- Já arrumaram suas coisas? – perguntou naruto pondo a mochila nas costas – já estamos de saída.

 

O ultimo a arrumar suas coisas foi Neji, Konohamaru e Tenten já estavam prontos e o Hokage apenas aguardava o chefe dos samurais para poder partir, não queria ficar longe de konoha por tanto tempo tendo em vista essa crise, por isso adiantou-se em pedir ao Sarutobi que enviasse um macaco mensageiro pra konoha para explicar o que aconteceu e as primeiras medidas tomadas na reunião.

 

- Ainda não entendi o motivo de pegar mais provisões – comentou Neji – por acaso vai me mandar pra outro lugar?

- Infelizmente sim, preciso que vá as minas Katabami para checar a situação por lá – explicou naruto – desde o inicio havia uma leve desconfiança de que os responsáveis pelos problemas lá fossem os mesmo que estão nos causando problemas, preciso de alguém pra checar isso.

- Tem certeza que isso não é por causa da Yukie que foi lá? – perguntou Tenten.

- Deixando de lado minha preocupação como pai ela ainda é a filha do Hokage – disse ele sério – se os inimigos forem os mesmos então ela e todo o time correm um grande risco.

- Está tudo bem, de qualquer forma não acho que vão precisar de tanta escolta na volta – disse Neji pondo a mochila nas costas – vou para as minas, checo a situação e volto no mesmo dia sem problemas.

- Se chegar a falar com o Hantei diga que mandei lembranças! – pediu Konohamaru.

- Pareço algum garoto de recados? – disse Neji antes de partir.

- Hokage-sama, já copilamos todas as informações obtidas hoje – informou Mifune entregando uma pasta cheia de papeis – mandaremos um relatório mais detalhado ainda hoje direto para sua vila..

- Obrigado Mifune-dono – agradeceu naruto – espero que esse problema seja resolvido logo.

 

Guardando o documento em sua mochila naruto notou que Gaara vinha até ele com um envelope na mão, apesar de todos os problemas de hoje ele parecia tranqüilo no momento.

 

- Pode entregar isso a Temari? – perguntou ele – a Natsuri fez questão de me fazer escrever uma carta pra ela.

- Como se você não escrevesse mesmo sem ela mandando – zombou naruto pegando o envelope – recebeu um relatório também?

- Claro, os outros também – respondeu ele se referindo aos outros kages – fiquei surpreso que eles tenham aceitado tão facilmente a idéia proposta aqui.

 

Depois que ficou decidido que uma grande ameaça oculta pairava sobre todas as vilas o chefe do conselho samurai sugeriu que todas as vilas trabalhassem em conjunto para investigar isso, mas tinha que ser uma investigação direta e objetiva sem qualquer tipo de interesse particular ou complicações, após uma breve discussão foi sugerido que cada vila enviasse dois times: um de ataque e um de investigação para que ao se unirem investigasse todos os acontecimentos e procurassem qualquer pista, ao mesmo tempo combateriam qualquer ameaça eminente caso fosse necessário, esses time trabalhariam de forma autônoma e enviariam tudo o que foi descoberto para todas as vilas como um todo, na pratica seria um grande time independente trabalhando para todas as vilas.

 

- Depois que a aliança deu tão certo na guerra final ficou mais fácil obter a cooperação das outras vilas – disse naruto – ninguém está a fim de cair sozinho, melhor se unir para evitar isso.

 

Depois de todos os detalhes acertados cada comitiva partiu de volta pra sua vila, a comitiva de konoha sabendo que não haveria tempo pra que o inimigo se organizasse pra tentar um grande ataque novamente acabaram pegando o mesmo caminho, passando pelo local onde ocorreu a grande batalha perceberam que nenhum corpo restou, apesar de terem sido centenas, a única coisa que denunciava que muitos foram mortos ali eram as poucas manchas de sangue no local.

 

- Seja lá quem tenha feito isso é bom em fazer limpeza também – comentou Konohamaru.

- Os samurais que foram mandados pra cá também foram levados – disse Tenten trazendo uma katana quebrada – esses caras não brincam em serviço!

