A Saga da Nova Geração escrita por zariesk


Capítulo 22
Capitulo 19 – Nuvens Negras.


Notas iniciais do capítulo

estou de volta com mais um cap, e dessa vez acredito que ele está perfeito para leitura!
agora está começando os eventos que mudarão um pouco a historia, acontecimentos que abrem as portas para as novas gerações firmarem seus lugares.
não vou falar muita coisa agora, deixarei que tirem suas conclusões após lerem o cap!



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(2 anos a frente)

 

 

O continente norte era vasto e populoso mas também isolado de todo o resto do mundo seu povo era composto dos exilados da primeira guerra ninja antes da criação do sistema de vilas ninjas que gerou as 5 grandes nações e varias outras menores, naquele tempo não existia paz e o caos reinava a cada conflito, aqueles sem aptidões para a guerra não tinham outra escolha além de fugir para longe, nessa empreitada seguiram para o tal continente onde encontraram um povo mais tranqüilo e primitivo, presas fáceis para os invasores que antes não eram fortes o bastante para vencerem guerras mas com poder suficiente para dominarem povos esparsos e sem cultura.

Porem ainda com medo das guerras que dominavam o continente do sul uma vez que se estabeleceram no norte construíram um grande muro para separá-los e assim permaneceram por décadas, foi quando o grande Senju Hashirama junto com Uchiha Madara criaram a primeira vila ninja dando inicio a um período mais tranqüilo e organizado, mas a essa altura o povo do norte que já havia se tornado supremo naquele continente não queria mais saber de voltar para um país onde não detinham o poder e controle, isso até agora quase 150 anos depois quando perceberam que já eram tão ou mais fortes quanto aqueles que “injustamente lhe expulsaram de seus lares”.

 

- Espero que tenha um bom motivo para ter reunido o conselho hoje – exigiu o rei daquela nação.

 

O tal conselho era formado pelos 10 mais poderosos nobres e a família do imperador, aquele que convocava a reunião era o filho mais velho do imperador.

 

- A hora de atacar está chegando, reunirei o nosso exercito e iniciarei a campanha para dominarmos o continente sul – respondeu ele altivamente – por isso essa é a hora de nos unirmos e formarmos uma única força que possa rivalizar com o poder deles!

- Como ousa nos dizer o que devemos fazer?? – esbravejou o imperador – você não tem moral ou poder algum para achar que pode liderar nosso poderio numa guerra!

- A 2 anos atrás eu tinha bolado o plano perfeito para dominar aquele povo aos poucos de dentro pra fora – continuou o príncipe – abalamos as defesas da maior nação de lá, fizemos alianças, desenvolvemos armas apropriadas e até recuperamos a antiga arte ninja que a muito abandonamos em nossa arrogância, chegamos até mesmo a matar um daqueles.. como se chamam mesmo?

- Kage, mais especificamente o Tsuchikage que governava o país da rocha – respondeu um homem de armadura ao lado dele.

- Isso, planejei cuidadosamente nos infiltramos aos poucos e quando tivéssemos poder suficiente tomaríamos o continente de uma vez, mas vocês estragaram tudo com sua pressa e ganância ordenando uma invasão em massa e isso revelou nossa existência! A derrota no monte Gyuudora que nos custou quase tudo que havíamos obtido foi culpa de vocês!

 

As palavras do príncipe quase fizeram alguns dos nobres terem um ataque, outros procuravam em quem por a culpa pelo fracasso enquanto que alguns se preocupavam em manter suas posições caso isso não acabasse bem, especialmente o imperador que já podia sentir sua coroa em risco.

 

- Sua insolência já foi longe demais! – gritou o imperador – lhe dei a chance confiando em suas capacidades, mas não nos interessava um plano que levaria quase uma década para ser concluído, seus joginhos de guerra nunca teriam dado certo!

- Pois eu não vi nenhuma das minhas investidas falhando tão miseravelmente quanto a sua invasão em massa, mas uma coisa tenho que concordar que não previ que aqueles que jamais trabalhavam juntos pudessem se unir e colaborar como uma força só – ele se referia a reputação que as vilas ninjas tinham de sempre estarem esperando uma oportunidade de engolir as outras – se queremos fazer frente as todos eles precisamos de uma força equiparável ou então destruir a força deles.

- Não quero saber de seus planos agora, de agora em diante eu mesmo liderarei o nosso exercito.

- Eu acho que não – disse o príncipe fazendo um gesto para o cavaleiro ao seu lado.

