A Saga da Nova Geração escrita por zariesk


Capítulo 60
Capitulo 50 – Batalhas Pela Cidade.


Notas iniciais do capítulo

super capitulo gigante de 23 paginas!!!
demorei muito, sofri o diabo mas consegui termina-lo e agora estou postando.
estou meio cansado (fisica e psicologicamente) e por isso alguns erros podem ter escapado da revisão, por isso peço que dessa vez relevem um pouco ^_^"

esse cap vai fazer muita gente chorar e se emocionar, o proximo pode ser ainda pior!!



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A cobertura do prédio Hokage estava bastante movimentada e tensa, de um lado estavam Naruto e mais 5 chuunins, do outro quase uma centena de jovens garotos e garotas com idade variando entre 12 e 15 anos, todos os gennins da vila estavam reunidos e organizados como se fossem soldados, a expectativa que eles exalavam era sentida de longe até Naruto começar a falar.

- Como vocês já sabem em breve o inimigo chegará a Konoha, nós estamos tomando todas as ações necessárias para impedi-los de atacar a vila – começou ele – mas por segurança estamos evacuando todos os habitantes para o monte Hokage, e pra isso precisamos da ajuda de vocês.

Os gennins ficaram ainda mais tensos, a maioria deles era composta de novatos com menos de um ano de serviço, mesmo os “veteranos” no máximo tinham participado de um exame chuunin e fracassado.

- Durante o alerta vermelho vocês percorrerão a vila em busca de qualquer pessoa que tenha ficado para trás, além disso irão relatar qualquer coisa anormal para eles – disse Naruto apontando pros ninjas atrás dele – eles serão os seus superiores durante a missão, quando tiverem terminado isso irão se juntar aos ninjas médicos que estão próximos a entrada e ajuda-los como puderem.

Nenhuma palavra foi dita mas Naruto sentiu no ar o medo deles, também sentia as duvidas que se apossavam de todos, ele sabia que pedir eficiência e disciplina deles era demais.

- Não estou obrigado vocês a cumprirem essas ordens e nem vou puni-los ou repreende-los se não quiserem – avisou Naruto – sei que a maior parte de vocês nunca esteve em combate contra ninjas de verdade e que não estão preparados para isso, se alguém quiser se juntar a sua família na evacuação não se sinta envergonhado e levante a mão.

Uma menina num canto começou a levantar a mão que tremia muito, todos olharam pra ela e por um instante ela hesitou em levantar a mão, seus olhos começaram a encher de lagrimas e a mão foi descendo aos poucos até que Naruto apareceu do lado dela.

- Tudo bem se você sentir medo, eu mesmo já senti medo quando tinha a sua idade – disse ele com um tom carinhoso – se você não se sente confiante o bastante pra patrulhar a vila então ao menos tome conta daqueles que ficarão no monte Hokage, você pode fazer isso?

A menina começou a chorar envergonhada mas respondeu afirmativamente, junto com ela outros 8 gennins decidiram ir para o monte Hokage, mas ainda haviam dezenas que permaneceram, alguns deles estavam mais motivados a lutar, inclusive Hajime que também fora convocado, ele era um dos poucos mais experiente e forte o bastante pra proteger a vila de dentro, assim que todos os detalhes foram explicados os gennins se dividiram em duplas e seguiram para a vila, a evacuação estava quase completa e a vila já se encontrava quase que inteiramente vazia, assim que todos partiram Naruto se teleportou para o muro da vila onde a maior parte dos ninjas se concentravam.

- Vamos repassar o plano – pediu Naruto.

- Já enviamos os esquadrões na frente, são ao todo 120 esquadrões com 12 ninjas cada um – explicou Shikamaru mostrando o mapa da região – cada esquadrão contem 2 ninjas médicos, dois rastreadores com habilidades variadas e um batedor, os outros são ninjas de longo alcance com ninjutsus variados.

- A estratégia principal é que eles encontrarão as forças inimigas no caminho e atacarão com tudo, após o ataque eles recuarão para um local seguro longe da rota do inimigo – continuou Mizura – vai ser uma estratégia de guerrilha e com isso esperamos eliminar pelo menos um terço das forças do inimigo durante toda a trajetória deles para cá.

- Após cada ataque o inimigo tem duas opções, perseguir os atacantes ou se concentrar em continuar vindo pra cá – disse Shikamaru olhando o mapa – se eles perseguirem os atacantes vão ser levados para uma emboscada e perderão mais soldados, se não perseguirem terão que parar pra se organizar e cuidar dos feridos, em todo caso ganhamos vantagem e tempo.

- Mas o numero deles é muito grande, o que acontece se eles chegarem até aqui? – perguntou Naruto.

- Temos mais mil ninjas formando uma linha de defesa a 10km daqui, além disso os outros pelotões irão se organizar e voltar pra vila, vamos pega-los pela frente e por trás – explicou Mizura – mesmo que alguns passem ainda há mais 300 ninjas dentro e fora da vila, vamos conseguir proteger Konoha com certeza!

- Eu vou confiar Konoha a vocês, tenho que por em pratica o outro plano – disse Naruto – mas tomem cuidado, Temujin disse que o inimigo está trazendo armas secretas, temos que esperar pelo pior.

Kaede apareceu e entregou a Naruto um grande pergaminho que ele prendeu em suas costas, Naruto checou seu equipamento uma ultima vez e se sentiu pronto para partir.

- O Uchiha disse pra você esperar um pouco – avisou Kaede.

- O que o maldito quer agora!? – perguntou Naruto.

Na rua principal de Konoha dois times seguiam para os muros, atrás deles estava Sasuke, os times 10 e 11 estavam prontos para partir como escolta do Hokage.

- Mal nos tornamos jounins e já ganhamos uma missão rank S – comentou Kengo – o Hokage podia ter mais consideração por nós.

- Deixa de reclamar gordo enrustido, desde que éramos chuunins já fazíamos esse tipo de coisa! – reclamou Ranko – quando voltarmos seremos heróis, mais uma vez!

Daiki e Suichi seguiam um pouco atrás ao lado do pai, Sasuke parecia preocupado apesar de não transparecer.

- Por favor tomem conta do Naruto, ele tende a fazer muita besteira quando está sozinho – pediu Sasuke – depois dessa guerra com certeza as pessoas pararão de implicar com vocês.

- Que se danem eles, não preciso que me aceitem pra fazer o meu trabalho – reclamou Suichi – o tio Naruto eu vou proteger mesmo que todos aqui não queiram.

- Não é assim que funciona Suichi, as pessoas precisam saber que não somos como Madara, eu pedi pessoalmente que seus times cuidassem da escolta do Hokage por que sei que vocês podem conseguir e merecem essa chance, todo o plano depende do Hokage chegar inteiro ao destino e vocês cuidarão disso!

Os dois times seguiram em frente quando chegaram as barracas médicas armadas próximas ao portão da vila, da barraca principal saiu Sakura trazendo a pequena filha que dormia em seus braços alheia a agitação da vila.

- Meus pais ficarão com ela no hospital, a aglomeração do abrigo não fará bem a ela – avisou Sakura – acabei de amamentá-la e tenho certeza que a Kushina vai dormir a tarde toda.

Daiki e Suichi beijaram o rosto da mãe antes de seguirem em frente com seus times, Sasuke olhou sua filha que tinha menos de um ano, ela recebera o nome da mãe de Naruto em homenagem a amizade que suas mães tinham na infância, quando viu a inocência estampada naquele rosto corado ele sorriu, sorriu mais ainda quando lembrava da implicância de Naruto em dizer que Sasuke não ia esperar a ajuda dos filhos pra repovoar o mundo com uchihas!

- Cuide-se você também, sei que vai dar o melhor pra proteger a vila enquanto o Naruto está fora – pediu Sakura.

- Não vou deixar esses desgraçados porem os pés dentro da nossa vila – afirmou Sasuke confiante.

Sakura seguiu para entregar Kushina aos pais e em seguida voltaria para a barraca médica, Sasuke seguiu para os muros ainda a tempo de ver Naruto e os dois times desaparecendo no ar, após isso Kaede voltou-se para ele.

- Ele disse que Tsunade-sama vai comandar a vila na sua ausência mas você é o encarregado da ultima linha de defesa – explicou ela.

