A sensação de nostalgia diante daquelas estatuas era impressionante, quase duas décadas se passaram e mesmo assim as memórias estavam tão vivas que ele podia visualizar cada passo dado ou palavra dita naquele lugar que marcou o fim de uma fase e o inicio de uma outra, para Sasuke o vale do fim era um lugar onde ele renasceu, mas de uma forma que ninguém gostaria e por isso ele instintivamente evitava se aproximar daquele lugar com medo de que alguma assombração do seu passado negro tentasse se agarrar a ele.

- Eu ouvi as historias, parece que reformaram o lugar desde que vocês...

Mizura também contemplava o lugar que servira de palco para a incrível batalha entre Naruto e Sasuke, o jovem tentava captar uma imagem perdida ou mesmo uma essência do que muitos chamaram de “grande batalha do adeus”, os danos que o lugar sofreu já não existiam mais e ambos os protagonistas não tocavam no assunto.

- Fala sério, o que viemos fazer aqui? – perguntava Yukie impaciente – já faz quase uma hora que chegamos e até agora não me disseram o que viemos fazer aqui!

- Tenha um pouco mais de paciência irmãzinha – pediu Mizura.

- Primeiro a mamãe fica nervosa a semana inteira como se algo estivesse prestes a acontecer, depois o papai manda vocês dois me acompanharem até aqui e agora não estamos fazendo nada!

Sasuke tinha que admitir que Yukie estava ficando mais esperta, ela já havia percebido que essa “missão” não era o que parecia, então como a hora marcada se aproximava ele decidiu revelar a verdade.

- Nós estamos escoltando você, a missão na verdade é descobrir o segredo do seu doujutsu – contou ele.

- O meu doujutsu? E como vamos descobrir algo ficando aqui parados?

Antes que alguém explicasse como um chakra poderoso foi sentido, pontualmente Nagato surgiu sobre a grande cachoeira do vale e de lá com um salto chegou até eles, Yukie imediatamente o reconheceu como sendo aquele que apareceu diante deles no retorno para Konoha.

- Algum motivo em especial para escolher esse lugar para nos encontramos? – perguntou Sasuke sarcástico.

- Nenhum motivo em especial, como eu disse estaria passando por aqui hoje e achei que era um bom local de referencia pra nos encontrarmos – respondeu ele – eu imaginei que você estaria aqui mas achei que mais gente viria.

- O Naruto crê que você não seria capaz de fazer mal a filha dele, por isso ele mandou só nós dois.

- Que tal alguém me explicar o que está acontecendo e quem é esse cara? – perguntou Yukie nervosa.

- A muito tempo eu fui aquele que destruiu Konoha e lutou contra o seu pai – revelou Nagato sem rodeios – e sou aquele que mais entende sobre doujutsus.

- Se você destruiu nossa vila porque meu pai não acabou com você? Eu conheço essa roupa que você está usando e sei que são as roupas dos tais criminosos que aterrorizavam o mundo antes!

- Esqueça isso Yukie, o importante é você saber que ele veio ver seu doujutsu a pedido do seu pai – disse Mizura – mas eu estou curioso pra saber como ele vai nos dar uma resposta.

O rapaz de manto negro fez uma seqüência de selos e bateu a mão no chão, pouco depois a terra tremeu e rachou para elevar uma estatua que lembrava alguma divindade hinduísta medonha, a estatua usava um colar composto por seis pares de olhos de todos os doujutsus que já existiram no mundo.

- Que coisa tosca é essa? – perguntou Yukie intimidada.

- Quando um dos descendentes do Rikudou Sennin teve seus próprios herdeiros estes nasceram com olhos especiais – explicou Nagato – com o passar dos tempos os maiores herdeiros de cada doujutsu decidiram que deveriam preservar os segredos dos seus olhos e criaram essa estatua com um kinjutsu especial, ela é capaz de analisar o doujutsu e revelar alguma informação.

Sasuke observou bem a estatua e viu que de fato havia um par de sharingans e um de byakugans, mas havia doujutsus que ele não conhecia embora já tivesse ouvido falar deles.