 

Um segundo foi o tempo que o cavaleiro de armadura negra levou para cruzar a grande mesa que o separava do imperador, antes que todos pudessem esboçar alguma reação ou sequer compreender o que tinha acontecido um clarão vermelho transformou o homem em cinzas fumegantes.

 

- Nossos antepassados cometeram um terrível erro – continuou o príncipe – eles aboliram a arte ninja e se ocuparam demais em criar novos poderes, mas ao invés disso eu decidi restaurar essa arte e integra-la ao nosso poder atual.

 

O cavaleiro negro limpou as cinzas do grande trono e o príncipe alegremente sentou-se no lugar ainda quente que antes seu pai ocupava, parecia que ele sempre esteve ali.

 

- Já enviei os outros cavaleiros negros para lá, em breve obteremos um poder antigo que aterrorizava nossos antepassados – informou ele – vocês podem escolher entre colaborarem comigo ou se juntarem ao meu pai.

 

 

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Antes da unificação com o país da garça o país do cavalo tinha a reputação de possuir a melhor cavalaria do mundo, suas terras planas quase desprovidas de elevações eram dominadas por planícies e ravinas a perder de vista, mas havia uma única formação rochosa que ficava bem no meio da maior planície do país, ironicamente essa formação rochosa em forma de ferradura foi o que nomeou o reino pois parecia a ferradura de algum cavalo divino marcando a antiga fronteira com o país da garça.

Hoje essa formação serve de defesa natural para a vila do som que havia se mudado do país do arroz para o país de garça e recentemente transferida para essa área afim de estabilizar a região que foi conquistada pelo seu vizinho, faz apenas 2 anos e meio que a vila operava naquela região servindo como segundo governo para cobrir o extenso território resultante da união dos dois paises.

Mas hoje a vila corria o risco de sumir quando a grande ameaça se organizava bem diante de suas portas.

 

- Então eles realmente não irão desistir? – perguntou Sasame enquanto observava as grandes armas de cerco sendo posicionadas.

- Sasame-sama, não deveríamos tentar negociar com eles mais uma vez? – insistiu um dos membros do conselho.

- Impossível, o que eles exigem vai contra nossas crenças e a promessa que fizemos a todos que se unem a nós.

 

Sasame se referia ao tratado criado entre a vila do som e aceito por todas as vilas principais, eles tinham o direito de acolher criminosos desde que estes pagassem por seus crimes de alguma forma e jamais se voltassem contra as outras nações, alguns ninjas renegados que receberam anistia por algum serviço prestado também integravam a força da vila e ainda havia aqueles que não conseguiam encontrar um lar em qualquer outro lugar, também estavam presentes as vitimas dos experimentos terríveis que Orochimaru conduzia em seres humanos, estes sem poder ir a qualquer outro lugar ficaram por lá mesmo, agora o exercito que se formava diante do portão principal exigia apenas uma coisa: a devolução da arma suprema da vila do metal.

 

- Sasame-sama, não posso aceitar que me proteja se isso significa por em risco o meu novo lar – disse a jovem garota de cabelos roxos ajoelhada diante dela – se for para proteger a vila eu me entregarei a eles.

- Você ainda não compreendeu Yuzuhina – insistiu a líder – entregar você significaria que cedemos ao medo e a força daqueles que desejam oprimir os outros, entregar um companheiro para nos salvamos só nos faria cair no abismo do passado, e ceder a pressão dos poderosos seria o primeiro passo para a opressão da guerra.

- Então permita-me lutar também! – pediu Yuzuhina.

- Também não posso permitir isso, seu dever será proteger o povo inocente que vive aqui – respondeu ela sorrindo – o poder dos jinchurikis não deve ser usado para guerras mas para proteger aqueles que não podem se proteger sozinhos.

 

Enquanto conversavam três vultos se aproximaram, apesar da forma sorrateira como chegaram eles não eram inimigos, a presença deles tranqüilizou um pouco mais a jovem jinchuriki pois ela sabia que ali estavam alguns dos melhores ninjas da vila.

 

- Estou surpreso que não tenha pedido ajuda a Konoha Sasame-chan – provocou Suigetsu sorridente.

- Esse é um problema nosso, devemos resolvê-lo com nossa própria força – respondeu ela.

- Um problema nosso você diz – reclamou Karin mau humorada como sempre – mas se o idiota do Naruto não tivesse deixado essa pestinha aqui isso nunca teria acontecido.

- Calma Karin, a Yuzu-chan é uma de nós – disse Juugo com uma tranqüilidade celestial.

