A Saga da Nova Geração escrita por zariesk


Capítulo 66
Capitulo 56 – Contos de Guerra: Kirigakure.


Notas iniciais do capítulo

e postando mais rapido que da ultima vez aqui está a batalha na proxima vila, dessa vez a vila da nevoa é a protagonista da guerra!



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A brisa do mar era refrescante para aqueles que cruzavam o oceano naquela hora, o sol ardia sobre eles e as ondas se mostravam tranqüilas o suficiente, embora eles estivessem a pé caminhando sobre o mar não encontravam dificuldades para alcançar seu objetivo, mesmo assim estavam nitidamente atrasados para o compromisso, definitivamente atrasados.

- Não sei por que ficamos com essa vila, da muito trabalho chegar até ela – reclamou Jikuta – se pelo menos pudéssemos usar a ponte ou os navios...

- Eles bloquearam qualquer acesso a vila até a guerra acabar, e nós ficamos com ela porque originalmente nossos antecessores são de lá! – respondeu Eria – não seja lento como uma tartaruga até no raciocínio!

- Você não tem o direito de criticar! Quem foi que dormiu até tarde e levou duas horas pra se arrumar e comer hein menina lesma!?

- Não precisamos ter pressa, ouvi dizer que essa vila não vai ser atacada do mesmo jeito que as outras – comentou ela – além disso eu já estou em outro nível com minhas 6 caudas e junto com as suas 3 somos praticamente uma kyuubi!

- Nem vem, eu tenho certeza que sou mais forte que você! – protestou ele – eu nunca perderia pra uma nanica subdesenvolvida!

- Você vai ver só! Eu ainda vou crescer e ficar mais gostosa que a yuzu nee-sama e a Sari nee-chan! Afinal elas são mais velhas que eu!

- Não fale desse jeito vulgar! Por isso Konan-sama não gosta de deixar a Lyna-chan com você ou o Kasuga-nii – reclamou Jikuta – você pode ter 15 anos mas parece uma menininha de 12 anos, vai ter que crescer muito pra alcançar aquelas duas!

A garota furiosa começou a liberar chakra fazendo o mar se agitar e Jikuta se afastar pra evitar ser tragado pelo redemoinho que ela produzia, com seu complexo de inferioridade perante as outras Eria tinha um temperamento terrível demais considerando seu estado habitual de calma e tranqüilidade.

- Vocês podem parar com isso? Estou tentando falar com vocês! – reclamou Nagato.

Assim que ouviram a voz dele os dois se alertaram e viram a imagem do seu mestre, ao redor deles as imagens dos outros jinchurikis.

- Já estamos chegando, tivemos um pequeno atraso mas a vila da nevoa é logo ali – justificou Jikuta nervoso.

- Que bom que o inimigo ainda não chegou lá não é? Todos os outros já estão lutando – comentou ele de forma irônica.

Os dois ficaram sem graça, Nagato passou as ultimas instruções para os dois que logo após cortarem a comunicação seguiram em frente até chegarem no nevoeiro característico do país da água, assim que penetraram a nevoa foram recebidos por uma saraivada de kunais, para escapar delas eles simplesmente afundaram na água, mas eles mal afundaram e viram minas submarinas que detonaram assim que o chakra deles entrou em contato, a explosão agitou a água e afastou a nevoa revelando uma pequena embarcação da vila da nevoa com um time de ninjas em vigilância.

- Chun-sama, não deveríamos ao menos ter confirmado quem era antes de atacar? – perguntou um chuunin – poderia ser um aliado.

- Nenhum aliado viria pelo mar, teria usado a ponte – explicou ele – além disso precisávamos testar a defesa de minas não é?

- Que legal que já pudemos ajudar a nevoa, mas ser cobaia não estava nos planos – comentou Jikuta emergindo.

Os dois estavam ilesos e isso surpreendeu Chun que ergueu a mão para o alto e um disco giratório de água se formou, ele arremessou o disco nos dois e Eria revidou cuspindo uma substancia que ao se chocar com a água transformou tudo em espuma inofensiva.

- Será que da pra parar de atacar? Nós não somos inimigos! – reclamou Eria.