- Eles vão ver que eu também não! – disse naruto que socou uma arvore fazendo-a se partir ao meio.

 

 

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Os gennins jamais tinham presenciado algo assim, assim que os dois jounins entraram no restaurante caíram no chão e lá ficaram, as crianças diante disso ficaram paralisadas e horrorizadas, Shida mesmo sendo uma experiente medica travou por uns dois segundos antes de num salto ir até eles, passou a vista pelos dois e logo decidiu sua prioridade, primeiro ela usou um jutsu que fez varias ataduras serpentearem e se enrolarem no braço de Mizura, em seguida fez um conjunto de selos e uma luz verde cobriu as ataduras denunciando o uso de algum iryouninjutsu para tratá-lo, garantindo que a hemorragia estava estabilizada por enquanto ela logo pegou Lee que ela percebeu ter sido envenenado e colocou sobre uma mesa vazia e rasgando seu colete passou a examiná-lo cuidadosamente.

 

- Mas que tipo de veneno é esse? – ela se perguntou enquanto o examinava – essa coisa está transformando o sangue dele em acido!

 

Seria só uma questão de tempo até o sangue convertido em acido liquefizesse os órgãos internos dele, pensando nessa possibilidade ela lembrou-se que esse era um recurso que os insetos usavam bastante pra devorar suas vitimas com facilidade, ao constatar que se tratava de um veneno orgânico ela traçou a melhor forma de tratá-lo e passou a produzir algumas enzimas dentro do seu próprio corpo.

Mas o que ela não notava era o estado abalado de Yukie olhando seu irmão caído no chão gemendo de dor, a menina tremia vendo aquilo e quando finalmente pareceu despertar ela gritou desesperada.

 

- Shida-san!! Ajude meu irmão por favor!! – gritou ela chocalhando a médica – ela vai morrer assim!!

- Controle-se Yukie! Ele é o que tem mais chances de sobreviver, por isso estou tratando o Lee-san que pode morrer a qualquer momento! – gritou ela em resposta – se quiser fazer algo por seu irmão peça ao karashi-san que ferva bastante água e prepare compressas quentes agora mesmo.

 

Mas a menina tremia muito, parecia não conseguir organizar as idéias na cabeça, Shida vendo que ela podia não agir a tempo deu as mesmas instruções para Mikoto que apesar de também estar abalada agiu imediatamente.

 

- Não me atrapalhe agora – pediu Shida – sente em algum canto e fique quieta!

 

Em seguida a médica ativou o seu selo amaldiçoado transformando-se na mistura de mulher e serpente e com suas presas mordeu o pescoço de Lee, o corpo dele que ardia em febre e se debatia em convulsões estabilizou-se um pouco, mas ainda estava longe de estar a salvo.

 

- Aqui está a água quente e MEUS DEUS!!! – Karashi que vinha da cozinha se assustou com a aparência de Shida.

- Sou eu, isso é uma habilidade minha – disse ela pra tranqüiliza-lo – preciso que prepare compressas quentes e se tiver algumas ataduras seria bom.

- Estamos sem ataduras, mas no posto médico deve ter de sobra.

- Sora-kun, pode ir buscar as ataduras? S possível traga o médico também – pediu ela.

 

O menino obedeceu imediatamente e saiu correndo seguindo as indicações de Karashi, Ranmaru que estava em sua casa veio para ajudar também.

 

- Shida-san, tem algo que eu possa fazer? – perguntou Yukie envergonhada com a própria inércia.

- No momento a única coisa que pode fazer por mim é vigiar a região – disse Shida um pouco mais calma – se o inimigo resolver descer a montanha agora vamos estar bem encrencados!

 

Yukie e Kouta aceitaram a tarefa e rumaram para o topo do restaurante de onde passariam a vigiar os arredores, eles não tinham força suficiente pra nada e isso era o melhor que podiam fazer, lá dentro Shida lutava contra o tempo pois precisava arranjar logo um antídoto para neutralizar o veneno e assim poder consertar os estragos já feitos, e depois disso ainda tinha o Mizura pra cuidar, felizmente ele já estava consciente e o iryouninjutsu conseguiu conter o sangramento e aliviar a dor.

