Maria. Bateu palmas como os outros, até ousou um assobio.

Ao final daquele rito sentia-se eufórica. Faltava pouco pra meia-noite, então todos se juntaram, apinhados nos sofás e cadeiras. Apenas esperando o relógio marcar a tão esperada hora. Carol fechou os olhos por um momento, deixando a mente desanuviar por um momento.

O que seria o natal, afinal das contas?

O Natal surge como o aniversário do nascimento de Jesus Cristo, Filho de Deus, certo?

Quem vai saber! Deu de ombros. O fato era que realmente não importava se era aniversário de Jesus ou Hórus, também pouco importava se era celebrado rituais pagãos nos tempos antigos, ou algo do tipo.

— Olha, falta 2 minutos! Vamos gravar, Lucas, empresta seu celular!

— Junta todo mundo pra tirar uma foto antes, vem Ana!

Ajeitou-se ao lado da avó e deitou o rosto no ombro macio de seu pai.

O que realmente importava era estar ali junto com sua família, mesmo que eles irritassem as vezes, era o melhor presente que poderia receber. Melhor que o segundo porta-retratos que recebera de amigo oculto, melhor que chocottone, melhor até mesmo que o pudim.

O verdadeiro significado do Natal é o amor. E isso ninguém podia contestar.


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Notas finais do capítulo

Só quero desejar a vocês todos um ótimo natal e uma ótima virada de ano. Agradeço por terem tirado um tempinho para ler essa história meio bobinha, mas que fiz de todo coração. Quero agradecer também a minha família (que sei que nem fazem ideia disso aqui) por ser a família mais divertida, sem noção e carinhosa do mundo.

Se identificaram com alguma coisa da história? Se possível, deixem suas opiniões, comentários, receita de rabanada, coisas que aconteceram com vocês no natal, qualquer coisa mesmo :)

Obrigada por lerem!