Sasuke agradeceu internamente a confiança que Naruto depositava nele, era chegada a hora de retribuir tudo o que fizeram por ele e pagar por seus crimes de uma vez por todas.

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Os movimentos pareciam mais lentos que o normal, mesmo esticar o braço na direção das kunais presas na perna parecia ser em câmera lenta, os nervos estavam a tona pois qualquer movimento errado poderia começar a batalha que eles queriam evitar.

- Vamos pega-los de uma vez – sugeriu Kyouko.

- Levamos vantagem por estarmos em maior numero mas desconhecemos a força e habilidade de quase todos eles – explicou Mikoto – se lutarmos todos aqui podemos ser envolvidos pelas técnicas deles ou mesmo as nossas.

- O que quer dizer que o melhor é nos separarmos e lutarmos cada um a sua própria batalha não é? – deduziu Hantei – é a melhor opção mesmo, vamos fazer assim.

- Vocês têm certeza que querem fazer isso? – perguntou Yukie receosa.

- O que foi? Ta com medo da tal previsão? – perguntou Kouta rindo – aquela mulher só queria nos assustar, vamos pegar esses caras e depois vamos atrás da sua mãe!

Yukie sorriu diante da confiança deles, assim as duplas se formaram e num rápido movimento se separaram passando perto daqueles que queriam enfrentar, os ninjas adversários imediatamente os perseguiram, a única dupla que não se moveu foi Yukie e Hantei, Fujita permaneceu de pé sobre o telhado de uma casa observando os dois.

- Hei Fujita-sensei! Ta lembrado de mim!? – perguntou Hantei gritando.

- Eu lembro de você Sarutobi Hantei – respondeu ele sem emoção alguma.

- Então o senhor vai nos deixar passar não é?

- Tenho ordens da minha senhora para matar qualquer ninja que tentar passar – respondeu ele mecanicamente – vou eliminar os dois agora.

- Fudeu, ele está mesmo sem controle de si mesmo.

- A minha mãe tinha avisado que os ninjas desaparecidos estavam sendo controlados por uma mulher através de um fuuinjutsu – explicou Yukie – mas ele está sendo controlado por uma versão diferente.

- Siga em frente Yukie, eu seguro o sensei aqui – pediu Hantei – você precisa salvar sua mãe antes que alguma coisa aconteça.

- Ficou maluco!? De jeito nenhum deixo você sozinho aqui com ele! – gritou ela.

- Eu conheço o sensei melhor do que ninguém, posso enfrentá-lo! – respondeu ele – não é hora de ficar se preocupando com outras coisas!

Yukie o encarou por um momento, viu que Hantei estava tenso e olhava fixamente o homem a frente deles, Yukie sabia que ela adorava o Fujita e que isso seria praticamente uma luta entre sensei e aluno, a pior coisa que poderia acontecer.

- Não se preocupe comigo Yukie, eu sei o que você está pensando – continuou ele – eu posso fazer isso.

- Esse é o problema, você não deveria estar confiante de que pode fazer isso – disse ela – você simplesmente aceitou a idéia de matá-lo? Ou aceitou a idéia de ser morto?

Yukie começou a correr na direção do castelo passado na rua ao lado da casa onde Fujita estava, o jounin de Konoha simplesmente apanhou um monte de shurikens e arremessou todas que brilhavam com o chakra quase branco do fuuton, com um sunshin no jutsu Hantei apareceu no meio do caminho e bloqueou todas com suas duas armas personalizadas, as mesmas que pertenceram ao seu pai.

- Desculpe sensei, isso fica só entre você é eu – disse Hantei sorrindo – no fim eu percebi que ainda gosto dela e não a quero sofrendo por ter que lutar contra alguém da vila.

Fujita nada respondeu, Hantei percebeu que ele ainda mantinha a autonomia e a inteligência mas parecia desprovido de emoções ou consciência, provavelmente esse era o meio encontrado pelo inimigo pra preservar a força e o controle sobre eles ao mesmo tempo.

- Além disso eu não posso me acovardar diante do senhor, se eu fugisse e deixasse outra pessoa lutar por mim apenas para não ter que sofrer por isso eu seria um covarde ainda pior – continuou Hantei – por isso eu vou enfrenta-lo com todas as minhas forças e aceitar as conseqüências sejam elas quais forem!

Hantei saltou para o telhado onde fujita estava e ele bloqueou o primeiro ataque do seu ex-aluno com uma espada curta que sacou das costas, Hantei o encarava bem de perto mas via que não existiam emoções no olhar dele, isso o irritava ainda mais pois seu mestre havia sido transformado numa maquina de matar.

Em outro local próximo a um parquinho que anteriormente era usado pelas crianças agora se tornava um campo de batalha, três mulheres estavam próximas de iniciar uma luta.

- Se você a conhece então pode dizer se ela é forte? – perguntou Shushi.

- Ela é uma das três irmãs do deserto, a filha do meio se não me engano – respondeu Mikoto – a mais nova morreu a alguns anos e a mais velha é uma forte candidata ao posto de Kazekage futuramente.

- Mas dessa ai você não sabe nada não é? Que irônico.

A mulher a quem se referiam era uma ninja da areia, ela usava capas e mantos negros e tinha o rosto coberto por um véu, carregava duas espadas curvadas incomuns para ninjas.

- Só sei que ela é uma assassina, deve se utilizar de ataques rápidos e furtivos.

- Vamos testar.

Shushi fez um clone de madeira e mandou atacar a mulher de frente, Yamashita mal se moveu e retalhou todo o clone que caiu aos pedaços no chão se transformando em madeira.

- Hei, isso ai não combina muito com o perfil de uma assassina.

- Mas ela foi ligeira, isso temos que admitir.

Agora foi Yamashita que avançou pra cima das duas, Shushi e Mikoto se separaram cada uma indo para um lado diferente, quando ficaram de ambos os lados Shushi fez tentáculos de madeira brotarem do chão enquanto Mikoto liberava seu enxame que formava uma nuvem sobre si, os tentáculos tentaram envolver Yamashita e os insetos esperavam ela se esquivar para atacarem onde ela fosse se mover.

Mas o que elas não esperavam é que com movimentos simples de suas armas os tentáculos foram estraçalhados caindo no chão cortados em tiras finas, os insetos não tiveram como chegar perto dela.

- Definitivamente tem um truque no ataque dela, ela move as espadas apenas uma vez e estraçalha tudo ao seu alcance – observou Mikoto.

Mikoto mudou a estratégia e recolheu seus insetos para tentar algo diferente, ela começou a fazer uma seqüência de selos e de suas mangas saíram vespas enormes e vermelhas, um enxame dessas vespas se armou diante dela.

- Ennetsu Doshiho (vespas flamejantes) – Mikoto fez mais um selo e as vespas começaram a pegar fogo se tornando tochas voadoras.

As dezenas de vespas flamejantes voaram em direção ao alvo que novamente fez seus movimentos singulares com a espada, quando as primeiras vespas foram estraçalhadas as chamas se espalharam ao redor de Yamashita seguindo um padrão peculiar.

- Ela tinha laminas de fuuton ao redor dela, por isso que tudo que se aproximava era triturado! – observou Shushi espantada – o fogo seguiu o vento e revelou sua forma, não daria pra ver esse ataque a olho nu!

Mikoto ordenou as vespas restantes que atacassem rapidamente, agora que ela sabia sobre o truque fez um ataque mais eficiente e as chamas liberadas pelas vespas absorveram os ventos e cresceram ao ponto de envolver toda a adversária fazendo uma coluna de chamas com ela no centro.

- Kuchiyose no jutsu! – gritou Yamashita de dentro do fogo.

As chamas explodiram quando uma criatura surgiu e depois foram absorvidas pelo ser que era no mínimo intrigante, a criatura tinha proporções de um elefante mas o corpo era de leão e tinha cabeça e asas de falcão e estava enfeitada com jóias como colares, pingentes, presilhas e pulseiras, a criatura invocada se armou para lutar e deu um guincho que fez os ouvidos das duas doerem.

- Que criatura é essa? – perguntou Shushi ao pular pro lado de Mikoto.

- Acho que é uma Hieraco esfinge – explicou ela – um ser mitológico do deserto que dizem ser o terror das caravanas.

A criatura alçou vôo e subiu aos céus, lá ela abriu seu bico e dele uma bola de fogo foi disparada nas duas que observavam surpresas o ataque que lembrava o desabar do sol sobre a terra.