- Ali tem o akaigan, o doujutsu capaz de combinar o alcance do byakugan com o poder ilusório do sharingan onde atualmente só o Ranmaru é seu portador, também tem o magenkyogan da sacerdotisa capaz de prever o futuro mas eu nunca ouvi falar dos outros dois – comentou Sasuke – que olhos são aqueles?

- Não existem mais, ou pelo menos eu nunca encontrei alguém que os tivesse – respondeu Nagato enquanto carregava a estatua com chakra – sei que um deles carrega grandes poderes espirituais e o outro é capaz de roubar os poderes dos seus inimigos, mas nem sequer sei os nomes deles.

Depois que Nagato terminou sua parte ele puxou uma espada de ferro negro, imediatamente Mizura ficou em alerta contra qualquer coisa que ele pudesse fazer, Yukie por outro lado não parecia teme-lo, na verdade estava ansiosa para obter respostas sobre seu doujutsu.

- Para que tenhamos as respostas eu preciso do seu sangue – explicou Nagato – e não é pouco, você vai ter que sangrar até que essa lamina esteja banhada, esse é o preço para ativar o kinjutsu.

- De forma alguma eu vou deixar você tirar uma gota de sangue dela! – gritou Mizura sacando sua espada.

Sasuke segurou a mão dele enquanto que Yukie caminhava até Nagato com uma expressão tranqüila, Mizura não conseguia aceitar a idéia de ver sua irmã sangrar por algo assim.

- Depois que eu der o sangue a estatua posso curá-la facilmente – explicou Nagato – eu sou capaz de utilizar todas as formas de ninjutsu.

- Então vamos acabar logo com isso – pediu Yukie levantando o braço.

Nagato ficou impressionado sobre ela não hesitar nem um pouco, outras pessoas da idade dela não aceitariam de forma alguma sangrar pra obter uma resposta e ele imediatamente percebeu nela o mesmo espírito que Naruto sempre teve e tem até hoje, com um corte preciso ele conseguiu faze-la sangrar o suficiente para molhar toda a lamina negra, após conseguir o suficiente Mizura envolveu o braço dela numa bandagem pra estancar o sangramento enquanto ele depositava a lamina na boca da estatua.

- Isso vai demorar um pouco, talvez meia hora – informou o jovem ruivo.

- Então cuide logo do braço dela! – ordenou Mizura.

Yukie não demonstrava mas ela sentia muita dor e seu braço já ficava pesado, Nagato então começou a aplicar o ninjutsu médico e gradualmente ela foi melhorando.

- Você veio junto para tentar obter alguma informação sobre seu sharingan não é? – perguntou para Sasuke.

- Informações nunca são demais quando se trata de uma linhagem como a minha – disse Sasuke.

- Ou você está receoso por causa dos seus filhos?

Apenas um olhar do Sasuke demonstrou insatisfação por Nagato ter mencionado os gêmeos e ele logo notou que embora diferentes na ideologia Sasuke era igual ao Madara no temperamento.

- Meu pai disse que se tudo corresse bem era pra lhe dar a informação que você queria – explicou Mizura sentando-se numa pedra – você queria saber sobre o continente norte não era? Vou lhe contar como foi minha estadia lá durante uma missão.

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Devido a época do ano o clima estava frio e úmido, era inverno mas dificilmente nevava nessa região embora geadas fossem comuns, as chuvas eram finas e rápidas e a topografia fazia com que toda a água escorresse para os vários canais e rios da região, o povo acostumado achava um bom lugar para se viver e não tinham do que reclamar.

A segurança também era outro fator atrativo, a pequena cidade foi construída em volta de um forte onde se sediada a força militar da região, para tornar mais cômoda a vida dos soldados alojamentos foram construídos para seus parentes e logo uma pequena cidade habitada por parentes dos soldados se formou tornando-se uma região bastante movimentada, hoje todos que habitam a cidade são soldados ou parentes deles e todos trabalham pro exercito prestando serviços simples, era natural por exemplo os ferreiros serem especializados em reparar armas e armaduras, os marceneiros trabalhavam construindo armas de cerco e os estábulos cuidavam da cavalaria militar, com muito orgulho todos diziam ser parte do exercito que protegia a nação.

- Mizura-san, você pode botar o lixo pra fora? As moscas não descansam mesmo no inverno! – pediu o senhor bem humorado.