 

Os três juntos representavam a elite da vila, Juugo liderava os poucos ninjas que possuíam o selo amaldiçoado e mantiveram sua humanidade como ele, Karin era a líder médica e especialista na pesquisa de jutsus além de monitorar a vila buscando invasores, Suigetsu era chefe de segurança da vila e treinava os chuunins antes de serem promovidos a jounins, depois da batalha contra a akatsuki eles foram aceitos na vila para pagarem por seus crimes anteriores.

 

- Vamos nos preparar para a batalha! – ordenou Sasame enquanto se equipava – coloquem o pessoal da barreira no portão principal, Juugo, reúna o seu pessoal e fique de prontidão, após a primeira onda de ataques deles nós vamos contra-atacar!

- Levarei 10 comigo, deixarei os outros dois com você – avisou ele.

- Karin, lidere os médicos para proteger a população e dar suporte, cuide também do controle de danos na vila.

 

A outra apenas bufou irritada com o trabalho que teria, mas mesmo sem uma resposta todos já sabiam que ela faria bem o trabalho.

 

- E quanto a mim chefinha? – perguntou Suigetsu ansioso.

- Você vem comigo, vamos atravessar a formação deles e atacar diretamente a liderança!

- Um plano ousado e ambicioso – comentou ele – me faz lembrar o Sasuke!

- Se tudo mais der errado ainda podemos contar com o apoio da capital – avisou Sasame – Mitsuo-sama já enviou reforços e eles devem chegar em menos de 6 horas, além disso “aquela pessoa” também está lá nos muros, ela com certeza protegerá a vila.

 

Mas é claro que nem todos estavam confiantes, a vila do metal é especialista na criação de armas poderosas, algumas possuem poderes enormes e foram eles que criaram as armas dos 7 espadachins da nevoa, a força de seus ninjas também era considerável.

 

- Lembre-se Yuzuhina: fique longe do campo de batalha, a vila do metal não mandaria esse contingente para capturá-la se não tivessem um meio de conter seus poderes, tudo isso pode ser uma armadilha para atraí-la.

- Eu compreendo Sasame-sama, mas por favor tome cuidado lá fora.

- Não se preocupe, não tenho intenção de morrer até realizar meu sonho – respondeu ela se preparando pra partir.

 

 

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- Essa vila me da nos nervos! – reclamou um chuunin do metal observando os muros frontais da vila do som – dizem que ela está cheia de monstros e outras aberrações!

- O fundador da vila era aquele sannin chamado Orochimaru – comentou outro – ele usava pessoas como cobaias de experiências e criava monstros poderosos para servi-lo.

 

Os dois chuunin notaram que mais alguém se aproximava, um homem portando um katana nas costas, uma katana com lamina azul celeste e com quase o dobro do comprimento de uma katana convencional, certamente era uma das armas especiais cedidas aos oficiais da vila do metal, como o único a carregar uma dessas era o capitão responsável pelo ataque eles logo se curvaram em respeito.

 

- Assim que o sol se por iniciaremos o ataque – informou ele – se demos sorte alem de recuperarmos nossa jinchuriki vamos por as mãos nos experimentos deles.

- Com todo o respeito capitão Hijikata, mas não será perigoso lançar um ataque total contra a vila do som? – questionou um deles – a líder dessa vila é amiga intima do Hokage de Konoha e os ninjas da folha podem revidar por eles!

- Nossos espiões vigiando a vila da folha não notaram nenhuma grande movimentação, mesmo que saiam de lá agora só chegariam aqui no dia seguinte – ele parecia animado com isso – além disso duvido muito que eles tenham tempo pra se preocupar com a vila do som quando “aquilo” acontecer em breve.

 

O capitão Hijikata parecia extremamente confiante de que Konoha não interferiria nessa batalha, isso porque ele sabia de algo que seus comandados não sabiam, quando o sol já tocava a beira do horizonte ele ordenou que todos os ninjas se preparassem para a batalha, as inúmeras maquinas de guerra foram devidamente posicionadas diante da vila do som que respondeu colocando seu contingente nos muros, Hijikata sorriu com a ironia disso.

Metade do sol já tinha sumido no horizonte, Hijikata deu a ordem e as armas de cerco dispararam flechas enormes com tarjas explosivas coladas a elas, só o impacto dessa flechas já era perigoso e a explosão que viria logo depois arruinaria tudo ao redor, uma chuva dessas flechas certamente destruiria toda a porção da vila dentro da área, mas antes que as flechas cumprissem seu propósito um enorme escudo de cristal semelhante a um guarda-chuva se formou sobre o muro recebendo a chuva de flechas e absorvendo todas as explosões que iluminaram toda a área, o cristal ainda refletiu o brilho por quilômetros além do território da vila do som, os ninjas do metal observaram perplexos o ataque frustrado pelo cristal gigante.