 

- Shida-san, como está o Lee-san? – perguntou ele com a voz fraca.

- Está vivo e talvez se recupere bem – respondeu ela sem cessar o tratamento – mas eu tenho que dizer que tudo isso é culpa sua.

 

Ele sabia disso, em suas preocupações ele ignorou os avisos dela, mas ele também sabia que o maior motivo para não ouvi-la era sua falta de confiança nela, apesar de não achar que ela fosse uma traidora ou algo do tipo ela não acreditava que ela pudesse compreender os princípios de konoha como ele compreendia.

 

- Talvez você ache que eu não tenha percebido, mas eu sei que você queria proteger os gennins acima de tudo – continuou ela – você achou que daria conta do serviço e não quis arriscar a vida deles, eu concordo que devemos proteger as crianças mas numa situação dessas toda ajuda é necessária.

- Eu fui um pouco arrogante – disse ele – já cumpri missões aparentemente mais difíceis do que essa, já estive entre a vida e a morte varias vezes e conseguir vencer, então achei que essa missão seria fácil.

 

Nesse momento Shida conseguiu curar Lee, depois de ter certeza que a situação estava sobre controle ela voltou sua atenção pra Mizura, era hora de curá-lo, nesse instante os gennins se reuniram e o médico da vila apenas fazia os cuidados finais em Lee.

 

- Apesar de estar meio indisposto agora ainda sou o líder da missão – disse Mizura com um certo gracejo – a partir de agora direi tudo o que eu vi e vamos trabalhar juntos pra criar um plano contra esses malditos!

 

 

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- Então eles estavam em suas mãos e escaparam? – perguntou um homem sentado sobre um grande travesseiro – isso é tão idiota que chega a ser engraçado mesmo quando estou puto da vida!

- Não foi bem assim, de fato vacilamos em deixá-los escaparem mas aconteceu tão de repente que...

- O que esse idiota quer dizer é que eles nos ferraram e pisamos na bola – disse a outra – mas nós vamos descer lá e terminar o serviço.

- Você disse que apenas dois deles vieram até aqui não é? – perguntou novamente o líder.

- Isso mesmo Hotaki-sama, eram apenas dois ninjas de konoha – respondeu Hisana.

- Ninjas de konoha sempre andam em times e geralmente é um jounin liderando 3 chuunins – avaliou Hotaki – quase sempre um deles é um ninja médico e se só haviam dois isso só pode significar que eram dois membros de um time de 3 e o médico ficou pra trás ou que eram dois integrantes de dois time diferentes e só eles vieram pra fazer o reconhecimento.

- Era o que se podia esperar do líder do bando Kirinzuki! – elogiou Kokubouro – um verdadeiro gênio!

 

Kirinzuki Hotaki era o líder de um bando de mercenários, trabalhavam pra quem pagava mais resolvendo seus problemas, quando não estavam trabalhando pra alguém procuravam meios de se fortalecerem independentemente, quando ouviram falar das minas Katabami eles viram nessas minas uma verdadeira oportunidade de ouro pra se tornarem poderosos, mas seu líder tomava varias medidas pra angariar poder sem correr riscos desnecessários.

 

- Isso significa que lá na vila pode haver só mais um ou então dois times completos – imaginou Hisana – mas os dois estão feridos e podemos dar conta de um bando inteiro!

- O que eu já falei sobre a vila seus idiotas? Não precisamos molestar os moradores se eles não nos causarem problemas – reclamou ele enquanto pegava sua lança sobre um altar – isso evita que uma grande mobilização seja feita e um batalhão ninja venha até aqui! Sabíamos que eventualmente eles pediriam ajuda de fora, contanto que possamos defender as minas não precisamos temer um ou dois times!

- Mas vamos deixar as coisas como estão? – perguntou o espadachim.

- Vamos dobrar a segurança, parar de trabalhar nas minas e esperar que venham até nós – respondeu ele estrategicamente – é mais fácil derrota-los se eles caírem em nossas armadilhas!