- Claro! É pra isso que o senhor me paga não é? – brincou ele em resposta.

- Só o Mizura-san poderia chamar três refeições e um quarto de pagamento – disse a jovem que limpava as mesas com um pano.

Embora fosse um mero disfarce o rapaz de Konoha fazia muito bem o trabalho, fingindo-se de andarilho desafortunado Mizura conseguiu emprego na taverna mais movimentada da cidade e podia ficar perto das constantes fontes de informações que entravam e saiam do estabelecimento, quase como se fosse um conterrâneo ele conseguiu conquistar a amizade dos donos e por isso agia despercebido por todos, bastou apenas usar um ninjutsu pra mudar seus cabelos naturalmente brancos pra um castanho e trabalhar arduamente.

- Não deixe o meu pai te explorar Mizura-san, meu irmão já reclamou com ele sobre ficar dando trabalho demais pros rapazes que vem aqui! – pediu a garota.

- Não tem problema, eu já estou acostumado a ser explorado e não tenho medo de trabalho duro – respondeu ele – além do mais eu me considero com sorte por ter encontrado vocês.

Um pouco depois 5 jovens soldados entraram na taverna para se aquecerem, pediram bebidas e uma refeição leve enquanto Mizura preparava uma mesa para eles, quando isso acontecia o jovem ficava sempre atento ao que conversavam pois casualmente ouvia informações úteis.

- “O numero de soldados na cidade aumentou no ultimo mês” – pensou ele enquanto via a movimentação – “talvez estejam se preparando pra algo”

Com toda naturalidade Mizura aproximou-se da mesa onde os soldados conversavam.

- Sempre me pergunto se alguém como eu teria chance de me tornar um de vocês – comentou ele com um sorriso amigável – é muito difícil o teste de admissão?

- Na verdade tem ficado mais fáceis já que esses idiotas conseguiram entrar – respondeu um deles brincando sobre isso – acho que a necessidade fizeram eles relevarem a qualidade.

Os 5 soldados caíram na gargalhada e Mizura fingiu gostar da piada, a garota no balcão apenas ouvia a conversa como se também tivesse grande interesse.

- Mas por que toda essa pressa em arranjar soldados novos? pelo que vejo na cidade eles estão recrutando gente nova o tempo todo! – perguntou ele.

- Ouvi dizer que os ninjas estão pegando mais pesado com os soldados que enviamos pro sul – respondeu um deles em tom baixo – desde a ultima grande batalha nós paramos de atacar diretamente mas sempre há conflitos!

A conversa continuou até que a garota do balcão chegou preocupada, eles logo notaram que ela ouvia tudo e parecia tensa com algo.

- Mas... a divisão 85 ainda está a salva não é? – perguntou ela com a mão no coração.

- A divisão 85 junto com a 36 foram até o país do fogo, dizem que eles iriam realizar uma grande missão lá.

A garota parecia desolada e Mizura a aparou quando ela parecia demonstrar tonteira, todos sabiam sobre as 5 nações e suas vilas ninjas e de como pouquíssimos soldados retornavam vivos depois de batalhar com eles.

- Tenho certeza que seu irmão vai voltar a salvo – disse Mizura para acalmá-la – ele já voltou antes não foi?

- Duas vezes, por isso o nomearam líder da divisão – contou ela após sentar-se – ele sempre conseguiu completar suas missões com menos perdas que as outras divisões e por isso todos confiam nele, meu irmão jamais deixaria um homem pra trás!

- Você precisa descansar um pouco Manabu-chan – pediu ele ajudando-a a chegar ao quarto.

A jovem tinha pressão fraca e constantemente passava mal, Mizura sempre a levava pro quarto quando ela tinha essas crises, colocando-a sobre a cama ele pegou um travesseiro e colocou sob a cabeça, depois a cobriu com um lençol por causa do frio.

- Parece até o meu irmão quando ele está em casa – comentou ela sorrindo.

- Ele só fica algumas semanas em casa e mesmo sem conhecê-lo sinto que ele queria que eu tomasse conta de você, acho que ele ficaria zangado se eu não a protegesse!

O rapaz saiu deixando-a com a lamparina acessa, depois se dirigiu ao seu quarto, quando entrou ficou surpreso por quem encontrou lá.