 

- Então os boatos são verdadeiros! – observou Hijikata frustrado – aquela maldita voltou mesmo para a vila do som!

- Isso quer dizer que... – o chuunin parecia não querer aceitar isso.

- Vamos ter que lidar com Guren, a única usuária conhecida de shoton no mundo – disse ele suspirando irritado – agora as coisas se complicaram!

 

 

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- Tenho certeza que por essa eles não esperavam! – brincou Sasame observando o enorme escudo de cristal que protegeu a vila – obrigada, Guren-san.

 

A mulher em trajes verdes e brancos sorriu triunfante, finalmente ela era necessária a alguém que não a via apenas como uma ferramenta, e seu poder fez mais que apenas destruir inimigos, dessa vez seu poder salvou vidas e isso a deixava realizada.

 

- Mas duvido muito que recuem só por isso – respondeu ela séria – esses caras são conhecidos pela persistência.

- Eles vão atacar de novo! – gritou um chuunin sobre os muros – a arma é diferente dessa vez!

 

Lá fora os ninjas do metal posicionavam as novas armas, consistiam de lançadores de shurikens gigantes, cada uma das 10 maquinas podia disparar 4 dessas shurikens poderosas, cada uma delas grandes e pesadas o suficiente pra cortar um carvalho ao meio, e como se não bastassem estavam carregadas com chakra aumentando seu poder de corte, os 5 primeiros lançadores atiraram alvejando o escudo de cristal e impressionantemente conseguiram perfura-lo, os 5 restantes atiraram alvejando a vila e suas shurikens penetravam prédios ou se cravavam nas ruas causando grandes danos, após a salva de disparos 5 pessoas foram feridas pelas armas e duas foram feridas pelos estilhaços de cristal que só não causaram mais dano por que Guren transformou o restante em pó.

 

- Aqueles malditos! – reclamou Sasame frustrada por tamanho poder de fogo – preparem-se para revidar! Vamos atacá-los com tudo agora!

 

Os vários ninjas do som correram para o muro já prontos pro ataque, mas os primeiros a cruzarem o muro em direção ao inimigos era os 10 jounins já transformados no nível 2 do selo amaldiçoado, furiosos pelo estrago na vila eles prometiam derrubar cada um dos inimigos no caminho, Juugo foi logo atrás para lidera-los, dessa vez ele deixaria sua fúria assassina cuidar de qualquer um em seu caminho com suas formas monstruosas e habilidades ninjas eles avançavam sem dificuldades destruindo as maquinas de guerra da vila do metal e abrindo caminho entre os ninjas da linha de frente.

 

- Eu deixarei você no comando por enquanto Guren-san – avisou Sasame – vou agora tentar acabar com isso.

 

Antes que ela fosse juntar-se ao campo de batalha um jovem rapaz veio correndo até ela.

 

- Yukimaru? O que diabos está fazendo aqui? – reclamou Guren irritada – volte já pro hospital, lá é o local mais seguro!

- Eu vim trazer um recado da Karin-san – respondeu ele ofegante – ela mandou avisar que os reforços deles começaram a se mover.

- Obrigado Yukimaru – agradeceu ela – então antes de voltar por favor cuide dos feridos aqui.

 

O jovem agradeceu pela oportunidade e se pôs a curar os feridos com os jutsus medicinais que vinha aprendendo ao longo dos anos, apesar de seus problemas com o chakra ele se saia bem como médico, Guren apenas suspirou e se pôs a organizar os ninjas dentro da vila, enquanto isso Sasame junto a Suigetsu e mais dois ninjas com o selo amaldiçoado partiram pro ataque.

 

 

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A defesa natural que protegia a vila do som era o rochedo em forma de ferradura onda a vila ficava em seu interior e os portões ligavam as duas extremidades, ao redor desse rochedo apenas uma grande planície a qual facilita observar os arredores e perceber qualquer grande aproximação, apesar da parte de trás ser um ponto cego existiam torres de vigilância nessa área para prevenir qualquer invasão, porem mesmo o mais habilidoso vigia não notaria o pelotão que se aproximava camuflado dentro de um enorme genjutsu.

 

- Assim que nos aproximarmos o suficiente vamos nos esgueirar pelas pedras – avisou o líder do pelotão – nosso objetivo é dominar a vila por dentro.

- E quanto a Yuzuhina? – perguntou um dos soldados.