- Se fossem aliados teriam usado a ponte, o bloqueio ia interrogá-los e dependendo das circunstancias seriam escoltados até a vila da nevoa – disse ele – ou vocês queriam se infiltrar lá sorrateiramente?

- Ta bom! Eu confesso que não pensei muito nisso! – disse Eria vendo o olhar irritado do Jikuta – nós precisamos falar com a Mizukage, viemos ajudá-los a combater o exercito do norte.

Chun pensou sobre o assunto e se reuniu com os outros membros do time para discutir sobre isso.

- Se vocês aceitarem serem presos levamos até a vila – disse ele – e ai vai depender da Mizukage-sama se ela fala com vocês ou não.

Sem alternativa os dois embarcaram e logo foram amarrados e algemados, a embarcação ligou seus motores e voltou para a vila da nevoa, a medida que se aproximavam da ilha o numero de barcos com ninjas aumentava bastante até que chegaram a praia onde um grande contingente de ninjas estava de prontidão, a vila da nevoa ficava próxima ao centro da ilha, mas todas as defesas estavam concentradas no litoral, um grande navio de guerra era a base de comando móvel das forças da nevoa e era lá onde a Mizukage aguardava com os outros oficiais, assim que os dois jinchurikis foram entregues a ela Mei ficou surpresa.

- Eu reconheço esse chakra, é o mesmo chakra que o Utakata tinha – comentou ela ao ver Eria – eu sei muito bem por que éramos do mesmo time, nunca esqueceria isso.

- Então ela tem o rokubi dentro dela? Agora entendo por que tem um chakra tão gigante! – disse Ao surpreso – o outro também não fica por muito menos, lembra o chakra do yondaime Mizukage!

- Eu tenho o sanbi comigo, nós dois somos jinchurikis e viemos ajudar – explicou ele.

- Vieram ajudar? E por que eu deveria aceitar desconhecidos conosco? – perguntou Mei.

- Nossos irmãos já estão lutando nas outras vilas, Nagato-sama a pouco tempo nos informou a situação e ele falou sobre monstros terríveis que atacaram as outras vilas – explicou Eria – se não aceitarem nossa ajuda pode ser que as coisas não saiam tão bem por aqui.

Mei ponderou sobre o assunto, confiar na akatsuki era a ultima coisa que ela faria na vida, mas a queda das forças de defesa significaria o fim do país inteiro já que todas as grandes cidades ficavam concentradas na maior ilha, falhar não era uma opção.

- Estou disposta a aceitar a ajuda de vocês, contanto que meus homens de confiança fiquem de olho em vocês o tempo todo – disse ela séria.

- Faça como quiser, não temos motivos para não aceitar – disse Eria.

- Ótimo! Agora só falta esses homens de confiança chegarem, onde os espadachins estão!? – perguntou ela nervosa.

- Ainda estão na vila, eles ficaram de se reunir lá e organizarem a ultima linha de defesa – explicou Ao – a Isaribi também está lá com eles, sem falar dos seus pupilos.

- Aquela garota ainda duvida dela mesma, espero que ela não hesite quando chegar a hora.

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Os corredores da sede da ANBU eram frios e assustadores até mesmo para os ninjas da vila, Isaribi que ia para a reunião se perguntava se em breve teria que lidar com eles mais frequentemente, enquanto caminhava ela sentiu uma presença que ultimamente vinha sentido a muito tempo sempre por perto.

- Sumiko-san, você não precisa ficar me espreitando desse jeito – disse ela.

- Você é a única pessoa que consegue sentir minha presença, como faz isso? – perguntou a garota mascarada pulando do teto.

- Eu tenho a capacidade de sentir campos elétricos que os seres vivos emitem – explicou a garota – você pode não ter presença de chakra mas ainda é um ser vivo.

Isaribi voltou-se para a garota atrás dela, era obvio o descontentamento dela e isso já vinha de alguns dias atrás.

- Não vou aceita-la como Mizukage, só minha mãe pode ocupar esse cargo – disse Sumiko – você nem de longe merece essa honra.

- Talvez você tenha razão, nunca serei tão poderosa quanto a Mei-san e nem terei o prestigio e orgulho que ela tem, na verdade sempre que posso eu tento convence-la a mudar de idéia.