- Como quiser chefe! – disse kokubouro – vocês ouviram! Preparem-se que vamos ter uma batalha hoje!

 

Os soldados gritaram em uníssono e foram se organizar Hotaki apenas começou a afiar sua lança ao mesmo tempo que notava que uma grande sobra atrás dele parecia ansiosas se movendo de um lado para outro.

 

- Aguarde mais um pouco, por algum motivo sinto que hoje vamos por a prova nossa força! – disse ela para a sombra que se escondeu em algum canto.

 

 

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- Não pensei que encontraria alguém desse clã logo aqui – comentou Mikoto preocupada – pelo que minha tia fala sobre eles são muito terríveis, principalmente o modo como fazem pra aumentar de numero.

 

Mikoto estava explicando aos outros quem era a mulher que tinha uma mariposa nas costas, ela era uma integrante do clã chochokai, semelhante ao clã Aburame eles sedem seu corpo como moradia de insetos, mas nesse caso é uma única mariposa venenosa e carnívora que se mescla a sua carne e compartilha com seu hospedeiro as mesmas características, era uma verdadeira abominação da natureza.

 

- Minha tia disse que os mais velhos nesse clã seqüestram recém-nascidos para colocarem uma larva em suas costas – disse ela tendo calafrio – apenas uma pequena fração sobrevive a isso!

- Que coisa horrível! – disse Yukie.

- Como eu odeio esse tipo de gente! – disse Mizura furioso encostado num canto.

- Eu creio que posso lidar com ela – comentou Shida – ninguém mais além de mim pode enfrentar uma pessoa que expele veneno desse jeito.

- Droga! Eu deveria ter atacado com tudo desde o inicio! – reclamou Lee batendo na parede.

 

Foi uma noite longa e tensa tratando dos dois, uma madrugada de recuperação e agora pouco mais de 8 da manhã os dois já estavam na ativa novamente, Shida sabia que eles estavam no limite mas era essencial que estivessem em condições de lutar novamente.

 

- De fato há uma barreira rastreadora oculta no nevoeiro que cobre a montanha – esclareceu Ranmaru – mas eu posso bloqueá-la com meu akaigan.

- E com isso recuperamos o elemento surpresa – disse Hantei animado – quando vamos atacar?

- Quando tivermos terminado de comer! – disse Mizura que sentia a barriga roncar – comam primeiro e daqui a duas horas preparem-se pra partir!

 

As crianças obedeceram e saíram do sótão do restaurante direto pra ala das mesas afim de fazerem uma farta refeição, lá encima só ficaram os jounins e Ranmaru.

 

- Vocês estão só com metade da capacidade de lutar – alertou Shida – se não puderem lutar é melhor partir e voltar com reforços.

- Agora já sabemos o que nos espera, não vamos mais abrir a guarda como antes.

- Eu também, lutarei com todo o meu fogo da juventude e derrotarei meus adversários! – gritou Lee em empolgação.

- Bem, se seguirmos a estratégia pode funcionar – disse ela – temos que decidir quais gennins cada um de nós levará.

 

Ficou decidido baseado nas habilidades de cada um que Shida levaria Mikoto e Sora pra enfrentar a mulher mariposa, Lee levaria Konoe e Kouta e mesmo protestando contra a estratégia que teriam que usar ficou decidido que ele enfrentaria o homem com as duas espadas e por ultimo Mizura levaria Hantei e Yukie para enfrentar o provável líder da organização, já que eles não sabiam quem era ou suas habilidades o mais certo era levar os gennins mais fortes.

Depois que as estratégias foram elaboradas era hora de comer e avisar aos gennins como ia ser o ataque, as crianças encararam bem a idéia de se dividirem e se misturarem, Yukie percebeu nisso uma chance de se redimir por sua inutilidade durante a noite.

 

- Eu tenho um ultimo pedido a vocês, não importa a situação, se o jounin responsável por vocês cair fujam imediatamente – disse Mizura sério encarando todas as crianças –não precisamos que todos sejam derrotados, se nosso plano não funcionar o mais importante é voltar pra konoha e informar o que aconteceu pra que eventualmente o próximo grupo se prepare melhor.