- Conhecendo seu perfil ela logo entrará na batalha, deixemos a força principal cuidar dela.

 

Eram ao todo 100 ninjas de variados níveis e mais 30 soldados de elite que trabalhavam para o antigo governo do país do cavalo, estes participavam da missão confiantes de que ao derrubar a vila do som poderiam eliminar as ameaças e retomar seu país aos seus “lideres de direito”.

Assim que alcançaram as rochas puderam ver os vários ninjas destacados para vigiar e proteger essa área, Sasame estava certa em imaginar que um segundo ataque poderia vir por trás mas não esperava que eles conseguissem driblar a vigilância, porem essa não era a única defesa da vila.

 

- O que é essa droga de fio? – reclamou um dos soldados ao notar que parte da sua armadura estava grudada a um fio.

- Não se mexa, pode ser uma armadilha – disse um ninja – vou examiná-la agora.

 

O ninja examinou o fio e constatou que parecia uma teia de aranha, mas era estranhamente resistente e elástica, seguindo a origem do fio notou que se ligava a uma grande teia quase invisível que se escondia nos espaços entre as rochas, quando um outro ninja pisou sobre um novo fio este disparou a teia que emergiu das rochas caindo sobre uma boa parte do pelotão.

 

- Mas que droga é essa? – reclamou um oficial.

 

O grande genjutsus que os ocultava começou a se desfazer assim que uma melodia doce sôo no ar, a musica aos poucos sobrepunha o genjutsu revelando todo o pelotão, estes procuraram a fonte do distúrbio e viram uma jovem garota sentada sobre uma rocha tocando um violino, ela tinha orelhas longas e pontudas semelhantes a de elfos e permanecia o tempo todo de olhos fechados.

 

- Karin-san tinha razão até sobre o numero e o nível deles – comentou a garota.

- Você não fica muito atrás Enya – disse uma voz atrás de outra rocha – seus ouvidos detectaram perfeitamente esses sujeitos.

 

Após deixar a cobertura da rocha um homem de pele morena e 6 braços brincava com os fios que saiam das pontas de cada dedo, cada fio estava ligado a um ninja ou soldado diferente.

 

- Ficamos de fora da batalha principal mas acabamos pegando umas moscas interessantes – continuou ele – obrigado por virem ou eu ficaria frustrado.

- Espalhem-se! – ordenou o líder.

 

Bem que tentaram, mas sem ir muito longe os soldados e ninjas esbarraram numa teia que formava uma cúpula ao redor da área, tal cúpula não deixava ninguém passar mesmo nos espaços entre os fios.

 

- Kekkai Fuuin Gumohenki (barreira seladora da teia defensiva) – não sairão daqui até me derrotarem, a propósito: meu nome é Joumaru.

- Então é o que faremos! – gritaram vários ninjas saltando sobre ele.

 

Esses nem viram o que os atingiram, um enorme pedra literalmente vôo da parte mais alta esmagando-os impiedosamente, de onde a pedra estava um homem alto e corpulento surgiu.

 

- Não tente me passar a perna Joumaru – gritou ele de onde estava – você já tem... 30 deles em sua armadilha!

- Precisou contar quantos dedos ele tem não é Goro? – brincou Enya – mas por favor limite sua barulheira, isso irrita meus ouvidos.

 

O grandão estava visivelmente irritado com a piada mas conteve-se em seguir a ordens e proteger Enya enquanto ela ajustava seu violino no tom certo para o próximo jutsu, Joumaru ergueu as 6 mãos e mostrou os fios que saiam de cada dedo.

 

- Meu colega está certo, 30 de vocês já estão mortos, só faltam perceberem isso.

 

Após dizer isso os fios em seus dedos se incendiaram e as chamas correram direto para aqueles ligados a eles, as chamas ao tocar essas pessoas literalmente explodiram e consumiram aqueles presos a elas num instante utilizando seus próprios chakras como combustível.

Após testemunharem a terrível cena muitos deles saltaram novamente sobre Joumaru tentando abate-lo antes que tivesse a chance de capturá-los com novos fios, mas o desespero os fazia esquecer que isso era praticamente suicídio assim como saltar na teia de uma aranha voluntariamente, Joumaru num instante liberou uma rede gigante e tal como um pescador apanhando um cardume de sardinhas capturou mais 15 deles, agora todos eles estavam cobertos e presos na teia assassina que logo incendiou queimando todos vivos.