- Talvez eu te mate durante a guerra e diga que foi algum inimigo, ninguém vai sentir sua falta mesmo – ameaçou a outra.

- Essa é sua forma de proteger a vila? Se for talvez eu acabe com você aqui mesmo.

Isaribi pôs a mão no cabo de sua grande espada enquanto Sumiko sacava duas kunais, as duas ficaram se encarando por algum momento até um homem aparecer.

- Deixem a hostilidade para o campo de batalha, já decidimos a formação de batalha – avisou Yariza.

Isaribi pegou uma copia do papel entregue por ele enquanto Sumiko desaparecia no corredor escuro, logo os outros espadachins da nevoa apareciam e se dirigiam ao campo de batalha.

- Choujuro-senpai, chegaram novas ordens da Mizukage-sama – disse Isaribi – ela quer que você e mais um a sua escolha vigiem duas pessoas que se uniram a nós.

- Vigiar quem se uniu a nós? Porque isso? – perguntou ele confuso.

- São jinchurikis criados pela akatsuki, dizem ter vindo nos ajudar mas a Mizukage-sama quer garantias.

Choujuro então escolheu a única garota além de Isaribi na formação atual dos 7 espadachins para ajuda-lo a vigiar os tais jinchurikis, enquanto o grupo seguia para a linha de frente eles viam as formações de batalha pela vila, apenas 5% dos ninjas ficaram na vila para organizar a situação interna, toda a batalha se concentraria no mar que era o território deles.

- A Mizukage-sama a escolheu porque você se importa realmente com a vila – disse Choujuro entendendo o que a preocupava – sabia que você é a única que não anseia pelo cargo? Significa que você se preocupa tanto com a vila que não sabe se seria boa pra governá-la!

- Então acho que só posso fazer o melhor possível para me tornar boa o bastante – disse a garota mais animada – afinal até você se tornou o líder dos espadachins!

- Por que será que eu não senti algo de bom nessa comparação? – perguntou ele desconfiado.

*************************************

Na praia da ilha havia um grupo de ninjas sentados ao redor de uma piscina redonda, dentro da piscina um pequeno pedaço de terra que olhando bem era uma maquete da ilha central, os ninjas que rodeavam a piscina estavam em profunda concentração até que alguns pontinhos luminosos apareceram na beira da piscina se dirigindo vagarosamente para o centro, imediatamente um ninja que estava mais atrás pegou um sinalizador e disparou para o céu até ser visto pelo byakugan de Ao.

- A equipe de rastreamento detectou a chegada deles Mizukage-sama.

- Levem o nosso navio para a linha de frente, confirmem o numero e velocidade deles – ordenou ela – repasse agora a ordem pra avançar para toda a frota!

O sinalizador azul foi disparado para o céu e as dezenas de pequenas embarcações começaram a avançar lentamente para a batalha, canoas ocupadas por um ninja cada formaram uma linha horizontal atrás da força principal e o grande navio de guerra tomou a dianteira da frota para iniciar o ataque.

- A equipe rastreadora confirmou 18 navios de grande porte, todos maiores que nosso Ukigo – informou Ao – ao que parece a força de ataque marítima deles não é tão desenvolvida quanto imaginávamos.

- Pode ser, mas não darei nenhuma brecha para eles – respondeu ela.

Nesse momento 7 vultos pularam a bordo do navio, ao invés de serem recebidos com cuidado foram vistos como um milagre chegando dos céus, eram os espadachins da nevoa, os ninjas que mais representavam a elite da vila da nevoa.

- Quais são as ordens Mizukage-sama? – perguntou Choujuro.

- Cada um de vocês comandará uma embarcação e atacará um dos navios deles – respondeu ela – confirmamos 18 navios de guerra mas podem ter mais em breve, além disso segundo o que disseram nossos “convidados” o inimigo costuma usar monstros como força de ataque.

- É verdade, na vila da rocha e areia apareceram monstros gigantes, ainda não sabemos como está na vila da nuvem – disse Eria.

De repente Ao alertou-se sobre algo e ativou seu doujutsu, a expressão que ele fez foi de pavor absoluto quando ele viu a arma do inimigo aproximando-se e imediatamente ele tratou de avisar sua líder.