 

Ele sabia que provavelmente as crianças não seguiriam essa ultima ordem, mas como líder do time ele tinha a obrigação de zelar por eles, certamente haveriam complicações mas todos juraram dar o melhor de si.

 

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- Entrega especial para você – disse Benkei despejando a mulher sobre a mesa.

 

Benkei trazia uma mulher enrolada num lençol rasgado, ele tinha saído pra recolher informações no submundo do crime onde ele tinha vários conhecidos, essa mulher simplesmente sabia algo que lhe interessava, pelo olhar vazio e as marcas no corpo dela era fácil deduzir o que ele fez com ela.

 

- Você deve achar que eu não me importo com os métodos usados pra arrancar informações não é? – perguntou Ibiki fitando-o constantemente – mas mesmo para torturas algumas coisas têm um limite!

- Você se acha bom em arrancar informações só usando intimidação e terror não é? Sabia que de onde venho uma pessoa como ela passaria por isso infinitamente e ainda muito pior.

- Conseguiu alguma informação valiosa ou só fez isso por diversão?

- O inimigo não é daqui – disse ele simplesmente – ela os ouviu falando numa língua esquisita enquanto negociavam com os comparsas dela, fora isso só informações dispensáveis.

 

Ibiki não suportava Benkei e certamente o sentimento era recíproco, quando o homem mascarado estava saindo ele lembrou-se de perguntar algo que estava lhe incomodando.

 

- Onde foram parar os meus pirralhos? Por algum motivo sinto que vão me dar dor de cabeça em breve.

- Partiram numa missão com o Mizura-kun – respondeu Ibiki – não devem demorar.

- Já sente falta deles? – perguntou Sasuke entrando no escritório.

- Olha só se não é nosso falcão em pele de serpente – brincou ele pra provocar Sasuke.

 

Um movimento que os olhos mal podem captar e ambos estavam apontando suas espadas pro pescoço do rival, uma encarada que apesar de durar só alguns segundos pareceu uma eternidade e as laminas continuavam a apontar na direção mortal.

 

- Qual de nós será o pior hein? Um demônio nascido do inferno ou alguém que passou pelo inferno? – Benkei parecia interessado na resposta.

- Se eu te matar só estarei te mandando de volta pra casa não é? – Sasuke se mantinha frio como sempre.

- Quem dera fosse tão fácil – retrucou o outro.

- Podem parar com isso? – pediu Ibiki – temos trabalho a fazer.

 

Benkei apenas guardou sua espada e saiu pela porta, Sasuke só embainhou sua Kusanagi após ter certeza que ele já estava longe.

 

- O que veio fazer aqui Sasuke? – perguntou Ibiki enquanto carregava a mulher pra uma cela de tratamento.

- Vim recolher as informações que o centro de inteligência já juntou – respondeu ele – acabou de chegar uma mensagem do naruto e a coisa é pior do que pensávamos.

- E o que você pretende fazer?

- Assim como o Benkei eu vou fazer as coisas da minha maneira – respondeu ele com um tom frio.

 

 

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- Então essa é a queda d’água? Me surpreendo de vocês terem sobrevivido – comentou Shida olhando as varias quedas que se uniam em uma imensa cachoeira.

- Usei uma barreira que serviu de proteção – explicou Mizura – ainda assim doeu pra burro!

- Já consegui bloquear a barreira rastreadora – avisou Ranmaru – eles não serão capazes de percebê-los com ela.

- Eu me lembro que você conseguiu bloquear até o byakugan do Neji – disse Lee confiante – então tenho certeza que eles não saberão até ser tarde demais!

 

Os times se dividiram e começaram a escalar a montanha com a cobertura da cachoeira, a primeira parte da missão era neutralizar os inimigos que patrulhavam a região, depois disso cada time deveria localizar seu alvo e era ai que entravam Yukie e Mikoto em time separados, cada uma delas estava instruída sobre como achar um alvo especifico, cumprindo bem essa parte elas guiaram seus times enquanto lidavam com os capangas pelo caminho, agora só faltava a parte final do plano.