No outro canto vários deles atacavam Enya a distancia para evitar perigos, mas Goro ao tocar no chão fez as rochas se erguerem formando uma defesa para ela, confiante em seu colega ela sequer se mexeu permanecendo onde estava, as shurikens e kunais foram todas bloqueadas enquanto ela finalmente afinava seu violino para a próxima melodia, uma melodia dramática e melancólica que alcançou todos que estavam diretamente a frente dela num ângulo de 90°, estes segundos depois sentiram seus corações batendo mais devagar e suas vidas se esvaindo rapidamente, a melodia fazia o coração parar e os sentidos se enfraquecerem ao ponto de ser irreversível, dezenas caíram mortos.

 

- Essa musica tocou o coração deles de qualquer jeito – brincou Joumaru – só falta você fazer alguma coisa Goro.

 

Ele nem esperou uma segunda ordem, batendo a palma da mão no chão as rochas se ergueram em volta de muitos e se fecharam para logo em seguida afundar no chão arrastando todos os capturados para suas sepulturas, após esse jutsu de larga escala restava pouco menos de 30 deles ainda vivos, eles porem já não conseguiam nem parar de tremer diante daquela terrível demonstração de terror.

 

- Ouvir dizer que após re-erguer a vila do som Fuuma Sasame procurou por ninjas habilidosos que pudessem formar o novo quarteto do som – observou o ultimo oficial vivo – ninguém que os tenha enfrentado sobreviveu para contar como eram, será possível que sejam eles?

- Contando com a Guren-san que está lá na frente somos realmente quatro – respondeu Enya que mesmo distante ouviu perfeitamente a indagação do oficial – nossos antecessores eram 5 no total contando com o tal Kimimaro, ainda temos uma vaga sobrando.

 

A batalha que se seguiu após a resposta foi rápida e brutal, em poucos minutos eles haviam dizimado um pelotão inteiro de invasão, satisfeitos pelo trabalho e pela oportunidade de matar (pois assim como os anteriores estes tinham uma queda por sangue) todos os três retornaram para a vila deixando os vigias impressionados e agradecidos por estarem do mesmo lado.

 

 

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A batalha estava quase no fim quando a lua já chegava ao centro do céu, após 4 horas de batalha a vila do som conseguia fazer os inimigos recuarem deixando a área da vila, quando todas as armas de cerco caíram a própria Guren juntou-se a batalha tornando ainda mais fácil a vitória, os outros membros do quarteto do som defendiam cada um uma extremidade da vila garantindo que nenhum ninja do metal desgarrado invadisse e fizesse qualquer estrago, mas ainda restava uma batalha que Sasame fazia questão de vencer, ela finalmente estava diante do jounin comandante e dos dois chuunins oficiais.

 

- Onde está o líder da vila do metal? – perguntou ela – um verdadeiro líder deveria estar aqui na frente de seus comandados.

- Nossa vila não possui tantos ninjas capazes de liderar e lutar – respondeu o jounin – por enquanto eu sou o melhor que nós temos.

- Então derrotar você é o mesmo que derrota-lo?

- Para nos parar você precisaria derrotar a todos nós, e não desistiremos até completarmos nossa ambição!

- Sua ambição é sobrepujar todos com sua força – observou ela – uma ambição egoísta e cruel que explora garotas inocentes que só pensavam no bem da sua pátria.

- E você pro acaso não está explorando a Yuzuhina? – perguntou ele furioso – vocês a receberam de braços abertos depois que o traidor do Naruto a deixou aqui, acha que eu acredito que vocês não a quiseram pelo poder de jinchuriki dela?

 

Sasame balançou a cabeça e ajeitou as luvas e braçadeiras que usava sobre o antebraço, seu estilo era combate direto, seu olhar demonstrava uma enorme determinação e orgulho, não era a toa que entre todas as vilas secundarias Sasame fosse considerada a mais forte líder de todas e que a vila do som estivesse cotada como a maior candidata a se tornar uma vila principal.

 

- Quando eu o derrotar lhe mostrarei o que nos torna fortes – disse ela se pondo em posição de luta.

 

Sem esperar que ela viesse os dois chuunins atacaram primeiro, um deles tinha um machado de guerra e o outro uma lança, atacando ferozmente eles flanqueavam Sasame desferindo golpes rápidos com a lança para forçá-la a se esquivar e golpes pesados e brutais de machado na tentativa de abatê-la, está porem se esquivava de todos os golpes com leveza e ainda contra-atacava com maestria, enquanto ela lidava com os dois o jounin veio pelas costas tentando pega-la de surpresa com sua katana de lamina longa, a um centímetro de cortar a cabeça dela fora Sasame se virou e bloqueou o ataque com as braçadeiras que pareciam escudos revestidos com uma luz azul, ambos ficaram medidos forças e trocando olhares agressivos.