- Mizukage-sama! Os monstros já estão aqui!

De repente uma embarcação próxima a eles foi arrebentada subitamente por uma grande força, quando todos prestaram atenção viram um tubarão com 20m de comprimento passando ao lado da embarcação, logo outras sombras nas profundezas foram confirmadas e um total de 20 tubarões monstruosos surgiram no campo de batalha, logo outra embarcação foi afundada e seus ocupantes devorados.

- Eu vou combatê-los agora! – gritou Isaribi

- Nós vamos te ajudar! – gritou Jikuta correndo atrás dela.

Ao mesmo tempo os três se transformaram em suas formas hibridas, Isaribi adquiriu escamas, barbatanas e guelras e lembrava o lendário Kappa mas muito mais feroz, Eria ficou com a pele branca e lisa além de brilhante pelas secreções que ela liberava, seu cabelo azul volumoso se dividiu em seis massas compridas que representavam suas caudas enquanto que Jikuta adquiriu uma grossa armadura por todo o corpo sendo maior e mais volumosa nas costas embora não atrapalhasse seus movimentos, enquanto as três caudas blindadas se agitavam eles liberavam uma quantidade imensa de chakra.

- Acho que a ajuda deles vai ser muito bem vinda – comentou Mei animada.

Os três pularam na água infestada por tubarões gigantes e logo mostraram sua força combatendo monstros marinhos em seus próprios domínios facilmente, eram os ninjas perfeitos para batalhas aquáticas.

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- O sonar confirma que os megalodons entraram em batalha – informou um soldado.

- Fique de olho no sonar o tempo todo, os ninjas da nevoa são habilidosos em ataques submersos – ordenou o capitão do navio.

- Sendo assim estamos correndo um grande risco combatendo-os no mar!

- Esses navios de guerra foram projetados pra permanecerem estáveis e flutuando mesmo com uma tsunami – gabou-se o capitão não importa o que eles tentarem nós vamos chegar até o litoral e arrasar aquele país!

Ao todo eram 18 navios de guerra sendo um deles (o do centro da formação) tão grande quanto um porta-aviões, a esquadra avançava ferozmente pelo mar com seus cascos blindados e poderosos motores, uma marinha poderosa como nunca vista antes.

Ao longe eles já podiam ver a densa nevoa que circundava o país da água e em outra direção podiam ver uma pequena ilha com apenas três vilas pesqueiras, a população da ilha ainda estava em retirada nos seus barcos rústicos, mas sem piedade alguma os canhões foram disparados e em poucos minutos todos os braços foram afundados e os sobreviventes largados a própria sorte.

- Três embarcações de batalha vem em nossa direção – informou o soldado.

- Preparem os canhões, vamos explodi-los antes que possam fazer qualquer coisa!

Os canhões foram disparados mais uma vez e seus projeteis se aproximavam perigosamente das embarcações até serem interceptadas por bolas de magma disparadas de dentro da nevoa, assim que os projeteis foram destruídos o navio de guerra da nevoa surgiu com a Mizukage na sua proa de forma imponente.

- Vamos ver quem pode mais nesse mar! – desafiou ela.

Um dos tubarões gigantes saltou do mar na direção dela, sua bocarra escancarada engoliria até um elefante sem dificuldades, antes que ele pudesse engoli-la a Mizukage disparou uma rajada intensa de chamas que tostaram o animal de dentro pra fora caindo morto sobre o navio.

- Alguma chance dele ser comestível? – perguntou Yariza examinando o animal – por que está cheirando muito bem!

- Eu não arriscaria nem fudendo! – disse Irou.

- Apenas joguem de volta no mar! – ordenou a Mizukage.

Esse era o ultimo tubarão que restara, todos os outros foram aniquilados pelos três monstros que lutavam embaixo da água, assim que a ameaça foi vencida Isaribi voltou para o navio de guerra, outros ninjas com trajes de mergulho apareceram ao lado dela.

- Seu esquadrão é o mais habilidoso para esse tipo de missão, você já sabe o que fazer – disse Mei.

- Cumpriremos a missão sem falha Mizukage-sama – responde Isaribi ajoelhada.