- Sumiko-san, um dia alguém ainda vai te pegar e ai vai estragar tudo! – repreendeu ele por vê-la tão tranqüila em seu quarto.

- Não sou tão amadora assim, achei que os 8 meses de espionagem já tivessem provado isso.

- O que veio fazer aqui?

- Os outros voltaram, é hora de nos reunimos – avisou ela – no mesmo lugar amanhã a tarde.

- Irei depois de amanhã antes do meio dia, tenho que pegar umas encomendas por senhor Rude e na ida passo pelo bosque.

- O que o faz pensar que temos que esperar por você enquanto cumpre tarefas insignificantes pra essas pessoas? – questionou ela.

- Porque meu disfarce exige que eu siga as ordens de quem me contratou! – respondeu ele irritado – aqui é minha melhor fonte e não poderei ficar aqui se eu vagabundear minhas obrigações!

- Faz parte de suas obrigações botar aquela garota na cama? – perguntou ela sarcástica – sua esposa vai adorar saber disso.

Num movimento rápido Mizura sacou uma kunai de sua manga e apontou para o pescoço dela, Sumiko sabia muito bem que ele nunca teria coragem de cortá-la mas mesmo assim seus instintos diziam que ela passara dos limites.

- Escute bem, eu me aproximei dela para conseguir informações, eu jamais trairia a Mayuri nem para completar uma missão!

- Se for pela missão não seria traição você dormir com uma ou duas garotas, pelo que sei o conceito de traição só acontece quando há sentimentos envolvidos e usar mulheres dessa forma não se enquadra nisso.

Mizura não agüentou ouvir isso e inesperadamente começou a rir, ele sabia que Sumiko não entendia de nada sobre relacionamentos ou emoções complexas mas não imaginava que ela fosse tão ignorante sobre o amor.

- Olha, eu sei que algumas kunoichis recebem treinamento para seduzir alvos e que AS VEZES é a única forma, mas não é possível que você não sinta nada sobre usar ou ser usada dessa forma!

- Quer testar se eu sinto ou não? – perguntou ela colocando a mão sobre o peito dele.

- Deixa pra lá, acho que você já andou fazendo isso desde que chegamos aqui – respondeu ele desistindo de argumentar com ela – chegarei na hora que eu disse, 12 horas a mais não vão fazer diferença.

Sumiko nada mais disse sobre isso e saiu pela janela, por algum motivo ela sentia vontade de matar alguém embora não soubesse se isso era ódio ou desgosto por ter sido rejeitada, Mizura após checar se ela realmente se fora deitou-se para dormir já que bem cedo teria muito o que fazer.

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(enquanto isso em Konoha)

O hospital de Konoha passava por uma tensão comparável somente aos tempos de guerra, murmúrios e comentários por todos os corredores e uma única área isolada como se abrigasse um monstro ferido do qual todos temem chegar perto, mas estranhamente a área isolada era a maternidade onde um parto estava sendo realizado.

- Meu deus! Isso tinha que ser assim!? – gritava Mayuri contorcendo-se em dor.

- Não pode ser pior que dar a luz a gêmeos! – reclamou Sakura examinando-a – o que há de errado com você afinal?

- As mulheres do nosso clã passam por isso na hora do parto – avisou a mãe de Mayuri – nosso chakra se intensifica repentinamente.

- E certamente é pior pra ela não é? Afinal ela tem o chakra elemental mais poderoso conhecido!

Um novo espasmo de dor e Sakura decidiu não esperar mais, era hora de trazer aquela criança ao mundo, do lado de fora da sala de parto uma grande grupo aguardava, além da família de Mayuri estava Naruto acompanhado de Hinata e Doji, Yukie também estava presente aguardando ansiosamente o nascimento do seu “sobrinho”.

- A Mayuri-chan parecia sofrer tanto... – comentou Doji – ela vai ficar bem não é?

- A Sakura-chan praticamente realizou o próprio parto, ela deve conseguir dar conta de um pequeno contratempo – Naruto brincava sobre o assunto mas estava igualmente nervoso.

O único que transparecia uma calma inabalável era Shinjo, o pai de Mayuri aguardava pacientemente sentado numa poltrona mais afastada dos outros, aparentemente sem dar grande importância ao acontecimento.