 

- Essa é a técnica do clã Fuuma? É semelhante a nossa – observou ele.

- Nós mesmos a criamos – respondeu ela – não precisamos roubar de outra vila!

 

Com um impulso eles se separaram, os outros dois vieram por trás dela mas foram impedidos por Suigetsu que bloqueou ambos com sua espada gigante.

 

- Irônico não acham? Essa espada foi feita na vila de vocês!

- Obrigado Suigetsu, quero lutar em paz com esse aqui – retribuiu ela.

 

Sacando duas kunais ela partiu pro ataque usando a mesma técnica que o adversário, ambos trocaram golpes por cerca de 5 minutos até que Hijikata eletrificou a lamina e cortou as kunais como se fossem de madeira.

 

- Esse é o poder da minha Kyodeten! – gabou-se ele – uma vez vi Uchiha Sasuke lutando contra vários inimigos usando uma katana carregada com chidori, decidi que teria uma arma igual a dele!

- É uma boa imitação – comentou ela jogando as kunais partidas no chão – mas uma arma é limitada pela sua própria força, porem a força do próprio ninja só é limitada por ele mesmo e essa força pode crescer sem parar.

 

Nesse momento ela mostrou finos fios de chakra que saiam de suas mão e que se ligavam a lamina da Kyodeten, tais fios deviam ter sido colocado enquanto trocavam golpes, Hijikata não sabia dizer qual era o propósito daqueles fios mas ao se lembrar que a propriedade daquela técnica era absorver chakra e usa-lo contra o inimigo ficou claro o que ela pretendia, os fios se eletrificaram e com um puxão ela cortou a lamina da espada transformando-a num pedaço de metal inútil.

 

- Agora vou lhe mostrar a minha força! – disse ela fazendo selos – Fuuton Hiryuu (urro do dragão furioso)

 

Ao unir as mãos ela disparou uma rajada de ar concentrada com a forma de um dragão, primeiramente veio o som que lembrava mesmo um rugido de um dragão, depois veio a onda de impacto que arremessou Hijikata longe, este arrebentou-se contra uma rocha mais distante, Sasame foi até ele para cumprir sua palavra e lhe dizer o que os tornava fortes.

 

- Vocês buscam o caminho mais fácil através de armas especiais e poderes obscuros – começou ela – vocês se preocupam demais em obter poder e esquecem de se fortalecerem por conta própria.

- É fácil pra você falar – respondeu ele com dificuldade – essa vila foi criada por um gênio, você possuem segredos e técnicas que tornariam qualquer um poderoso, nós não temos nada disso.

- A muito tempo que tudo o que orochimaru criou foi abolido daqui – respondeu ela rindo – nós criamos nossa própria força e buscamos sempre aprimora-la, e não temos intenção alguma de explorar o poder da Yuzuhina ou dos que ainda mantêm o selo amaldiçoado, eles são nosso aliados e não nossas armas.

 

Hijikata já havia desfalecido quando ela terminou de falar, se ainda vivesse Sasame pretendia cura-lo e manda-lo de volta pra casa, assim talvez aprendessem alguma coisa.

 

- Suigetsu, reúna todo o nosso pessoal de volta na vila – pediu ela cansada – já vencemos essa guerra, basta eles se darem conta disso.

 

A batalha realmente terminou meia hora depois, os sobreviventes do metal não foram perseguidos ou atacados quando se retiraram, os mortos foram reunidos e seriam entregues no dia seguinte como sinal de respeito, dentro da vila do som uma enorme festa ocorreria naquela mesma noite para comemorar a vitória e honrar os poucos mortos que deram sua vidas para garantir que a vila passasse quase ilesa dessa batalha.

 

 

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(um pouco antes ainda pela tarde)

 

Aquela definitivamente era uma tarde agradável, por ser primavera as arvores começavam a despejar sua beleza em forma de flores pelas ruas, a vida que até um tempo atrás parecia inexistente nesse lugar agora ressurgia grandiosamente, havia ainda muito a ser feito para que a vila do redemoinho pudesse voltar a ser como era antes mas agora aqueles que a habitavam podiam chama-la verdadeiramente de lar.

 

- Ei Tsuna! Pare de correr como um louco! – gritou Kaede para seu filho – puxa vida, você era tão danado assim quando criança Kakashi?

- Eu era um exemplo de filho perfeito – respondeu ele sem dar muita importância – isso vem do seu lado da família.