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- Presta atenção koudaku! – gritou Kouta com raiva.

Kouta e seu cão estavam numa luta intensa contra um velho adversário que a muito eles queriam derrotar, o mesmo que a muito tempo os derrotou no exame chuunin na vila da nevoa, Hayato estava mais veloz do que nunca mas agora a dupla conseguia acompanha-lo mesmo que com muita dificuldade e trocavam golpes com ele numa batalha que quase ninguém via, ambos seguiam uma estratégia que imaginaram minutos antes e que envolvia o jovem Shiro que aguardava atento sobre um poste, esperando uma abertura para interferir na dura batalha, quando o sinal foi dado o garoto se preparou e num piscar de olhos saltou sobre o adversário que passou por baixo de onde ele estava, com um movimento rápido Shiro tocou o ombro dele e pegou muito do chakra usado para a armadura raiton, com um chute Hayato jogou o garoto para longe.

- Você está bem moleque? – perguntou Kouta que apareceu do lado dele.

- Estou, quando absorvo chakra minha força e resistência aumenta por um tempo – explicou o garoto – mas Kouta-san, você realmente é muito forte para conseguir acompanhar esse cara!

- Não é fácil como você pensa garoto, eu estou queimando tudo que tenho pra chegar perto da velocidade dele – explicou Kouta já cansado – o melhor que posso fazer é antecipar quando ele vai se mover e tentar adivinhar a trajetória, mas vencê-lo ainda não!

A estratégia que eles estavam seguindo era a de cansar Hayato com a luta e com a habilidade de Shiro, a sorte deles é que apesar de manterem a inteligência os adversários perdiam a noção de perigo ou aquele instinto que nos guia para a vitória, esse era o maior trunfo com que contavam.

- Vamos lá mais uma vez koudaku! – gritou Kouta.

Ambos voltaram a atacar Hayato, os dois utilizaram o gatsuuga atacando de ambos os lados mas o oponente simplesmente intensificou sua armadura raiton parando ambos os golpes com as mãos e em seguida disparou um relâmpago de cada jogando tanto Kouta como o cão para longe até se chocarem contra as paredes das construções.

- Agora é sua vez criança – disse Hayato impassível.

Como um raio Hayato avançou sobre o garoto dando uma cotovelada no peito dele, o menino atingido cuspiu sangue e foi arremessado para trás pelo impacto, mas antes que voasse longe finas correntes saíram de suas mangas e se enrolaram no corpo do ninja da nuvem, fazendo um enorme esforço Shiro puxou as correntes e conseguiu se lançar contra ele agarrando seu pescoço e usando seu meiton para absorver toda a armadura raiton de uma vez.

- Boa garoto, agora deixa conosco! – gritou Kouta que estava sobre eles.

Kouta e koudaku uniram os gatsuuga e se fundiram num único e poderoso ataque, Shiro ativou o chakra que roubou do adversário e se afastou rapidamente, Hayato fez o mesmo mas devido a forte tonteira que sentia pela perda súbita de chakra ele não reagiu a tempo e apenas tentou conter a força do golpe combinado de Kouta e koudaku.

- in-incrivel! Ele está contendo o golpe! – observou Shiro surpreso.

Hayato estava mesmo segurando o poderoso ataque, o chão sob ele já afundava com a pressão exercida e o ataque desacelerava ao ponto de se desfazer, quando se desfez completamente Kouta pressentiu o golpe que viria e chutou koudaku para longe enquanto recebia o poderoso soco do adversário, Hayato estava com as mãos quase dilaceradas mas tinha conseguido derrubar Kouta no chão.

- Heheh você ficou mais forte do que eu esperava – brincou Kouta após cuspir um pouco de sangue.

- Ainda me resta poder suficiente pra lidar com você e o garoto – avisou Hayato.

- Pois eu quero ver você tentar! – gritou Shiro.

O menino estava montado sobre koudaku como se fosse um cavaleiro e seu cavalo, tinha um olhar impetuoso assim como o cão.

- Eu não vou deixar você matar um amigo da Yukie-sama de jeito nenhum! – gritou ele quando o cão avançou velozmente.

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- Seu amigo ai não é de falar muito não é? – perguntou Konoe quando saltou para um telhado.

- Eu nem o conheço pessoalmente, só ouvi falar dele – respondeu a garota da nevoa – mais importante do que isso como vamos cuidar disso?

As duas tinham saltado para um telhado após evitarem por pouco um ataque de Abaki, o campo de batalha estava coberto por uma camada não muito espessa de água que ele usava para seus golpes, vendo que elas não pretendiam se aproximar para lutar ele bateu o pé no chão fazendo uma boa quantidade de água subir e girou o corpo para chutar essa água fazendo vários disparos de água voarem na direção delas, as duas evitaram o ataque saltando pra longe.

- Ta ai um cara que é difícil de pegar, ele consegue trocar seu alcance de curto para longo sem dificuldades – elogiou Konoe.

- O campo que ele criou me favorece também.

Kyouko pulou sobre a água e fez dois mizu bunshins para ajudá-la a avançar contra Abaki, a medida que se aproximavam o homem avaliava os movimentos delas, o primeiro clone que chegou até ele tentou ataca-lo com a mikazuki mas o homem se esquivou habilmente e com um chute no estomago a desfez rapidamente, a verdadeira Kyouko atacou por trás dele e Abaki segurou a lamina entre as mãos bloqueando o ataque, o ultimo clone veio na direção contraria e Abaki para se livrar das duas virou de cabeça para baixo com as pernas abertas num rodopio que as jogou longe, o clone se desfez e a verdadeira se apoiou numa parede meio tonta pela força do golpe.

- Eu reparei que sua amiga estava apenas ganhando tempo para você se posicionar perto de mim – comentou Abaki de costas para um pequeno beco – mas o meu jutsu do campo de água me permite rastrear os movimentos de quem perturba sua superfície.

- Ela não é minha amiga, só a conheci a dois dias e não gosto dela nem um pouco – respondeu Konoe que estava escondida no beco bem próxima a ele – eu não ligo de usa-la como distração e provavelmente ela sabia disso, de certa forma podemos entender uma a outra.

Konoe atacou com varias cobras que saiam de suas mangas e Abaki saltou para trás para evitá-las, assim que pôs os pés sobre a água ele com um movimento das pernas levantou água que golpeou as cobras desfazendo-as.

- Ninpo Dokugiri! – gritou Konoe cuspindo uma nuvem roxa.

Ela usou um jutsu de nevoa venenosa e pegou Abaki dentro dela, o jounin da nevoa saltou para fora da nevoa mortal e alguns segundos depois tossiu sangue e se ajoelhou, quando prestou atenção Kyouko já vinha por cima dele com a mikazuki em um giro mortal.

- Zantetsusen (metal veloz extremo) – ela jogou a mikazuki que velozmente vôo na direção de Abaki.

O ninja da nevoa estava com os movimentos afetados pelo veneno e não se esquivou a tempo perdendo um braço no processo, quando a mikazuki voltou para sua dona ela já estava ao lado de Konoe que sorria vitoriosa.

- Você é melhor do que pensei – elogiou Konoe.

- Você também não é ruim.

Abaki apertou o braço cortado fazendo o sangramento parar, as duas ficaram impressionadas por ele não ter dado um só gemido ou grito.

- Ele é durão mesmo ou simplesmente o controle mental não o deixa sentir nada? – questionou Kyouko – vamos terminar com isso de uma vez.

- Tem certeza? Não vai querer capturá-lo vivo para sua vila?

- Não devo nada a vila da nevoa, só a uma pessoa nesse mundo.

Konoe sorriu ao entender de quem ela estava falando, ultimamente Konoe estava irritada e afastada de todos por causa da situação com Yukie mas ela percebeu que acabou vindo junto mesmo sem ter qualquer ordem ou obrigação, ela percebeu que ainda de um jeito ou de outro ainda prezava aquela amizade infantil.

Abaki se abaixou com a perna direita esticada e começou a girar o corpo levantando a água com a perna, aos poucos um tornado de água se ergueu ameaçadoramente.

- Esse cara ta envenenado e sem um braço e mesmo assim não desiste, vamos ter que pegar pesado também – sugeriu Kyouko.