Após isso ela e mais 15 ninjas mergulharam de volta no mar e seguiram assim, enquanto isso Ao com seu byakugan viu as tropas inimigas se aproximando em veículos incomuns: pranchas motorizadas, eram milhares deles que desembarcaram dos navios menores e avançavam velozmente.

- Então eles querem trazer a batalha até nós? Vamos responder a altura!

Mei levantou sua mão e de dentro da nevoa centenas de ninjas surgiram correndo sobre o mar em direção a onda inimiga, o combate começou diretamente quando as duas forças se encontraram, os soldados do norte tinham uma boa vantagem por darem um ataque de investida com suas pranchas atropelando ou retalhando os ninjas menos ágeis, os outros revidavam com ninjutsus e um verdadeiro pandemônio se formou.

- Acho que já está na hora de vocês entrarem na batalha – disse Mei para os espadachins atrás dela.

- E quanto aos dois jinchurikis? Ainda devemos vigiá-los? – perguntou um deles.

- Vigia-los ainda é necessário mas a essa altura já podemos vê-los como aliados – respondeu ela – ajudem-nos no que for preciso.

Com a ordem dada os espadachins da nevoa pularam para fora do navio, Zanji pegou sua espada que mais parecia uma lança com seu cabo maior que a lamina e atravessava vários soldados que teimavam em atacá-lo de uma vez só, Irou tinha uma espada larga coberta de espinhos e cada vez que ele a agitava os espinhos voavam pra todas as direções pois sua espada era inspirada no famoso baiacu, Kangeki tinha uma espada de duas laminas sendo cada lamina de um lado oposto no cabo, com extrema velocidade ele atacava como se fosse duas pessoas ao mesmo tempo, Zanji tinha uma espada comprida cuja lamina vibrava com o chakra raiton que circulava por ela e isso aumentava o poder de corte imensamente, com um único movimentos ele chegava a cortar três inimigos ao mesmo tempo, Choujuro e Mizuho foram se juntar aos jinchuriki enquanto Isaribi avançava por baixo da água, com isso a elite da nevoa estava em batalha.

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(um pouco antes)

- Esses tubarões são um saco! – reclamou Eria.

O tubarão gigante avançou para atacá-la, mas a garota cuspiu uma rajada de uma substancia que entrou direto pela boca dele e iniciou uma reação química, as entranhas do tubarão derreteram com o acido que ele engoliu diretamente, enquanto isso Jikuta estava lutando pra não ser engolido por um deles, os dentes do tubarão mesmo sendo do tamanho de kunais não penetravam sua carapaça blindada, usando as três caudas igualmente blindadas ele espremeu o tubarão até matá-lo, em outra parte Isaribi terminava de matar o ultimo tubarão que restara.

- Vocês lutaram muito bem, estou impressionada! – elogiou ela.

- Ei nee-chan, você também é um jinchuriki? – perguntou Eria surpresa.

- Não eu não sou, é que a muito tempo atrás eu fui cobaia de uma experiência – explicou ela – me transformaram num monstro para ser usada como arma, felizmente eu conheci uma pessoa que lutou por mim para me salvar!

Enquanto ela relembrava aqueles tempos e sua vida que veio depois que Tsunade conseguiu controlar a mutação um grupo de ninjas veio para ajudá-la, era seu esquadrão pessoal de ninjas que tinham equipamentos exclusivos para lutar embaixo da água.

- Mizukage-sama já foi para a batalha, vamos nos juntar a ela – ordenou a garota – eu estou indo agora, vocês vão ficar bem aqui?

- Tudo bem, logo vamos pra lá também – disse Jikuta.

Isaribi correu com seu esquadrão para além da nevoa, enquanto isso os dois jinchurikis voltavam a suas formas humanas pois ainda não estavam acostumados a permanecerem em suas formas transformadas por longos períodos.

- É uma vergonha que a Lyna-chan seja melhor nisso do que nós – criticou Eria.

- Mas ela é filha de um jinchuriki, ela praticamente nasceu pra isso – justificou Jikuta.