 

O casal passeava com o filho pela praça da vila, por enquanto apenas o centro da vila era habitado, a periferia tinha sido desfeita para servir de matéria prima, a vila tinha pretensão de se expandir a medida que mais moradores fossem chegando e no total já havia 200 famílias, quase 500 pessoas.

 

- O exame chuunin vai começar em breve – pensou Kaede lembrando-se em que época estavam – gostaria de ir a Konoha assistir?

- E quanto a você? – perguntou ele.

- Eu posso ficar aqui, não quero que deixe de sair só por minha causa.

 

Kakashi parou de andar e segurou o queixo dela levemente para lhe beijar os lábios com carinho e tranqüilidade, Kaede que em condições normais é terrível como uma tempestade parecia uma brisa suave nos braços dele, ambos só se separaram quando notaram o seu filho agora com 3 anos observando os dois curiosamente.

 

- Tudo do que eu preciso está aqui – disse Kakashi em resposta para ela – você e o pequeno Tsuna como minha família e a vila como nosso lar, um dia iremos todos a Konoha, talvez eu finalmente possa apresentá-la ao outros.

- Sim, estou ansiosa para conhecer o tal do Gai que você mencionou e quem sabe um dia possamos deixar de ser uma vila fantasma.

- Olha pai! Veja o que eu achei! – gritou o menino com euforia.

 

Era uma flor do redemoinho, uma raríssima flor cujas pétalas crescem em formato de espiral, elas só cresciam nesse local.

 

- Parece que a vila já deixou de ser fantasma a muito tempo – brincou Kakashi pegando a flor e prendendo-a no cabelo de Kaede.

 

Aquilo era o que se poderia chamar de perfeito, apesar da sina que a vila tinha de ocultar sua existência ao custo do sangue daqueles que descobriam ainda assim era tudo o que eles poderiam desejar, só faltava agora a vila poder ter sua existência reconhecida e mais uma vez o clã Uzumaki ser conhecido pelo mundo.

 

- Ai estão vocês – disse Konan chegando até eles.

- Olá Konan-san, quer alguma coisa? – perguntou Kaede.

- Amanhã irei buscar os suprimentos que o Nagato juntou – avisou ela – já que não podemos negociar com outras vilas muita coisa está faltando.

- Embora eu saiba ser inevitável eu não gosto da idéia de depender daquele pirralho – reclamou Kaede – e gosto menos ainda dele roubar essas coisas para nós.

- Não pode ser evitado – disse Kakashi para consolá-la – não temos dinheiro algum aqui e não podemos pedir ajuda a Konoha ou a qualquer um, chamaria atenção demais.

 

Como sempre fazia Konan deu um novo origami a Tsuna que ficou encantado com o acréscimo a coleção, Konan fazia para ele um origami de cada um dos bijuus e dessa vez era o de 4 caudas, o menino aguardava ansioso para quando teria a kyuubi, depois de se despedir ela voltou para o templo deixando a família a sós.

 

- É impressão minha ou ela está mais sociável? – perguntou Kaede intrigada.

- Pena que demorou tanto – comentou Kakashi coçando a cabeça.

 

A família continuou o passeio pela vila, a medida que encontravam as pessoas todos os cumprimentavam, Kaede era conhecida como aquela que restaurou o orgulho Uzumaki e Kakashi era um herói de guerra e uma figura ilustre, Tsuna também era querido como o primeiro filho nascido nessa terra, após chegarem ao grande monumento com o símbolo Uzumaki eles relaxaram e lancharam admirando o céu, mas algo estava errado do ponto de vista de Kakashi.

 

- Você alguma vez já viu uma nuvem de chuva naquela altitude? – perguntou Kakashi apontando a fonte de sua curiosidade

- Com certeza que não, uma nuvem negra carregada como aquela não estaria tão alto – depois ela se levantou e ficou mais preocupada – e com certeza não estaria vindo daquela direção e contra o vento, pode ser apenas paranóia mas não gosto disso.

 

Kakashi levantou a bandana de Konoha que cobria o sharingan e observou assustado que aquela nuvem negra era carregada com chakra, havia também um núcleo muito forte no meio de tudo e pela trajetória viria direto pra vila.

 

- Kaede, prepara-se para lutar – disse Kakashi se levantando também – e na pior das hipóteses prepara-se para deixar a vila.

 

 

Continua.


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Notas finais do capítulo

o que acharam?
eu tenho o habito de re-aproveitar personagens de fillers, alguns deles são otimos e foram mal aproveitados, portanto se voce não conhece um determinado personagem fique a vontade para perguntar.
já no proximo cap a tensão chega ao maximo.