O tornado de água avançou contra elas e as duas fizeram o possível para evitá-lo, por onde o ataque passava ia destruindo tudo, inclusive as casas onde algumas pessoas ainda se escondiam, revoltadas por inocentes terem sido envolvidos elas planejaram o contra-ataque que acabaria com tudo de uma vez.

- Ele está voltando, vou parar o tornado e você pega ele! – gritou Kyouko se posicionando.

Não havia o que discutir, Kyouko estava se oferecendo para servir de escudo para Konoe, a garota da folha sabia que isso era arriscado e provavelmente resultaria na morte das duas, mas sem hesitação alguma elas avançaram, Kyouko segurou sua arma pela empunhadura do centro e concentrou todo o seu chakra na lamina que brilhou branca e maior do que realmente era, assim que o tornado estava ao alcance ela desferiu um ataque com o máximo de sua força e conseguiu cortar a água ao meio, assim que Abaki ficou exposto Konoe saltou por cima da companheira de luta e liberou um ninjutsu katon que tinha a forma de uma serpente gigante, a serpente de fogo atingiu Abaki e a água ao redor delas explodiu destruindo a rua onde lutavam.

- Que merda!! Explodiu na minha cara! – reclamou Konoe caída no chão.

- Por isso eu deixei essa parte com você – brincou Kyouko igualmente largada.

- Quer dizer que você sabia que isso ia acontecer? Você me usou sua desgraçada!

- Pois é, pra compensar a vez anterior!

As duas se encararam por um instante e depois começaram a gargalhar sem controle, ambas estavam feridas e exaustas mas satisfeitas pela vitória, se arrastaram até chegarem perto uma da outra e se usaram para ficarem de pé mesmo que com as pernas tremendo.

Assim que conseguiram se firmar de pé elas perceberam a movimentação na rua, logo em seguida vários soldados apareceram de ambos os lados.

- Quantos você acha que tem ai? – perguntou Kyouko.

- Uns 30, é diversão pra noite toda!

Os soldados começaram a andar na direção delas com armas em punho e olhares ameaçadores.

- Olha rapazes, será que ao invés de lutar e nos matarmos não podemos procurar um bar para bebermos juntos? – sugeriu Konoe – de repente a gente se conhece melhor e pode pintar um clima, quem sabe?

Embora tentadora a oferta foi completamente ignorada pelos soldados que avançaram com tudo pra cima delas.

- Valeu a tentativa! – disse Kyouko pegando a mikazuki pra lutar.

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Shiro surpreendia-se pela própria coragem que demonstrava agora, ele jamais tomava a iniciativa ou buscava ir até o fim de algo que começava, sempre dependeu de Yukie para lhe dizer o que e como fazer, mas agora ele estava lá montado sobre o cão que avançava ferozmente sobre o adversário que a pouco tinha derrubado Kouta, totalmente por iniciativa própria e disposto a ir até o fim para salvar o companheiro da sua grande amiga.

- Vamos koudaku, você já sabe o que fazer! – gritou o menino.

O cão avançou com toda a velocidade e hayato ativou sua armadura raiton para contra-atacar a investida, Shiro se apoiou nas costas do cão e saltou na direção do inimigo recebendo a força do golpe mas sugando um pouco mais de chakra diminuindo a força e a defesa do adversário, koudaku então aproveitou o momento para desferir uma potente mordida na coxa direita dele, Hayato nem se abalou com a mordida que lhe tirou sangue e se preparou para dar uma cotovelada em koudaku que não o soltava por nada, antes que o jounin da nuvem atingisse o cão Kouta pulou com toda sua força e concentrou o seu melhor ataque individual.

- Shikuu Kokurouga! (garras de vácuo do lobo negro) – as garras de Kouta se tornaram negras e mais longas.

Kouta atingiu em cheio as costas de Hayato e fez cortes cruzados nelas de onde saiu um mar de sangue, o rapaz antes de cair ainda girou o corpo chutando o cão e acertando o peito de Kouta com o braço, após jogar os dois longes ele ficou de 4 no chão se esforçando para manter os sentidos.

- Impressionante, ele continua agüentando! – surpreendeu-se Kouta.

- Espero que depois dessa ela caia – falou Shiro se aproximando.

O garoto concentrou todo o chakra que tinha na mão e socou o rosto do rapaz da nuvem que vôo longe se batendo contra uma parede e não levantou mais, o garoto aproximou-se com cuidado e verificou que ele estava vivo mas inconsciente.

- Você já lutou contra esse cara antes!? – perguntou o menino após desabar sentado no chão.

- Já sim quando eu era gennin, dessa vez não foi uma luta justa, por isso espero que ele melhore e volte a si para termos uma luta de verdade – disse Kouta sorrindo.

- Então você estava lutando pra salva-lo? Se você lutasse com toda sua força talvez tivesse vencido sem precisar da minha ajuda!

Kouta não respondeu a pergunta e se apoiou em koudaku para se levantar, logo ele sentiu um cheiro irritante e seu cão começou a rosnar irritado quando alguns soldados apareceram cercando todos eles com um grande numero.

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A enorme bola de fogo vinha assustadoramente rápida na direção das duas que tinham só uma fração de segundo para agir, Shushi instintivamente fez uma cúpula de madeira trançada ao redor delas, a explosão destruiu todo o parque onde elas lutavam enquanto Yamashita usava sunshin no jutsu para subir até as costas de sua invocação, a assassina da areia observou o campo de batalha e em especial o lugar onde deveriam estar suas inimigas, tudo o que viu foram os restos carbonizados no meio da cratera.

- Missão cumprida – disse ela.

A invocação fez menção de se preparar pra ir a outro lugar quando uma onda de insetos vermelhos a cobriu de cima a baixo devorando seu chakra e carne aos poucos, Yamashita saltou de cima da esfinge para não ser pega pelo enxame e foi para o chão ainda quente do ultimo ataque, ela observou impassível sua hieraco esfinge soltar um guincho agudo e desaparecer numa nuvem de fumaça deixando o enxame vermelho circulando por cima a procura de novas presas.

- Sua barreira funcionou bem, nos deus os segundos de que precisávamos para usar um doton e fugir – disse Mikoto – mas me surpreendeu que após isso você fez dois bonecos para iludi-la.

- E que insetos são esses? Parecem diferentes dos últimos.

- Os jinkaichuus são a armas secreta do meu clã, como herdeira eu os recebi para situações como essa – explicou Mikoto – está na hora de fazer jus ao meu posto.

Ela baixou a mão e o enxame avançou na direção da inimiga que começou a girar o corpo formando um pequeno tornado de areia, os insetos não conseguiram envolve-la e o tornado de areia avançou na direção das duas que se dividiram para evitar o ataque, Yamashita se materializou no lugar onde elas estavam antes e observou seus movimentos.

- Vocês não são as únicas que se utilizam de clones – avisou ela com uma voz imutável.

Mikoto sentiu o perigo dessas palavras e instintivamente se virou e descobriu por que Yamashita recebia o titulo de assassina do deserto quando viu um clone de areia bem em suas costas, antes que ela pudesse reagir o clone lhe fez um corte em ‘X’ com as duas espadas derramando sangue fartamente, Shushi que via a cena assustada não percebeu quando um clone surgiu atrás dela e ao se virar foi atacada também, sendo um pouco mais rápida ela tentou bloquear o ataque mas teve metade do braço decepado, com um grito ela se afastou para o centro do parque, Mikoto reuniu suas forças e ordenou aos insetos que lhe dessem cobertura, os jinkaichuus assumiram postura defensiva e envolveram tanto ela como Shushi numa redoma viva.

- Você está perdendo muito sangue! – avisou Shushi.

- Posso cuidar disso, embora vá doer mais que o próprio ataque – respondeu a Aburame.

Mikoto ajoelhou-se e a parte de trás do seu casaco começou a se mexer como se algo rastejasse, Shushi pôde ver que inúmeras formigas vermelhas rastejavam pelas costas dela mordendo as bordas do ferimento e borrifando algo acido fazendo Mikoto gemer com uma dor aguda e lacerante, em poucos segundos ela parou de sangrar e em seguidas lesmas cobriam o ferimento com um muco que endureceu logo.

- Essa foi a coisa mais terrível que já vi na minha vida, e nojenta também! – disse Shushi.

- E você e seu braço? Alias por que você não sangra? – perguntou Mikoto ofegante.