- Sua filha ficará bem, o Naruto-kun pediu a Kaede-san que viesse ajudar – disse Hinata amigavelmente – com as técnicas do clã Uzumaki ela pode diminuir os efeitos desse chakra descontrolado.

- Não estou preocupado com isso, minha filha é forte e guerreira e pode suportar bem esse contratempo – disse ele impassível.

- Mas mesmo assim você está aqui e não em casa, dando forças pra sua esposa e aguardando a Sakura-san aparecer por aquela porta dizendo que tudo está bem não é? – perguntou ela sorrindo.

- Desde quando somos tão íntimos ao ponto de você estar aqui tentando me consolar? – perguntou ele irritado – nossos clãs são inimigos a gerações e mesmo que minha filha esteja relacionada com um de vocês eu não pretendo esquecer isso.

- As coisas sempre mudam com o passar das gerações, o seu neto que estar nascendo naquela sala é uma geração completamente diferente, uma nascida da união entre os clãs, mesmo que o Mizura-kun não seja um Hyuuga.

Quando Kaede chegou todos suspiraram aliviados, sendo uma Uzumaki legitima crescida dentro da sua vila original ela conhecia técnicas de selamento que podiam ajudar Mayuri no parto, tão logo ela chegou uma enfermeira usou um Iryouninjutsu para desinfetá-la e foi levada para dentro da sala de parto.

- O chakra da Mayuri-chan está se elevando e expandindo sem controle – explicou Sakura tão logo viu Kaede – precisamos de um selo pra conter isso, mas você precisa regular o selo constantemente.

O chakra de Mayuri se expandiu subitamente tomando uma coloração azul brilhante, todos podiam sentir uma leve estática no ar tamanha era a força raiton sendo liberada.

- Precisamos conter isso antes que ela frite os aparelhos! – gritou a enfermeira.

Kaede rapidamente pegou seu equipamento que lembrava um tabuleiro circular e o colocou no chão, imediatamente uma barreira se formou ao redor de Mayuri e seu chakra foi diminuindo aos poucos junto com a dor que ela sentia.

- Se diminuir demais ela pode perder a consciência, por favor fique atenta a isso Kaede-san – avisou Sakura.

- Pode deixar, eu consigo fazer isso o dia inteiro se for necessário!

E assim foi por quase uma hora onde os médicos trabalhavam enquanto Mayuri resistia e fazia sua parte e tudo isso sob a proteção de Kaede, quando finalmente estava terminado a enfermeira pediu para chamar o pai e Naruto, quando ambos entraram puderam ver a criança já no berço médico sendo examinado ao lado da mãe.

- Como ela está? – perguntou Shinjo deixando sair toda a preocupação de uma vez.

- Ela está inconsciente mas perfeitamente bem, está esgotada pelo parto – explicou Sakura – a criança também está segura e saudável mas vai ficar em observação devido ao estresse que passou dentro do útero.

- O Mizura-kun vai cair pra trás quando ver seu filho – brincou Naruto passando um dedo sobre o “neto”

- Não toque nele seu idiota! Quem sabe que tipo de doença pode passar pro bebê? – reclamou Shinjo.

- Eu agradeceria se os dois não fizessem besteira aqui – pediu Sakura irritada – mãe e bebê precisam descansar muito.

- Muito bem, todos podem voltar amanhã pela manhã – ordenou a mãe de Mayuri – eu vou ficar aqui cuidando deles e aviso quando tudo normalizar!

Era cômico ver a expressão do Naruto e do Shinjo enquanto ela botava os dois pra fora, lá fora as boas noticias chegavam a todos que queriam ver o bebê de qualquer jeito sem sucesso pelas recomendações de Sakura, apenas Hinata e Yukie conseguiram dar uma espiada com seu doujutsu e contava aos outros o que viam.

Enquanto isso no continente norte Mizura não conseguia dormir imaginando como estavam as coisas em casa, ele sentia uma angustia muito forte mas a medida que observava o céu estrelado ele se confortava imaginando que tudo devia estar bem, e se ele quisesse que continuasse assim deveria continuar se esforçando na missão.

Continua.