 

- Isso que é uma fortaleza – comentou Hantei ao lado de Mizura.

- O que você vê Yukie? – perguntou o rapaz.

- Vejo 12 inimigos no andar inferior e mais 6 patrulhando os arredores – respondeu ela olhando com seu byakugan – o líder está no topo da torre mas tem algo estranho.

- E o que seria?

- Tem um chakra esquisito flutuando perto dele, parece algo vivo mas não consigo definir o que é!

- Vamos pensar nisso depois – disse Mizura – como estão indo os outros?

- O time da Shida-san já chegou ao vale, o time do Lee-san está indo direto pro primeiro posto de guarda.

- Aquele ali não sabe o que significa sutileza não é? – Hantei começou a rir.

- Infelizmente não, mas felizmente eu levei isso em conta – disse Mizura rindo também – agora chegou a nossa vez.

 

Mizura fez uma seqüência de selos e três grandes rojões surgiram ao seu lado, ele começou a ajustar os pavios dos engenhos e a posicioná-los adequadamente, depois que ajustou o ângulo correto acendeu o pavio e quando estes acabaram os rojões voaram por sobre a fortaleza e começaram a girar liberando uma rajada de kunais com tarjas explosivas que caíram por todo o terreno, em seguida vieram as explosões que destruíram quase tudo e levando boa parte dos inimigos nisso, toda a estrutura da fortaleza estava comprometida.

 

- O que aconteceu lá encima? – perguntou kokubouro tentando entender que explosões foram aquelas – será que algum inimigo passou por nós?

 

Enquanto ele estava distraído com os acontecimentos acima dele uma confusão se formava abaixo dele, seus subordinados eram massacrados por um ninja de colante verde e cabelo de tijelinha, quando prestou atenção nisso ficou indignado por ter reconhecido quem ele era.

 

- Você tem muita coragem de aparecer aqui depois de ter sido chupado pela Hisana! – disse ele após pular do topo da torre de observação – você escapou de alguma forma mas comigo é diferente!

 

Ele sacou as duas espadas dentadas das costas e elas logo se eletrificaram, imediatamente Lee lembrou-se de sua batalha contra Raiga e ficou confiante de que poderia vencer.

 

- Agora sei por que o Mizura-kun me escolheu pra enfrenta-lo – disse Lee se colocando em sua posição de luta favorita.

 

Quando o homem ia dar o primeiro passo seu posto de guarda foi pelo ares com uma potente explosão, ele ficou atônito com o ocorrido.

 

- Mas como você...

- Lee-sensei, já completamos a missão – disse Konoe surgindo ao lado dele – mais alguma coisa pra fazermos?

- Você fica tão fofa me chamando de Lee-sensei!! – disse ele com os olhos brilhando – que sensação maravilhosa!!

- Cara, já estou sentido falta do Benkei-sensei – disse Kouta desanimado com a cena que teve que presenciar.

 

Enquanto o time se organizava Kokubouro observava tudo abismado, ele já tinha ouvido falar que os gennins de konoha eram acima da media mas isso já beirava o absurdo, ele não conseguia acreditar que um cara ridículo e dois pirralhos estavam desmantelando a primeira linha de defesa do clã Kirinzuki, após constatar a situação em que estava começou a gargalhar.

 

- Se o chefe nos visse agora ia ficar puto da vida! – disse ele tentando parar de gargalhar – mas pelo jeito ele também está com problemas.

- Esqueça seu chefe e venha lutar! – exigiu Lee.

 

Sem mais delongas Kokubouro avançou e atacou, ele lutava com duas espadas e Lee a principio só se esquivava e poucas vezes revidava, Konoe e Kouta se afastaram cada um pra um lado e começaram a jogar shurikens contra o inimigo que começou a usar as espadas pra se defender, aproveitando a guarda baixa Lee aumentou o ritmo e voltou a atacar Kokubouro com força máxima e enquanto ele tentava se defender de todos os ataques recebeu um potente chute que o jogou longe.

 

- Usando crianças como distração? – perguntou ele após se levantar e cuspir um filete de sangue – não que eu ache errado mas eu esperava mais de você.