Shushi olhou para o próprio braço decepado e algo semelhante a uma raiz verde começou a crescer e assumir a forma de um braço deformado, logo ela estava testando os movimentos da nova mão.

- Vai ficar bom em uma semana no máximo, será como se eu nunca tivesse sido decepada – disse ela – eu não sou humana, sou uma planta criada pela vila da grama para ser usada na guerra, nascida de uma arvore que carregava o sangue do shodaime Hokage.

- Yukie mencionou isso, mas não se sinta menos humana por causa do modo como nasceu – disse Mikoto já se levantando – eu também não sou inteiramente humana e mesmo assim todos me vêem como eu sou realmente, o que conta é a alma e não o corpo.

Mikoto então passou a contar seu próximo plano para Shushi que concordou no mesmo instante, a cúpula de insetos foi desfeita expondo as duas, Yamashita ainda estava sobre o telhado de um prédio quando as duas apareceram, Shushi então concentrou todo o seu chakra para fazer crescer centenas de trepadeiras ao redor do campo de batalha que iam rastejando e se enrolando em qualquer coisa que encontravam e subiam até no prédio, Yamashita então passou a cortas os galhos que tentavam envolve-la e foi obrigada a saltar para o solo onde as trepadeiras já dominavam o ambiente, através de mais um jutsu ela criou uma cúpula de galhos ao redor de uma pequena área criando assim uma arena isolada.

- Não há mais para onde fugir ou se esconder, aqui também não há areia para você fazer seus Suna bunshins – disse Mikoto confiante – agora vai ter que nos encarar de frente.

- Isso me favorece também, seu enxame ficou lá fora e eu ainda estou em melhores condições – comentou Yamashita.

Mikoto olhou para o lado e viu que Shushi estava ofegante, provavelmente não lhe restara muito chakra pra lutar de modo que a batalha ficaria inteiramente por sua conta.

- Recue um pouco Shushi, eu terminarei o que começamos – pediu Mikoto.

Assim que a menina recuou Yamashita avançou brandindo suas duas espadas, Mikoto sacou duas kunais e revidou o ataque mas seus movimentos estavam lentos demais por causa do ferimento nas costas e pouco a pouco os ataques iam chegando mais perto de feri-la, seu único pensamento era ganhar tempo para que seu plano funcionasse e para que conseguisse empurrar sua adversária para onde precisava, Shushi percebendo que Mikoto estava com dificuldades transformou seu braço em um chicote de raiz e atacou Yamashita que revidou cortando o chicote, Mikoto aproveitou a distração para chuta-la no estomago conseguindo assim cumprir parte do plano.

- Imagino que você não tenha livre arbítrio para decidir mas vou avisa-la assim mesmo – disse Mikoto – não nos ataque mais ou você morrerá com certeza.

Como Mikoto previra Yamashita se preparou para atacar, mas assim que ela ergueu as espadas sentiu algo subindo suas pernas, ao olhar para baixo viu infinitas formigas vermelhas subindo pelo seu corpo e devorando-a viva, as formigas saiam de um pequeno buraco no meio das trepadeiras do chão, uma armadilha preparada por Mikoto e Shushi.

- Eu lamento muito que você nem sequer tenha liberdade para sentir dor – disse Mikoto ao vê-la cair no chão em silencio.

Mikoto foi até Shushi para checar a condição dela, a garota vegetal estava quase inconsciente e provavelmente nem poderia desfazer a cúpula, sabendo disso Mikoto aproveitou para descansar junto com ela pois também não estava mais agüentando a dor em suas costas e a perda de sangue anterior.

**********************************

- Os outros já começaram suas lutas – comentou Inamoto vendo a destruição que ocorria em alguns bairros – acho que não podemos mais enrolar aqui.

Diante dele e de Sora estava uma mulher da vila da rocha, ela carregava uma grande espada, tinha cabelos densos e negros e era bastante alta para uma mulher e tinha um corpo muito bem definido e musculoso embora estivesse em belas proporções, era o que se poderia chamar de mulher guerreira.

- Você tem um nome moça? – perguntou Sora.

Não houve resposta, tudo o que ela fez foi sacar sua enorme espada que segurou com uma mão só demonstrando grande força aliada a uma boa destreza.

- Eu queria muito ter uma garota como parceira mas na falta disso me contento com uma bela adversária – disse Inamoto estralando os dedos.

A mulher avançou rapidamente e girou sua grande espada para pegar impulso e atacou verticalmente, Inamoto fez um braço garra gigante para segurar o ataque mas assim que a espada encostou no braço feito de chakra começou a corta-lo como se fosse de isopor, num movimento totalmente instintivo Inamoto afrouxou as pernas e a força que ela exercia sobre ele o jogou para trás, ele estava a poucos centímetros de perder uma mão, Sora que estava ao seu lado viu ela girar o braço para um corte horizontal e num salto ele recuou para trás, mas o vento produzido pela força do golpe chegou a cortar sua roupa.

- Cara você viu isso!? Ela cortou uma massa sólida de chakra como se fosse nada! – perguntou Inamoto abismado – essa mulher é um monstro!

- Acho que ela é daquele clã da rocha, os Ichimaru – comentou Sora – eu lembro que no relatório dizia que entre os desaparecidos da vila da rocha estava uma jounin desse clã.

- Sério? E o que o relatório fala sobre eles? – perguntou Inamoto após se recompor.

- “Perfeita definição de objeto irremovível, fatal como uma montanha mau humorada desabando sobre você” – respondeu o outro citando o texto – “se encontrar um deles não faça nada que possa irrita-los como respirar por exemplo”.

Inamoto ficou encarando Sora com uma expressão de total perplexidade e Sora devolveu com o mesmo tipo de olhar, depois de alguns segundos eles começaram a gargalhar como se soubessem que quem escreveu isso tinha um senso de humor muito mórbido, já a adversária não achou graça alguma e avançou sobre eles girando a perigosa espada, Sora então fez um pássaro de tinta e tanto ele como Inamoto subiram aos céus para escapar.

- É sério dessa vez, qual a habilidade deles!? – questionou Inamoto nervoso.

- Pelo que ouvi falar eles possuem força e resistência sobre-humana além do que seu porte físico exagerado demonstra – respondeu o outro – não são bons com ninjutsus mas lutar perto deles é um suicídio doloroso.

- É mesmo? Então se a gente ficar aqui em cima estamos seguros, vamos pensar numa forma de...

O outro não completou o que ia dizer pois viu aterrorizado ela arrancando uma arvore do chão e jogando em cima deles, sem tempo para manobrar o pássaro foi atingido e eles caíram sobre um telhado.

- ELA JOGOU UMA ARVORE EM CIMA DA GENTE!! SABE O QUE ISSO SIGNIFICA!!?? – gritou Inamoto completamente perturbado – AQUELA “MULHER” NÃO É NINJA! AQUILO É ALGUM TIPO DE OGRO COMPLETAMENTE SEM NOÇÃO E IGNORANTE!!

Enquanto ele bufava irritado a mulher da rocha saltou e com esse salto os alcançou, empunhando sua espada ela fez um corte vertical e tudo o que se viu depois foi uma coluna de fumaça subindo, os outros dois saíram da fumaça para o chão.

- Agora ela cortou uma casa ao meio! Perdi qualquer interesse que ainda restava! – disse Inamoto.

- Fala sério! Se você fosse pra cama com ela provavelmente morreria com todos os ossos quebrados e ela fumando ao seu lado – comentou o outro – ela deve ser mais homem do que nós dois juntos!

- Embora eu não concorde com essa ultima parte isso é um fato.

A mulher saiu dos escombros com a espada apoiada no ombro, os dois estavam se sentindo inferiorizados e decidiram que era hora do contra-ataque, Inamoto produziu uma grande lamina de chakra para competir com a arma dela enquanto Sora abriu um pergaminho e criou vários leões de tinta, todos eles avançaram de uma vez e com um único movimento ela destruiu metade dos leões e bloqueou o ataque de Inamoto, Sora pegou uma kunai e tentou perfura-la na barriga enquanto alguns leões imobilizavam os membros dela na base da mordida, mas nada disso sequer a moveu do lugar.

- Agora entendi o lance de “objeto irremovível” – comentou Sora completamente arrependido.