De repente Eria sentiu uma presença atrás de si, quando ela se virou viu um homem enorme segurando um machado igualmente grande, ele girou o machado e Eria só teve tempo de evitar um golpe mortal mas mesmo assim seu braço direito foi arrancado fora, enquanto o sangue espirrava ela deu uma cambalhota para se afastar dele e só depois ela se permitiu gritar de dor.

- Seu maldito! Como ousa!? – gritou Jikuta nervoso.

O rapaz disparou uma rajada de água pela boca e o grande homem usou o machado para bloquear o ataque, Eria ajoelhou-se sobre a água segurando a região do ferimento que ardia muito, o ataque de Jikuta dispersou a nevoa ao redor do homem e só então puderam ver que ele era um homem tubarão de pele negra e olhos vermelhos, usava somente uma calça sem armadura alguma e sua única arma era o machado que parecia ser feito de um dente lascado.

- A garota tem um sangue saboroso – disse o homem lambendo o sangue no machado – vocês mataram minhas crianças, por isso pensei em retribuir pessoalmente.

- Ei Jikuta, cadê o meu braço? – perguntou ela.

- Afundou no mar, o que você espera fazer sobre isso!?

A garota não respondeu e removeu o chakra dos pés para assim afundar na água completamente, Jikuta ficou abismado com a atitude dela.

- O que aquela lesma do mar pensa em fazer!?

Quando ele prestou atenção viu que o homem tubarão avançou sobre ele com o machado erguido, rapidamente ele se transformou em sua forma hibrida e bloqueou o ataque com os braços, como a casca ainda estava em formação ele sofreu um corte leve mas depois que a carapaça se formou completamente ele só precisou de um impulso pra rebater a lamina e afastar aquela aberração de perto dele.

- Acho que chegou a hora de agir como um homem de verdade e defender a minha irmã e o orgulho jinchuriki – disse Jikuta zangado.

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A cidade tinha sido evacuada um dia antes e por isso suas ruas estavam desertas, o nevoeiro cobria essas ruas como um manto encobrindo a visão a longa distancia e por isso somente eram vistos os vultos da legião que se aproximava pela rua principal, assim que chegaram na praça a tal legião estacionou e começou a se espalhar pelas rua secundarias.

- A cidade está vazia, vai ser moleza pilha-la até o ultimo tostão! – disse um sujeito mal encarado.

- Contenha seus instintos ladinos, vocês vão nos ajudar a tomar a vila da nevoa, depois podem pilhar o país inteiro se quiserem – ordenou um oficial.

Os bandidos que sempre alvejaram essa pequena nação juntaram forças com os soldados do norte, eles pretendiam invadir a vila da nevoa pela construída ligando os dois paises, por isso o grande contingente de soldados marchava em direção a grandiosa ponte, assim que chegaram aos pés da ponte encontraram algo inesperado.

- Gelo? Isso é uma muralha de gelo? – perguntou um soldado surpreso.

O soldado que se aproximou foi alvejado por shurikens vindas de cima da muralha, sobre ela estavam dezenas de ninjas da nevoa.

- Isso é pateticamente previsível, usar a ponte para invadir a vila enquanto as forças principais lutam no mar – analisou Masahiro – vocês acharam mesmo que ninguém ia vigiar a ponte?

Os ninjas não esperaram uma resposta e saltaram de cima da muralha atacando sem piedade, Masahiro após saltar fez a sua invocação de um enorme urso polar que com uma única patada jogava para longe qualquer inimigo, Teruo que também estava lá sacou sua espada larga dos mares e com um movimento fez uma lamina de água que retalhava os inimigos, quando os bandidos pensaram em bater em retirada surpreenderam-se com a multidão de homens que surgiram atrás deles.

- Acharam que íamos entregar nossa cidade de mão beijada para vocês!? – gritou um rapaz com uma espada – quando vão aprender que o país da onda não vai se curvar para criminosos!?

As pessoas simples do país da onda defendia seus lares com a força de qualquer milícia, em pouco tempo eles juntaram-se aos ninjas para surrar os criminosos e os soldados que não resistiram nem a 10 minutos de combate, os danos a cidade foram mínimos e não houve nenhuma baixa desse lado, os poucos que conseguiram fugir foram perseguidos pelos soldados do país da água, os militares leais a essa nação então se puseram de guarda na cidade.