 

Isso definitivamente feriu o orgulho de Lee, mas Mizura alertou que dessa vez ao invés de por orgulho e honra em primeiro lugar ele deveria se preocupar com a vitória pelo povo das minas, ele não podia se dar ao luxo de perder pro inimigo.

 

- Agora que terminamos o aquecimento vamos lutar de verdade!

 

Kokubouro ativou seu chakra nas duas espadas e as correntes elétricas se enfureceram, era a hora de lutar pra valer com toda a sua força, ou pelo menos a força que lhe restava já que seu corpo ainda estava se recuperando da noite anterior.

 

- “Eu entendi Mizura-kun, devo saber meus próprios limites” – pensou ele – “mas ainda assim vou dar o meu melhor e superar esses limites!”

 

As crianças atacaram primeiro, uma de cada lado Kouta e Konoe avançaram sobre Kokubouro pra pega-lo antes que atacasse, Lee atacou pela frente sendo ele o único que poderia impedir o inimigo de fulminar os gennins, já o inimigo simplesmente apontou uma espada pra cada lado e um relâmpago se formou derrubando os dois ao mesmo tempo, Lee chutou o inimigo mais uma vez que bloqueou o ataque usando as duas laminas como escudo.

 

- Não consegue lutar sem os pirralhos? – perguntou ele irônico.

 

Kokubouro liberou uma descarga elétrica pelas espadas afetando Lee e jogando-o longe, mas antes que pudesse fazer algum outro movimento ele sentiu uma mordida no pescoço, era o cão Koudaku que seguindo a estratégia esperaria o melhor momento pra desferir um ataque furtivo, Konoe que se fingia de derrotada aproveitou pra jogar uma kunai no inimigo acertando sua mão e fazendo-o derrubar uma das espadas, Kouta também se levantou num impulso e desferiu um ataque na outra mão livrando Kokubouro da sua arma restante, agora a luta estava equilibrada e as duas crianças recuaram deixando apenas com Lee a chance de vitória.

 

- Agora veremos do que você é capaz sem as laminas do Raiga que você reformulou – disse Lee entrando na postura da lótus.

- Então você tinha percebido? Eu as encontrei e as melhorei para que ficassem do meu agrado – respondeu o outro – mas não pense que estou indefeso, eu já lutava muito bem antes mesmo de encontrá-las!

 

 

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- Reconhecimento completo – avisou Mikoto recolhendo seus insetos – ao todo são 12 inimigos divididos em 4 grupos, um deles vigiando o portão, mais um na torre e dois no interior.

- E nosso alvo primário? – perguntou Shida.

- Não pude confirmar sua posição pra não alerta-la sobre nós, mas certamente ela está lá.

- Você está pronto Sora-kun? Vamos por o plano em ação agora.

 

O jovem Yamanaka já tinha terminado o seu desenho quando ela perguntou, ao todo 4 morcegos foram desenhados e só aguardavam o chakra dele pra ganharem vida.

 

- Eu tenho que avisar que não consigo desenhar e colocar chakra ao mesmo tempo como meu pai faz – disse ele meio envergonhado – por isso eu demoro um pouco pra fazer minha técnica.

- Não tem problema, se tudo der certo já estará bom se me derem cobertura – disse ela gentilmente.

 

E assim o plano foi executado, Shida colocou sobre o chão 4 esferas, Mikoto liberou um pequeno enxame e Sora fez seus morcegos ganharem vida, com isso o plano de infiltração se iniciou, os morcegos pegaram as esferas e seguiram os insetos que se dividiram em 4 grupos menores, cada grupo guiava os morcegos até cada um dos grupos inimigos que montavam guarda, quando os morcegos chegaram até seus alvos deixaram cair sobre eles as esferas que explodiram e liberaram gás sonífero, antes que pudessem reagir todos caíram inconscientes.

 

- Foi um sucesso! Meus parabéns crianças – elogiou ela – agora vamos pra segunda parte!

 

Shida separou-se das duas crianças e foi pra uma parte mais alta que formava o paredão em volta do posto, lá ficou aguardando que a segunda parte fosse posta em pratica.