A mulher girou o corpo e todo mundo vôo longe, os leões se desfizeram e os dois estavam caídos no chão, quando ela ergueu a espada Inamoto começou a rezar e algum milagre a fez parar, quando ele olhou para o corpo dela viu varias inscrições ninjas se formando.

- Você fez isso não é? – perguntou ele para Sora.

O rapaz não respondeu pois estava inconsciente no chão.

- Cara, que diabos de jutsu é esse que a controla? – disse Sora dentro do corpo da mulher – eu penso em fazer uma coisa e o selo me faz pensar em fazer outra!

Sora estava travando uma batalha mental para mantê-la sobre controle, só de pensar em levantar um braço vinha a ordem de atacar e ele se esforçava pra cancelar a ordem, no mundo interior ele via a consciência dela enjaulada e acorrentada pelo selo sem lhe dar qualquer liberdade.

- O nome dela é Ichimaru Mariko e ela foi capturada enquanto dormia num acampamento durante uma missão – disse Sora lendo as memórias dela – ela é a irmã do líder do clã e quase tão forte quanto ele!

- Quer dizer que tem outro desses por ai? Que medo! – disse Inamoto – você consegue derruba-la ou algo assim?

- Não da, quase não consigo me concentrar em mantê-la parada, o melhor que posso fazer é isso!

Sora fez Mariko jogar a espada para longe, sem controle sobre a força a espada foi parar praticamente fora da cidade, depois disso o jutsu de transferência de mente se desfez e Sora retornou ao seu corpo, Inamoto o pegou a tempo e se afastou com ele.

- Aquela espada tinha fio de diamante, sendo inquebravel e extremamente afiada com a força dela da pra cortar qualquer coisa! – avisou Sora.

- Bem, se essa vantagem ela vai ter que nos encarar com os punhos! – disse Inamoto.

- Ela matou 8 homens do esquadrão que a capturou e só com as mãos – disse Sora desanimado.

Mariko se recuperou totalmente da situação anterior e se preparou para atacar, os dois então começaram a agir.

- Se você puder segura-la por um minuto eu vou vencer essa luta pos nós – pediu Sora.

- Um minuto é? Acho que posso conseguir isso – respondeu Inamoto.

Inamoto liberou chakra por todo o corpo e o chakra se moldou na forma de uma armadura de samurai completa, ele também criou uma katana do mesmo material e partiu pra cima de Mariko que revidou, no inicio Inamoto apenas desviava mas quando via uma abertura ele revidava e a atacava com a katana, mas mesmo com uma arma feita de puro chakra ele só conseguia fazer ferimentos leves nela que nem lhe atrasavam, quando ela lhe acertou um chute ele bloqueou com o braço e o chakra rachou fazendo ele voar contra uma parede.

- Ainda não cara? – perguntou ele ao olhar para Sora.

Sora estava com um pergaminho aberto sobre o chão enquanto ele escrevia algo sobre um desenho já pintado, Mariko avançou para atacá-lo mas Inamoto pulou sobre as costas dela para conte-la, a mulher então ficou chocando ele contra a parede pra se livrar do incomodo.

- Desculpe a demora, já estou pronto – avisou Sora.

O rapaz colocou a mão sobre o pergaminho e o desenho começou a se levantar e crescer, não era uma pintura comum em preto e branco, era um desenho incrivelmente detalhado e colorido de um dragão chinês vermelho, quando todo o desenho ganhou forma Sora subiu nele, parecia um dragão de verdade que até urrava.

- Cara, agora estou impressionado com você! – elogiou Inamoto.

O dragão avançou com uma patada e Mariko segurou a pata do monstro disputando força com ele, ambos os ninjas ficaram impressionados por ela resistir tanto e Sora foi obrigado a apelar para seu ultimo recurso, fazendo um sinal para Inamoto este se proteger dentro de um casulo de chakra e Sora fez o dragão cuspir sua baforada de fogo, as chamas tinham tanto impacto que saiu arrastando Mariko que se bateu contra um muro e foi envolvida pelas chamas turbulentas, finalmente eles tinham vencido.

- Eu só espero que o irmão mais velho dela não fique com raiva – comentou Inamoto preocupado.

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Hantei estava numa difícil encruzilhada diante do seu sensei que tanto lhe ensinou, fora um ano inteiro como seu aluno, até participou de varias missões com ele e o time dele para aprender na pratica as suas técnicas de fuuton únicas na vila, as pessoas diziam que ele era mais ligado ao Fujita do que a sua sensei original Kuni que sentia ciúmes da dedicação do garoto ao outro time, e agora ele estava ali trocando golpes contra ele.

Fujita lutava com uma espada curta cujo tamanho aumentava por causa do chakra fuuton que fazia algo semelhante a uma serra elétrica, Hantei lutava com as duas soqueiras personalizadas do seu pai igualmente carregadas mas num nível inferior ao de Fujita.

- Você é incrível sensei, quando treinávamos você se continha mas agora não – observou Hantei já um pouco ofegante – já eu acho que estou instintivamente me contendo por medo de machuca-lo.

Hantei fez os selos e soprou uma rajada de fogo na direção de Fujita, o jounin de Konoha simplesmente cortou o fogo ao meio com sua espada e as chamas seguiram em frente sem tocá-lo.

- “O desgraçado nunca me disse como ele fazia isso mesmo que eu perguntasse mil vezes!” – reclamou Hantei – “katon sempre ganha do fuuton mas com ele é exatamente o contrario!”

Hantei atacou com um jutsu doton que fazia estacas de pedra subirem do solo em seqüência na direção do inimigo mas Fujita simplesmente as cortou com sua técnica e depois se preparou para usar sua própria técnica.

- Fuuton Kuuha Touran no Jutsu (Tempestade das laminas de vento) – Fujita concentrou o ar na boca e assoprou varias laminas de ar na direção de Hantei.

Hantei quase não teve tempo de armar sua defesa de doton para bloquear o ataque e viu sua muralha ser cortada facilmente, uma das laminas de vento passou rente ao seu braço fazendo um pequeno corte que poderia ter decepado o braço se não fosse a defesa anterior, quando ele voltou sua atenção para Fujita este tinha desaparecido e Hantei sentiu o perigo atrás de si, ele se virou a tempo e bloqueou o ataque com suas soqueiras.

- Kage Mane no Jutsu – disse Hantei.

Fujita não teve tempo de reagir e teve sua sombra dominada pela de Hantei, mas o jovem não imaginou que algo aconteceria, simplesmente o corpo dele é que começou a se mover sozinho independente de sua vontade seguindo a ordem de “eliminar o adversário a sua frente” e sua mão se moveu para cortar o pescoço de Fujita ao mesmo tempo que a arma dele também vinha na direção do seu pescoço, Hantei então desfez a ligação e rolou para baixo para esquivar do golpe fatal e tomar distancia.

- Agora eu entendo sensei, esse selo está sobrepondo sua vontade, o kage mane criou uma ligação temporária e isso me afetou apesar que diferente de você eu estou consciente – disse Hantei triste – agora entendo que não há um jeito de você se controlar ou evitar fazer o que está fazendo.

Hantei não queria admitir que não poderia salva-lo, ele tinha esperanças de derrota-lo e mantê-lo vivo para quem sabe alguém remover esse selo de sua mente, mas o selo simplesmente substituiu a consciência dele para usar seu corpo como quisesse, a memória, inteligência e conhecimento estavam intactos mas a vontade simplesmente não existia mais.

- Eu vou libertá-lo disso sensei, como seu aluno é o melhor que posso fazer por você – disse Hantei seriamente – e a única forma de honrá-lo é fazer isso pessoalmente sem entregar a missão para outro por medo.

Tanto Hantei como Fujita começaram a fazer os mesmo selos para usarem o mesmo jutsu, a sincronia deles era incrível e terminaram exatamente ao mesmo tempo, então ambos sopraram uma rajada de vento que ao se chocarem criaram um pequeno furacão entre eles, o furacão crescia aos poucos a medida que ambos mantinham o jutsu ativo tentando força na direção do outro, o ataque combinado deles simplesmente explodiu fazendo os dois voarem para longe mas heroicamente eles faziam selos para outro jutsu e antes que ficassem fora do alcance um do outro os jutsu foram terminados ao mesmo tempo outra vez, dessa vez eram jutsus diferentes.