- Sentimos muito pelos danos a cidade, a Mizukage garante que os compensaremos por isso – disse Teruo se curvando.

- Vocês já fizeram muito por nós, desde que a ponte foi construída a economia de ambos os paises cresceu muito – disse Inari sorridente – não vamos mais depender de outros para erguer nossa cidade, nós mesmo vamos reformá-la e torna-la melhor do que antes!

- Se eu não me engano você é o líder dos construtores da cidade não é? O Hokage nos disse para procurar vocês para qualquer serviço!

Inari assumiu o trabalho do avô após esse se aposentar, agora os construtores do país da onda tinham a maior reputação do mundo depois de ajudarem os ninjas a erguerem a monumental ponte que ligava dois paises, após esse feito o nome da empresa deles era sempre a primeira da lista para qualquer um que quisesse erguer uma grande obra.

- Você pode ir pra linha de frente Teruo, duvido que seja necessário nós dois aqui – disse Masahiro – após essa surra ninguém vai voltar aqui!

- Obrigado Masahiro, eu estou preocupado com aqueles espadachins novos, alguns ainda parecem amadores! – respondeu ele tocando o cabo da sua espada.

- Por que você deixou a formação? Você era o melhor entre eles, tão bom quanto o Choujuro-senpai!

- Mizukage-sama me pediu para ser o braço direito da futura Mizukage – respondeu ele – para ajudá-la a proteger a vila enquanto ela a ensina a administrar tudo, não gostei muito de deixar a ordem mas desse jeito eu poderei me concentrar nessa tarefa.

- Vamos torcer para que aquela garota peixe seja tão boa quanto a Mizukage-sama acredita que seja – comentou Masahiro – não nego que ela tem um talento único que não se vê a muito tempo, mas parece lhe faltar uma determinação poderosa.

****************************

O primeiro navio de guerra se aproximava da linha de defesa da nevoa, assim que chegou ao alcance as laterais do navio se abriram e grande canhões de aço surgiram pelas aberturas, os soldados em seu interior colocaram os projeteis carregados e dispararam as grandes balas pontudas na direção da praia da ilha tendo como alvo o porto mais importante do país, felizmente os ninjas da nevoa estavam preparados para ataques de larga escala e então fizeram uma formação de defesa, uma centena deles combinaram seus jutsus e uma muralha de água se ergueu bloqueando todos os projeteis que explodiram inofensivamente na grande defesa que se recolheu após cumprir sua função.

- Dê instruções para Isaribi atacar o outro navio que se aproxima, precisamos dar tempo para o pessoal da barreira recarregar o chakra – ordenou a Mizukage – nós mesmo vamos cuidar desse mais próximo.

Com a ordem dada o ninja pulou sobre no mar e colocou sua mão sobre a água liberando chakra raiton em pequenos pulsos que foram captados pelos sentidos extraordinários da garota na forma de um código que lhe passava as instruções, ela então passou a fazer sinais com as mãos para repassar a ordem para seus comandados e todos eles subiram para a superfície, assim que alcançaram o navio de guerra eles escalaram sua lateral e subiram para o convés onde tiveram uma batalha direta contra os marinheiros.

- Causem dano máximo a esse navio, precisamos impedir o ataque! – gritou ela.

Isaribi sacou sua espada dentada que a cada movimento dilacerava a carne de seus inimigos com ferimentos mais horríveis do que aqueles causados por uma arma convencional, assim que ela se livrou dos primeiros obstáculos ela fez uma seqüência de selos para um dos seus melhores ninjutsus.

- Ryoutou Suiryuudan no Jutsu (explosão do dragão marinho duplo) – Isaribi ergueu sua mão para o alto e uma massa de água se ergueu do mar elevando-se a grandes alturas.

A massa de água se dividiu em duas e mudou para a forma de dragões marinhos violentos, uma das cabeças atacou a ponte de comando do navio destruindo seu interior, a outra cabeça entrou pela maior abertura que existia e saiu varrendo o interior do navio com uma onda poderosa que ia destruindo tudo que encontrava.

- Capitã Isaribi, estamos perto de dominar esse navio – informou um de seus subordinados.