Mikoto mais uma vez reuniu seus insetos em um enxame, Sora começou a desenhar 5 pássaros em seu pergaminho e após dar o sinal Mikoto lançou o enxame na direção de onde suspeitava estar sua inimiga.

O enxame ficou voando em círculos, logo depois a mulher saiu voando por uma clarabóia e dispersou o enxame com suas asas, finalmente o grupo tinha conseguido atrair sua atenção.

 

- Então tem um Aburame por aqui? Não é muito esperto já que eu posso ouvir seus insetos estúpidos! – zombou ela – vamos apareça!

 

Ela começou a procurar pelos arredores, Mikoto fez um sinal para Sora e este deu vida aos seus desenhos que criaram duas águias gigantes, as aves de tinta avançaram contra Hisana e esta se esquivava dos ataques facilmente, quando as duas águias atacaram de novo ela liberou seu veneno contra elas mas não surtiu efeito algum.

 

- O que?? Não caíram?? – ela se esquivou com dificuldade do ataque seguinte.

 

Sora liberou mais uma ave, Hisana percebeu de onde elas saíram e vôo até lá para atacar quem a estivesse invocando mas foi barrada por um enxame.

 

- Saiam do meu caminho suas moscas! – gritou ela cuspindo uma nuvem de pó vermelho.

 

Os insetos caíram mortos, mas agora ela tinha que lidar com 3 águias gigantes que atacavam de todos os lados e pareciam imunes ao seu veneno, ela se esquivava com dificuldades e a cada vez se afastava mais de onde as águias tinham saído, irritada com sua própria situação ela decidiu ganhar altitude e subiu, mas era exatamente isso que Shida aguardava escondida numa fissura, quando a inimiga passou por ela Shida saltou sobre suas costas se agarrando a ela, com seus bisturis ela rasgou uma das asas fazendo-a cair sem controle, Shida se desgrudou da inimiga e se agarrou a uma parede enquanto Hisana usava sua outra asa pra tentar aparar a queda, obteve êxito em salvar a própria vida mas não sem antes sofrer uma bela queda, hisana gritou a plenos pulmões, mas seu grito não era de dor, era de uma ira inumana por ter sido ferida e humilhada.

 

- APAREÇAM SUAS PESTES!! – gritou ela – APAREÇAM!! EU VOU FAZÊ-LOS PAGAR POR TUDO ISSO!!!!!!

 

A única pessoa a aparecer foi Shida, os pássaros continuaram voando em círculos pelo lugar dando cobertura, Hisana direcionou seu olhar insano de ódio contra a médica de konoha.

 

- Eu fiquei sabendo que você não teve escolha sobre se transformar nessa coisa que é agora – disse Shida calmamente – se você estiver disposta eu posso salva-la, sei o que é ser transformado contra a vontade num monstro e sei que isso muda as pessoas.

 

Hisana começou a gargalhar e Shida já sentiu qual era a resposta dela, a mulher mariposa parou de rir e encarou a outra com um olhar insano.

 

- Por que eu abriria mão desse poder? Eu agora sou mais que uma humana, eu sou a evolução! – disse ela como se fosse uma deusa – eles me deram poder, me deram beleza, eu jamais trocaria isso pra ser humana de novo!

 

Shida ativou seu selo amaldiçoado e foi direto pro nível dois, agora ela parecia uma mulher serpente com olhos multicoloridos e escamas finas pelo corpo e garras afiadas como navalhas, Hisana encarou aquilo como algo belo ao invés de se sentir impressionada ou assustada.

 

- Vejo que você não mentiu quando disse que tinha sido transformada – comentou hisana – com um poder desses por que desejaria voltar a ser humana?

- Monstros não podem salvar vidas, apenas destruí-las – disse ela séria – eu como médica só desejo salvar vidas, mas nessa forma meu poder só pode destruir.

 

Uma explosão foi ouvida bem longe no alto da montanha, Shida sabia ser o grupo do Mizura que tinha alcançado a base inimiga, agora cada um estava em sua própria batalha e logo o destino das minas katabami seria decidido.

 

 

Continua.