- Fuuton! Kyokuuheki no Jutsu (disparo da bala de vácuo) – disse Fujita disparando uma bolha de ar concentrada.

- Katon! Kaenhoudan no Jutsu (bala de canhão flamejante) – Hantei cuspiu uma bola de fogo concentrada.

As duas técnicas chocaram-se mais uma vez enquanto os dois usuários caiam no chão pelo efeito do ataque anterior e ambos puderam ver as duas esferas se chocando uma na outra, as chamas do katon eram desviadas para os lados enquanto a esfera de ar diminuía pouco a pouco, finalmente Hantei entendeu como funcionava o ataque do seu sensei.

- Agora eu vi, você usa o vácuo criado pelo fuuton para desviar o fogo – analisou Hantei – o fogo só se propaga no ar e sempre vai seguir a corrente de ar, o vácuo simplesmente desvia todo o ar na direção oposta!

- Você precisaria ser mais poderoso do que eu para sobrepujar meus jutsus com seu katon – explicou Fujita – no momento você só conseguiu empatar.

- Se supera-lo significa derrota-lo então eu farei isso.

Os dois correram para se atacarem e começaram a trocar golpes novamente, era uma luta impressionante e se mostravam iguais em habilidade mas Hantei sofria uma desvantagem crucial nesse luta, além dele ter usado muito mais ninjutsus que Fujita ele ainda sofria com o fato que naturalmente já tinha menos chakra que ele, por isso a medida que a luta se arrastava ela cobrava seu preço na força de redução das habilidades de Hantei, um preço que foi pago com sangue quando Fujita finalmente lhe atingiu um golpe no peito que lhe cortou profundamente fazendo o sangue jorrar para fora.

- Parece que minha hora está chegando – disse Hantei cuspindo sangue.

Fujita preparava-se para atacar novamente e Hantei sorriu diante dele enquanto relembrava as palavras de Shirai que dizia que a morte de um deles abriria caminho para os outros, ele sabia que se Fujita o vencesse iria atrás de Yukie depois e mesmo em seu estado enfraquecido ele ainda seria perigoso para ela, então era hora de encarar seu destino e fazer o que devia.

- Kage Kubishibari no jutsu! – disse ele apontando a mão para seu sensei.

A sombra de Hantei se esticou na direção de Fujita e começou a subir pelo corpo dele até chegar ao seu pescoço, o ferimento de Hantei sangrou ainda mais.

- “Nunca use se estiver seriamente ferido” – repetiu Hantei – isso eu aprendi com o meu primeiro mestre, o esforço que faço ao usar essa técnica é tão físico quanto espiritual.

Hantei então passou a pressionar o pescoço do seu sensei lamentando ter que recorrer a um método tão doloroso mas era a única alternativa no seu atual estado, quanto mais força ele fazia mais Fujita tentava resistir forçando Hantei a se esforçar mais até o ponto em que fujita finalmente parou de resistir e seu corpo amoleceu tanto que a força que Hantei estava empregando antes quebrou o pescoço dele, Hantei desfez a técnica e seu sensei caiu morto no chão enquanto ele se arrastava até ele.

- Eu sinto muito sensei, eu não queria que fosse assim – disse ele chorando.

Hantei tentou tocar a bandana do seu sensei mas foi impedido por uma dor nas costas, a dor atravessou seu corpo junto com o som de metal chocando-se contra o chão e com suas ultimas forças ele olhou para trás e viu vários soldados próximos, um deles lhe atravessava o corpo com uma lança.

- E a Hibikime se orgulhava desse lixo dominado – comentou o guerreiro com a lança.

Hantei tentou xingar o homem que insultava seu mestre mas não encontrou forças nem para respirar, simplesmente sorrindo com a situação ele sentiu seu coração dar sua ultima batida.

********************************

Ela não parou de correr nem mesmo quando o menor dos obstáculos aparecia, ela sabia que o tempo era crucial e cada segundo que demorasse significava um segundo a mais expostos ao perigo, quando ela visualizou a entrada da fortaleza ouviu as conseqüências das batalhas pela cidade, explosões, desmoronamento e até uma espada que veio parar na frente dela sabe deus como mostravam que os outros já estavam em suas lutas empenhados para criar a distração que obrigasse o exercito da cidade a se dividir, o que restaram era meramente um obstáculo que ela atravessaria rápido, no portão de entrada 8 guardas mantinham vigilância mas ela não pararia nem por isso.

- Saiam do meu caminho malditos! – gritou ela fazendo o rasenga em sua mão.

Os guardas se posicionaram para atacá-la assim que estivesse ao seu alcance mas não tiveram a menor chance, com seu doujutsu ela leu os movimentos deles e desviou de cada ataque enquanto golpeava o principal inimigo, não só o atingiu como atingiu também o portão atrás dele derrubando-o, uma vez dentro do salão ela cuidou dos outros que tentaram ataca-la por trás sem sucesso.

- Estava me perguntando quando alguém chegaria aqui – disse uma voz na escuridão – eu queria sair para caçar os invasores mas uma idéia melhor me ocorreu, eu simplesmente acabaria com as esperanças de quem chegasse, como se diz mesmo? “tão perto e ao mesmo tempo tão longe...”

Mesmo em meio a escuridão Yukie conseguia vê-lo com seu doujutsu e achava abominável a aura que ele emitia, uma aura de vazio e morte e junto com a foice que ele carregava ela tinha a sensação de estar diante do mensageiro da morte.

- Você deve ser um desses desgraçados dos cavaleiros negros não é? Onde está a mulher que vocês seqüestraram? – perguntou ela furiosa.

- Fala dessa aqui? Eu estava cuidando tão bem dela que acho que me apeguei.

De um canto Hinata apareceu e caminhou até o lado do cavaleiro se apoiando em seu ombro, depois sobre o olhar abismado de Yukie ele a pegou e beijou na boca intensamente enquanto que Yukie praticamente vomitava só de ver.

- O QUE DIABOS VOCÊ ESTÁ FAZENDO MÃE!!?? – gritou Yukie aterrorizada.

- Ela é sua mãe!? – perguntou Genburou gargalhando – então isso vai ser mais divertido do que imaginei, vai lá querida, tenho certeza que você vai adorar comer o coração da sua filha!

Com a ordem dada Hinata avançou para atacar Yukie, a primeira reação da primogênita foi duvida e medo mas numa fração de segundo ela segurou o soco direcionado para seu rosto e encarou a face de sua mãe, ela podia ver nos olhos e nos lábios trêmulos o verdadeiro desespero dela e logo deduziu que Hinata estava perfeitamente consciente mas sem controle do seu corpo.

- Me perdoe mãe, eu precisarei ser um pouco bruta com você logo agora que nos re-encontramos – disse Yukie derramando lagrimas.

Yukie girou o braço e chutou sua mãe no estomago mandando-a pra longe, Genburou ficou impressionado e excitado ao mesmo tempo.

- Vamos lá, me mostre um show único nesse mundo! – gritou ele eufórico – me mostre que seu desejo de viver é mais forte que seu amor por sua mãe! Ou será que você a ama tanto que quer matá-la pra salva-la disso!?

A vontade que Yukie tinha era de explodir aquele desgraçado com seu doujutsu, mas ela temia que ao matá-lo ela também matasse a única pessoa que sabia como desfazer essa situação, por isso ela decidiu se conter e resolver um problema de cada vez quando viu sua mãe se levantando sob comando dele novamente.

- Você cometeu um terrível engano se acha que ao usar minha mãe como arma eu iria ficar com medo – disse Yukie – se você vai usá-la como arma eu posso simplesmente desabilitar essa arma, depois peço desculpas a ela.

- Interessante, vamos ver como você vai fazer isso!

Hinata atacou mais uma vez e Yukie podia ver claramente a grosseria do ataque dela, com certeza aquele homem que a manipulava não fazia idéia de como usar o estilo dos hyuugas e por isso era fácil prever todos os movimentos dela, Yukie lamentava que sua mãe também tinha que passar por essa humilhação nas mãos dele e logo tratou de por seu plano em pratica, no ataque seguinte de Hinata Yukie lhe atingiu na região da axila parando o movimento do braço esquerdo e se posicionando para mais um ataque, Hinata girou o corpo para atingi-la e Yukie novamente acertou a axila dela parando o braço direito dessa vez, agora que ela não podia usar os braços Yukie tratou de atingir as duas coxas dela para parar os movimentos das pernas e com isso Hinata caiu no chão sem poder mexer nenhum membro exceto a cabeça.