- Continuem com o plano, Mizukage-sama conta conosco para destruir essa frota – disse ela feliz por tudo estar dando certo.

- Como se eu fosse permitir que façam mais alguma coisa!

A voz misteriosa vinha de cima, da estação de comando que estava destruída um homem saltou para o convés e girou uma arma enorme que partiu ao meio os corpos de dois subordinados de Isaribi, quando ele tentou cortar o terceiro ela rapidamente bloqueou o ataque com sua própria arma, assim que o ataque foi bloqueado ela conseguiu visualiza-lo bem.

- Parece que não somos muito diferentes – comentou o homem tubarão – eu e meu irmão somos da família Selanko, ouvi dizer que nessa vila existiam outros como nós.

- Deve estar se referindo ao Hoshigake Kisame, ele já morreu a muito tempo – respondeu ela mantendo-se firme perante a força dele – e eu não sou um tubarão, sou uma nereida.

- Bem, é só um detalhe, o importante é que somos todos os reis dos mares – continuou ele – mas assim que eu te derrotar irei atrás da Mizukage e quando me livrar dela serei o verdadeiro rei dos mares!

- Não permitirei que encoste um dedo sequer nela!

Com uma explosão súbita de força Isaribi rebateu seu inimigo para trás, ele parecia bastante impressionado mas sua expressão era de alguém que ainda tinha muito para mostrar.

- Não importa o quanto vocês lutem, serão aniquilados rapidamente – ameaçou ele – a força de vocês não significa nada perante nossa arma suprema.

Quando ele disse isso uma luz vermelha iluminou o céu próximo a eles, quando Isaribi focou sua visão no maior navio da formação viu uma estranha maquina montada sobre o convés, a maquina lembrava um dos muitos geradores que havia na vila e forneciam eletricidade para toda a rede, mas a maquina também tinha algo semelhante a um canhão ligado a ela e era esse canhão que brilhava num tom vermelho igual ao de metal em brasa, assim que toda a energia se acumulou um raio foi disparado, o raio saiu rasgando o mar evaporando sua superfície e destruindo tudo em seu caminho incluindo as embarcações da nevoa e os ninjas e soldados que lutavam sobre o mar, o raio continuou até alcançar a ilha e explodir após alcançar a vila da nevoa mesmo no centro da ilha.

- Meu deus! A vila da nevoa!! – gritou Mei desesperada – a vila foi destruída por aquilo!!

Ela parecia querer correr para a vila como se não importasse a distancia e foi preciso dois chuunin para segura-la, nisso Ao checava com seu byakugan a situação da vila.

- Acalme-se Mizukage-sama! Mesmo que eu não possa ver a vila daqui eu posso confirmar que aquele raio não acertou a vila – gritou ele segurando-a pelos ombros – a trajetória não confere, passou perto mas não acertou a vila!

Ela precisou respirar fundo e seu corpo ainda tremia pela tensão imposta a ele, assim que se recuperou do choque ela passou novas ordens.

- Ao, você vai comandar as nossas forças, eu vou pessoalmente destruir aquele navio – disse ela com ódio na voz – alguém vá atrás dos jinchurikis e diga para que assumam a linha de frente, vamos precisar de toda força possível para deter o avanço deles.

A Mizukage estava fervendo em ódio literalmente quando fumaça começou a sair de sua boca e narinas, os ninjas próximos a ela sentiram o calor que emanava dela igual a um vulcão prestes a entrar em erupção.

Continua.


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Notas finais do capítulo

não foi tão grande quantos os caps iniciais dos outros, mas eu pretendo deixar a melhor parte pro final mesmo!
pra quem quiser saber uma nereida é uma mulher peixe semelhante a uma sereia, mas ao inves de ter somente cauda de peixe ela é peixe por completo apesar de segundo as lendas ser tão linda quanto uma sereia, quem assistiu aos fillers do classico e viu essa saga deve se lembrar como ela era!
tenho muitas imagens no meu album do orkut, algumas são de personagens referentes a fic, aqui está o link: http://www.orkut.com.br/Main#Album?uid=12198395918574863322&aid=1305995425
e em breve vou atualizar a fic "contos shinobis"