- Droga, estava tão divertido... – reclamou Genburou – e você nem a fez sofrer, que filha mais chata!

- Por outro lado você eu vou fazer sofrer como nunca imaginou na vida – ameaçou ela.

Yukie partiu para o ataque e Genburou pegou sua foice que estava encostada na parede e se preparou para revidar, quando ela estava ao alcance ele girou a foice na horizontal mas Yukie se abaixou evitando o ataque, antes que o oponente pudesse se recompor ela o atingiu na barriga com um jyuuken certeiro, Genburou cuspiu sangue mas começou a rir como se tivesse feito cócegas, subitamente Hinata que estava caída no chão gritou de dor e cuspiu sangue da mesma forma que ele, Yukie assustou-se com isso e recuou se afastando dele e encarou sua mãe, com seu doujutsu ela pôde ver uma inflamação interna severa no mesmo lugar onde ela atingiu Genburou.

- Maldito, como fez isso!? – perguntou ela furiosa.

- Surpresa não é? Existem muitas maldições nesse mundo, agora a pouco eu usava a maldição da marionete para controlar os movimentos dela como se fosse uma boneca, e ao me atacar você ativou a maldição do estigma.

Yukie assustou-se diante da revelação, ela sabia exatamente que maldição era essa pois era algo que Shikamaru estudava muito e Hantei acabava sabendo disso pois era a mesma maldição que custou a vida do seu pai, agora ela experimentava o mesmo terror que Shikamaru experimentou.

- E então? Perdeu a coragem de me atacar? – perguntou ele – pois agora vai começar um novo jogo, se você não me derrotar nos próximos 5 minutos eu irei perfurar meu coração com isso – ele mostrou uma espada curta para Yukie – você irá assistir sua mãe morrer bem na sua frente e só depois será sua vez!

Temendo o destino que ele reservava para Hinata Yukie atacou novamente, dessa vez Genburou lutou seriamente e Yukie estava tendo dificuldades para conseguir evitar ser atingida enquanto procurava uma brecha para atacá-lo, seu objetivo era ver com seu byakugan qualquer pista que mostrasse como derrotar essa técnica macabra, por isso ela concentrou o máximo de chakra possível nos seus olhos para aumentar a eficiência deles, sacando uma kunai ela fez um corte leve no rosto dele e viu o corte surgindo no rosto de Hinata no mesmo lugar e da mesma forma, após evitar mais um ataque ela revidou com um chute no ombro dele e Hinata gemeu de dor e com isso Yukie percebeu algo, 2 minutos haviam passado e ela decidiu testar uma coisa, ela pulou para perto de Hinata e lhe atingiu uma região do ombro esquerdo, ela gemeu um pouco e então Yukie observou atentamente o homem a sua frente.

- hahahahahhehehe ataca-la não vai me causar nenhum dano se foi isso que você pensou – zombou ele – além disso eu estou em outro nível na nossa religião, cada vez que minha vitima sofre o estigma eu absorvo sua vitalidade e me recupero mais rápido, quanto mais ela sofre mais forte eu fico!

Yukie viu que era verdade, o vigor físico de sua mãe estava diminuindo e não era só por causa dos ferimentos que sofreu, nesse ritmo ele a parasitava e se tornava mais forte e o tempo se esgotava, agora já tinham passado 3 minutos restando apenas 2 para derrota-lo, era hora de testar a teoria que ela tinha formulado, Yukie avançou para atacar de novo e Genburou se preparou para revidar, quando Yukie o atingiu no ombro esquerdo ele revidou com a foice e fez um corte na coxa direita dela, Yukie girou o corpo e lhe acertou num ponto especifico na lateral da barriga e saltou para trás.

- Seu tempo está acabando e você nem chegou perto de me derrotar – disse ele – sua mãe vai morrer logo!

- Não vai não, eu descobri como acabar com você e salva-la – disse Yukie confiante – sua maldição, sua imortalidade e seu poder não passam de truques baratos que qualquer idiota pode conseguir imitar!

Genburou se irritou com a confiança e a provocação dela e partiu para o ataque abertamente, como ele não se preocupava com a defesa e somente a ofensiva Yukie não teve trabalho para driblar seu ataque, assumindo a posição característica do clã ela iniciou seu ataque visando os 64 tenketsus principais do corpo, ela atingia vários deles e desviava dos golpes dele, voltava a atingi-lo e mais uma vez esquivava, na ultima seqüência os golpes jogaram ele para trás mas Genburou apenas riu.

- Seu tempo acabou mocinha, assista sua mãe morrendo numa dor agonizante! – ameaçou ele – veja o quanto você é fraca e se prepare para morrer lentamente depois!

Genburou pegou a espada curta e Yukie nem fez menção de tentar impedi-lo, o cavaleiro da morte perfurou o próprio peito com a arma e gargalhou loucamente, depois olhou para Hinata caída no chão esperando vê-la se contorcer e gritar mas nada aconteceu, pelo contrario, foi ele que sentiu uma dor inimaginável e caiu no chão em agonia.

- o-o qu-que aconteceu!? – perguntou ele abismado – por que ela não...

- Eu cancelei sua maldição, pra ser mais exato eu cancelei todo o seu poder – respondeu Yukie – o que você possui não é um dom divino ou profano, é somente um kinjutsu que funciona como qualquer ninjutsu: com chakra.

Ela aproximou-se de Genburou e este tentou apanhar sua foice no chão, Yukie rapidamente perfurou a mão dele com a kunai e ele berrou de dor e tossiu mais sangue enquanto Hinata aos poucos se levantava após passar o efeito da paralisia.

- Depois que você bebe o sangue de sua vitima o kinjutsu faz seu chakra ressoar com o dela, isso cria uma ligação, quando você sofre um ferimento o chakra da sua vitima literalmente destrói as células causando um ferimento idêntico, a dor também é transmitida assim pois afeta os sistema nervoso.

- Como você descobriu isso? – perguntou ele angustiado.

- Quando eu o atingi com aquela kunai no rosto eu observei atentamente o fluxo de chakra dela, eu vi o chakra rasgando a carne e deduzi que sem chakra nada acontecia, por isso a atingi no ombro, para cancelar o fluxo de chakra naquela região.

- E depois você me acertou no mesmo lugar, eu não prestei atenção que ela não tinha sentido nada naquele momento!

- Depois eu atingi seu tenketsu para saber se podia bloquear pelo seu lado e funcionou, daí eu usei o Hakke Rokujuuyon Shou para bloquear todos os seus tenketsus de uma vez e cancelar sua maldição, se seu chakra não flui não afeta a vitima do kinjutsu.

Genburou urrou de ódio enquanto Yukie sorria e Hinata mancava na direção da filha que logo se levantou e segurou sua mãe que observava aquele homem que se esforçava para ficar de pé, após encostar Hinata numa parede Yukie andou até seu inimigo e puxou para fora a espada que ainda estava cravada no peito dele e um rio de sangue jorrou para fora e genburou sentiu pela primeira vez a agonia da morte se aproximando.

- Claro que você deve saber que com seu chakra bloqueado seu kinjutsu para de funcionar não é? – perguntou ela com um ar de inocência – então sem seu kinjutsu você perde sua imortalidade e mesmo que mais lentamente você morrerá como qualquer um.

A morte de Genburou chegou lentamente e Yukie assistiu a cada segundo que aquele homem agonizava e morria, Hinata que normalmente não tolerava sofrimento também sentiu-se satisfeita em assistir aquele desgraçado morrer, ela lembrava bem da forma como ele matou os dois que a protegiam durante a viagem e isso definitivamente era o único castigo justo o bastante para ele, assim que Genburou deu seu ultimo suspiro com uma expressão de terror Yukie voltou-se para a mãe com lagrimas nos olhos e correu para abraça-la, naquele momento nenhum dor podia impedir a felicidade que sentiam pelo re-encontro.

Continua.


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Notas finais do capítulo

o que acharam do cap? prometi mortes e foi o que tivemos, e ainda não acabou o drama e o sofrimento, prometo que no proximo voces choram mais!!
agora vou hibernar um pouqinho pra me recuperar desse cap que sugou todas as minhas forças e que bateu o recorde de tamanho!